Geração 50 + Pensar pragmático – Agir positivo Conclusões da Conferência Internacional 9 de Outubro 2007 Fundação Dr. Cupertino de Miranda.

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Transcrição da apresentação:

Geração 50 + Pensar pragmático – Agir positivo Conclusões da Conferência Internacional 9 de Outubro 2007 Fundação Dr. Cupertino de Miranda

Principais reflexões (1) Cidadania de pleno direito – idosos como um recurso Envelhecimento demográfico não é um problema! É uma solução! Falar de envelhecimento é falar de pobreza. Muita pobreza e ainda mais exclusão social. Mas também de riqueza A longevidade também mata. A longevidade é permeável à pobreza e exclusão. A longevidade não está a atingir todos os grupos da mesma forma Algumas das políticas actuais (falsamente activas) não rompem com o assistencialismo; pelo contrário, têm tendência a reproduzi-lo. Noutros casos, ao invés de romperem o ciclo vicioso da pobreza, acabam por favorecê-lo.

Principais reflexões (2) É preciso encarar os idosos como factor de protecção social e de produção de riqueza Existe uma demasiada institucionalização da pessoa humana (“do embrião até ao caixão”). A vida humana tem que ser mais do que isto. Este problema, de carácter cultural, ainda nem sequer está posto em cima da mesa (“precisamos de dar vida aos anos”) O contributo dos idosos é precisamente a sua existência: a idade. O envelhecimento é diferenciado e por isso não há retrato mas “retratos” Apesar de tudo, a longevidade é um problema do “mundo desenvolvido”. No entanto, a esperança de vida vai aumentar e o problema vai generalizar-se

Principais reflexões (3) Será preciso pensar num novo paradigma (ou nova matriz) de desenvolvimento humano e social Para actuar é fundamental: compreender, sensibilizar (campanha) e trabalhar em partenariado Importa perceber que a pobreza e a exclusão jogam aqui um papel preponderante “A new generation is born” pode ser uma forma interessante de procurar, através do marketing, inverter estereótipos. Outras áreas de intervenção, como o turismo, poderão cumprir as mesmas funções Nas empresas o conceito de “consultor interno” (e eterno) poderá ser interessante como forma de contrariar pré-conceitos A cooperação internacional deverá ser um eixo estratégico: aprendizagens comuns, abordagens comuns – questão da imigração

Principais mensagens (1) A sociedade civil joga – e deve jogar cada vez mais – um papel preponderante; a economia social poderá ser uma interessante forma de enquadramento Necessitamos de uma “revolução cultural”; uma mudança de paradigma cultural. Neste momento é aqui que devemos apostar. É urgente pormos em marcha uma “visão económica do imaterial”, das emoções. Os idosos representam valor económico, competitividade e sustentabilidade. A futura protecção social pode passar por aqui (e até o incremento das taxas de natalidade) É urgente incentivar e fazer crescer o associativismo dos idosos É importante aprofundar no campo da investigação as abordagens a estes fenómenos. Mas é importante que seja para aprender e para ser consequente e para as mesmas influenciem a elaboração das políticas

Principais mensagens (2) Em termos políticos, é preciso antecipar a solução a um problema que se vai generalizar a todo o planeta O “envelhecimento activo” não poder ser apenas uma estratégia de “entretenimento”. Este tipo de estratégia tem que ter por trás um processo cultural e é para aí que devem ser canalizados os esforços É preciso ser capaz (inclusivamente em termos estatísticos) de dar visibilidade às transferências sociais invisíveis É fundamental fazer tudo para que se concretize uma maior participação cívica. Mas isto é ainda mais premente em relação às pessoas que vivem em situação de pobreza e exclusão social A este nível (da participação) é preciso estar consciente que irá ser preciso fazer grandes investimentos em termos de investigação, formação e cultura – aprofundar as nossas democracias e os nossos sistemas de governação

Principais mensagens (3) Para uma mudança de paradigma vai ser preciso actuar em várias esferas: as ONGs jogam aqui um papel indispensável e que tem que ser reconhecido, apoiado e enquadrado institucionalmente Em termos de inclusão social pela via do trabalho, teremos que ser capazes de inverter também algumas ideias pré-concebidas e que, ainda por cima, demonstram que não funcionam. “Back to work”… A questão do auto-emprego tem que ter outro enquadramento: proximidade, “mentoring”, acompanhamento… Num mundo cada vez mais globablizado, não podemos escamotear as questões relativas aos fluxos migratórios e o seu impacto positivo e negativo. As políticas de imigração precisam de incluir esta preocupação Antes de desmantelarmos os nossos sistemas de protecção social é preciso construir novos sistemas mas que continuem a obedecer à lógica do Modelo Social Europeu que está na base da existência da própria União Europeia Tudo isto poderá ser reflectido no âmbito da revisão da Agenda de Lisboa – “Inclusão Activa” - e a Presidência Portuguesa da UE poderá jogar aqui um papel relevante