CASO CLÍNICO PRÉ - NATAL

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Transcrição da apresentação:

CASO CLÍNICO PRÉ - NATAL GRUPO: Adriana Vilela Ana Paula Albergaria Danielle Pimentel Fernanda Bevilaqua Louise Pellegrino Majoy Cunha Natália Martins Roberta Carolina

IDENTIFICAÇÃO J.N.S., sexo feminino, 15 anos, parda, natural de Campina Grande (Paraíba), moradora da Lapa (RJ) há 5 anos, “garota de programa”.

QUEIXA PRINCIPAL “ Acompanhar gravidez”

HDA Paciente refere já saber da gravidez há 3 meses quando percebeu que suas mamas estavam congestas e doloridas, e estava se sentindo muito enjoada, resolvendo então fazer um “teste de farmácia”. Relata não ter procurado assistência médica pois estava com medo que a médica contasse para a sua tia sobre a gravidez, e porque aquela gestação era indesejada.

J.N.S. falou apenas com uma amiga sobre sua gestação, que a incentivou a tomar um “chá abortivo”, o que ela fez 2 vezes, relatando um episódio de sangramento há 2 semanas, mas afirma que o método abortivo não foi eficaz pois ela repetiu o teste de gravidez, dessa vez realizando um exame de sangue (B-HCG) que deu positivo. A paciente relata episódios constantes de náuseas, mas que já estão diminuindo, e no momento deseja iniciar um acompanhamento pré-natal, já que não tem outra opção.

HPP Paciente não sabe informar sobre vacinação na infância, nem sobre doenças comuns da infância. Afirma que há 1 ano teve pneumonia, e que nos últimos 6 meses teve 2 episódios de ITU, recebendo tratamento com antibiótico (não sabe informar qual). Desconhece internações anteriores. Nega hemotransfusões e alergias medicamentosas.

HISTÓRIA SOCIAL Paciente menor de idade, mora em uma quitinete na Lapa com a sua tia que também trabalha como “garota de programa”, e que não tem filhos. Ela foi criada pela avó no interior da Paraíba, nunca conhecendo os pais, pois a mãe teve muitos filhos, e logo após seu nascimento foi abandonada pela mãe e viveu com a avó.

Em sua cidade natal, freqüentava a escola, mas não completou o ensino fundamental. Veio para o RJ após o falecimento de sua avó, para morar com a tia (irmã da mãe). Ambas (paciente e tia) contribuem para a renda da casa, vivendo com relativa dificuldade já que o dinheiro não é constante. A paciente trabalha no meio há 2 anos; antes só freqüentava a escola, mas sua tia ameaçou abandoná-la caso ela não colaborasse com dinheiro em casa.

Relata que não consegue realizar 3 refeições por dia, e nem sempre come carne, leite e derivados. Nega etilismo e afirma tabagismo de 1 maço/dia Há 2 anos. Paciente afirma utilizar preservativo masculino durante as relações, mas nem sempre consegue convencer os clientes de usar.

HISTÓRIA FAMILIAR Não sabe relatar nenhum tipo de informação sobre seus pais nem irmãos; sabe apenas que sua avó faleceu aos 86 anos de AVE, e que sua tia é portadora de HAS.

HISTÓRIA FISIOLÓGICA G1PO, TM:13/4/? Não sabe informar exatamente a DUM Paciente relata que sua menarca ocorreu aos 13 anos, assim como sua sexarca, mas refere que sua menstruação sempre foi irregular, e por isso nunca se preocupou com a possibilidade de estar grávida.

ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL A assistência pré-natal consiste no conjunto de medidas e protocolos de conduta que tem por objetivo assegurar, no fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem estar materno e neonatal.

OBJETIVOS DO PRÉ-NATAL Diagnosticar ou confirmar a gravidez, quando ainda existem dúvidas; Diagnosticar doenças maternas preexistentes, tratando-as de forma a reduzir seu impacto nos resultados obstétricos; Aconselhar, educar e apoiar a gestante e seus familiares, quanto aos eventos relacionados à gravidez e à importância do acompanhamento pré-natal;

Identificar e minimizar os pequenos distúrbios da gravidez; Identificar e tratar precocemente intercorrências gestacionais, encaminhando os casos considerados de alto risco para centros especializados O início do pré-natal deve ser preferencialmente nos primeiros 120 dias de gestação!!!!

QUANTAS CONSULTAS DEVEM SER REALIZADAS? Recomenda-se pelo menos seis consultas de pré-natal ao longo da gestação, distribuídas da seguinte forma: - uma no primeiro trimestre; - duas no segundo trimestre; - três no terceiro trimestre

O MINISTÉRIO DA SAÚDE DETERMINA TAMBÉM AS SEGUINTES AÇÕES NO PRÉ-NATAL: Estímulo ao parto normal e resgate do parto como ato fisiológico; Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestação; Imunização antitetânica; Avaliação do estado nutricional da gestante; Prevenção e tratamento dos distúrbios nutricionais;

Prevenção ou diagnóstico precoce do câncer de colo uterino e mama; Atenção à mulher e ao recém-nascido na primeira semana após o parto, e nova consulta puerperal, até o 42 dia pós-parto

EXAMES FUNDAMENTAIS NO PRÉ-NATAL ABO-Rh, hemoglobina/hematócrito, na primeira consulta; Glicemia de jejum, sendo um exame na primeira consulta e outro próximo à 30 semana de gestação; VDRL, sendo um exame na primeira consulta e outro próximo à 30 semana de gestação; deve ser repetido no momento do parto ou em caso de abortamento;

Urina tipo 1, sendo um exame na primeira consulta e o outro próximo à 30 semana de gestação; Testagem anti-HIV Sorologia para hepatite B (HBsAg), com um exame, de preferência, próximo à 30 semana de gestação; Sorologia para toxoplasmose na primeira consulta.

PROTOCOLO MÍNIMO QUE DEVE SER SEGUIDO PELO OBSTETRA Anamnese e exame físico geral; Medidas do peso e aferição da P.A. Indagação sobre a percepção dos movimentos fetais; Determinação do fundo uterino; Ausculta dos batimentos cardíacos fetais

ANAMNESE Estado atual da gestante; antecedentes pessoais e familiares; história fisiologia; hábitos sociais; É importante saber: - Idade; - História ginecológica e obstétrica

EXAME FÍSICO Inicialmente deve-se pesar e medir a paciente para calcular o IMC. Sinais vitais e aspecto de mucosas; Exame das mamas; Palpação abdominal (a partir do segundo trimestre) através da manobra de Leopold-Zweifel (delimita fundo uterino, determina posição fetal, apresentação e grau de penetração do concepto no estreito superior da bacia).

EXAMES COMPLEMENTARES Sangue; Urina; Ultra-sonografia (US): As melhores evidências científicas parecem definir sua realização rotineira no segundo trimestre, por avaliar adequadamente a anatomia fetal e ser ainda bastante fidedigna em relação à idade gestacional; Rastreio e profilaxia para infecção por streptococcus do grupo B

AVALIAÇÃO DO RISCO GESTACIONAL A triagem das gestantes com risco pré-natal deve ser realizada em unidade básica de saúde. Esta avaliação se baseia em dados da anamnese, exame físico e exames complementares.

Algumas situações em que deve ser considerado o encaminhamento ao pré-natal de alto risco são: * idade menor que 15 e maior que 35; * situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente se tratando de adolescente; * situação conjugal insegura (ausência parceiro fixo); * baixa escolaridade; * condições ambientais desfavoráveis; * dependência de drogas ilícitas ou lícitas

INCENTIVAR O ALEITAMENTO MATERNO

ABORDAR ASPECTO EMOCIONAL

ORIENTAR PLANEJAMENTO FAMILIAR