CARTOGRAFIA O planeta terra é um geóide, logo a única forma possível de representar a Terra com perfeição é através de um globo terrestre, ocorrendo distorções em qualquer tentativa de planificá-lo. Nenhum mapa consegue representar o planeta de forma perfeita, respeitando suas formas, áreas e ângulos.

Teatro do Globo Terrestre. Abraham Ortelius, Antuérpia, Bélgica – 1570.

Mapa mundi de 1689

Apenas "recortando" a terra não encontramos distorções Projeções cartográficas: Apenas "recortando" a terra não encontramos distorções Todas as tentativas de construir representações terrestres planas, sempre acarretaram distorções. Nesta busca, algumas diversas técnicas de projeções cartográficas foram elaboradas, cada uma apresentando vantagens e problemas em suas conversões, vejamos as mais comuns:

Projeção cônica: Dependendo da área a ser estudada podemos utilizar a projeção que melhor a representa, evitando distorções. A cônica (imagem de cima) é um modelo de projeção que procura maior fidelidade para as latitudes médias, de 20º até 50º.

Projeção plana ou azimutal: Qualquer ponto pode se tornar o centro de um mapa azimutal e quanto mais distante do centro maior a distorção. A superfície terrestre é representada sobre um plano tangente à esfera terrestre. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos, retos que se irradiam do polo. As deformações aumentam com o distanciamento do ponto de tangência. É utilizada principalmente, para representar as regiões polares e na localização de países na posição central.

Projeção cilíndrica:  O plano da projeção é um cilindro envolvendo a esfera terrestre. Depois de realizada a projeção dos paralelos e meridianos do globo para o cilindro, este é aberto ao longo de um meridiano, tornando-se um plano sobre o qual será desenhado o mapa. As projeções cilíndricas podem ser: equivalentes, que procura manter a proporção das áreas, mas distorce a forma, exemplo: a projeção de Peters; e a projeção conforme, que mantém a forma, mas distorce as áreas,a projeção de Mercator.

Projeção cilíndrica de Mercator: Projeção de Mercator ou Projeção Cilíndrica Conforme: conserva a forma dos continentes, direções e os ângulos verdadeiros, mas distorce as dimensões das áreas temperadas e polares. Por exemplo, a Groelândia é 4x menor que o Brasil e no mapa parece maior. É muito utilizada para navegação marítima e aeronáutica. 

Projeção cilíndrica de Peters: Tem uma maior preocupação com a proporção, isto é, com o tamanho relativo de cada área mapeada. Por isso, ela procura fazer um retrato mais ou menos fiel ao tamanho das áreas, no entanto acaba muitas vezes distorcendo as formas. Observando a projeção de Peters, vemos que ela apresenta um alongamento das áreas no sentido norte-sul ou no sentido leste-oeste. A África e América do Sul, por exemplo, ficam alongadas no sentido norte-sul e estreitas no outro sentido. Já com a Rússia e o Canadá ocorre o inverso: esses países ficam alongados no sentido leste-oeste e estreitas no sentido norte-sul. Permite comparar o tamanho de países ou continentes. Por exemplo: nessa projeção o Brasil fica maior do que a Europa, e a Groelândia fica bem menor do que a Austrália, mas o formato das áreas é completamente distorcido. Projeção de Peters ou Projeção Cilíndrica Equivalente: não mantém as formas, direções e ângulos, conserva a proporcionalidade das áreas, preservando as superfícies representadas. 

Escalas: Ao contrário do que se pensa uma escala grande não é aquela que possui um número enorme. Quanto maior a escala, maior o número de detalhes representados.  A escala 1:5.000 é grande pois a representação da realidade foi diminuída apenas 5.000 vezes, enquanto na escala 1:30.000.000 a representação da realidade foi diminuída 30 milhões de vezes. Você pode usar o seguinte raciocínio, um dividido por 5 mil é maior que 1 dividido por 30 milhões. 

Legenda: Escala gráfica: A escala gráfica apresenta-se sob a forma de um segmento de reta graduada, normalmente dada em quilômetros.

Tipos e usos de Mapas:

Mapa rodoviário de SP

Mapas temáticos: Empresas: Vegetação

Poços de água subterrânea:

Ortofotos ou fotografias aéreas: Vila Olímpia – São Paulo/SP

Parque do Ibirapuera – São Paulo/SP Imagens de satélite: Americana/SP Parque do Ibirapuera – São Paulo/SP

Sensoriamento Remoto: O sensoriamento remoto é uma das ferramentas mais utilizadas para o monitoramento da superfície terrestre e é o meio mais efetivo de coletar dados, extrair informações e desenvolver conhecimentos sobre o meio ambiente global.

As imagens de radar são utilizadas para detecção de desmatamentos, corte seletivo, identificação de pistas de pouso clandestinas, ocorrência de garimpos, entre outras aplicações. A área imageada com radar corresponde a mais de 3 milhões de km2 recobrindo cerca de 65% da Amazônia Legal.