Sound & Structure John Paynter Adriana Moraes - MEMES II, 2014.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Apresentando.
Advertisements

O Início da Comunicação
Improviso em Teclas Pretas Forma Binária e Ternária em Teclas Pretas
2.° Bimestre/ A criança, a Natureza e a Sociedade. 2. Objetivos
MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ENSINO DE FÍSICA E DE MATEMÁTICA
Design e Criação de Personagens
A INFLUÊNCIA DO DESENHO INFANTIL NAS ARTES VISUAIS
Tópicos Especiais em Educação Musical Princípios de Educação Musical
Programação e Sistemas da Informação
Como elaborar um texto Argumentativo
A implementação de avaliação formativa na sala de aula
Como a Criança Pensa Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves.
Matérias da Revista PROFISSÃO MESTRE =
Organização, Planejamento e Gestão De Projetos Educacionais
MÁSCARAS MÚSICA: Ernesto Cortazar - Dancing.way
Carlos Drummond de Andrade
A escola sustentável: apresentação da proposta aos professores da escola Zavaglia (09/02/2012)
Aula prática 13 Orientação a Objetos – C++ Parte 1
Curso de Teoria Musical
Transferência de aprendizagem
Ritmo Melodia Harmonia
Teacher Marilisa Lichtenberg English
ORIENTAÇÕES PROGRAMÁTICAS
ALFABETIZAÇÃO Joselaine S. de Castro.
SÓ NÃO ERRA QUEM NÃO FAZ SÓ NÃO ERRA QUEM NÃO FAZ
PORTIFÓLIO VIRTUAL MÚSICA
TEORIA MUSICAL Iniciante
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
Curso de Aprendizado Industrial Desenvolvedor WEB Disciplina: Programação Orientada a Objetos I Professora: Cheli Mendes Costa Classes e Objetos em Java.
Técnicas Pedagógicas Rev. Saulo P. Carvalho Rev. Saulo P. Carvalho.
Metodologia do Ensino de Arte
Carlos Drummond de Andrade
A Importância da musicalização
Música ELEMENTOS Básicos.
FUNÇÃO DA UNIVERSIDADE
3 Recursos do Teclado - Conteúdo E-book Teclado Introdução Timbres Elaboração do timbre Uso de acompanhamento automático Material de apoio ao Curso Licenciatura.
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
ESTILOS DE APRENDIZAGEM
Metodologia do Ensino da Matemática – Aula 07
PROJETO O teatro na escola tem uma importância fundamental na educação, ele permite ao aluno uma enorme sucessão de ideias e de aprendizados onde podemos.
PRAT. DE ENS. E EST. SUP. EM DOC. DE EDUC. INFANTIL
Objetos de aprendizagem
CONFLÍTOS E DIFERENÇAS
MATEMÁTICA E ESPAÇO Formação Geral Componente Curricular: 1ª Semana
Prof. Gabriela LottaPMCS Apresentação da disciplina e introdução Problemas Metodológicos em Ciências Sociais.
Vamos fazer juntos um Mapa Mental?
ADOLESCENTES ANTES DA HORA Namorar, ficar, pedir para sair com a galera, tudo está programado para depois dos quatorze anos.
A música em grupo como fator de motivação para a educação musical junto de jovens entre os 10 e os 15 anos.
Gestão de Pessoas: atuais e futuras demandas
Instruções para realização de ditados
PROF. FABIO AGUIAR PLANEJAMENTO GRÁFICO PRODUÇÃO DE VÍDEO.
Eterno.
O QUE Relacionados às necessidades das crianças de educação e cuidado
A música é um discurso, e não uma “língua universal”, e é muito mais do que uma “linguagem”. Discurso = argumento, intercâmbio de idéias, conversação,
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PROBABILIDADE
Tendências atuais do ECLE
 Introdução  Atividades realizadas no Colégio Tomaz Edson de Andrade Vieira  Atividades realizadas no Colégio Vital Brasil  Conclusão EXPERIÊNCIAS.
SOUND & STRUCTURE John Paynter Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro Monitora: Adriana Moraes - MEMES I, 2015.
Dicas para Aumentar seu Poder de Persuasão:. Caros(as) Alunos(as): Apresento a seguir as dez dicas para ajudar você a aumentar seu poder de persuasão.
De Onde Vem A. O que é ser criativo? O que é a criatividade, afinal? O dicionário a explica de tal forma: “Faculdade ou atributo de quem ou do que é criativo;
Sound & Structure John Paynter Prof. Marcos Câmara de Castro Adriana Moraes - MEMES I, 2015.
Zoltan Kodály. Nasceu na Hungria em 1882 Nasceu na Hungria em 1882 Nacionalista: carregou a tarefa de reconstrução da música cultural húngara. Nacionalista:
Por Josiane da Conceição Paulo.  Professor de música em escolas da Inglaterra  Docente na Universidade de York.  Escreveu vários livros a respeito.
Sound & Structure John Paynter Professor Dr. Marcos Câmara de Castro Monitora: Adriana Moraes - MEMES I, 2015.
Sound & Structure John Paynter Adriana - MEMES II, 2014.
Sound & Structure John Paynter Adriana Moraes - MEMES II, 2014.
Aula 7 – Moteto em Ré menor ou Beba Coca Cola
Criando Portfólio Virtual. O que é um portifólio? Portfólio é uma coleção, pessoal e organizada, dos trabalhos, das construções e das descobertas que.
Sound & Structure John Paynter Adriana - MEMES II, 2014.
Transcrição da apresentação:

Sound & Structure John Paynter Adriana Moraes - MEMES II, 2014.

Sobre “Sound & Structure” O Não considera um método mas um guia prático. O Traz propostas de criatividade para o ensino de música. O Ênfase no ensino de composição. O Um fluxograma (a seguir) revela uma rede de interações. Qualquer ponto de partida passa pelo ponto central. O Explora essas interações.

O Fig. 1: Paynter, 1992, p. 23.

O Todo ponto se liga com outro(s) ponto (s). O A resposta central está ligada com as atividades de criatividade, performance e escuta. O Essas atividades são possíveis através das relações ilimitadas e perceptíveis entre som, tempo, ideias e arte, produzindo estimulações e estruturas musicais. O A rota mais obvia é começar com a matéria prima – o som. O Sons se tornam em ideias musicais que levam para o desenvolvimento das estruturas artísticas e que torna possível a produção musical.

O Outras rotas são igualmente válidas, por exemplo, começar com formas e obras existentes e examinar de que modo os caminhos dessas obras escolhidas foram construídos. O Como a música atinge aquele ponto pelo caminho dos sons e ideias musicais? O Ou ainda, começando por simples sons que herdamos. Até onde a música pode ir? O Explorar os processos/eventos musicais de várias formas. O Não há uma lista contendo um montante de tópicos. Cada projeto oferece uma parte específica do mundo musical e pode ser realizado de várias maneiras.

O Os projetos representam caminhos de pensar e espera- se que isso estimule a explorar outros exemplos de estruturas musicais, afim de que o professor possa desenvolver seus próprios projetos. O As propostas do livro podem ser levadas como tópicos e não como metas de lições. O Quase sempre precisarão de adaptações para trabalhar as diversidades. O Não é possível criar receitas para o ensino de música. O Todo o projeto deve levar em conta as especificidades das pessoas, dos espaços e contextos em que serão realizado. O Nenhum livro abarca tudo o que pode ser realizado em um espaço de ensino e aprendizagem musical.

Organização e recurso O A chave permanece na consciência da audição e o senso de aventura em fazer e apresentar obras musicais. O Incluir demonstrações de possibilidades. O professor não deve ficar falando mais do que 3 minutos, mas jogar ideias para que cada grupo possa atuar depois. O Dividir em grupos. O Instrumentos e equipamentos devem estar nas mãos dos alunos para trabalharem. O Cada grupo deve ter a oportunidade para apresentar a sua obra. O Instrumentos de percussão, teclados, etc... O Variedades de timbres e instrumentos.

A aula em ação O Ao trabalhar em grupo várias ideias interessantes surgem. O O grupo é movido pelas ideias de cada integrante. O Ninguém deve ser deixado ao acaso. O Podemos permitir que o inesperado e o pronto nos encoraje! O Ouvir música é uma ação valiosa quando podemos fazer associações com outras peças criadas em salas de aula.

O O aluno deve sentir que está trabalhando com propósito e ainda que podem dominar e compreender o que está fazendo (criando, tocando etc.). O Sem tal foco, o interesse é rapidamente perdido e o exercício também se torna perdido.

Tipos de atividades: O Compor a partir de uma altura indicada; O Compor a partir de formas específicas (por exemplo: cânon, imitação livre, procedimentos de orquestração, etc.) O Usar estruturas de outros tipos de melodias existentes que não seja somente a do repertório canônico (inserir, por exemplo, melodias africanas, asiáticas, etc.). O Fazer arranjos instrumentais e acompanhamentos. O Inventar e construir novos instrumentos musicais e compondo musica para esses novos instrumentos. O Compor modos particulares de articulação instrumental (por exemplo: harmônicos no piano, beliscar cordas, modos diferentes de assoprar os instrumentos de sopros, etc.)

O Mesmo quando a atividade é experimental o objetivo é fazer obras musicais. O Toda composição, mesmo que comece como um processo silencioso na cabeça, deve ser trabalhada com cuidado e paciência até o compositor ficar totalmente confiante em qual direção irá seguir. O Os estudantes devem aprender, por experiência, que nem sempre as primeiras ideias serão usadas no final. É necessário fazer muitos novos começos antes dela ser usada. O O professor deve ajudar os que estão começando a compor a encontrar coragem!

Fig. 2: Paynter, 1992, p. 24.

Compreensão Musical Tocar Compor O significado da música: Som e estrutura O significado da música: Ideias e arte

Parte I Os sons em música Parte II Ideias musicais Parte III Pensar e fazer Parte IV Modelos de tempo

Parte I Os sons em música O 1. Sons para fora do silêncio O 2. Canção do vento O 3. Encontrando sons O 4. Dedos são grandes inspiradores

Parte III Ideais musicais O 5. Pontos de crescimento O 6. Uma loja comum de melodia O 7. Desenvolvimentos necessários O 8. Reinventar a gramática

Parte III Pensar e fazer O 9. Novos ouvidos O 10. Unidade e variedade: doze compassos para doze notas O 11. Iniciando e parando O 12. Deixando ir

Parte IV Modelos de tempo O 13. Uma estrutura clássica O 14. Figuras em uma paisagem sonora O 15. Como passa o tempo em algum lugar sobre o arco-íris O 16. Uma fase passageira

Projeto 5 Pontos de Crescimento O Uma ideia musical pode ser nada mais do que um motivo curto. Pode até ser uma nota; mas em seguida, seria necessário atributos especiais para se ter uma ideia “memorável”. O Uma ideia é como uma semente. O A semente contém recursos que se tornarão em partes diferentes o que crescer a partir dela. O É um ponto de partida que você pode desenvolver essas qualidades especiais, um por um, tomando o tema como um todo e estendê-lo de várias maneiras.

Aluno: Tarefa 1 O Escolha uma nota qualquer e dar a essa nota algumas características facilmente reconhecíveis: O duração (por exemplo, longos ou muito curtos); O articulação (uma maneira especial de início e fim da nota); O mudança dinâmica (por exemplo, de iniciá-lo suavemente e ficar dramaticamente mais forte); O algum ornamento (por exemplo, um trinado ou um mordente). Tudo o que você decidir fazer, ele terá de ser exagerada para tornar a ideia de uma única nota realmente memorável. Vá ao extremo!

Tarefa 1 - Exemplo O Fig. 3: Paynter, 1992, p. 71. O Fig. 4: Paynter, 1992, p. 71.

Aluno: Tarefa 2 O Escolha duas notas. O Experimentar formas distintas de tocá-las. O A partir desta experiência derivar um motivo musical de duas notas e explorar maneiras de mantê-lo, usando mudanças de dinâmica e articulação para variar e fazê-lo crescer e se desenvolver. O Tente um número significativo de possibilidades; alguns rápido, alguns lento.

Tarefa 2 - Exemplo Fig. 4: Paynter, 1992, p. 71 O Fig 5: Paynter, 1992, p. 71

O Fig. 6: Paynter, 1992, p. 72 O Fig. 7: Paynter, 1992, p. 72

O Fig. 8: Paynter, 1992, p. 72

Aluno: Tarefa 3 O Invente um motivo com característica “forte” como na Tarefa 1, mas com o uso de grupos de 3 ou 4 notas. O Transpor este motivo a diferentes regiões do instrumento, por vezes, saltando de uma região muito baixa à muito alta, outras vezes simplesmente movendo todo o motivo para cima ou para baixo em uma única etapa. O Explorar formas em que essa ideia poderia ser feito em uma peça inteira de música.

Aluno: Tarefa 4 O Invente um motivo musical usando apenas instrumentos de percussão, blocos de madeira, claves, maracas e etc (com sons indeterminados). O Tente descobrir maneiras de exagerar os contrastes de dinâmica e articulação para que você mantenha a ideia estendida e desenvolvida.

Aluno: Tarefa 5 O Para um grupo de 5-10 pessoas com instrumentos de timbres contrastantes. O Cada instrumentista faz um figura curta (2-3 segundos) que inclui características fortes. O Eventualmente, todas as figuras devem ser tocadas simultaneamente. O Busca nesta atividade: O um único gesto dramático, ou seja, um grupo distinto; O Um gesto complexo (motivos individuais acontecendo ao mesmo tempo), O mas auto-suficiente (os motivos, neste momento, não desenvolveram ou alargaram em qualquer forma, mas simplesmente se tornaram como um único gesto altamente expressivo).

O Ao mesmo tempo, uma vez que provavelmente irá durar apenas dois ou três segundos, no máximo, uma parte não deve destacar-se também, obviamente; e todos eles devem se encaixar o mais natural possível. O Você terá que experimentar para ver como isso pode ser feito sem destruir as características dos motivos individuais. O É importante, que os instrumentistas trabalhem não apenas nos motivos individuais, mas também como os motivos podem caminhar juntos.

O Fig. 9: Paynter, 1992, p. 73

Referência O PAYNTER, J. Sound & Structure. Cambridge University Press, Great Britain, 1992.