Vida virtuosa. “Nosso caráter é o resultado da nossa conduta.”

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Transcrição da apresentação:

Vida virtuosa. “Nosso caráter é o resultado da nossa conduta.” Ética Aristotélica Vida virtuosa. “Nosso caráter é o resultado da nossa conduta.”

Aristóteles: Filósofo Grego, nasceu na Macedônia em 384 a. C Aristóteles: Filósofo Grego, nasceu na Macedônia em 384 a.C. Foi discípulo de Platão. Autor da Ética á Nicômaco ; Ética à Eudemo e Grande Ética.

A VIRTUDE EM ARISTÓTELES A VIRTUDE EXIGE PRÉ-REQUISITOS; NÃO É OBRIGATÓRIA, É UMA CONQUISTA, UMA AQUISIÇÃO QUE NÃO É DADA A TODOS A VIRTUDE ESTÁ SSOCIADA AO SABER, À CULTURA.

ÉTICA A NICÔMACO Livro I: Finalismo das ações: tudo visa a obtenção de um bem. Pergunta-se então o que é bem ou bom; de qual ciência o sumo Bem é objeto? O “bem” é identificado como “eudaimonia” (felicidade). Há dois tipos de virtudes: as virtudes éticas (nascem do hábito) e as virtudes “dianoéticas” (próprias da inteligência);

O QUE É A FELICIDADE? (EUDAIMONÍA) Para Aristóteles, o fim por excelência do ser humano é a realização plena de seu próprio ser, condição necessária para chegar à felicidade. O objetivo da vida não é a bondade pela bondade, mas a felicidade. ‘porque escolhemos a felicidade por ela mesma, e nunca com vistas a qualquer coisa além dela; ao passo que escolhemos a honra, o prazer, o intelecto (...) porque acreditamos que através dessas coisas seremos felizes’(Ética, I,7).

Bem Supremo ÉTICA TELEOLÓGICA: (TELOS – FIM, FINALIDADE E LOGOS – TEORIA, CIÊNCIA) Tanto os múltiplos seres existentes, quanto o universo como um todo direcionam-se em última instância a uma finalidade, o bem supremo. O bem supremo realizável pelo homem consiste em aperfeiçoar-se enquanto homem. Embora reconheça o valor dos bens materiais, Aristóteles considera as virtudes da alma como valores supremos.

O que faz a marca específica do homem é o pensamento e a razão que o segue. É a atividade intelectual. Nesta encontra-se a fonte principal das alegrias do homem, ou seja, a fonte donde provém a verdadeira felicidade. Com efeito, a felicidade do homem consiste no aperfeiçoamento da atividade que lhe é própria, ou seja, na atividade segundo a razão. O homem deve, então, subordinar o sensível ao racional. A subordinação da atividade sensível à atividade racional se impõe. É o preço da felicidade humana e a condição da moral humana. Portanto, para ser feliz, o homem deve viver pela inteligência e segundo a inteligência (Nodari, 1997, p. 390).

VIRTUDE: REPETIÇÃO DE UMA SÉRIE DE ATOS SUCESSIVOS A virtude é o resultado de três fatores: a natureza e sua tendência espontânea ao bem; a razão que dirige esta tendência, e a prática que engendra o hábito. São:

a). As dianoéticas, que provêm de uma raiz grega: dianoeomai, que significa pensar. São as virtudes que surgem da atividade de pensar e do desenvolvimento da natureza racional do homem. É a perfeição do puro entendimento. Estas virtudes conduzem à ciência e à sabedoria. b) As éticas que são exercícios harmônicos e equilibrados da atividade pensante do homem, que busca um meio termo, e através do qual evita todo excesso. Tem seu campo de ação na submissão do corpo e seus apetites ao domínio da alma. O meio termo é o critério da moralidade. Assim a temperança é o ponto de equilíbrio entre a abstinência e a gula. A justiça é a principal virtude ética. Esta pode ser comutativa, quando há harmonia entre o que se dá com o que se recebe; e distributiva, quando os homens repartem, equitativamente, os prêmios em proporção direta com os méritos de cada individuo.  Entre as virtudes dianoéticas e as éticas, existe uma verdadeira correlação e necessidade, porque as primeiras servem de guia às segundas.

JUSTO MEIO A Teoria do justo-meio de Aristóteles, pressupõe o homem na busca da felicidade da pólis. Ou seja, o homem é parte da cidade e sua felicidade depende da felicidade da cidade. Portanto, o homem feliz é aquele que chega à cidadania. Para que isso ocorra, o homem tem que buscar a excelência, ser virtuoso, ele tem que agir conforme as virtudes (justo-meio). Para ser virtuoso, o homem tem que usar sua virtude intelectual na ação, atuando na obtenção da virtude moral. Inteligentemente, o homem evita os vícios por falta e por excesso e atinge o justo-meio (a virtude). Por exemplo: entre a vaidade (vício por excesso) e a modéstia (vício por falta) está o respeito próprio (justo-meio). Para Aristóteles não é possível chegar no justo-meio fora da ação. Claro é também que, para calcular inteligentemente sua ação, o homem tem de ter alma.

Sentimento ou paixão (por natureza) Situação em que o sentimento ou a paixão são suscitados Vício (excesso) (por deliberação/ escolha) Vício (falta) Virtude (justo meio) Prazeres Tocar, ter ingerir Ibertinagem Insensibilidade Temperança Medo Perigo, dor Covardia Temeridade Coragem Confiança Riqueza Dinheiro, bens Prodigalidade Avareza Liberalidade Fama Opinião alheia Vaidade Humildade Magnificência Honra Vulgaridade Vileza Respeito próprio Cólera Relação com os outros Irascibilidade Indiferença Gentileza Convívio Zombaria Grosseria Agudeza de espírito Conceder prazer Condescendência Tédio Amizade Vergonha Relação de si com outros Sem-vergonhice Timidez Modéstia Sobre a boa sorte de alguém Relação dos outros consigo Inveja Malevolêcia Justa apreciação Sobre a má sorte Malevolência Justa indignação