ELEIÇÃO: A GARANTIA DE QUE HÁ SALVAÇÃO Rm 10: 16 – 11:10

A eleição não limita, mas sim garante o sucesso do trabalho missionário

No contexto imediatamente anterior, Paulo faz uma série de perguntas, uma corrente de indagações que se ligam, a argumentação é regressiva, pois enfatiza o efeito  causa. A invocação a Cristo é mencionada em primeiro lugar, mas na realidade acontece depois de se ter fé nEle. O motivo é dar a ênfase final em Cristo, aquele que rejeita o pregador, rejeita de fato a Cristo que o enviou. E assim chega a conclusão de que Israel é responsável por sua própria rejeição. Esta rejeição não é arbitrária. 1. A incredulidade de Israel - Rm 10:16-21

Paulo fundamenta sua exposição Paulo usa novamente o recurso de citar textos bíblicos para reforçar sua argumentação: a)10:16 - Is 53:1 Não há nada errado com as Boas Novas, elas foram apresentadas aos judeus, mas eles não a receberam. b) 10:18 – Sl 19:4 A revelação de Deus tanto na criação, quanto na revelação requer do homem a atenção.

Paulo fundamenta sua exposição d) 10:19 - Dt 32:21 Há aqui a contraposição entre ouvir e entender. A citação de Deuteronômio prova que a causa da falta de fé de Israel não foi a ignorância, mas a indisposição. e) 10:20,21 - Is 65:1,2 A ênfase está posta no direito soberano de Deus em conceder salvação a quem bem quiser. A passagem de Isaías indica que Israel era plenamente responsável pelo juízo pronunciado sobre ele.

A eleição da minoria (remanescente) de Israel versus o endurecimento da maioria Paulo pergunta “Deus rejeitou o seu povo?” vs:1 Responde enfaticamente “Deus não rejeitou o seu povo” vs:2 2. A situação de Israel (Rm 11:1-10)

1ª. Prova - pessoal: “Eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim” 2ª. Prova – teológica: Paulo coloca em linha a imutabilidade de Deus, cf Jer 33: ª. Prova – bíblica: Situação vivida por Elias 4ª. Prova – contemporânea: a existência de um remanescente O apóstolo apresenta quatro provas para essa afirmação:

3. O remanescente e a eleição da graça No verso 6 Paulo sente necessidade de mencionar que a salvação não é pelas obras, porque a questão das obras e o mérito humano, era a própria pedra angular da religião judaica. (Hendriksen p.457 Toda a Escritura ensina a salvação do remanescente - Noé Gn 6:1-8; Elias, como já vimos; Rm 9:27 cf Is 10:10-22) A eleição é pela graça e não pelas obras. Graça ≠ Obras - antônimos

Eleição de Israel – remanescente Eleição dos gentios Historicamente o que Israel buscava, como nação e não obteve, era a justiça, o direito de permanecer com Deus. Isso foi obtido pelos eleitos, os gentios e só remanescente de Israel. Paulo cita Moisés Dt 29:4 “fala de torpor que é um profundo sono durante o qual a pessoa permanece insensível às impressões que lhe vêm de fora” (cf Is 29:10) e Davi Sl 69:22-23 um salmo messiânico em que Israel é colocado como o perseguidor do Messias. 3. O remanescente e a eleição da graça - (vs 7-10)

A eleição é fato incontestável Questão crucial: Como isto se relaciona com nosso dever de evangelizar (fazer missões)? Nicodemus (2011) nos diz que devemos lembrar que Paulo mesmo crendo na Soberania divina na eleição: – 1) Não via nenhuma incoerência em sentir compaixão pelo perdido rejeitado; – 2) Não via nenhuma incoerência na necessidade de pregar o Evangelho (pois o mesmo Deus que elege pessoas elegeu que o método pelo qual elas seriam salvas fosse a pregação) Aplicação

R. B. Kuiper, faz as seguintes afirmações: 1.Em vez de tornar supérflua a evangelização, a eleição requer a evangelização. Todos os eleitos de Deus têm que ser salvos. Nenhum deles pode perecer. E o Evangelho é o meio pelo qual Deus lhes comunica a fé salvadora. De fato, é o único meio que Deus emprega para esse fim. "A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus" (Romanos 10:17). A eleição não limita a ação missionária

O pregador do Evangelho não tem como dizer quem em seu auditório pertence aos eleitos e quem não pertence. Mas Deus sabe. E Deus está pronto para aplicar e abençoar Sua Palavra nos corações dos Seus eleitos para a salvação 2. A eleição assegura que a evangelização resulte em conversões genuínas

HENDRISEN, W. Comentário do Novo Testamento - Romanos. Trad. Valter Graaciano Martins. São Paulo. Mundo Cristão, KUIPER, R.B. Evangelização Teocêntrica. São Paulo: PES, NICODEMUS, A. Soberania de Deus e a responsabilidade humana na evangelização. In: renciafiel-2011-%E2%80%93-augustus-nicodemus- soberania-de-deus-e-a-responsabilidade-humana-na- evangelizacao/#ixzz2InYYXZXk STOTT, J. Romanos. Trad. Silêda e Marcus D.S. Steuernagel. São Paulo: ABU, Referências