PREVENÇÃO

Níveis de PREVENÇÃO EM SAÚDE Primária Promoção da Saúde Protecção específica Secundária Diagnóstico e tratamento precoce e limitação da incapacidade Terciária Reabilitação e reintegração precoces e potenciação da capacidade funcional da pessoa (LEAVELL & CLARK, 1965, cit. STANHOPE e LANCASTER, 1995)

PREVENÇÃO PRIMÁRIA Conjunto de actividades que visam evitar ou remover a exposição a um factor de risco antes que desenvolva a doença, (JAMOULE et all, 2002). Promoção da Saúde Protecção específica A finalidade é reduzir a incidência da doença Controlar os factores de risco ou causais, ou ainda reduzir o risco médio na população, (ALWAN,1997).

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA Tem como finalidade a detecção de um problema de saúde numa fase precoce. Diagnóstico e tratamento precoce e limitação da incapacidade É aqui que se enquadram os rastreios.

PREVENÇÃO TERCIÁRIA Tem como finalidade reduzir os custos sociais e económicos dos estados de doença na população. Inclui a reabilitação e reintegração precoce, potenciando a capacidade funcional dos indivíduos.

MAIS RECENTEMENTE Prevenção Primordial Associada às doenças crónico – degenerativas Visa evitar estilos de vida que se sabem contribuir para um risco acrescido de doença. Inclui programas de promoção de determinantes positivas de saúde como: nutrição adequada, prática de exercício físico etc.

MAIS RECENTEMENTE Prevenção quaternária Pretende evitar o excesso de intervenção médica; Detecção de indivíduos em risco sobretratamento; Assenta em dois princípios: o da precaução e o da proporcionalidade; Principio da proporcionalidade - utilização criteriosa dos recursos Princípio da precaução - curar sem causar dano

PREVENÇÃO QUATERNÁRIA Visa: “Evitar ou atenuar o excesso de intervencionismo médico” Actos médicos desnecessários ou injustificados (ALMEIDA, 2003: 93) Capacitar a pessoa (através da informação)para a tomada de decisão autónoma, evitando falsas expectativas quanto às vantagens e inconvenientes dos métodos diagnósticos ou terapêuticos propostos (GÉRVAS e FÉRNANDEZ, 2003, cit. ALMEIDA, 2005) Detectar pessoas em risco de sobretratamento (overmedicalisation), protegendo-as de intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis (JAMOULLE, 2000, cit. ALMEIDA, 2005)

PREVENÇÃO QUATERNÁRIA “Em Oncologia enquadra-se nos cuidados paliativos” (ALMEIDA, 2005:94). Melhoria da qualidade de vida dos doentes Prevenir e aliviar o sofrimento do doente e familiares (OMS; citado , ALMEIDA, 2005). Pertinente no grupo etário dos idosos

PROMOÇÃO DA SAÚDE É o conjunto das acções da população, dos serviços de saúde, das autoridades sanitárias e de outros sectores sociais e produtivos, dirigidas ao desenvolvimento das melhores condições de saúde individual e colectiva (SALAZAR, 2004).

PROMOÇÃO DA SAÚDE Processo de «capacitar» (enabling) as pessoas para aumentarem o controlo sobre a sua saúde, e para a melhorar”(Carta de OTAWA, 1986, cit. RIBEIRO, 1998:69) Documento de referência para as Conferências Internacionais de Promoção da Saúde, promovidas pela OMS: Otawa, 1986; Adelaide, 1988; Sundswall, 1991; Bogotá, 1992; Jacarta, 1997; México, 2000; Bangkok, 2005

PROMOÇÃO DA SAÚDE Assenta em cinco princípios: “Compromisso activo da população Acção orientada para as causas dos problemas de saúde Abordagem multisectorial Participação do público Mobilização dos profissionais da saúde, em especial os do sector dos cuidados de saúde primários” (MARCOLINO, 1987: 68)

PROMOÇÃO DA SAÚDE COMPONENTE BÁSICA da Promoção da saúde Educação para a Saúde (estratégia da Promoção da Saúde) “acção exercida sobre os indivíduos no sentido de modificar os seus comportamentos, a fim de adquirirem e conservarem hábitos de saúde saudáveis, aprenderem a usar judiciosamente os serviços de saúde que têm à sua disposição e estarem capacitados para tomar, individualmente ou colectivamente, as decisões que implicam a melhoria do seu estado de saúde e o saneamento do meio em que vivem” (DIAS, et al., 2004: 465)

BILIOGRAFIA ALMEIDA, Lúcio Meneses – Da prevenção primordial à prevenção quaternária. Saúde Pública, Vol.23, n.º 1, 2005, 91- 95. DIAS, Maria do Rosário et al. – Promoção da saúde: O renascimento de uma ideologia? Análise Psicológica (3), 2004, 463 – 473. MARCOLINO, Alberto M. Carvalhosa – Conferência internacional para a promoção da saúde – Carta de Otava. Saúde Pública, Vol 5 (3,4), 1987 RIBEIRO, José Luís – O Importante é a Saúde. Lisboa: Fundação Merck Sharp & Dohme, 2005. SALAZAR, Ligia – Evaluación de Efectividade en Promoción de la salud, Guia de Evaluación Rápida. CEDETES: Universidad del Valle, Cali, Clômbia, 2004.