Professora Rosana Rossatto
Geralmente, classificamos aquilo que podemos ver, tocar, sentir, ou seja, o que faz parte do mundo da matéria. Chegamos até mesmo a dizer que algo não existe, simplesmente porque não podemos percebê-lo com os sentidos.
Alguns artistas se dedicam mais à invenção e à fantasia. Sentem-se livres para criar obras que expressem os sentimentos e as coisas pensadas. Assim, tornam mais evidente a possibilidade de pensar sobre o que não existe – ou, pelos menos, sobre o que não podemos provar que existe, por meio dos cinco sentidos.
Um dos critérios mais utilizados pelas pessoas para afirmarem que algo existe é o fato de percebê-lo com a ajuda dos sentidos. E, por meio das obras de ficção, podemos ver e ouvir coisas imaginárias.
Estamos cercados por uma incrível diversidade de seres e coisas. Dessa forma, cada um de nós conhece apenas uma parte daquilo que existe. Além disso, podemos conhecer algo que outra pessoa desconhece ou vice-versa.
No século XX, o filósofo francês Jean-Paul Sartre destacou uma diferença fundamental entre os modos de existir das coisas e das pessoas. As coisas são pensadas e planejadas por alguém antes de existirem.
As pessoas, primeiramente, nascem, ou seja, começam a existir. Somente depois disso, planejam os seus próprios modos de ser, pensar, agir e conviver. Assim, elas transformam sua existência, dia após dia, com as escolhas que fazem e as atitudes que tomam. Por isso, talvez encontremos coisas iguais, mas não pessoas iguais.