PROCESSOS HISTÓRICOS E BIOGEOGRÁFICOS. 2. O POOL REGIONAL DE ESPÉCIES Importância da especiação Ricklefs 1987, Ricklefs and Schluter 1993 1. O ECLIPSE.

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Transcrição da apresentação:

PROCESSOS HISTÓRICOS E BIOGEOGRÁFICOS

2. O POOL REGIONAL DE ESPÉCIES Importância da especiação Ricklefs 1987, Ricklefs and Schluter O ECLIPSE DA HISTÓRIA E A BAGUNÇA EM ECOLOGIA DE COMUNIDADES Contingências históricas Lawton 1999, Simberloff INFERINDO PROCESSOS A PARTIR DOS PADRÕES Diversidade local x regional Loreau 2000, Harrison & Cornell O OUTRO LADO DA MOEDA O que pensam os biogeógrafos? Wiens & Donoghue INTEGRAÇÃO Ecologia + Biogeografia Mittelbach et al. 2007, Jenkins & Ricklefs 2011, Harrison & Cornell 2008

DIVÓRCIO entre a diversidade local e os processos regionais e históricos ECLIPSE DA HISTÓRIA (Kingsland 1985; Ricklefs 1987) a partir de 1920 Lotka e Volterra - formulações matemáticas - interação entre populações Gause - experimentos de exclusão competitiva Hutchinson - empacotamento de espécies no espaço multidimensional do nicho, similaridade limitante May - equilíbrios determinísticos em sistemas caracterizados pela matriz de interações entre as espécies

DIVÓRCIO entre a diversidade local e os processos regionais e históricos Trouxe a DIVERSIDADE DE ESPÉCIES para o campo da Ecologia Modificou profundamente a disciplina ECLIPSE DA HISTÓRIA (Kingsland 1985; Ricklefs 1987)

ECOLOGIA DE COMUNIDADES “tradicional”: foco local (comunidades bem delimitadas - pequenas, homogêneas e fechadas) reducionista (determinadas pela INTERAÇÃO ENTRE ESPÉCIES e entre ELAS E O AMBIENTE) ECLIPSE DA HISTÓRIA (Kingsland 1995; Ricklefs 1987)

ECOLOGIA DE COMUNIDADES é uma bagunça! compilação de estudo de casos Lawton 1999, Simberloff 2004 cada caso é um caso – contingência ECOLOGIA DE COMUNIDADES É UMA BAGUNÇA!

Será que a consideração do contexto regional e histórico das COMUNIDADES LOCAIS leva a bagunça ou ajuda a organizá-la? Lawton 1999, Simberloff 2004 ECOLOGIA DE COMUNIDADES É UMA BAGUNÇA!

PROCESSOS HISTÓRICOS E BIOGEOGRÁFICOS 2. O POOL REGIONAL DE ESPÉCIES Importância da especiação Ricklefs 1987, Ricklefs and Schluter O ECLIPSE DA HISTÓRIA E A BAGUNÇA EM ECOLOGIA DE COMUNIDADES Contingências históricas Lawton 1999, Simberloff INFERINDO PROCESSOS A PARTIR DOS PADRÕES Diversidade local x regional Loreau 2000, Harrison & Cornell O OUTRO LADO DA MOEDA O que pensam os biogeógrafos? Wiens & Donoghue INTEGRAÇÃO Ecologia + Biogeografia Mittelbach et al. 2007, Jenkins & Ricklefs 2011, Harrison & Cornell 2008

“Pool” regional de espécies - especiação Maioria das abordagens em Ecologia de Comunidades: deixam de lado a questão de como, para começar, as espécies em uma área surgem

“Pool” regional de espécies - especiação Maioria das abordagens em Ecologia de Comunidades: uma questão deixada para a Biogeografia e Macroevolução

“We can no more afford to exclude SPECIATION from COMMUNITY ECOLOGY than we can afford to exclude MUTATION from POPULATION GENETICS, even if speciation is a far more complex process.” Vellend 2010 Contribuições mais importante nesse sentido: Ricklefs 1987, Ricklefs & Schluter 1993 (perspectiva histórica e geográfica) Brown 1995 (macroecologia) Ricklefs & Schluter 1993 “Pool” regional de espécies - especiação

Importância do pool regional Teoria Neutra da Biodiversidade - Hubbell (2001) Comunidade neutra de tamanho fixo Taxa de especiação constante Taxa de extinção – deriva que aumenta com o número de espécies – mais espécies tamanhos populacionais menores (... “Pool” regional de espécies - especiação

Mesmo em ESCALA ESPACIAL E TEMPORAL PEQUENAS (LOCAL), onde a taxa de ESPECIAÇÃO É INSIGNIFICANTE, através de seus efeitos no POOL REGIONAL de espécies, a ESPECIAÇÃO pode se tornar um DETERMINANTE IMPORTANTE da dinâmica de comunidades...) Ricklefs & Schluter 1993 “Pool” regional de espécies - especiação

EXEMPLOS – diversidade ≠, ambiente =, “diversity anomalies” Mangues na Malásia – ~ 40 espécies Resto do mundo – 3 a 4 espécies “Pool” regional de espécies - especiação

EXEMPLOS – diversidade ≠, ambiente ≠, diversidade em gradientes ambientais “Pool” regional de espécies - especiação Condições ambientais definem onde as espécies estão - COMPOSIÇÃO Mas porque algumas condições ambientais têm mais espécies?

“Pool” regional de espécies - especiação EXEMPLOS – diversidade ≠, ambiente ≠, diversidade em gradientes ambientais Análise filogenética salamandras Bolitoglossinae (Meso América) Wiens et al  Ponto central da distribuição altitudinal das espécies  Reconstrução para os ancestrais (maioria elevação intermediária)  Data de divergência dos clados tempo de colonização de faixas altitudinais taxa de diversificação dos clados

Wiens et al Análise filogenética salamandras Bolitoglossinae (Meso América) “Pool” regional de espécies - especiação EXEMPLOS – diversidade ≠, ambiente ≠, diversidade em gradientes ambientais Clados Faixas altitudinais (500 m)

EXEMPLOS – diversidade ≠, ambiente ≠, diversidade em gradientes ambientais Condições ambientais definem onde as espécies estão - COMPOSIÇÃO Mas porque algumas condições ambientais têm mais espécies? “Pool” regional de espécies - especiação POR CAUSA DO MAIOR TEMPO DE COLONIZAÇÃO DE CERTAS PARTES DO GRADIENTE ancestral de origem temperada altitudes intermediárias ~ zona temperada

PROCESSOS HISTÓRICOS E BIOGEOGRÁFICOS 2. O POOL REGIONAL DE ESPÉCIES Importância da especiação Ricklefs 1987, Ricklefs and Schluter O ECLIPSE DA HISTÓRIA E A BAGUNÇA EM ECOLOGIA DE COMUNIDADES Contingências históricas Lawton 1999, Simberloff INFERINDO PROCESSOS A PARTIR DOS PADRÕES Diversidade local x regional Loreau 2000, Harrison & Cornell O OUTRO LADO DA MOEDA O que pensam os biogeógrafos? Wiens & Donoghue INTEGRAÇÃO Ecologia + Biogeografia Mittelbach et al. 2007, Jenkins & Ricklefs 2011, Harrison & Cornell 2008

COMUNIDADES NÃO- SATURADAS, DETERMINADAS PELO POOL REGIONAL DE ESPÉCIES Ricklefs 1987 Inferindo processos a partir dos padrões COMUNIDADES SATURADAS, DETERMINADAS POR INTERAÇÕES LOCAIS E AMBIENTE

QUAL O PROBLEMA COM ESTA INTERPRETAÇÃO? Ricklefs 1987 Outros processos podem gerar os mesmos padrões... Inferindo processos a partir dos padrões Harpole & Tilman 2006

γ = α + β γ = regional α = local β = entre locais Loreau 2000 Quais fatores transferem diversidade de beta para alfa? γ = 3 α = 3 β = 0 γ = 3 α = 1 β = 2 Inferindo processos a partir dos padrões

1. ESCALA ESPACIAL – quanto maior, mais espécies são incluídas no “local” e a relação tende a uma reta 2. HETEROGENEIDADE AMBIENTAL – quanto menor, menos as espécies se segregam entre “locais” e a relação tende a uma reta 3. DISPERSÃO – quanto maior, mais semelhantes as comunidades entre “locais” e a relação tende a uma reta γ = 3 α = 3 β = 0 γ = 3 α = 1 β = 2

Mouquet & Loreau 2003 – simulação de comunidades locais competitivas dispersão transfere diversidade de beta para alfa, até o ponto máximo α = γ a partir daí α e γ diminuem porque espécie dominante exclui as demais Inferindo processos a partir dos padrões

QUAL O PROBLEMA COM ESTA INTERPRETAÇÃO? Ricklefs 1987 Mesmo que de fato as comunidades sejam saturadas, o são em relação a um determinado POOL aqui e agora... AO SEU POOL... Se o pool muda, não muda somente o NÚMERO, mas QUAIS espécies Inferindo processos a partir dos padrões Tempo Substituir tempo por espaço não parece adequado

Inferindo processos a partir dos padrões Maioria dos estudos indica uma relação linear positiva entre riqueza regional e local Evidência de que as comunidades locais são abertas ao enriquecimento regional ENTRETANTO, o grau de linearidade desta relação não é suficiente para determinar a força das interações locais Necessidade de experimentos Harrison & Cornell 2008

Inferindo processos a partir dos padrões Crustáceos do zooplancton em lagos Shurin et al. 2000, Shurin 2000 OBSERVAÇÃO (revisão de estudos) EXPERIMENTO (4 lagos)

Inferindo processos a partir dos padrões Interações fortes e abertura ao enriquecimento regional NÃO SÃO mutuamente exclusivos DISTÚRBIOS DISPERSÃO Harrison & Cornell 2008

PROCESSOS HISTÓRICOS E BIOGEOGRÁFICOS 2. O POOL REGIONAL DE ESPÉCIES Importância da especiação Ricklefs 1987, Ricklefs and Schluter O ECLIPSE DA HISTÓRIA E A BAGUNÇA EM ECOLOGIA DE COMUNIDADES Contingências históricas Lawton 1999, Simberloff INFERINDO PROCESSOS A PARTIR DOS PADRÕES Diversidade local x regional Loreau 2000, Harrison & Cornell O OUTRO LADO DA MOEDA O que pensam os biogeógrafos? Wiens & Donoghue INTEGRAÇÃO Ecologia + Biogeografia Mittelbach et al. 2007, Jenkins & Ricklefs 2011, Harrison & Cornell 2008

QUAL O PROBLEMA COM ESTE ESQUEMA? O outro lado da moeda – o que pensam os biogeógrafos? Ricklefs & Schluter 1993

DICOTOMIA ENTRE PROCESSOS ECOLÓGICOS E BIOGEOGRÁFICOS BIOGEOGRÁFICOS Regionais Aumentam a diversidade ECOLÓGICOS Locais Diminuem a diversidade O outro lado da moeda – o que pensam os biogeógrafos? Ricklefs & Schluter 1993

RICKLEFS ênfase na dicotomia local-regional um problema dos ecólogos solução: ampliar escala de análise O outro lado da moeda – o que pensam os biogeógrafos?

Que alguma coisa caiu no abismo... O outro lado da moeda – o que pensam os biogeógrafos? Wiens & Donoghue 2004

ECOLOGIA deixou de lado os processos históricos e evolutivos baseou-se em testes de correlação entre diversidade e variáveis ambientais (clima, produtividade, etc) sem avaliar o que ligariam essas variáveis à produção de um maior número de espécies ou a menor extinção de espécies BIOGEOGRAFIA HISTÓRICA deixou de lado as questões ecológicas que condicionam a distribuição das espécies produz filogenias e cladogramas de área sem usar essas ferramentas no entendimento dos processos e mecanismos por trás dos padrões de distribuição das espécies e diversidade O outro lado da moeda – o que pensam os biogeógrafos?

RICKLEFS ênfase na dicotomia local-regional ampliar escala WIENS ênfase na inexistência de dicotomia enxergar os padrões de distribuição em ampla escala como reflexo de processos ecológicos de requerimentos de nicho, habilidade de dispersão e interação com outras espécies O outro lado da moeda – o que pensam os biogeógrafos?

Wiens 2011 INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia

Distribuição e invasão de ecomorfotipos - Wiens 2011 INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia 1 SÓ CLADO POR REGIÃO primeira ocupação de um nicho favorece irradiação no clado talvez dificulte a evolução de atributos semelhantes em outros clados da região

Distribuição e invasão de ecomorfotipos - Wiens 2011 INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia ENTRETANTO, não impede a ampliação de distribuição (invasão) de clados com mesmo ecomorfotipo regiões não estão saturadas competição não limita distribuição

Ricklefs 1987 Apesar das falhas: chamou a atenção dos ecólogos para a importância do pool regional e de processos em escalas espaciais e temporais maiores na estruturação de comunidades locais em última instância, o que gera espécies é a especiação.... outros processos afetam a manutenção Ricklefs & Schluter 1993 O outro lado da moeda – o que pensam os biogeógrafos?

PROCESSOS HISTÓRICOS E BIOGEOGRÁFICOS 2. O POOL REGIONAL DE ESPÉCIES Importância da especiação Ricklefs 1987, Ricklefs and Schluter O ECLIPSE DA HISTÓRIA E A BAGUNÇA EM ECOLOGIA DE COMUNIDADES Contingências históricas Lawton 1999, Simberloff INFERINDO PROCESSOS A PARTIR DOS PADRÕES Diversidade local x regional Loreau 2000, Harrison & Cornell O OUTRO LADO DA MOEDA O que pensam os biogeógrafos? Wiens & Donoghue INTEGRAÇÃO Ecologia + Biogeografia Mittelbach et al. 2007, Jenkins & Ricklefs 2011, Harrison & Cornell 2008

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Ecológicas falham em explicitar o mecanismo entre ambiente e especiação/ extinção ECOLÓGICAS HISTÓRICAS EVOLUTIVAS ENTRETANTO, nas evolutivas e parte das históricas – mecanismos são praticamente todos ECOLÓGICOS! Mittelbach et al. 2007

Wiens & Donoghue 2004 INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia EXEMPLO – conservadorismo de nicho

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia EXEMPLO – conservadorismo de nicho

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Editado por Jenkins & Ricklefs, agosto 2011

Será que a consideração do contexto regional e histórico das COMUNIDADES LOCAIS leva a mais bagunça ou ajuda a organizá-la? O caso do efeito da produtividade sobre a diversidade de espécies ECOLOGIA DE COMUNIDADES É UMA BAGUNÇA!

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Produtividade considerada importante determinante da diversidade das comunidades: ESCALA AMPLA Responsável pelo padrão de variação latitudinal Relação positiva ESCALA LOCAL Paradoxo da diversidade Relação Unimodal

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Tilman & Pacala 1993 Debate até hoje

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Relação da DIVERSIDADE LOCAL com a PRODUTIVIDADE depende da HISTÓRIA EVOLUTIVA do POOL REGIONAL Compilação de estudos produtividade-diversidade local PADRÃO UNIMODAL mais freqüente nas zonas temperadas PADRÃO POSITIVO mais freqüente nas zonas tropicais Poucos ambientes produtivosMuitos ambientes produtivos Partel et al. Ecology 2007

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Harisson & Grace Am Nat 2007 Relação da DIVERSIDADE LOCAL com a PRODUTIVIDADE depende da HISTÓRIA EVOLUTIVA do POOL REGIONAL Regional Plantas em afloramentos de solos de serpentina (ricos em ferro e magnésio)

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Harisson & Grace Am Nat 2007 Relação da DIVERSIDADE LOCAL com a PRODUTIVIDADE depende da HISTÓRIA EVOLUTIVA do POOL REGIONAL Local

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Harisson & Grace Am Nat 2007 Relação da DIVERSIDADE LOCAL com a PRODUTIVIDADE depende da HISTÓRIA EVOLUTIVA do POOL REGIONAL Local

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia pH solo diminui nos trópicos

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Enallagma - donzelinha diversidade maior diversidade menor

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Enallagma - donzelinha Adaptações para fugir de um novo predador surgiram em poucas linhagens e mais recentemente

INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia Uso de modelos nulos – uma maneira de controlar as contingências

Será que a consideração do contexto regional e histórico das COMUNIDADES LOCAIS leva a mais bagunça ou ajuda a organizá-la? ECOLOGIA DE COMUNIDADES É UMA BAGUNÇA!

PROCESSOS ECOLÓGICOS VS. BIOGEOGRÁFICOS? INTEGRAÇÃO - Ecologia + Biogeografia PROCESSOS LOCAIS VS. REGIONAIS? Vellend 2010

FASCINANTE!!