A sociologia de Durkheim Luciano Mendes

Èmile Durkheim (1858 – 1917) Nasceu em Épinal, região nordeste da França; Formou-se em filosofia na École Normale Supérieure; Teve contato com as obras de August Comte e Hebert Spencer; Partiu do princípio da existência de uma “consciência coletiva” (o homem não é apenas um mero selvagem pois se tornou sociável); A socialização, então, é a aprendizagem dos hábitos e costumes de um grupo social; Desta socialização decorrem os fatos sociais, que são os orientadores para os comportamentos dos indivíduos; e O fato social precisa atender a três características: generalidade, exterioridade e coercitividade.

A sociologia tem o papel de revelar as leis que regem o comportamento dos indivíduos; Em uma sociedade evoluída, a consciência individual dá lugar à consciência coletiva; A sociedade, então, é um todo integrado (se algo não vai bem, não vai bem em toda sociedade); Do fato social decorre a instituição social, que é o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente; e No contexto em que Durkheim viveu, as instituições sociais estavam enfraquecidas (desempregados, doentes, marginalizados...), o que não poderia ser negado em uma sociedade orgânica. Èmile Durkheim (1858 – 1917)

A especificidade do objeto sociológico: A Sociologia pode ser definida como a ciência “das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento”, ou seja, de “toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade”; O método de estudo da sociologia: Deveria assemelhar-se ao adotado pelas ciências naturais ; Os cientistas sociais investigariam possíveis relações de causa e efeito e regularidades com vistas à descoberta de leis e mesmo de “regras de ação para o futuro” Algumas regras na observação dos fatos sociais: 1) ser considerados coisas (a coisa se opõe à ideia); 2) os fenômenos tratados a partir dos caracteres exteriores que lhes são comuns; 3) O sociólogo deve, portanto, ter a atitude mental e comportar-se diante dos fatos da mesma maneira que o faria qualquer cientista; 5) através da observação e a experimentação, passando dos caracteres mais exteriores para os menos visíveis Èmile Durkheim (1858 – 1917)

As normas sociais Durkheim e a interiorização das normas sociais: A sociedade precede o indivíduo; Existe uma consciência coletiva: conjunto das crenças e dos sentimentos comuns a um grupo de membros de uma coletividade; Mudanças sociais brutas e a fraqueza na eficiência das normas sociais (anomia) geram comportamentos individualista, inclusive o suicídio.

As normas sociais Durkheim, a regulação e a integração social e o suicídio (4 casos): Suicídio fatalista: regulação social excessiva (ausência do divórcio); Suicídio altruísta: integração social excessiva (a hora na batalha perdida); Suicídio egoísta: integração social muito fraca (indivíduo remetido a ele mesmo); Suicídio anômico: enfraquecimento da influência das normas sociais (períodos de mudanças sociais)

As normas sociais Durkheim e a interiorização das normas sociais: As rápidas mudanças e os índices de suicídios: Por exemplo: fases de prosperidade econômica aumenta as taxas de suicídios; O desvio da norma: Um fato social é norma para um tipo social determinado; Toda sociedade tende a definir o que é o comportamento normal.

As normas sociais Durkheim, o crime e o desvio da norma: O crime não é algo patológico, mas normal (Durkheim): Nem todos os membros de uma sociedade estão fortemente arraigados em relação às normas sociais; A natureza do crime varia em função do estado da sociedade, ou seja, não existe definição universal do crime; O crime é necessário e pode se mostrar útil à sociedade (reestabelecer as normas e bons costumes); O crime é um fenômeno social ordinário, mesmo que em determinados períodos ele me manifeste como patológico.

As normas sociais Durkheim, o crime e o desvio da norma: O crime surge a partir das relações sociais e torna-se um fenômeno explicativo sobre os problemas encontrados na sociedade; A diminuição no número de homicídios revelou o aumento, na sociedade moderna francesa, do número de crimes contra os bens (roubo, furto, arrobamento de casas, etc.); A estatística não revela a causa do crime, mas seu possível resultado: O crime contra os bens é endereçado a uma classe social mais abastada, enquanto a agressão, muitas vezes, é endereçado a um grupo de jovens das categorias populares.