O que foi o Modernismo? O modernismo foi um movimento artístico, cultural, político e social bem amplo que ocorreu na primeira metade do século XX, o qual fora dividido em três fases, posto que cada uma apresentava suas singularidades, de acordo com o contexto histórico inserido. Situada entre o Simbolismo e o Pós-Modernismo. Esse momento foi marcado pela efervescência de novas ideias e modelos.

Contexto Histórico O Modernismo nasceu no período denominado entre guerras, posto que a primeira guerra mundial ocorreu de 1914 a 1918 e a segunda de 1939 a A insatisfação política no Brasil em decorrência do aumento da inflação, a qual fazia aumentar a crise e propulsionava greves e protestos, entre eles: a revolta da chibata, guerra de canudos, guerra do contestado e a descoberta da vacina BCG. E a queda da bolsa de Nova York, em 1929 que resultou numa grande crise mundial, refletida nas sociedades de diversos países, fazendo despontar a segunda guerra mundial e os governos totalitários que surgiram: nazismo, fascismo, franquismo e salazarismo na Europa.

Primeira Geração Modernista A primeira geração modernista ou primeira fase do modernismo no Brasil é chamada de "fase heroica" e se estende de 1922 até Essa fase se resumi a uma tentativa de reestruturar o país politicamente, e também no campo das artes (estimulado pelas Vanguardas Europeias) surge a motivação para romper com o tradicionalismo, sendo a “Semana de Arte Moderna” a fronteira que marca a tentativa de mudança artística.

Os artistas modernistas que merecem destaque nessa primeira fase é denominado de “ Grupo dos Cinco ”, composto pelos escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia e as pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti.

Características As principias características da primeira geração modernista são: Nacionalismo Subjetivismo Valorização do cotidiano Resgate das raízes culturais brasileiras Críticas à realidade brasileira Oposição ao parnasianismo e ao academicismo Renovações artísticas Ironia, sarcasmo e irreverência Caráter anárquico e destruidor Uso de versos livres e brancos

O que foi a “Semana de Arte Moderna”? Esse evento, ocorrido em São Paulo no Teatro Municipal durante os dias 11 a 18 de fevereiro de 1922, representou uma ruptura com os padrões artísticos tradicionais, de forma que os artistas envolvidos tinham como principal intuito apresentar uma estética inovadora, pautada nas vanguardas artísticas europeias (cubismo, futurismo, expressionismo, dadaísmo, surrealismo, etc.), iniciadas a partir do final do século XX.

Antecedentes da Semana de 22 Alguns eventos e exposições marcam este período e antecedem a eclosão do Modernismo Brasileiro, sendo eles: A exposição de Lasar Segall, em 1913, apesar de não causar muita repercussão, sinalizou contatos com as vanguardas alemãs. A exposição de Anita Malfatti, em 1917, que instigou os artistas e jovens intelectuais a se organizar como grupo e promover a arte moderna nacional. E em 1920, o grupo de jovens paulistas, já denominados futuristas descobrem Victor Brecheret, recém chegado de Roma. Com suas esculturas pós-Rodin, que causaram grande impacto e, de imediato, o grupo polariza-se em torno do escultor.

Incorporação do Nacionalismo Ainda que estivessem características das vanguardas europeias, o evento buscava apresentar uma arte mais brasileira, e por esse motivo, priorizava o nacionalismo, portanto a cultura e a identidade do Brasil. Com isso, essa fase também é marcada pelos manifestos nacionalistas: Pau-Brasil Verde-amarelismo ou Escola da Anta Movimento Antropofágico Através das características desses manifestos, temos por análise a identificação de duas posturas nacionalistas distintas: de um lado o nacionalismo consciente, crítico da realidade brasileira, e de outro um nacionalismo ufanista, utópico, exacerbado.

Destaques do Evento Interação com o público Ideias arejadas Influência duradoura Polêmica no palco

Legado da Semana de 22 O principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional.