História da Reflexão sobre a Natureza

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Transcrição da apresentação:

História da Reflexão sobre a Natureza Professor: Bruno Pettersen

As primeiras Reflexões sobre o mundo natural Primeira Parte As primeiras Reflexões sobre o mundo natural

A natureza pré-mundo grego Egípcios e Babilônios

Antes da Escrita Surgimento do Homo Sapiens: 200 mil anos Povos entre 50.000 a.c. até 10.000 a.c. – Início do comportamento moderno do humano até a agricultura Os símbolos foram desenvolvidas há cerca de 30.000 anos atrás, e a escrita há cerca de 8.600 anos A reflexão sobre a natureza: não há registros de reflexões sistemáticas acerca da natureza antes do desenvolvimento da escrita.

Babilônios Mesopotâmia 6000 a.C. a 331 a.C. (Região entre os rios Tigre e Eufrates – Oriente Médio) Babilônia 1950 a.C a 539 a.C. (Hoje, Iraque) – (Desenvolvem a principal astronomia da antiguidade) Primeiras observações do céu noturno com o objetivo de estabelecimento dos calendários. O calendário deles era lunar e solar, com 235 meses solares equivalendo à 19 anos solares.

Egípcios Egito Antigo 3150 a.C. a 30 a.C. Depois de 30 a.C. domínio Romano Desenvolveram a geometria, matemática e uma astronomia prática

Os Gregos

Gregos – Contemplação Os gregos, ao contrário dos babilônicos se interessaram em oferecer uma resposta que explicava a causa dos comportamentos observados na natureza. Eles não queriam apenas oferecer um relato da regularidade, o interesse deles fora principalmente contemplativo, isto é, buscar uma explicação. A suposição era de que a multiplicidade da natureza poderia ser reduzida à poucos ou apenas um princípio orientador. Fosse a água, o apeíron, os números, ou qualquer outro princípio a natureza era ordenada.

Gregos – Uma investigação qualitativa Toda a pesquisa realizada na antiguidade acerca da natureza tinha o interesse de revelar características essenciais da natureza. O problema era justamente entender qual era o motivo, o porquê do acontecimento natural. Assim a questão era saber exatamente o porquê, p.ex. das órbitas dos planetas terem o comportamento que tem. Inicialmente toda a pesquisa era assim qualitativa, pois estava interessada no revelar da essência da natureza.

Os pré-socráticos Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto e Heráclito de Éfeso; Escola Itálica: Pitágoras de Samos; Escola Eleática: Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melisso de Samos; Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento e Anaxágoras de Clazômena, Atomistas: Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.

Platão 428/427 – a 348/347 a.C Propõe que o conhecimento deve se focar naquilo que na natureza é inteligível e necessário. Faz uma série de investigações matemáticas da natureza (Sólidos Platônicos) especialmente no Timeu, Mênon, Teeteto.

Aristóteles 384 a.C. a 322 a.C. Início de uma investigação da natureza, sendo inclusive o primeiro pensador a propor teorias sistemáticas sobre a Biologia e a Física. Sublunar e supralunar: A ideia de um universo ordenado, dividido na região sublunar, ou terrena, que era mutável e corruptível, e a região celestial, que era imutável e perfeita. Aristóteles postulou que os céus continham 55 esferas, com “Motor Imóvel", dando movimento a todas as esferas dentro dele.

Andrew Borde:  The First Book of the Introduction of Knowledge, 1542.

https://goo.gl/dfTEHq

Quatro Causas Causa formal: É a causa que dá forma à substância. Causa material: É a causa que estabelece a matéria à substância. Causa eficiente: É a causa que torna a substância possível. Causa final: É a causa que define o objetivo da substância.

Aristóteles e a Indução É evidente também que a perda de um sentido acarreta necessariamente o desaparecimento de uma ciência, que se torna impossível de adquirir. Só aprendemos, com efeito, por indução ou por demonstração. Ora a demonstração faz-se a partir de princípios universais, e a indução a partir de casos particulares. Mas é impossível adquirir o conhecimento dos universais a não ser pela indução, visto que até os chamados resultados da abstração não se podem tornar acessíveis a não ser pela indução. (...) Mas induzir é impossível para quem não tem a sensação: porque é nos casos particulares que se aplica a sensação; e para estes não pode haver ciência, visto que não se pode tirá-la de universais sem indução nem obtê-la por indução sem a sensação. Aristóteles, Segundos Analíticos