Formação social da sociedade brasileira

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS
Advertisements

A escola e a prevenção ao uso de drogas
SERGIO BUARQUE DE HOLANDA
1 - O CICLO DO AÇÚCAR Séc. XVI e XVII (auge). Nordeste (BA e PE).
Dois modos de ler a Bíblia.
ÉTICA, MORAL E ENGENHARIA
RENASCIMENTO.
A ocupação da América e do Brasil
EXPANSIONISMO MARÍTIMO
Império Romano Turma:114 Grupo: Guilherme Camillo Ricardo Barcelos
CAPÍTULO 4 O semeador e o ladrilhador
CASA GRANDE & SENZALA 1933.
Nome:Fred;Sara;Igor Profª:Karla Veloso Serie:7ª Disciplina:Geografia
O pensador da ética: Nietzsche e a Moral
1 - O CICLO DO AÇÚCAR Séc. XVI e XVII (auge). Nordeste (BA e PE).
Literatura Informativa
EXPANSIONISMO MARÍTIMO
BEM-VINDO À DISCIPLINA
UNIJUÍ- Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública Municipal Componente Curricular: Políticas.
1 - O CICLO DO AÇÚCAR Séc. XVI e XVII (auge). Nordeste (BA e PE).
Parte I – As origens filosóficas da psicologia
IMIGRAÇÃO PARA O BRASIL NO SÉCULO XIX
As bases históricas do Subdesenvolvimento ( I )
Ética, Moral e Valores Assessoria de Formação Sindical.
História dos Portugueses no Mundo
TEORIA CONTINGENCIAL SEMINÁRIO ADMINISTRAÇÃO
REDAÇÃO Em primeiro lugar (...), pode-se realmente “viver a vida” sem conhecer a felicidade de encontrar num amigo os mesmos sentimentos? Que haverá de.
Cícero paulino dos santos costa
OBSERVATÓRIOS URBANOS
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Modernidade  A Época Moderna é o período compreendido entre os séculos XV e XVIII que marca a transição do feudalismo para o capitalismo. Trata-se de uma.
EDUCAÇÃO E CULTURA Aula de 09/05/2012.
História do Brasil trabalho e riqueza na empresa colonial
CONTEÚDOS: 1º BIMESTRE O Feudalismo
1 - O CICLO DO AÇÚCAR Séc. XVI e XVII (auge). Nordeste (BA e PE).
IMPERIALISMO Professor Ricardo Professor Ricardo.
Raízes do Brasil: Gilberto Freire e Sérgio Buarque de Holanda
A sociologia de Florestan Fernandes
COMO SER “PROATIVO” Antonio Lemos.
HANS MORGENTHAU.
A América e o mundo Grupo 5; Cap. 8
RAIZES DO BRASIL de sergio buarque de holanda
Realizado por Elisa Talarico e Zdenek Juran 23/11/2012
Friedrich Hegel Filosofia contemporânea
Max Weber ( ) Nasceu em Erfurt – Alemanha Estudou Filosofia – História e Sociologia Berlim 1895 (Heidelberg) Participou da constituição da República.
Produção literária no Brasil-colônia
Curso de Geografia Epistemologia – conceitos gerais
Há muito tempo atrás, numa terra desconhecida e distante, além do mar-oceano...
Disciplina de Sociologia Prof.ª: Thayanne Siqueira
2º EM: Gilberto Freyre e Casa-grande e Senzala
Colonização Africana Colonização Africana.
Expansão marítimo e comercial européia
As bases da ciência moderna
“Criação de Produções Multimédia com POWERPOINT”
A Evolução do Capitalismo
Maximilian Karl Emil Weber (Max Weber)
Friedrich Hegel Filosofia contemporânea
A GEOGRAFIA E A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
Formação Econômica do Brasil
Ética contemporânea (Séculos XIX e XX)  A reflexão ética cotemporânea se desdobrou numa série de concepções distintas acerca da moral e a sua fundamentação;
Ética.
Max Weber e a educação.
A sociologia pré- científica. O Renascimento Inicia o processo de abertura e expansão comercial e marítima. Inicia o processo de abertura e expansão comercial.
Ética contemporânea (Séculos XIX e XX)
Positivismo.
 A arte barroca originou-se na Itália (Século XVII) mas não tardou a irradiar-se por outros países da Europa e a chegar também ao continente americano,
A Independência do Brasil e O Brasil Imperial
Homem cordial Democracia racial Sentido da colonização
Transcrição da apresentação:

Formação social da sociedade brasileira

Elementos da constituição social brasileira “Desterrados em sua própria terra”. Sérgio Buarque de Holanda Realidade americana e a vontade dos brasileiros de se fazerem europeus. Dois “brasis”: moderno e atrasado;

O COLONIZADOR Localização geográfica de Portugal na Península Ibérica, tornou-o uma nação plástica, pois estava entre a Europa e a África. Portugal apresentou-se como um local com grande capacidade adaptação. Se formou como um indivíduo menos preconceituoso em relação aos outros povos e culturas. Detinham a cultura da personalidade: espírito aventureiro.

A ideia de organização, de sociedade, de comunidade e instituição não era uma marca do pensamento ibérico. ESTRUTURA SOCIAL: falta de coesão, fluidez e displicência. Prevalecia a ética do mérito pessoal, baseado no carisma. O Estado se formou baseado em pessoas, não em regras ou instituições impessoais.

AVENTUREIRO / SEMEADOR : ideal de aventura e conquistas fáceis. Sérgio Buarque de Holanda analisa pares tipológicos sobre o caráter dos colonizadores, tais como: AVENTUREIRO / SEMEADOR : ideal de aventura e conquistas fáceis. TRABALHADOR /LADRILHADOR: trabalha sistematicamente para construir algo. A colonização portuguesa na América se processou a partir de valores de aventura, desleixo e abandono. Não houve, conforme o crítico, um planejamento metódico e global.

Os bandeirantes Representaram a mentalidade lusitana a respeito do Brasil. Chamados “soldados da fortuna”, ou seja, a busca pela riqueza era muito mais bem-vindas ao colono do que o trabalho rotineiro e organizado. O bandeirantismo era uma resposta do colono às dificuldades naturais da colonização.

A própria agricultura colonial era um exemplo disso, pois não houve tentativa sistemática de dominar a terra. O colonizador se apoiou em trabalho escravo, conhecimento indígena e terra vasta. “o português vinha buscar riqueza que custa ousadia e não riqueza que custa trabalho.” Retirar o que fosse lucrativo [...] “ânsia de prosperidade sem custo, de título honoríficos, de posições e riquezas fáceis [...] não é bem mais uma das manifestações mais cruas do espírito de aventura?”

No livro “Raízes do Brasil”, algumas consequências da colonização e do tipo social do português. P.03 As cidades espanholas apresentaram um metódico empreendimento de dominação do espaço. Arquitetura racional, com praças e ruas bem dispostas. As cidades portuguesas revelam o contrário, pois os monarcas lusitanos não queriam realizar na América uma extensão de seu reino. Permaneceram no litoral;

FAMÍLIA PATRIARCAL Os traços marcantes da formação social brasileira tem perpetuado seu traço por meio da família patriarcal. “A família é desde o século XVI o grande fator colonizador no Brasil.” FREYRE, Gilberto. É da grande família patriarcal, latifundiária e escravista que vamos herdar algo do mandonismo que persiste em nossas relações. A família patriarcal representava o mundo do poder na época colonial.

FAMÍLIA PATRIARCAL De acordo com Gilberto Freyre, foi lá que o sadismo, a passionalidade e mesmo certa irracionalidade no trato se formou , forjou e fincou raízes em nossa sociedade. Se formou o hábito de “enxergar o mundo da porteira para fora”, isto é, com olhares de dono do poder e da situação. Se erigiu uma nação de conquistadores, que perdiam de vista o poder do Estado, tomando em suas mãos o fazer a sua própria justiça e moral.

FAMÍLIA PATRIARCAL A ideia atual de poder muito se deve a família patriarcal. A cultura brasileira foi caracterizada pelo mandonismo, personalismo e particularismo.

Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) Jornalista e historiador brasileiro nascido em São Paulo, um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX. Tentou interpretar o Brasil, sua estrutura social e política, a partir das raízes históricas nacionais. Foi jornalista e tornou-se amigo dos principais representantes do Modernismo, como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, e passou a escrever em revistas ligadas ao movimento. Trabalhou em agências de notícias internacionais e diversos órgãos da imprensa brasileira, como o “Jornal do Brasil” e a “Folha de S. Paulo”, durante muitos anos da sua vida.   Catedrático de história e aposentou-se em 1969. foi casado e teve sete filhos.

Não se trata de pessoas polidas e educadas. A cordialidade, como marca do brasileiro, seria uma defesa contra a impessoalidade. O homem cordial teria sempre a mania de tornar tudo informal e aconchegante. O português brasileiro seria cheio de “inhos”, diminutivos para tornar até os objetos em coisa íntima. A ética do convívio social seria a emoção, os sentimentos. A ideia de administração pública é baseada na familiaridade, nas amizades, nos acordos pessoais.

O homem cordial Não existe solidez de pensamento, estando o indivíduo sempre pronto a abandonar suas convicções, ideias e gestos por quaisquer novas correntes de pensamento que aparecem. Essa “cordialidade” minaria a força da democracia. Seria a mais responsável pela falta de solidez com uma essência de patrimonialismo.

 O conceito abarca, ao contrário do que parece, aspectos negativos à vida civilizada e para uma sociedade que busca ampliar a democracia. Dentre os aspectos da cordialidade à moda brasileira estaria a tendência de  evitar o conflito aberto. No facebook, o aspecto da cordialidade ligada a busca do não conflito. Adjetivos como “lindo”, “maravilhoso” e “perfeito” são usados “à torto e à direito” na busca de uma relação menos conflituosa. A racionalidade parece ser deixada de lado e as discussões praticamente inexistem. No facebook, o coração passa a ser o guia das conversas... Ao entrar no face, não esqueça de se despir da razão... seja cordial à lá Holanda.

AGENDA Sociologia Responder questões da apostila página 6-7; Sendo que a parte “ponto de vista” é pra explanar em forma de produção textual no caderno. p.06

http://blog.educacaoadventista.org.br/andreacris7