A influência dos psicofármacos na auto-regulação

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Transcrição da apresentação:

A influência dos psicofármacos na auto-regulação Penha Serra

Auto-regulação Capacidade que o corpo tem de manter-se num equilíbrio dinâmico dentro de determinados limites. Acontece desde o nível químico até o nível sistêmico e envolve vários processos vitais. É regulado principalmente pelo Sistema Nervoso e pelo Sistema Endócrino. Rupturas neste equilíbrio dinâmico provém de estímulos internos e externos e podem causar transtornos e/ou doenças. Penha Serra

Transtornos mentais e Psicofármacos Transtornos mentais são entidades complexas que envolvem disfunção na neurotransmissão, susceptibilidade genética, aspectos da personalidade e contexto sócio-familiar. Os atuais psicofármacos atuam ativando ou inibindo determinados sistemas de neurotransmissores. Podem funcionar como neuroprotetores. Podem facilitar o processo de auto-regulação, desde que utilizados segundo critérios estabelecidos e considerando um diagnóstico integral. Penha Serra

Psicofármacos São substâncias que agem no SNC ativando ou inibindo um ou mais sistemas de neurotransmissores a nível do próprio neurotransmissor, de suas enzimas e especialmente de seus receptores. Os psicofármacos atuais agem principalmente sobre a serotonina, noradrenalina, dopamina, histamina, acetilcolina, glutamato e GABA. São recursos que podem facilitar a auto- regulação em casos de transtornos de: ansiedade , humor, personalidade, esquizofrenia, dores crônicas, etc. Penha Serra

Mecanismo de Ação Antidepressivos - todos os antidepressivos eficazes reforçam a ação sináptica de uma ou mais das três monoaminas: dopamina, noradrenalina e serotonina. Ansiolíticos: ação GABAérgica. Antipsicóticos - Típicos: bloqueio (antagonistas) dos receptores D2, mas especificamente na via mesolímbica; bloqueio dos receptores colinérgicos muscarínicos; bloqueio indesejável dos receptores de histamina e adrenérgicos. Atípicos: antagonistas da dopamina e serotonina. Estabilizadores do humor - evidências recentes sugerem que o lítio estimula o crescimento e a regeneração de neurônios, efeitos provavelmente relacionados a sua ação terapêutica. Anticonvulsivantes: atenuam a atividade da proteinoquinase C e outros passos na via de transdução de sinais, levando a adaptação neuronal e alterações na expressão gênica; diminuição da liberação de glutamato. Penha Serra

Sintomas x áreas cerebrais x neurotransmissores áreas cerebrais envolvidas neurotransmissor humor depressivo diminuição do processamento de informações na amígdala e córtex pré-frontal déficits de noradrenalina, serotonina e dopamina apatia alteração do processamento no córtex pré-frontal, hipotálamo e núcleo accumbens déficits de noradrenalina e dopamina alteração do sono processamento ineficiente em córtex pré-frontal, hipotálamo, tálamo e prosencéfalo fadiga redução do processamento em córtex pré-frontal, estriado, cerebelo, núcleo accumbens e espinhais descendentes sono e apetite hipofunção hipotalâmica déficits de serotonina idéias de morte menor atividade em amígdala e córtex pré-frontal idéias de culpa e menos valia redução de processamento de informações em amígdala e córtex pré-frontal alterações cognitivas hipoatividade no córtex pré-frontal Penha Serra

A titulação precisa dos medicamentos, tanto na introdução, quanto na sua retirada (desmame), pode ajudar a diminuir os possíveis efeitos colaterais dos psicofármacos (tais como: bloqueio dos mecanismos de recompensa e riscos cardiometabólicos) Penha Serra

Conclusão O futuro da psicofarmacologia enfrenta o desafio do entendimento mais profundo da anatomia e fisiologia do SNC, bem como dos processos psicopatológicos. A partir de técnicas moleculares, do uso de marcadores genéticos e das técnicas de imagem, espera-se que sejam desenvolvidas novas moléculas terapêuticas com alta afinidade pelo receptor alvo e maior especificidade para regular as alterações subjacentes aos transtornos psiquiátricos. Penha Serra