Paramiloidose    Alexandre Felício nº1  António Carvalho nº4

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Transcrição da apresentação:

Paramiloidose    Alexandre Felício nº1  António Carvalho nº4  João Alves nº12  Margarida Batista nº17  Sara Silva nº25    Teresa Rosa nº28

Tipos de Doença Existem 4 tipos de PAF: As Polineuropatias Amiloidóticas Familiares (PAF) estão englobadas nas Amiloidoses Hereditárias. Existem 4 tipos de PAF:  PAF tipo I, de Andrade ou tipo Português  PAF tipo II, de Rukovina ou tipo Indiana  PAF tipo III, de Van Alien ou tipo Iowa  PAF tipo IV, de Meretoja ou tipo Finlandês

Sintomatologia Caracteriza-se por: ◘ polineuropatia periférica (perda de destreza motora, de sensibilidade táctil e de dor) ◘ problemas cardíacos (hipotensão ortostática, diferentes arritmias, obstruções auriculoventriculares) ◘ disfunções eréctil e urinária ◘ disfunções gastro-intestinais ◘ disfunções renais (diminuição da filtração glomerular) ◘ perturbações oculares

Hereditariedade Árvore Genealógica  Resulta de uma mutação genética no cromossoma 18  Transmite-se de forma autossómica dominante a doença Pais ambos homozigóticos dominantes Um dos pais tem a doença e outro não P p Pp pp P PP 50% de probabilidade 100% de probabilidade

A Mutação Genética A transtirretina (TTR) e as suas funções - substituição de um aminoácido - deixa de ser codificada a proteína TTR é codificada a proteína TTR Val30Met A transtirretina (TTR) e as suas funções a TTR é uma proteína produzida no fígado é solúvel no plasma e estável nos tecidos está envolvida no transporte da hormona da tiróide, lípidos e uma proteína de ligação da vitamina A

Alterações estruturais A TTR Met30 é a proteína mutada que mais tarde vem a dissociar nos seus monómeros; estes desdobram-se causando a formação de fibrilas amilóides, as quais vêm a afectar os tecidos em que se acumulam.

Atenuação da doença e as alterações patológicas “…[descobriu-se] que com uma TTR T119M há uma considerável redução da formação de fibrilas e que a incorporação de T119M’s adicionais conseguem terminar completamente a dissociação de tetrâmeros, prevenindo o desdobramento da transtirretina e, consequentemente, inibindo a formação de fibrilas.” S. Borman. 2001 As TTRs Met30 e Met119: ► Garantem uma maior estabilidade da proteína ► A Met119 oferece maior resistência à dissociação da proteína ► TTR não se deposita com facilidade ► PAF surge mais tardiamente ► evolução menos acentuada

A DIFUSÃO DA PARAMILOIDOSE EM PORTUGAL - A região da Póvoa de Varzim e Vila do Conde - Norte de Viana do Castelo até à zona de Buarcos e Figueira da Foz - O interior e as ligações comerciais e agrícolas - Barcelos e Braga - Unhais da Serra e as suas “Termas” - Finais do século XIX e a migração para as grandes cidades - Avieiros

SUÉCIA A Suécia foi dos primeiros países a receber a paramiloidose através de Portugal, isto deu-se por duas razões: - Os ataques dos Vikings: Os ataques normandos às costas portuguesas iniciaram-se em 961, estes ataques contribuíram para a transmissão da doença. - O comércio do peixe seco: As rotas do comércio do sal entre o continente e o Báltico estabeleceram-se muito cedo e foram uma das razões da propagação da doença para este país.

Dr. Corino de Andrade Nome: Dr. Mário Corino da Costa Andrade Nascimento: 10 de Junho de 1906 Local de Nascimento: Moura, distrito de Beja 1922 – Começa a frequentar o curso de medicina, na especialização em Neurologia, na Faculdade de Medicina de Lisboa. 1933- Foi-lhe atribuído o Prémio Dejerine pela Universidade de Estrasburgo.

1939 – A partir deste ano, passa a fazer visitas semanais à Póvoa de Varzim a fim de estudar a doença. 1960- Corino cria e dirige o Centro de Estudos da Paramiloidose, na cidade do Porto. 1979- Cria, em conjunto com alguns profissionais de saúde, a Associação Portuguesa de Paramiloidose. Faleceu recentemente, com 99 anos, no dia 16 de Junho de 2005, no Porto. Foi um dos mais destacados neurologistas portugueses e o primeiro investigador que provou a existência da doença dos pezinhos. A descoberta Em 1939 aparece uma mulher de 37 anos, residente na Póvoa de Varzim. Tinha a "doença dos pezinhos", assim baptizada pelo povo que bem sabia que o "mal" apanhava os pés e não deixava caminhar.

Balanço actual das famílias afectadas em Portugal Distribuição das famílias portuguesas É de notar a grande prevalência na zona Norte do país e ao longo da costa: Região da Póvoa de Varzim e Vila do Conde (139 famílias) Barcelos (54 famílias) Braga (39 famílias)  Porto e Matosinhos (44 famílias)  Figueira da Foz (40 famílias) Balanço actual  479 Famílias  6000 Indivíduos em risco  3000 Portadores estão registados no Centro de Estudos da Paramiloidose do Porto

Novas Terapias

Novo medicamento em estudo  Trata-se de uma experiência mundial, a decorrer em oito centros em simultâneo  no Hospital de Santo António, no Porto;  no Hospital de Santa Maria, em Lisboa;  na Suécia;  na Alemanha;  na França;  em Espanha;  no Brasil;  na Argentina.  A experiência foi promovida por um laboratório americano, que desenvolveu um novo composto, capaz de estabilizar a proteína anormal presente no sangue dos doentes com paramiloidose;  Este composto, o Fx-1006A, impede a proteína anormal (que provoca a doença) de se separar e formar a substância amilóide cuja deposição está associada à destruição lenta e progressiva dos nervos periféricos e de outros órgãos.

Evitar a transmissão da doença Diagnóstico pré-implantório para saber nos primeiros tempos se naquele feto está ou não presente a doença e a partir daí decidir fazer ou não a interrupção voluntária da gravidez; - Fertilização in-vitro (ainda é um processo muito experimental e muito desgastante para o próprio casal). Evitar a transmissão da doença

Tratamento O único tratamento para a paramiloidose passa pela transplantação hepática. O transplante: - espera-se entre 6-9 meses dependendo dos países.

O transplante de fígado não elimina os danos já existentes (normalmente atrofia de membros, incontinência e impotência), apenas atenua os que tenderão a aparecer por algum tempo. Algumas complicações podem surgir : Sangrar demais durante ou depois da operação, A Artéria Hepática ficar bloqueada, Os ligamentos não funcionarem.

Imunossupressores O sistema imunitário não aceita o fígado novo Ingrediente Activo Nome do Medicamento Cyclosporin ou Tacromilus Neoral ou prograf Azathioprine Imuran Prednisolone Deltacortil O sistema imunitário não aceita o fígado novo Fará tudo para o destruir Rejeição Controlada com imunosupressores

Benefícios da fisioterapia Manutenção e/ou aumento de amplitudes articulares; Aumento da força muscular; Uma melhoria a nível da marcha, da coordenação motora e também no aumento da sensibilidade; Facilita ao doente a realização de tarefas básicas designadas por AVD´s (actividades da vida diária). Ajuda a combater a sensação de fadiga muscular.

Outros tratamentos O tratamento das diferentes algias passa também pela utilização de meios electrofísicos como: Ultra-Sons; T.E.N.S. – Transcutaneous electrical nerve stimulation (Neuroestimulação eléctrica transcutânea) que serve como analgésico; -Galvanização (estimulação por meio de electricidade).

A ciclosporina Droga imunossupressora, isolada de um fungo que habita no solo; Suprime as reacções imunológicas que causam rejeição de órgãos transplantados Não apresenta os efeitos colaterais de outros imunossupressores É o medicamento de primeira escolha na linha terapêutica Pode levar a hiperplasia gengival

Núcleos espalhados pelo país Legislação especial actualmente existe legislação especial de apoio a estes doentes; permite que tenham alguma ajuda financeira e algumas comparticipações Núcleos espalhados pelo país Sede de Esposende: RUA BOMBEIROS, 27 B - 4740-291 ESPOSENDE - TELEFONE: 253 966 778 - Enf.ª Leonor Sede de Barcelos: RUA DO CÁVADO, 190 - TAMEL - S. VERÍSSIMO - 4750 BARCELOS - TELEFONE: 253 841 572 - João de Deus Sede de Braga: COMPLEXO DESPORTIVO DA RODOVIA - APARTADO 1004 - 4711-908 BRAGA - TELEFONE: 253 253 772 - Prof.ª Carolina Mota Sede de Vila do Conde/Póvoa do Varzim: AVENIDA D. ANTÓNIO BENTO MARTINS JÚNIOR - CAXINAS - 4480 VILA DO CONDE - TELEFONE: 252 620 738 Sede do Cartaxo: TRAVESSA OLARIAS, 3-1.º ESQ. - 2070-128 CARTAXO - TELEFONE: 243 703 710 - Virgílio Ribeiro

Dia nacional da Paramiloidose Assine a petição em: www.dianacionaldaparamiloidose.com