Diversidade, Orientação Sexual e Violência

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Transcrição da apresentação:

Diversidade, Orientação Sexual e Violência

Para se discutir a Diversidade e Orientação Sexual nas escolas podemos ter como ponto de partida duas “desculpas”.

1º - Violência no ambiente escolar – que atualmente é um assunto que tem levado vários pesquisadores da educação e sociedade de maneira geral a procurar soluções para o problema.

2º - Parâmetros Curriculares Nacionais - que traz entre seus Temas Transversais a Orientação Sexual como um dos assuntos a ser incorporado no trabalho educativo da escola.

1 – “Na escola os atos de violência estão ligados a diversos fatores de ordens diversas, os estudos pedagógicos buscam a explicação para o fenômeno e assim minimizar o problema que não está ligado a indisciplina escolar ou seja, o descumprimento das normas escolares. Assim pode-se afirmar que atos de violência na escola não devem ser confundidos com indisciplina, e esta abrange toda a comunidade em que a escola está inserida, envolvendo assim pais, alunos, funcionários, gestores e professores.”

Entre os atos de violência que se pode apresentar nas escolas podemos destacar as AMEAÇAS que podem ser por palavras, escritos ou gestos, ou qualquer outro meio simbólico de causar mal injusto e grave (Art.147 do Código Penal) e a LESÃO CORPORAL que é ofender a integridade corporal ou a saúde de outro (Art.129 do Código Penal), e estes atos estão muito ligados ao preconceito das pessoas em relação a Diversidade Sexual que se encontra tanto dentro das escolas quanto na sociedade em geral. (Manual de Proteção Escolar e Promoção da Cidadania)

O que a escola pode fazer para prevenir a violência sexual e orientar as crianças e adolescentes sobre a Diversidade e Orientação Sexual ?

Segundo o Manual a escola deve trabalhar a questão da discriminação homofóbica como violação dos direitos humanos. Ações pedagógicas focalizando a importância do respeito às normas e da prática da cidadania, com a valorização da diversidade e da tolerância, contribuem para a reflexão e a convivência harmônica no ambiente escolar e fora dele.

A liberdade de orientação sexual está embasada nos princípios constitucionais, nos direitos fundamentais e nos direitos da cidadania. É dever da escola respeitá-la e fazê-la respeitar, acatados os limites aplicáveis aos comportamentos heterossexuais, seja com relação a alunos, pais, funcionários, colaboradores e a comunidade.

“Entre os desafios que se tem nos dias atuais relacionados a convivência social que tem levado o mundo todo, e a educação não se exclui, é a busca do pleno desenvolvimento humano, conciliado a uma convivência pacifica entre as pessoas. Este desafio que é reflexo de uma sociedade democrática tem seus princípios a garantia da igualdade de direitos, para uma vivência social efetivamente justa, participativa, propositiva e responsável.”

Cultura de Paz - aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas foi decidida a partir da preocupação com a proliferação da violência e dos conflitos, e tem o objetivo de que toda a sociedade possa orientar suas atividades afim de promover e fortalecer a paz no milênio.

2 - A abordagem do tema Orientação Sexual, previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais, de modo transversal e interdisciplinar, favorece a transmissão de informações e a problematização de questões relacionadas à sexualidade, incluindo posturas, crenças, tabus e valores a ela associadas, enfocando a dimensão sociológica, psicológica e filosófica da sexualidade.

ARTE E SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA UMA BOA CONVIVÊNCIA ESCOLAR ARTE E SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA

Professora de Arte – Rosemeire dos Santos (Meire) – E. E Professora de Arte – Rosemeire dos Santos (Meire) – E.E. Antonio Lerario

Dúvidas e erros sobre a Diversidade e Orientação Sexual

É opção sexual? Ou Orientação? O termo orientação sexual é relativamente conhecido, e se refere a como nos sentimos em relação à afetividade e sexualidade. Por não se tratar exclusivamente de sexo, o termo mais apropriado talvez seja orientação afetivo-sexual, ou romântica-sexual. Falamos de orientação, e não de opção, porque não é algo que possamos mudar de acordo com nosso desejo.

Existem quatro tipos de orientação afetivo-sexual: os bissexuais se sentem atraídos pelos dois gêneros; os heterossexuais, pelo gênero oposto; e os homossexuais, pelo mesmo gênero. Os assexuais representam um caso singular, uma vez que podem apresentar uma orientação romântica, porém não sexual, direcionada a algum dos gêneros (ou a ambos), ou não apresentarem orientação romântica e nem sexual.

A identidade de gênero, por sua vez, costuma ser menos compreendida A identidade de gênero, por sua vez, costuma ser menos compreendida. Ao passo que a orientação sexual se refere a outros, a quem nos relacionamos, a identidade de gênero faz referência a como nos reconhecemos dentro dos padrões de gênero estabelecidos socialmente.

Existem dois sexos, mulher e homem, e dois gêneros, feminino e masculino. Embora a maioria das mulheres se reconheça no gênero feminino e a maioria dos homens no masculino, isto nem sempre acontece. Falamos, então, de pessoas cujo sexo biológico discorda do gênero psíquico: são os travestis e transexuais, ou transgêneros.

Existe muita confusão a respeito das relações entre orientação sexual e identidade de gênero, e a verdade é que não existe relação – são coisas completamente independentes. Uma pessoa de sexo biológico feminino pode se enquadrar no gênero masculino e se sentir atraído exclusivamente por homens. Ele seria, então, um homem transexual gay.

Sexo biológico Gênero psíquico Orientação sexual Como reconhecemos Mulher Feminino Bissexual Mulher bissexual Heterossexual Mulher heterossexual Homossexual Mulher homossexual Assexual Mulher assexual Masculino Homem bissexual Homem heterossexual Homem homossexual Homem assexual Homem

Existe transsexual homem? João W. Nery é psicólogo e escritor brasileiro nasceu e viveu até os 27 anos com um corpo de anatomia feminina. Formou-se em Psicologia pela Universidade UFRJ e lecionou em três universidades (Gama Filho, Hélio Alonso e Celso Lisboa)

Um transsexual homem pode engravidar? Thomas Beatie, um transexual norte-americano, é o primeiro homem a dar à luz. Perante a incapacidade da sua mulher em engravidar, Thomas sujeitou-se a uma inseminação artifical.

Homens afeminados são gays? Uma das concepções errôneas mais frequentes envolvendo gênero é a de que homens com traços ou gestos considerados femininos são necessariamente gays, ou que mulheres que vestem roupas largas são, com certeza, lésbicas. O modo de andar, de gesticular, de falar, e a preferência por determinados tipos de roupas ou de atividades não têm, necessariamente, nada a ver nem com orientação sexual, nem com identidade de gênero.

Se fôssemos acrescentar cada uma destas características na tabela, a única novidade que teríamos seria o acréscimo da característica escolhida na denominação que já existe. Em outras palavras, nada impede uma pessoa ser uma mulher biológica homossexual que se enquadra perfeitamente no estereótipo feminino.

O importante é que tantos questionamentos trarão a tona as possibilidades de expressão humanas e embora o preconceito e a discriminação contra quem não segue o padrão existam e sejam fortes, o conhecimento pode ser nossa saída para um mundo mais justo e com menos violência.