A Mineração Por Thiago Luís Magalhães Silva e Luiz Carlos Villalta Revisado por Sara Glória Aredes.

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Transcrição da apresentação:

A Mineração Por Thiago Luís Magalhães Silva e Luiz Carlos Villalta Revisado por Sara Glória Aredes

Do presente ao passado: uma permanência “Desde o período colonial, a mineração desempenha um papel de destaque na economia nacional. Durante o século 18, esta atividade chegou a ocupar o primeiro plano da vida econômica. Muito rico em recursos minerais, o Brasil, ao longo do século 20, tornou-se auto-suficiente na extração de vários minérios necessários ao seu processo de desenvolvimento. O principal recurso mineral do país é o minério de ferro”. Fonte: Nova Enciclopédia Ilustrada Folha (verbete minério) - http://www1.uol.com.br/bibliot/enciclop/.

A mineração no passado colonial: algumas perguntas No período colonial, o ouro e os diamantes foram os principais objetos de extração mineral. Hoje a extração do ouro e dos diamantes é realizada basicamente sob duas formas, muitas vezes conflitantes: por empresas, geralmente grandes, que empregam trabalhadores assalariados e empregam equipamentos e técnicas sofisticados. por garimpeiros, individualmente, que se valem de técnicas e equipamentos mais rudimentares. E no passado colonial? Como se realizava a extração mineral? Quem eram os trabalhadores? Que técnicas utilizavam? Que relações a extração mineral tinha com os interesses que orientavam a colonização portuguesa no Brasil?

Observe a imagem a seguir Procurando respostas... Observe a imagem a seguir

Modo de retirar e lavar os diamantes Modo de retirar e lavar os diamantes. Escola portuguesa, século XVIII, anônimo.

Tente identificar na figura 1. Os trabalhos executados. 2. A quantidade de trabalhadores envolvidos na extração de diamantes. 3. A condição dos trabalhadores e a divisão do trabalho segundo a cor das vestes (azuis e vermelhas).

Continue a identificar... 4. O que se mostra na lateral esquerda (e que se refere ao leito do rio). 5. A feição do relevo. 6. O equipamento, chamado rosário, utilizado para retirar a água do leito do rio desviado. 7. A energia usada para mover esse equipamento.

Associando informações: A imagem Modo de retirar e lavar os diamantes mostra a extração diamantífera em jazidas formadas por inundações associadas aos cursos d´água e enxurradas. Relacione-a com uma das seguintes formas de jazida de aluvião presentes no território mineiro colonial. Clique na opção correta. Tabuleiros: jazidas encontradas na margem dos rios e córregos. Faisqueiras: jazidas encontradas no leito dos rios e córregos. Grupiaras: jazidas encontradas nas encostas dos morros, antigos leitos e margens dos rios.

Associando informações: A imagem Modo de retirar e lavar os diamantes mostra a extração diamantífera em jazidas formadas por inundações associadas aos cursos d´água e enxurradas. Relacione-a com uma das seguintes formas de jazida de aluvião presentes no território mineiro colonial. Clique na opção correta. Resposta errada! Tente novamente. Tabuleiros: jazidas encontradas na margem dos rios e córregos. Faisqueiras: jazidas encontradas no leito dos rios e córregos. Grupiaras: jazidas encontradas nas encostas dos morros, antigos leitos e margens dos rios.

Associando informações: A imagem Modo de retirar e lavar os diamantes mostra a extração diamantífera em jazidas formadas por inundações associadas aos cursos d´água e enxurradas. Relacione-a com uma das seguintes formas de jazida de aluvião presentes no território mineiro colonial. Clique na opção correta. Tabuleiros: jazidas encontradas na margem dos rios e córregos. Faisqueiras: jazidas encontradas no leito dos rios e córregos. Resposta errada!Tente novamente! Grupiaras: jazidas encontradas nas encostas dos morros, antigos leitos e margens dos rios.

Associando informações: A imagem Modo de retirar e lavar os diamantes mostra a extração diamantífera em jazidas formadas por inundações associadas aos cursos d´água e enxurradas. Relacione-a com uma das seguintes formas de jazida de aluvião presentes no território mineiro colonial. Clique na opção correta. Tabuleiros: jazidas encontradas na margem dos rios e córregos. Resposta correta! Como se vê na imagem, a jazida de diamantes encontra-se no leito do rio, o qual foi desviado (à esquerda). Faisqueiras: jazidas encontradas no leito dos rios e córregos. Grupiaras: jazidas encontradas nas encostas dos morros, antigos leitos e margens dos rios. Segue

Analise a imagem que segue... A mineração Analise a imagem que segue...

Compare Vila Rica, de J. Moritz Rugendas (1835), com Modo de retirar e lavar os diamantes (século XVIII), em relação: 1. Ao número de trabalhadores. 2. Aos tipos de trabalhadores. 3. À feição do relevo. 4. Ao modo de usar a água. 5. À forma de mineração.

Em Minas, além das jazidas de aluvião (abaixo, em azul), exploravam-se jazidas primárias, isto é, encontradas em rochas matrizes (abaixo, em amarelo): Rochas não superficiais dos vales montanhosos, exploradas pelo método das catas. Tabuleiros: jazidas encontradas na margem dos rios e córregos. Rochas friáveis, exploradas pelo método do talho a céu aberto (rochas eram desmontadas pela força das águas ou dos escravos). Faisqueiras: jazidas encontradas no leito dos rios e córregos. Grupiaras: jazidas encontradas nas encostas dos morros, antigos leitos e margens dos rios. Rochas compactas em veios de quartzo, exploradas através de poços, buracos e galerias.

Ampliando horizontes sobre a mineração Observe agora a Lavagem do ouro perto da montanha do Itacolomi, de J. Moritz Rugendas, 1835

Ampliando horizontes sobre a mineração A partir da análise da imagem Lavagem do ouro perto da montanha do Itacolomi, de Rugendas, identifique: O número de trabalhadores. Os tipos de trabalhadores. A feição do relevo da lavra. O modo de usar a água. A forma de mineração. Retornar à imagem

Qual é a forma de jazida de ouro de aluvião apontada pela seta? Faisqueiras Tabuleiros Grupiaras

Qual é a forma de jazida de ouro de aluvião apontada pela seta? Correto! Tabuleiros Grupiaras Segue

Qual é a forma de jazida de ouro de aluvião apontada pela seta? Faisqueiras Errado! Grupiaras

Qual é a forma de jazida de ouro de aluvião apontada pela seta? Faisqueiras Tabuleiros Errado!

Com as figuras identificadas pelas letras (A, B, C, D e E). Associe os nomes e as funções dos instrumentos e recursos usados na mineração... Com as figuras identificadas pelas letras (A, B, C, D e E). Marque essas letras numa folha de papel, respeitando a seqüência que se vê no slide.

D D B A A F E C B C A A Além disso, havia as... G [ ]Couro de boi: colocado nas canoas para reter as pequenas partículas de ouro. [ ] Canoa: recipiente nos quais os escravos jogavam cascalhos retirados do leito do rio e que era esvaziada nas margens do rio. [ ] Canoas ou mesas: seqüência de tanques inclinados, onde se estendia um couro peludo de boi ou uma flanela, a fim de reter o ouro, que se apura depois em bateias. D D B A A F [ ] Bateia: recipiente de madeira com formato cônico. [ ] Gamela: recipiente feito de madeira específica, resistente ao sol e à água, para separar o material precioso (bateias redondas e de pouco fundo) [ ] Carumbé: recipiente de madeira de pouco fundo e arredondado como as bateias, porém menores, podendo apresentar formato retangular. [ ] Bastão: para bater no couro e soltar o metal. E C B C A G A Além disso, havia as... Ervas: Os africanos introduziram o uso de ervas que, esmagadas com pedra, tinham seu suco lançado à água das gamelas, facilitando a identificação e amalgamação dos minúsculos grãos de ouro

Confira suas respostas: [ A ]Couro de boi: colocado nas canoas para reter as pequenas partículas de ouro. [ B ] Canoa: recipiente nos quais os escravos jogavam cascalhos retirados do leito do rio e que era esvaziada nas margens do rio. [ E ] Canoas ou mesas: seqüência de tanques inclinados, onde se estendia um couro peludo de boi ou uma flanela, a fim de reter o ouro, que se apura depois em bateias. D D A B A F [C] Bateia: recipiente de madeira com formato cônico. [F] Gamela: recipiente feito de madeira específica, resistente ao sol e à água, para separar o material precioso (bateias redondas e de pouco fundo) [G ] Carumbé: recipiente de madeira de pouco fundo e arredondado como as bateias, porém menores, podendo apresentar formato retangular. [D ] Bastão: para bater no couro e soltar o metal. E C B C A G A Além disso, havia as... Ervas: Os africanos introduziram o uso de ervas que, esmagadas com pedra, tinham seu suco lançado à água das gamelas, facilitando a identificação e amalgamação dos minúsculos grãos de ouro

Nos detalhes assinalados com setas da imagem a seguir, procure identificar: 1. O sexo das pessoas envolvidas na mineração. 2. Os traços da relação entre senhores e escravos.

Segundo o historiador Eduardo França Paiva, nesta parte da imagem, vê-se um ritual de premiação dos escravos pelo senhor por causa da descoberta de ouro.

Além de ouro de aluvião, na imagem vê-se a extração de ouro em rocha matriz: No recorte assinalado, vê-se um homem carregando uma pedra e outro triturando os blocos com uma marreta. Essas atividades ligam-se à mineração de galeria. No recorte assinalado, vê-se uma galeria, para onde dois homens caminham, enquanto um terceiro dela se afasta com um carumbé à cabeça, cheio de sedimento a ser lavado. Fonte: GUIMARÃES, Carlos Magno & REIS, Flávia Maria da Mata. Mineração colonial: arqueologia e iconografia (Minas Gerais – Brasil / séculos XVIII-XIX) – datiloscrito.

Leia o texto e responda: “Fiéis à única experiência que podiam ter em matéria de mineração, logo que se esgotavam os depósitos superficiais (...), tratavam esses descobridores de desampará-los, e sair à busca de novos ribeiros onde reiniciavam, com os mesmos resultados, o mesmo processo (...)” Quais os locais preferenciais para a extração do ouro, segundo o texto? Há algo em comum entre os textos e as imagens já analisadas aqui? Sobre a capacidade técnica dos descobridores das minas, o que se pode concluir? HOLANDA, Sérgio Buarque de (dir.). Metais e pedras preciosas. In História da civilização brasileira - a época colonial, tomo I, v. 2. RJ: Bertrand Brasil, 2001, p. 272.

Carta de Pero Vaz de Caminha, 1500 “Senhor [El-Rei D. Manuel], [...] E hoje que é sexta-feira, primeiro dia de maio, saímos em terra com nossa bandeira; e fomos desembarcar no rio acima [...] Até agora não podemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal [....] Contudo a terra em si é de muitos bons ares, frescos e temperados como dos de Entre - Douro e Minho [...] Em tal maneira é graciosa que, querendo a aproveitar-se há nela tudo, por causa das águas que tem! [...] Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente”. Responda: O que procuravam os portugueses tão logo desembarcaram na América em 1500?

Conclusões parciais Identifique: O objetivo dos portugueses ao desenvolver a mineração. Os locais onde a desenvolviam. As jazidas e formas pelas quais a exploravam. Os trabalhadores: condição, sexo, quantidade. Os instrumentos e materiais empregados. O nível técnico da atividade e suas formas de expansão.

O que eram as DATAS? Correspondiam aos lotes distribuídos entre os mineradores por sorteio ou recebidos pelos descobridores de minas. O tamanho da data que cada minerador podia requerer variava conforme o número de escravos – concedendo-se 5,5 m2 por escravo, até o máximo de 66 m2 (a data inteira). Tinham direito a ela: o descobridor do veio aurífero, que podia escolher sua data; a Fazenda Real, representada pelo guardo-mor da Intendência; e os possuidores de mais de 12 escravos. A data do rei era arrematada em praça pública, cabendo ao comprador pagar um quantia fixa para sua exploração. Fonte: VAINFAS, Ronaldo (dir.). Dicionário do Brasil colonial: 1500/1808. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000, p. 397.

De acordo com as informações anteriores, responda: O que se pode dizer sobre: a forma como a Coroa portuguesa tentava conduzir a mineração? a que interessava a concessão de Datas vinculada ao número de trabalhadores disponíveis A partir das informações fornecidas, indique: a) os elementos que tinham direito às datas. b) a condição essencial para a aquisição de uma data (relacionada à mão-de-obra).

SISTEMAS DE EXTRAÇÃO DOS DIAMANTES Desde as primeiras descobertas dos diamantes, por volta de 1729, até 1740, a extração foi livre, devendo os mineradores pagar ao Erário Régio a quinta parte de tudo que extraíam (imposto do Quinto). Desta data até 1771, a extração deu-se por concessão privilegiada e contrato. Em 1771, ficou estabelecido o monopólio da Coroa sobre a extração dos diamantes. Este último sistema durou até o Império. PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 281.

“A extração dos diamantes [no Arraial do Tejuco, Distrito Diamantino] era feita (...) diretamente pela Coroa por sua conta própria. Para isso, organizara-se uma administração especial, composta de grande número de funcionários, todos submetidos inteiramente à Junta da administração geral dos Diamantes, a que o Intendente presidia. Esta administração independia completamente de quaisquer outras autoridades, e só prestava conta diretamente ao governo metropolitano.” PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 281. 1. Que diferença há entre o Distrito Diamantino e o restante das áreas mineradoras, com relação à organização da atividade extrativa?

FORMAS DE TRIBUTAÇÃO Aconteceram alterações sucessivas nos processos de arrecadação dos impostos relativos ao quintos d’ouro Inicialmente: cobrança de 20% do produto líquido extraído (inexistiam Casas de Fundição). 01/02/1725: instalação das Casas de Fundição para cobrar os quintos. 1730: julgado excessivo o tributo de 20%, baixou-se para 12%. 1735: Gomes Freire substituiu os 5os pela capitação (4,75 oitavas de ouro = 17 gramas por escravo). 1750: Voltou-se a receber os quintos em barras nas Casas de Fundição (finta anual de 100 arrobas). Derrama: imposto per capita pelo qual se completariam as 100 arrobas* com o pagamento feito por toda a população. *100 arrobas = 1.474 Kg.

O gráfico a seguir mostra a arrecadação de ouro (em arrobas O gráfico a seguir mostra a arrecadação de ouro (em arrobas*) pela Coroa no território das Minas Gerais entre 1716 e 1787. Cada barra corresponde à média de arrecadação a cada 5 anos, exceto a última, que diz respeito somente ao biênio 1786-87. 1 arroba= 14,74 Kg 1716 1720 1736 1740 1756 1760 1766 1770 1786 1787 Fonte: MAXWELL, Kenneth. A devassa da Devassa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 286-288.

Voltar ao gráfico Analisando o gráfico Compare a arrecadação de ouro pela Coroa na primeira e na segunda metade do século XVIII: Quando houve crescimento da arrecadação? Quando houve diminuição? O que se pode dizer sobre a quantidade de ouro extraída no território das Minas Gerais na segunda metade do século XVIII, se comparada com a primeira metade, a partir dos dados referentes à arrecadação dos quintos? Qual o último período em que, na média, a arrecadação de ouro chegou às 100 arrobas estipuladas pela Coroa? Aponte possíveis razões para o declínio da extração do ouro e da arrecadação de tributos pela Coroa. Utilize as informações fornecidas ao longo da atividade. Lembre-se, por exemplo, das técnicas de extração do ouro.

Incorporando novas informações: Conclusões finais Identifique: 1. As formas utilizadas pela Coroa portuguesa para beneficiar-se da extração mineral. 2. A evolução da tributação sobre o ouro no século XVIII. 3. As relações entre o que você estudou até aqui e as expectativas registradas na Carta de Pero Vaz de Caminha em relação à Terra de Santa Cruz.