Florestan Fernandes - sociedade de classes e capitalismo dependente

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Transcrição da apresentação:

Florestan Fernandes - sociedade de classes e capitalismo dependente

Florestan (1920-1995) Origem, vida; sociólogo (USP, inserção no negro); militante (PSR) mudança estrutural + mudança social; Contexto histórico = anos 60 economia = (nacional x externo); financiamento; desenvolvimentismo política = ascensão partidos; lutas de classe (campo cidade) Florestan - Obra: Revolução burguesa no Brasil? fazer a revolução...mas e nossas classes, e nosso capitalismo dependente

Entender o golpe como parte da ordem social que emerge da sociedade de classe Livro, 3 partes 1) análise da desagregação da ordem social escravocrata e senhorial impulssionada pela independência política e no estabelecimento de uma sociedade de classes 2) formação da ordem social competitiva que funciona como marco estrutural da revolução burguesa no Brasil 3) analisa o que seria a concretização da nossa revolução burguesa. O golpe indica que em um páis capitalista dependente e subdesenvolvido há uma forte separação entre desenvolvimento capitalista e democracia

POLARIZAÇÃO DINÂMICA: PASSADO PRESENTE organização jurídica política autonoma x conservação da ordem social colonial; revolucionário no plano político x manutenção da estrutura; ordem legal x dominação tradicional ordem legal -> estado = potencializa no nível estatal a dominação Depois da independência = novos padrões - mercado interno - assimila modelos de organização econômica das economias centrais - mas de fato reproduz o desenvolvimento prévio daquelas economias preponderância da exportação importação como mecanismo corretivo da especialização agrícola dependência em face do exterior para formar e aplicar o excedente TUDO PARA FORA - RESTRINGE A ABSORÇÃO DOS MODELOS

Mesmo assim o novo foi aparecendo... pressões do desenvolvimento urbano sobre a elevação do consumo, estímulo a lavoura de subsistência => produção para dentro, excedente para dentro MAS NÃO SURGE ALGO NOVO QUE DIFERE DO ESQUEMA EXP IMP PARA FORA desencadeamento emaranhado da revolução burguesa o mercado interno só seria criado se facilitasse os processos econômicos voltados para fora CAPITALISMO DEPENDENTE: HETERONOMIA (INTERNO LIGADO AO DE FORA, INTERNO INCOMPLETO) Dentro dessa base confusa - revolução burguesa

Fatores da mudança 1- papel das economias centrais: novos laços dependência, reelaboração economica da apropriação colonial - transferência de firmas, filiais especializadas em transações comerciais, operações bancárias isso permite transferir teconologia, capitais, agentes, moderniza a partir de fora -- produz efeitos positivos => melhora níveis de produção, novos orgãos, instituições burguesas ; associação de brasileiros com as firmas estrangeiras PARTE DO EXCEDENTE AGRÍCOLA CONSUMIDA AQUI, DEPOSITADA, APLICADA; SETOR RENDA E COMÉRCIO; 2 - fazendeiros de café - dissociar a fazenda e a riqueza; renuncia ao status de senhor 3 - imigrante

A concretização da revolução burguesa a crise do poder oligárquico não é o fim, mas uma recomposição das estruturas de poder país se entrega ao império do dinheiro de forma frouxa burguesia nasce débil - impõe pacto de dominação = usa o estado, converge para ele a burguesia aproveita as estruturas de antes - evita modernização de fato burguesia <=> oligarquia - conservadores mandonismo oligárquico mantido liberdade, democracia, só discurso => reivindicação é tratada com autoritarismo pressão externa = crise do poder burguês como consequência da transição do capitalismo competitivo para o capitalismo monopolista ; moderniza só o que interessa (para garantir a reprodução do capital externo) e para evitar reação - Pressão interna = aparecimento de uma oposição dentro da ordem; divergências q vinham de baixo Golpe = contrarevolução