Processamento de Materiais Cerâmicos

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Transcrição da apresentação:

Processamento de Materiais Cerâmicos Processos de conformação 19/09/2018

19/09/2018

Técnicas de conformação 1 [Lee, 1994:29] Prensagem uniaxial Prensagem isostática Colagem de barbotina Colagem de folhas 19/09/2018

Técnicas de conformação 2 [Lee, 1994:29] Jolleying Jiggering Extrusão Moldagem por injeção 19/09/2018

Processos de conformação: características Técnica Prensagem a seco Prensagem isostática Extrusão Moldagem por injeção Colagem de barbotina Colagem de folhas Material de partida Grânulos Pasta Grânulos/ pasta Barbotina Teor de umidade (m%) 0 – 5% 18 –25% 25 – 50% Formatos Planos Complexos Simples Automação Sim Batelada Contínuo Orientação de partículas Não [Lee, 1994:30] 19/09/2018

1. Prensagem 19/09/2018

Prensagem: alimentação, compactação e extração do molde 19/09/2018

Prensa hidráulica industrial 19/09/2018

Preparação da massa e aditivos de prensagem A preparação da massa tem por objetivos: Proporcionar uma mistura íntima e homogênea das matérias-primas Adequar a massa para a etapa de prensagem; É imprescindível que a massa possua: Uma elevada fluidez, para que durante a fase de preenchimento das cavidades do molde, cuja dosagem se realiza por medida de volume, a massa escoe rapidamente e preencha o molde de maneira homogênea e reprodutível. Uma elevada densidade de preenchimento, para que a quantidade de ar a ser expulsa durante a fase de compactação seja mínima. 19/09/2018

Massa A massa deverá ser constituída por grânulos de geometria esférica (ou aproximadamente esférica), de tamanho superior a 60 μm, e textura o mais lisa possível. As características mecânicas dos grânulos, tais como dureza, resistência mecânica e plasticidade devem ser adequadas. Os grânulos devem ser suficientemente moles e deformáveis, para que durante a fase de compactação, em pressões moderadas, se deformem plasticamente, facilitando o deslizamento das partículas que o compõe. Por outro lado, os grânulos não podem ser tão frágeis, moles e deformáveis a ponto de se romperem, deformarem ou aglomerarem uns aos outros durante as operações de armazenagem e transporte que antecedem a etapa de prensagem 19/09/2018

Granulação - Spray Drier Secagem por atomização 19/09/2018

19/09/2018

Granulação [Reed, 1995:388] 19/09/2018

Ângulo de Repouso Ângulos de repouso pequenos favorecem um preenchimento regular do molde 19/09/2018

Prensagem: simples efeito [Reed, 1995:420] 19/09/2018

Prensagem: duplo efeito [Reed, 1995:420] 19/09/2018

• preenchimento do molde • ciclo da primeira prensagem O ciclo de prensagem ou programa de compactação é constituído pelas seguintes etapas: • preenchimento do molde • ciclo da primeira prensagem • período de desaeração • ciclo da segunda prensagem, e • extração da peça Programa de compactação. 19/09/2018

Programa de compactação. Preenchimento do molde. 19/09/2018 Programa de compactação.Compactação/extração.

Prensagem e porosidade: estágios da compactação I. Fluxo e reorganização espacial dos grânulos II. Deformação dos grânulos III. Densificação dos grânulos [Reed, 1995:428] 19/09/2018

Defeitos e Problemas Associados à Prensagem Uniaxial 19/09/2018

Defeitos e Problemas Associados à Prensagem Uniaxial Mecanismos de formação de trincas. (a) Formação de trincas durante a eliminação da carga; (b) Formação de trincas durante a extração da peça. 19/09/2018

Causas da recuperação elástica diferencial Recuperação elástica diferencial tensões mecânicas Causas: Gradientes de pressão Compressão não-uniforme do compacto devido a preenchimento irregular do molde, ar comprimido, etc. Atrito com a parede do molde durante a ejeção Recuperação elástica da porção ejetada em relação à porção que ainda permanece no molde. 19/09/2018

Comportamentos de compactação % P.D.=Dc/Dt onde: Dc = densidade do compacto Dt - densidade teórica do pó [Reed, 1995:426] 19/09/2018

Influência da pressão de compactação e plastificação [Reed, 1995:436] A resistência mecânica do compacto aumenta com a pressão, teor de ligante e plastificante; RH = umidade relativa (%) 19/09/2018

Controle de Defeitos no Compacto O compacto deve resistir a: ejeção e manuseio Principais defeitos: trincas e laminações Causas: recuperação elástica (“springback”) diferencial no compacto [Reed, 1995:440] 19/09/2018

Recuperação elástica em função da pressão aplicada e plasticidade dos aditivos 19/09/2018

Prensagem isostática: wet bag Vantagens: Compactação homogênea Diversidade e complexidade de formas Baixo custo do molde Desvantagens: Duração do ciclo de prensagem Alto custo da mão-de-obra [Reed, 1995:443] 19/09/2018

Prensagem isostática: dry bag [Reed, 1995:443] Pressão é aplicada radialmente pela ação do líquido sobre uma capa rígida Permite certa automatização do processo 19/09/2018

Peças produzidas por prensagem isostática 19/09/2018

Variação dimensional durante processamento [Reed, 1995:412] 19/09/2018

Processos de conformação fluida: Processos baseados na conformação fluida: Colagem de barbotina (slip casting) Conformação fluida de suspensões contendo um agente de pega hidráulica (cimento) ou um agente gelificante (“gelcasting”) Concretos refratários: auto-escoantes, bombeáveis, jateáveis, vibráveis, etc. 19/09/2018

Vantagens x Desvantagens Completa dispersão dos pós em meio líquido Capacidade de produzir peças com formas complexas Baixo custo Desvantagens: Baixa produtividade Precisão dimensional difícil de ser controlada 19/09/2018

2.Colagem de barbotina 19/09/2018

Colagem de barbotina [Reed, 1995:493] 19/09/2018

Etapas do processo de colagem + Líquido defloculante Drenagem do excesso de suspensão Preparação da suspensão Moagem ou desaglomeração Secagem parcial dentro do molde Vácuo Separação do molde Preenchimento do molde Acabamento Secagem final Formação da “torta” Queima 19/09/2018

Processos de conformação: características Técnica Prensagem a seco Prensagem isostática Extrusão Moldagem por injeção Colagem de barbotina Colagem de folhas Material de partida Grânulos Pasta Grânulos/ pasta Barbotina Teor de umidade (m%) 0 – 5% 18 –25% 25 – 50% Formatos Planos Complexos Simples Automação Sim Batelada Contínuo Orientação de partículas Não [Lee, 1994:30] 19/09/2018

Processos de conformação: quadro comparativo 2 Molde Características Produtos [Reed, 1995:399] Colagem de barbotina Refratários, tubos fechados, produtos avançados/tradicionais Variedade de formas, facilidade de instalação, mecanização disponível Gesso/polímero poroso Colagem de folhas Substratos finos Produção em massa Lâmina metálica Colagem de gel Produtos estruturais avançados, isolamento, refratários Formas complexas, boa dispersão de pós, densidade uniforme Molde metálico/ polimérico Ligação por reação Concreto, refratários, isolamento, restaurações dentárias Formas complexas, tamanhos grandes/ pequenos Vários materiais 19/09/2018

Pressões e taxas de cisalhamento na conformação Processo Variante Pressão (MPa) Taxa de cisalhamento (s-1) [Reed, 1995:403] Prensagem Rolos/isostática Axial >150 <100 Confor-mação plástica Injeção Extrusão Varia <40 10–10000 Colagem de barbotina Sucção no molde Sob pressão Vácuo no molde <0,2 <10 <0,7 <10 <100 Colagem Gel Folha <0,1 <10 10–2000 19/09/2018

Comportamento reológico da suspensão: tixotrópico 1.Preenchimento de detalhes do molde 2.Bombeamento da suspensão 3.Eliminação de bolhas 4.Minimização da sedimentação durante a formação da torta 19/09/2018

Espessura da torta x tempo [Reed, 1995:498] J=Vtorta/Vlíq. Remov. Rc=permeabilidade da torta DP=pressão de sucção do molde h=viscosidade do líquido 19/09/2018

Efeitos de pressão, temperatura e teor de sólidos [Reed, 1995:499] 19/09/2018

Tensão de escoamento em cada etapa do processo de colagem 19/09/2018

Efeito do defloculante [Reed, 1995:501] 19/09/2018

Colagem sob pressão 19/09/2018

Colagem sob pressão 19/09/2018

Efeito da distribuição de tamanho de partículas Andreasen Alfred 19/09/2018

Espessura da torta x tempo 19/09/2018

Arraste de partículas finas durante a colagem 19/09/2018

19/09/2018