A crise financeira que se intensificou no mundo a partir do mês de outubro de 2008 colocou em xeque as políticas neoliberais, adotadas por muitos países.

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Transcrição da apresentação:

A crise financeira que se intensificou no mundo a partir do mês de outubro de 2008 colocou em xeque as políticas neoliberais, adotadas por muitos países a partir da década de 1980.A principal crítica ao neoliberalismo, como causador dessa crise, está relacionada com: (A) diminuição das garantias trabalhistas (B) estímulo à competição entre as empresas (C) reforço da livre circulação de mercadorias (D) redução da regulação estatal da economia

A doutrina econômica neoliberal ou neoclássica é pautada na concepção geral de que o mercado é autorregulável, o que resulta na convicção de que a ação do Estado como regulador da economia deve ser minimizada. É justamente a influência desse aspecto da doutrina sobre as políticas de regulação dos mercados financeiros e imobiliários que foi apontada como a causa principal da crise iniciada em 2008. Para os críticos, a reduzida regulação estatal provocou desequilíbrios que só puderam ser identificados quando já era tarde demais para que as ações do Estado fossem capazes de evitar as suas piores consequências.

Exportações brasileiras crescem, mas não diversificam O gráfico da balança comercial brasileira apresenta deficits até 2001, e a partir daí uma curva ascendente demonstra ossuperavits com uma queda a partir de 2008, devido à crise global começada no subprime (mercado imobiliário) norte-americano.Entre 2001 e 2005, o crescimento acelerado das exportações foi impulsionado por um conjunto de circunstâncias, como o forte crescimento da economia mundial, o aumento dos preços das commodities, a taxa de câmbio favorável, o baixo crescimento do consumo interno e significativos ganhos de produtividade das empresas. Porém, nem tudo é motivo de comemoração: as exportações brasileiras cresceram mais pela quantidade de bens primários exportados que pelo valor agregado dos produtos comercializados. Internet: <http://marcosbau.com.br> (com adaptações). Acesso em 20/9/2012. Com relação à economia brasileira e sua dinâmica abordada no texto, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos. 0.( ) Por déficit e superávit compreende-se, respectivamente, crédito e débito na balança comercial de um país. 1.( ) A crise do mercado imobiliário americano (subprime) foi provocada pela elevada inadimplência dos tomadores desse tipo de crédito que, até o instante da crise, estava bastante disponível na economia norte-americana. 2.( ) O mercado de commodities corresponde aos produtos de alta tecnologia exportados pelas nações em desenvolvimento que se destacam na economia global. 3.( ) O valor agregado aos produtos comercializados pelo Brasil está diretamente relacionado à modernização e à tecnologia implementadas no processo produtivo. 4.( ) Infere-se do texto que o Brasil deve deixar de comercializar produtos primários e investir, maciçamente, em tecnologia como forma de aumentar o superávit da balança comercial.

(MACK) “Para funcionar, o mercado precisa realmente de um agente catalizador, que é invisível, que é a confiança. Sem esse agente, o mercado não funciona. Durante esses anos todos, os governos foram permitindo que a imaginação ampliasse os negócios, que se criassem derivativos, se criassem novas instituições. Em algum momento, ocorreu um problema, que foi a crise do subprime. Na verdade, essa crise era uma coisa restrita, inicialmente.” (...) “Sobre isso não há dúvida. O mais grave, no entanto, é que ele (o Fed) continuou com a ideia de que não precisava regular, de que os agentes do mercado teriam aquilo que Adam Smith (economista inglês do século 18) chamou de o observador imparcial. Ou seja, acreditaram na hipótese de que os agentes não fariam sacanagem nenhuma. Mas ficou visível que esse mercado, com essa imaginação e com os incentivos perversos que ele estabeleceu, como aquele sistema de bônus absurdo, construiu isso que está aí. Em minha opinião, o Fed errou duas vezes. Errou porque manteve a taxa de juros muito baixa durante muito tempo. Ela foi permissiva, foi laxista e permitiu que tudo isso acontecesse. O mais grave, no entanto, é que não houve o menor controle da qualidade das operações.” Delfim Neto No trecho da entrevista acima, a respeito da crise financeira de 2008, é correto afirmar que o economista Delfim Neto a) indica a liberdade irrestrita dos agentes financeiros como a solução para os problemas que dela resultaram. b) aponta que o problema central da crise foi o excesso de regulação das atividades financeiras e o desvio dos governos em relação às práticas neoliberais. c) entende que o problema se restringia ao subprime, pois os agentes econômicos se autoregulariam. d) acredita que a falta de confiança, ou seja, uma crise de crédito foi o fator preponderante da crise deflagrada com o problema do subprime. e) critica as práticas socialistas de controle e defende explicitamente a ampla liberdade dos agentes financeiros.

(FGV-SP) O rebaixamento da nota de classificação de risco dos Estados Unidos, pela Standard e Poor’s, gerou uma nova onda de pânico no mercado global. A segunda-feira 8 [de agosto] abriu com queda nas bolsas de valores do mundo inteiro – a Bovespa foi uma das mais prejudicadas, com queda de 8,08% – e o Banco Central Europeu tratou de fortalecer os países do bloco para evitar novos rebaixamentos, por meio da injeção de capital e controle de taxas cambiais. http://www.cartacapital.com.br/economia/a-decada-perdida-para-a-europa O rebaixamento da nota de classificação mencionado na reportagem ocorreu no contexto: a) da crise da dívida pública estadunidense, que atualmente equivale a mais que 100% do PIB do país. b) da disputa entre republicanos e democratas, que inviabilizou o acordo que ampliaria o teto de endividamento dos Estados Unidos. c) da adoção de medidas de regulamentação do setor financeiro, o que produziu a desvalorização dos títulos emitidos pelo Tesouro estadunidense. d) da crise da zona do euro, que já provocou o rebaixamento da nota de classificação da França e da Alemanha. e) de um erro de cálculo da Standard e Poor’s, já assumido publicamente pela agência.

Texto I A Europa entrou em estado de exceção, personificado por obscuras forças econômicas sem rosto ou localização física conhecida que não prestam contas a ninguém e se espalham pelo globo por meio de milhões de transações diárias no ciberespaço. (ROSSI, C. Nem fim do mundo nem mundo novo. Folha de S.Paulo, 11 dez. 2011 – Adaptado)   Texto II Estamos imersos numa crise financeira como nunca tínhamos visto desde a Grande Depressão iniciada em 1929 nos Estados Unidos. (Entrevista de George Soros. Disponível em: www.nybooks.com. Acesso em: 17 ago. 2011 – Adaptado) A comparação entre os significados da atual crise econômica e do crash de 1929 oculta a principal diferença entre essas duas crises, pois a) o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos EUA na I Guerra Mundial e a atual crise é o resultado dos gastos militares desse país nas guerras do Afeganistão e Iraque. b) a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de super-produção industrial nos EUA e a atual crise resultou da especulação financeira e da expansão desmedida do crédito bancário. c) a crise de 1929 foi o resultado da concorrência dos países europeus reconstruídos após a I Guerra e a atual crise se associa à emergência dos BRICS como novos concorrentes econômicos. d) o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de proteções ao setor produtivo estadunidense e a atual crise tem origem na internacionalização das empresas e no avanço da política de livre mercado. e) a crise de 1929 decorreu da política intervencionista norte-americana sobre o sistema de comércio mundial e a atual crise resultou do excesso de regulação do governo desse país sobre o sistema monetário.