Profª. Carolina Lara Kallás

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Linguagem Corporal.
Advertisements

LINGUAGEM: SIGNIFICAÇÃO E CONTEXTOS
A INTERAÇÃO SIMBÓLICA George Mead.
REVISÃO Comunicação Social.
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA
A Origem da Força da Linguagem Publicitária
Paradigma do signo Conceitos.
SIGNO: o que é? Dicionário Aurélio século XXI: do lat. Signu. s.m.:
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO I Paulo Neto
O PROBLEMA DA LINGUAGEM
RAZÃO E INSTINTO Pascal “ O Coração tem razões que a razão desconhece
2.° Bimestre/ A criança, a Natureza e a Sociedade. 2. Objetivos
Prof.a Andréia Chagas Pereira
Conceitos básicos da COMUNICAÇÃO HUMANA
Leitura O que é leitura? O que é texto? O que é leitor?
Semiótica – Teoria dos Signos
Composição e Projeto Gráfico
LINGUAGEM E PENSAMENTO
O código no qual se estrutura determinada linguagem, ou seja, a sua forma, está ligada a certos traços da matéria de expressão.
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO
A linguística saussuriana
Imagem Linguagem Visual
Professora: Aíla Rodrigues
PRINCIPAIS INTERESSES DE VYGOTSKY: o estudo da consciência humana
Linguagem: Formas e usos – Língua Portuguesa I
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
A SEMIÓTICA TRIÁDICA DE PEIRCE
Percepção e Fund. Das Artes Visuais
Comunicação & Expressão
As funções da linguagem
REDAÇÃO DE DOCUMENTOS TÉCNICOS
COGNITIVISMO E APRENDIZAGEM
ANÁLISE TEXTUAL Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística.
Profª. Taís Linassi Ruwer
Comunicação & Expressão Profª Drª Louise Lage Módulo 4
Tipos de Comunicação.
ANÁLISE TEXTUAL Aula 2 – Adequação vocabular, variação linguística, texto e hipertexto Profª. Fábio Simas.
Sociologia: uma ciência da sociedade Parte.01
ELEMENTOS E TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO COM O MERCADO
Uma das mais conceituadas pesquisadoras na área, Lúcia Santaella, autora de dezenas de livros sobre o assunto, já se deparou com questões curiosas; já.
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Semiótica.
- O Processo de Comunicação -Funções da linguagem
II Unidade Semiótica (Análise).
Capítulo 5 – Linguagem e Pensamento
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Introdução à semiótica
Como interpretá-los? (OBJ.2). * No ordinário de nossas vidas, o contexto em que encontramos determinado sinal ou símbolo usualmente nos ajudará.
II Unidade Semiótica.
UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA PSICOLOGIA
PNL PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA.
Comunicação e Redação Empresarial
Professora: Janine Fernandes
Conceitos Introdutórios
Linguística Aprofundamentos
Semiótica e comunicação III
Maria de Lourdes Bacha Senai
Immanuel Kant
A música é um discurso, e não uma “língua universal”, e é muito mais do que uma “linguagem”. Discurso = argumento, intercâmbio de idéias, conversação,
Introdução à Comunicação
A PRÉ-HISTÓRIA DA LINGUAGEM ESCRITA
NOÇÕES BÁSICAS DO ESTUDO DA LINGUAGEM. VAMOS RECORDAR... Assim, uma argumentação é tipicamente constituída por uma inferência ou por uma série de inferências.
Estruturas epistêmicas e práticas discursivas
(...)os homens não nascem humanos, mas humanizam-se por apropriação da cultura (Leontiev, 1978).
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - Arte
Linguagem e Língua Linguagem é a capacidade humana de articular conhecimentos e compartilhá-los socialmente. Todo significado pode ser usado coletivamente.
Introdução à semiótica / semiologia Prof. Marcel Matias.
A COMUNICAÇÃO FRENTE AOS DESAFIOS DA NEGOCIAÇÃO. MODELO UNIDIRECIONAL CONSIDERA QUE O PAPEL PRINCIPAL DA COMUNICAÇÃO É A TRANSMISSÃO DE MENSAGENS GERA.
Como explicar o mundo?.
Transcrição da apresentação:

Profª. Carolina Lara Kallás Unidade II COMUNICAÇÃO APLICADA Profª. Carolina Lara Kallás

Unidade II Semiótica Signo Linguagens Origem Vertentes Significado e significante Aplicação Prática Fases do processo de comunicação: Pulsação vital, interação, seleção, percepção, decodificação, interpretação, incorporação e reação.

Comunicação - Definição “Processo social básico de produção e partilhamento do sentido através da materialização de formas simbólicas” Vera Veiga França O objeto da Comunicação Na semiótica: O ato de comunicar é a materialização do pensamento ou sentimento em signos conhecidos pelas partes envolvidas. Estes símbolos são então transmitidos e reinterpretados pelo receptor.

Semiótica Palavra proveniente da raiz grega Semeion (signo), pode ser definida como “a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura” Ciência que estuda os signos. Explica os processos de significação. É utilizada em diversas áreas do conhecimento desde a lingüística até a linguagem binária dos computadores ou do DNA.

O que significa significar? A Comunicação seria impossível sem a significação. Significação: produção social de sentido. Significar é representar idéias. E representamos as idéias por meio dos signos. Existem símbolos que foram especificamente criados para pensarmos em outros objetos. Exemplos: sinais de trânsito, notas musicais e as palavras da língua portuguesa.

Signos As formas que representam as idéias e as emoções. Signo é todo objeto perceptível que de alguma maneira remete a outro objeto, toma o lugar de uma outra coisa. Segundo Pierce: “Um signo, ou representâmen, é aquilo que, sob certo aspecto ou modo, representa algo para alguém.” Portanto, o signo não é o objeto, é algo distinto dele, está ali presente para designar ou significar alguma coisa.

Semiótica e Cultura Todo fenômeno de cultura só funciona culturalmente porque é também um fenômeno de comunicação. Esses fenômenos só comunicam porque se estruturam como linguagens. Todo e qualquer fato cultural ou prática social constituem-se como práticas significantes, isto é, são práticas de produção de linguagem e sentido.

Linguagem Toda linguagem pode ser considerada um sistema de signos organizados. Linguagem verbal e não verbal Exemplo: fala, escrita e gestos Esses sistemas de signos, podem ser verbais, imagéticos, sonoros, etc... Linguagem sincréticas Exemplos: sites, produtos audiovisuais Texto Intertextualidade - Hipertexto

Códigos Em geral, os signos formam conjuntos organizados chamados códigos. A língua portuguesa, o código Morse, os sinais de trânsito, o sistema Braile para cegos, são conjuntos organizados de signos. O Signo é percebido por nós pelos nossos 5 sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato.

A importância do contexto Os signos são iguais as pessoas, têm significados diferentes segundo o contexto em que se encontram. Não devemos interpretar um texto sem antes saber em que contexto foi escrito. Não devemos criar um texto sem antes perguntar o contexto em que vive o leitor. Contexto mostra visões de mundo diferentes Exemplos: Oriente Médio: sola de sapato Cores - Noiva: Japão/Brasil

Interatividade Sobre semiótica, qual a alternativa errada? Semiótica é a ciência que estuda os signos, existem várias vertentes. Signo é todo objeto perceptível que, de alguma maneira, remete a outro objeto. A semiótica é utilizada apenas na disciplina de Comunicação e Lingüística. Os fenômenos e práticas culturais são produtores de sentido e significado. Todas as linguagens são formadas por sistemas de signos e as linguagens sincréticas são aquelas que usam dois ou mais sistemas diferentes.

Resposta A semiótica é utilizada apenas na disciplina de Comunicação e Lingüística. Esta resposta está incorreta. Qualquer linguagem é estruturada por sistemas signicos, formando códigos. A linguagem da computação é um exemplo, cada elemento é um signo que representa alguma outra coisa. Portanto, a semiótica, ciência que estuda os signos está presente em todas as areas do conhecimento.

Origem da semiótica A semiótica surge quase simultaneamente em três países: Estados Unidos União Soviética Europa Ocidental Entre o final do século XIX e inicio do século XX Isso confirma a necessidade da época: Construir uma ciência capaz de entender os fenômenos da linguagem

Vertentes da Semiótica Hoje iremos estudar apenas duas vertentes (A) Ferdinand de Saussure (1857 – 1913) Signo: Significante Significado A significação resulta das relações estabelecidas pelos: P.E e P.C Significante: Plano de Expressão P.E Significado: Plano de Contéudo P.C

Imagens disponíveis no clip art do Microsoft Power Point

Saussure (1857 – 1913) Lingüista – Estruturalismo – Semiologia = Signo O signo é a relação entre o significante e o significado Podem existir muitos significantes para o mesmo significado. Significante Significado

Imagem disponivel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pleiade s_large.jpg

E uma palavra poder ter muitos significados... Imagem disponível no clip art

Ou.... Disponivel em: http://www.marily nmonroe.com/ about/photos/ color_photos.htm. Acesso: 12/03/2010

Interatividade Ao analisar a relação entre signo, significante e significado, podemos concluir que: O signo pode ser considerado a relação entre o significante e o significado. O Plano de expressão se relaciona aos significados. O Plano de conteúdo se relaciona aos significantes. O significante não interfere na significação N.D.A

Resposta O signo pode ser considerado a relação entre o significante e o significado. Justificativa O plano de expressão é relacionado aos significantes e, o plano de conteúdo aos significados. A significação resulta do diálogo constante entre o plano de expressão e plano de conteúdo, portanto o significante pode alterar a significação.

Vertente B - Charles Sanders Peirce : (1839 – 1914) Dividiu o signo em três: Ícones, Índices e símbolos Têm relação com as três categorias naturais do pensamento. Em 1867 estas categorias foram denominadas: Qualidade, Relação Representação Correspondem: Primeiridade - Icone Secundidade - Indice Terceiridade - Simbolo

Categorias do pensamento (Pierce) Símbolo (conclusão) 3 1 2 Ícone (qualidade) Índice (relação)

Categorias naturais do pensamento Primeiridade – categoria da primeira impressão ou sentimento (feeling) que recebemos no momento presente; Secundidade – categoria do relacionamento direto (visual e/ou sensorial) com o elemento físico (matéria), o sentimento tem que estar encarnado numa matéria; Terceiridade – categoria de inter-relação entre o que sentimos, visualizamos e identificamos dentro de nossas leis, valores, convenções e cultura

Ícone “Apresenta e não representa”; Diz respeito a pura qualidade É uma possibilidade Intuição Impressão Qualidade de ser e sentir Quali-signo

Índice É um signo que indica outra coisa com a qual ele está factualmente ligado. Há entre ambos, uma conexão de fato; Um fato real / Pista Através de um indício (causa) tiramos conclusões; Sin signo Exemplo: Onde há fumaça, há fogo. Uma pegada, um indício.

Símbolo É uma lei, em relação ao seu objeto e signo é um símbolo, uma convenção social. Extrai seu poder de representação porque por convenção ou pacto coletivo, determina que aquele signo represente seu objeto. Consenso social - Lei consensual Dedução Não é individual, é coletivo, geral. Legi-signo

Significados denotativos Aparece quando um signo indica diretamente um objeto referente e suas qualidades. Propriedades observáveis e objetivas. Orienta a realidade. É Descritivo Exemplos: o formato, a tipografia, as ilustrações, etc. Objetivo

Significados conotativos Inclui as interpretações subjetivas ou pessoais que podem derivar do signo. Varia de pessoa para pessoa. Capacidade de imaginação, indução e manipulação. Modifica e transcende a realidade. Poder da conotação. Subjetivo

Interatividade Sobre ícones, índices e símbolos, qual a alternativa errada? As cores e formas representam signos icônicos. Uma placa de trânsito ou uma palavra é um exemplo de um símbolo. As vezes é difícil distinguir um ícone de um símbolo, por exemplo, Marilyn Monroe foi um ícone de beleza e um símbolo de sexualidade. Uma pegada pode ser exemplo de um índice. Um índice tem sempre o mesmo significado.

Resposta e) Um índice tem sempre o mesmo significado. Justificativa: Um índice pode “induzir” vários significados.

As fases do processo de comunicação “A comunicação, de fato, é um processo multifacético que ocorre ao mesmo tempo em vários níveis – consciente, subconsciente e inconsciente, - como parte orgânica do dinâmico processo da própria vida.”

Fases do processo de comunicação A pulsação vital Dinâmica interna de qualquer pessoa: emoções, lembranças, sentimentos, desejos e necessidades. Seu centro é o cérebro. O organismo humano funciona como um sistema aberto em constante interação consigo mesmo e com o meio ambiente. Para se manter a pulsação vital tem que se adaptar ao meio ambiente físico e social que rodeia o organismo, se acomodando a ele ou tentando transformá-lo.

Fases do processo de comunicação 2. A Interação A pessoa emite e recebe mensagens por todos os canais possíveis: olhos, pele, mãos, língua, ouvido. A pessoa necessita entrar em interação com o meio ambiente. 3. A seleção A pessoa não emite nem recebe tudo o que vem do meio ambiente, ela seleciona alguns elementos que deseja compartilhar com outras pessoas. Essa seleção pode ser provocada por estímulos internos ou externos.

Fases do processo de comunicação 4. A percepção No caso dos estímulos que vêm de fora, o homem “sente” a realidade que o rodeia por meio de seus sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar, e assim percebe as palavras, gestos e outros signos que lhe são apresentados. 5. A decodificação Percebidos os signos, a pessoa tem que determinar o que eles representam e a que código pertence. Para cada signo, a pessoa busca na sua memória um objeto ou idéia correspondente.

Fases do processo de comunicação 6. A interpretação É a necessidade de entender claramente o sentido ou significado da mensagem. Exige que se coloque a mensagem em um contexto, que a compare com outros elementos do repertório e com o conhecimento que se tem das intenções do interlocutor. 7. A incorporação Se a mensagem é interpretada de uma maneira tal que a pessoa não se considera ameaçada em seu sistema de idéias, valores e sentimentos, ela é facilmente incorporada ao repertório ou acervo.

Fases do processo de comunicação 8. A reação As reações podem ser externas ou internas. Exemplos: Quando a pessoa se sente agredida: agride/ emocionada: chora, dá risadas etc. Muitas vezes essa reação é interna, ou seja, a reflexão que acontece após assistirmos um filme, lermos um texto, ou recebermos qualquer tipo de mensagem.

Interatividade Sobre as faces do processo de comunicação podemos afirmar que: A pulsação vital é reação aos efeitos provocados pelos signos utilizados. A interpretação é independente do contexto. A pulsação vital é independente do ambiente físico e social. Percebidos os signos, a pessoa tem que determinar o que eles representam e a que código pertence. (Decodificação). Todas as alternativas estão corretas.

Resposta d) Percebidos os signos, a pessoa tem que determinar o que eles representam e a que código pertence. (Decodificação).

ATÉ A PRÓXIMA!