Comunicação Visual: Trajetória

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A REPRESENTAÇÃO E A QUESTÃO DO ESTILO
Advertisements

NOME,MARCA,IDENTIDADE E IMAGEM
TIPOGRAFIA.
“Um melhor aprendizado não surge das descobertas de novas maneiras do professor instruir, mas de dar ao aprendiz melhores oportunidades de construir.”
A Origem da Força da Linguagem Publicitária
Currículo de Arte do 1° ao 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Currículo de Arte ARTE TEM CONTEÚDOS PRÓPRIOS E LINGUAGENS ESPECÍFICAS
Fundamentos do Design.
A Evolução das Mídias Audiovisuais
INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO I
Curso Desenhos: produção de imagens, diálogos poéticos e outras possibilidades.
O código no qual se estrutura determinada linguagem, ou seja, a sua forma, está ligada a certos traços da matéria de expressão.
LINGUAGEM Filosofia.
IHC Interação Humano-Computador
Mídias Digitais Uma abordagem sobre as possibilidades de aplicar mídias em benefício do ensino.
Introdução à Engenharia de Produção 1.º Semestre Eng.ª de Produção
Software de Rede Willamys Araújo.
Artes Gráficas.
Resumo histórico Na antiguidade já se usavam cartazes "manuscritos" (por vezes em madeira) que eram colocados ou pregados na parede. O primeiro cartaz.
Sistemas de Numeração Professor Maicon.
Eras Culturais – por Lucia Santaella
ARTE NO COTIDIANO ESCOLAR
PRINCIPAIS INTERESSES DE VYGOTSKY: o estudo da consciência humana
Loja em um Shopping Sistema: Marketing e Logística Augusto Moura
Módulo 4- Design Multimédia

O que são, para que servem e onde podem ser utilizadas?
REDAÇÃO DE DOCUMENTOS TÉCNICOS
COMUNICAÇÃO VISUAL CO M UN IC AÇ ÃO VIS UA L CARTAZ.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
BRASIL ALFABETIZADO RN Alfabetizado
A COMUNICAÇÃO NOS DIAS DE HOJE
PENSAMENTO HUMANO ENQUANTO PENSAMENTO FILOSÓFICO.
Elementos Visuais.
COMUNICAÇÃO Fornecimento ou troca de informações, de idéia ou de sentimento, através de: PALAVRAS SINAIS GESTOS.
Comunicação & Expressão Profª Drª Louise Lage Módulo 4
Trabalho de T.I.C. AnaSofia.
Tipos de Comunicação.
PEDAGOGIA EMPRESARIAL ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO MARKETING PESSOAL EMPREGABILIDADE 7º PERÍODO ADMINISTRAÇÃO AULA 17.
A Educação Matemática como Campo Profissional e Científico
RECURSOS HUMANOS Aplicada na Produção.
Gabriel Bastos Machado
Perguntas de Modelação
O que é Design ? Denomina-se Design qualquer processo técnico e criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato.
Desenvolvimento de Embalagens
COMUNICAÇÃO Tudo o que nos envolve estabelece connosco um diálogo, transmite-nos uma informação. Recebemos mensagens através dos gestos, das expressões.
2- GERENCIANDO MARCAS NO SETOR PÚBLICO
Homem X Comunicação.
Prof. Luciano Pedroza.  Definição: ₁É um conjunto de teorias e técnicas que nos permite ordenar a forma pela qual se faz a comunicação visual. Vem sendo.
TEORIA DE SISTEMAS   .
A VIRTUALIZAÇÃO DA INTELIGÊNCIA E A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Língua Estrangeira Moderna
INTERFACE HOMEM-MÁQUINA
Design Multimédia Sara Sousa nº30.
Introdução ao Design Gráfico
Composição e apresentação da embalagem
Elementos da composição gráfica
ATITUDES PESSOAIS E PSICOLOGIA DO TRABALHO
Professora: Janine Fernandes
PROF. FABIO AGUIAR PLANEJAMENTO GRÁFICO PRODUÇÃO DE VÍDEO.
Tipos de Signos Bruno Pereira, nº: FT14.
Conceitos Introdutórios
A PRÉ-HISTÓRIA DA LINGUAGEM ESCRITA
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - Arte
M A R K E T I N G 1ºA PROJETO DE ENSINO BERNOULLI 2009 GRUPO DE MARKETING 1º ANO A FREDERICO ELOI MATHEUS BORGES PEDRO IVO THALES MAYA TIAGO TORRES.
A aprendizagem da escrita - abordagem histórico-cultural 1. Pressupostos histórico-culturais Atividade mediada Método instrumental 2. Etapas: Rabiscos.
CATÁLOGO DE PRODUTO Projeto Interdisciplinar. Projeto Nosso projeto é a criação de um produto multifuncional, e a produção de um catálogo do mesmo produto.
Aprendizagem Organizacional Luciano Thomé e Castro.
Transcrição da apresentação:

Comunicação Visual: Trajetória Com o tempo a linguagem verbal passou a ser o meio de intercâmbio de informação mais direto. Mesmo assim a linguagem visual continuou tendo um peso importante nas relações comunicativas, sobretudo a partir do uso de diversos materiais como suporte às mensagens visuais. A comunicação visual. Em seu sentido mais amplo, tem uma longa história. Quando o homem primitivo, ao sair à caça, distinguia na lama a pegada de algum animal, o que ele via ali era um sinal gráfico.

As primeiras formas comunicativas consistiam em elementos visuais para transmitir estados de ânimo, desejos e inquietudes através de expressões e signos não verbais, inicialmente, que com o tempo adquiriram a condição de "linguagem", pictórica ou verbal, ao converterem-se em modelos de comunicação.

Arte Egípcia em pergaminhos Com o tempo a linguagem verbal passou a ser o meio de intercâmbio de informação mais direto. Mesmo assim a linguagem visual continuou tendo um peso importante nas relações comunicativas, sobretudo a partir do uso de diversos materiais como suporte às mensagens visuais.

O Disco de Festos, 1700 a.c. A representação de idéias por meio de pictogramas teve uma maior expressividade com o advento de diferentes suportes para linguagens escritas. As linguagens escritas possibilitavam o registro de cadeias estruturadas de pensamentos mediante um conjunto de elementos gráficos de significado próprio e capazes de transmitir mensagens compreensíveis pela comunidade.

As linguagens escritas estavam baseadas na Alfabeto Cretense As linguagens escritas estavam baseadas na representação de elementos tomados da natureza - aos quais se atribuía uma interpretação particular - e também na representação de um conjunto artificial de símbolos inventados: os alfabetos. Isolados, cada um destes signos tinha um significado incerto, porém em conjunto com outros signos, era possível representar graficamente a linguagem falada por cada povo.

Como suporte físico, foi utilizada inicialmente a pedra, mas, buscaram-se outros tipos de materiais que permitiriam maior facilidade de uso e portabilidade, como os papiros ou os pergaminhos. Com o papiro e o pergaminho diferentes tipos de pigmentos naturais passaram a ser utilizados para dar um maior colorido e expressão às obras escritas e composições artísticas.

Nesta época alguns artistas desenvolveram pesquisas a respeito da maneira de dispor os diferentes elementos textuais e gráficos tentando representar uma composição harmoniosa e equilibrada, já que com isso acreditavam ser possível aliar comunicação, clareza e beleza. Exemplos desta visão são os códices realizados nos monastérios: neles se observa de maneira clara a importância da "Forma" (Design) na transmissão de uma mensagem.

Johann Gutenberg, em 1450, inventou a prensa tipográfica, artefato capaz de reproduzir um original em grandes quantidades. O método de reprodução mecânica de originais possibilitou que documentos impressos e suas mensagem fossem acessíveis a um maior número de pessoas.

INCUNÁBULOS obras impressas desde 1455 até 1500 Logo começaram a aparecer imprensas que reproduziam todo tipo de obras, cada vez mais elaboradas. Novos materiais começaram a ser utilizados como suportes, novas tintas e novos tipos de letras, originando o aparecimento de profissões especializadas em seu manejo: os tipógrafos e os impressores, profissionais encarregados de manipular tipos, elementos gráficos e estratégias de composição e impressão, viabilizando a divulgação das obras impressas, o que deu um impulso significativo para a consolidação da profissão de design gráfico.

Publicidades séc. XIX O design gráfico teve outro grande impulso com a Revolução Industrial. Surgiram as fábricas e a economia de mercado, deste modo um grande número de pessoas se deslocou às cidades para trabalhar. Intensificou-se o comércio e a concorrência entre empresas por uma parte do mercado. Com isso, apareceu e se desenvolveu uma nova técnica comercial, a publicidade, encarregada de fazer chegar aos consumidores mensagens específicas que lhes convencessem de que um dado produto era melhor que seus concorrentes.

O desenvolvimento da publicidade ocorreu paralelamente ao do design gráfico e ao dos suportes de comunicação. Era preciso convencer o público das vantagens de um determinado produto ou marca. Para isso nada melhor que mensagens concisas, carregadas de componentes psicológicos, com desenhos cada vez mais elaborados e que chegassem ao maior número de pessoas. A habilidade do “como transmitir” a informação chegou inclusive a superar em importância à própria informação.

Não se tratava mais de apresentar apenas belas mensagens visuais, elas deviam ser efetivas e vender. Assim, apostou-se grandes investimentos, tornando possível um grande avanço nas técnicas do design de comunicações e na formação de profissionais dedicados exclusivamente a desenvolvê-las e colocá-las em prática: os designers gráficos.

Na segunda metade do século XX, surgiram os computadores e máquinas inicialmente destinadas a um grupo reduzido de técnicos e especialistas, mas que pouco a pouco foram ganhando popularidade e com o aparecimento do computador pessoal se estenderam a todos os ambientes e grupos sociais.

Na década de 1980 o Desktop Publish passou a fazer parte do âmbito do design gráfico e cada profissional que dispusesse de um computador, softwares e uma impressora passou a poder conceber, desenvolver e reproduzir mensagens visuais . Na década de 1990 a World Wide Web se consolidou como um meio eficiente de comunicação aumentando o acesso de diversos públicos às informações. Logo, a WEB e outros meios digitais se convertem em profícuos ambientes de trabalho para os designers de comunicações.

O Design Gráfico Pode-se definir design gráfico como o processo de conceber, programar, projetar, coordenar, selecionar e organizar uma série de fatores e elementos para produzir interfaces visuais destinadas a comunicar mensagens específicas que chegam ao público destinatário através de diferentes suportes, como folhetos, cartazes, websites, embalagens, letreiros, etc. O designer gráfico trabalha na interpretação, na ordenação e na apresentação visual de mensagens. Sua sensibilidade para a forma deve ser paralela a sua sensibilidade para o conteúdo.

No processo de design gráfico utiliza-se diferentes elementos gráficos para dar forma à comunicação buscando comunicar as idéias essenciais da mensagem de forma que seu público alvo possa compreende-la com eficácia. • Elementos gráficos simples: pontos, linhas e planos de todo tipo (grafismos, linhas retas e/ou curvas, etc.) • Elementos geométricos, com ou sem contorno: polígonos, círculos, elipses, ovais, etc. • Tipos: letras de diferentes formas e estrutura, utilizadas para apresentar mensagens textuais. • Gráficos variados: logotipos, ícones, símbolos, sinais, etc. • Ilustrações • Fotografias • Etc.

O designer gráfico deve saber, assim como um maestro, orquestrar estes elementos criando uma sinergia entre eles. O resultado final é uma unidade por si mesma – uma sinfonia, embora composta por uma infinidade de elementos diferentes – sons de diversos instrumentos. Para atingir o resultado esperado, o designer deve conhecer a fundo os diferentes recursos gráficos a sua disposição – linguagem visual, percepção visual, tecnologias, softwares gráficos e meios de comunicação - e ter a imaginação, a experiência e o sentido comum necessários para combiná-los de forma adequada.

Os diferentes componentes de um projeto de design são percebidos pelo público usuário de acordo com a influência individual que exerce cada um deles. Porém, a união de todos eles, a composição gráfica, é uma entidade comunicativa individual e completa, carregada de complexos elementos humanos associados com a linguagem, a experiência, a idade, a aprendizagem, a educação e a memória de cada sujeito.

No que se refere ao excesso de informações visuais apresentadas dia-a-dia às pessoas que vivem nas grandes cidades, surge uma oportunidade de atuação profissional para os designers que passam a poder usar a sua competência em distinções visuais para reduzir a sobrecarga daquilo que deixa o público perplexo. “A redução da sobrecarga cognitiva precisa se tornar um campo maior de atuação profissional”. - Gui Bonsipe

O relacionamento entre o consumidor e o objeto de consumo inicia-se à primeira vista › relação entre pessoas! Design faz a mediação › Designer é um mediador! Se já é comum dizer que estamos na sociedade da informação, o designer que trabalha neste setor não é somente um embelezador, mas um organizador da informação.