“The old Hollywood is over” A ANTIGA HOLLYWOOD “The old Hollywood is over”
EUA nos 20’s I: política torta Após o tratado de Versalhes, medo do comunismo, fim do free speech: patriotismo exacerbado. Violência racial: 4 milhões de adeptos da KKK no começo dos 20’s. Presidentes: o corrupto e escandaloso Harding; o crescimento do crédito na economia e da indústria com Coolidge; o investimento em ações e o crack com Hoover.
EUA nos 20’s II: economia se agiganta Carros, rádio e cinema. Produção automobilística sextuplica em 10 anos. A indústria se torna gigante, e isso se reflete nos filmes. Cinema e rádio unificam o país. Desenvolvem-se todas as modernas técnicas de comércio.
EUA nos 20’s III: the roaring twenties New morality: após a guerra, modo de vida europeu e desilusão transforma os jovens americanos. Fitzgerald: “Todos os deuses estão mortos, todas as guerras enfrentadas e todas as fés estremecem”. Transformação no comportamento feminino: flapper – beber, fumar, usar maquiagem. Criminalidade aumenta com a máfia, favorecida pela apatia política e novidades tecnológicas, como os carros e a metralhadoras. Nascimento da cultura americana tal qual a conhecemos.
Old Hollywood I TRUSTE Edison-Biograph perde espaço para os independentes, imigrantes que vêm a se tornar os grandes produtores de Hollywood: William Fox, Louis B. Meyer, Carl Laemmle, irmãos Warner, Zukor, Goldfish. IMP, através do talentos de Griffith, seduz as estrelas do truste. Cinema seriado francês influencia a criação de séries americanas: Pearl White, Mack Sennet (Keystone Cops) Cinema nórdico (Nordisk) infla o cinema americano com sensualidade. Teda Bara (a “Vamp”) se torna a primeira grande estrela do sistema. “Nascimento de uma Nação” traz imenso lucro ao IMP, e o modelo dos longas-metragens passa a prosperar.
Old Hollywood II Associados a indústrias como a do petróleo (Rockfeller) e automobilística (GM), prosperam grandes estúdios – Paramount, Mutual, United Artists. Centro de gravidade do cinema americano se desloca para Los Angeles. O fracasso de “Intolerância” faz o poder sobre os filmes passar dos diretores para os produtores. Nos anos 20, a indústria do cinema se torna grande como a dos automóveis, conservas, aço, petróleo, cigarros... Após “escândalos” de libertinagem (Wallace Reid), cria-se um código de pudor. A internacionalização financeira, os rigores da censura, o excesso de adaptações, o star system e a cultura do “producer” levam o cinema americano a uma decadência artística. Sobrevivem os grandes autores da comédia e os realizadores estrangeiros, que mesmo assim são negados pela indústria.
Old Hollywood III Nos anos 20, havia 25.500 salas de cinema nos EUA. 60 milhões de pessoas iam ao cine por semana em 1927. Cria-se o entusiasmo pela arte do cinema.
Star System “Naquela época, tínhamos rostos”. – Norma Desmond. O som aproximou as estrelas do real. As estrelas projetavam anseios diferentes: Experiências sociais e sexuais exóticas. Valores sólidos, familiares. Nova moralidade do pós-guerra. Valores tradicionais. Sonhos e consolo para a vida real.
PEARL WHITE A “deusa loira”, atlética, estrela de filmes seriados de ação e aventura.
MARY PICKFORD Maior estrela dos anos 10, ficou famosa por papéis ingênuos e por seu casamento com Douglas Fairbanks.
DOUGLAS FAIRBANKS Representando o ideal da saúde e da valentia americanas, Fairbanks foi um herói ingênuo, mas gigantescamente popular.
LILLIAN GISH Favorita de Griffith, é considerada a melhor atriz da era muda.
WILLIAM S. HART Ainda é considerado por muitos o maior cowboy do cinema, com seu jeito sóbrio e nada espectaculoso
GLORIA SWANSON Uma verdadeira febre no cinema americano, ela representava o que de mais sexy e chic havia na época.
LON CHANEY Caracterizou-se por sempre representar personagens monstruosos. Um dos atores mais populares do cinema mudo.
RODOLFO VALENTINO O maior galã dos anos 20, provocou um efeito no público muito diferente de Douglas Fairbanks ou os latin lovers.
GRETA GARBO Última e talvez maior estrela do cinema mudo americano, era dotada de impressionante fotogenia e delicadeza na hora de atuar.
D.W. Griffith Durante 3 anos, produziu 3 filmes por semana. Ajudou a consilidar Hollywood e descobriu estrelas como Mary Pickford, Lillian Gish e Mae Marsh. O Nascimento de uma Nação (1915) custou 100 mil dólares e provocou reações tais nas primeiras exibições que deixou feridos e mortos. Não agradou aos padrões do cinema europeu. Intolerância foi concebido com tais padrões de megalomania que continha um palácio de 70 metros. A produção contou com 60 mil funcionários. Billy Bitzer chegou a ter de filmar em um balão. Anos depois, foi inscrito na lista negra e ficou décadas sem filmar.
Comédia I – Max Linder e Mack Sennet O francês Linder criou um desagradável personagem (o “janota”) que inspirou Chaplin a criar o Carlitos. Sennet, inspirado na commedia dell’arte, incorporou as gags, as trucagens, os trajes exóticos e as caricaturas à comédia americana, abrindo passagem aos grandes mestres.
Comédia II – Charlie Chaplin Filho de uma pobre atriz de music hall em Londres. Aprende técnicas cômicas no teatro de variedades. Filmes de técnica simples (câmera fixa), mas que elaboram enormemente a mise-em-scène, abordando temos que trespassam gêneros: amor, religão, guerra, pobreza, desemprego, autoridade, crime, hipocrisia, crueldade. Concentra-se numa rebuscada psicologia dos personagens, em uma época em que isso era rudimentar no cinema. “Não preciso de ângulos fora do comum”.
Comédia III – Buster Keaton “Great stone face”: o homem que nunca ri. Mais sutil e discreto do que Chaplin, e ao mesmo tempo mais acrobático. Timing, elegância, sincronia. Criava diferentes personagens que, a despeito da fragilidade física, encontra superação e forças internas.
Invasão estrangeira Greta Garbo, Pola Negri, Emil Jannings, Sternberg, Murnau. Erich Von Stroheim: “O homem que você amará odiar”. Perfeccionista e excessivamente naturalista, foi o autor de uma das maiores obras-primas perdidas do cinema: Greed. Victor Sjöstrom: assim como Murnau, trouxe uma estética européia ao imaginário americano.