DOAÇÃO DE ORGÃOS: IDENTIFICANDO FATORES PARA INTERVENÇÃO Setembro-2005
Tratamento de rotina Maior sobrevida (Hariharan,2000) Melhor qualidade de vida (Ostrowski,2000) Discrepância número de doações e pctes em lista de espera (ABTO) Maior barreira – recusa da doação (Siminoff 1995) Transplantes Introdução
Causas de não doar Falta de confiança no sistema de saúde Dutra, Transplantation Proceedings, 2004 Religião Golchet, Optometry, 2000 Desconhecimento do assunto Martinez, Med Clin (Barc), 1995 Medo de não estar morto Haustein, Transplantation, 2002 Introdução Falta de estudos de base populacional bem delineados
Situação no Brasil Ausência de dados de base populacional Pouco conhecimento sobre a opinião pública em relação à doação de órgãos Introdução
Identificar barreiras para doação de órgãos, afim de criar base científica para intervenção Objetivo
Estudo transversal na zona urbana de Pelotas, em adultos acima de 20 anos Amostragem aleatória em múltiplos estágios Instrumento – questionário pré-codificado aplicado individualmente por entrevistadores treinados Estudo piloto Amostra representativa da população – 1473 indivíduos Amostra final – 3159 indivíduos Metodologia
Dupla digitação EpiInfo 6.0 Análise uni e bivariadas SPSS 8.0 Análise multivariada Regressão de Poisson STATA 8.0 Segredo individual mantido
Resultados – Diagrama 1 SIM 52% NÃO 48% O Sr(a) tem a intenção de doar seus órgãos? N=3159
Resultados – Tabela 1 VariávelIndivíduos que não tem intenção de doar (n=1525) Idade (anos)*§%N= > Nivel socioeconômico*§%N=1517 A+B C D+E Escolaridade (anos)*§%N= ou mais Analfabeto *: p=0.000 §: chi-square with linear trend
Resultados – Gráfico 1
Medo de não estar morto (n=316) % Multilação do corpo (n=277) % Desconfiança sistema saúde (n=321) % Idade (anos) (n=1347) > p § Nível social (n=1374) A+B C D+E p0.003§0.000§ Educação (anos) (n=1374) 12 ou mais29.06, Analfabeto P0.013§0.000§ *: p=0.000 §: chi-square with linear trend Resultados – Tabela 2
Único estudo de base populacional conduzido no Brasil sobre doação de órgãos O estudo sugere que as pessoas não doam seus órgãos porque não confiam no sistema de saúde e têm medo de não estarem mortas na hora da doação Isso demonstra o desconhecimento da população sobre os critérios de morte e a grande desconfiança da seriedade do programa de transplante Conclusão
A representatividade da amostra e a baixa taxa de recusa obtida (6.3%) são pontos fortes do estudo, permitindo que seus resultados tornem-se base científica para o planejamento de intervenções Conclusão
Intervenção Campanhas atuais visam estimular o altruísmo
Novas campanhas: demonstrando seriedade e isenção do programa explanando critérios para se tornar doador cadáver esclarecendo o conceito de morte encefálica frisando imparcialidade na lista de espera Educação continuada sobre doação de orgãos para profissionais que lidem com pacientes criticamente enfermos Formação de multiplicadores: inclusão do assunto no conteúdo teórico da graduação dos profissionais de saúde Intervenção poderiam aumentar o número de doadores!!
OBRIGADO