O JOVEM NA CULTURA DA INTERNET

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Transcrição da apresentação:

O JOVEM NA CULTURA DA INTERNET

Internet é: Uma rede de pessoas interconectadas com profundo desejo de comunicação que querem trocar informações dipostas a ofertar algo

Como se organiza? Ausência de poder central ou hierarquizado Cada participante dá sua contribuição particular para o esenvolvimento da rede

É uma janela que se abre para o mundo Não existe mais limites, Não existem barreiras, Não existem fronteiras.

Ao lado de uma motivação basicamente lúdica, de brincar, o jovem tem na Internet um meio através do qual pode "ensaiar" aspectos importantíssimos do seu desenvolvimento rumo a idade adulta.

Por ela ser um meio de comunicação "aberto" ( "sem limites") o internauta entra em contato com muitas pessoas, de todas as partes do mundo, com formas de pensar e agir bem diferentes das suas, decorrentes de um contexto cultural distinto do seu.

Adolescência e Juventude Surge nesta fase uma significativa necessidade de afirmação social, ou seja, de se sentir participante de um grupo. Ele - o adolescente - fará tudo para conseguir isso. Mas , nem sempre esse jovem - por características pessoais como, por exemplo, timidez, consegue ter acesso a um grupo "real".

A troca de informações Nessa etapa, rapazes e moças trocam informações e é muito importante a comparação entre os valores existentes entre os seus pares. Salas de bate-papo. Certamente essa comparação pode trazer alguns conflitos, dependendo da história de vida do jovem, já que algumas ideias vindas dos seus pares ( via Internet, ou não) podem ganhar força e se tornarem maiores do que as que ele mesmo traz consigo, herança que ele recebe de sua família e do contexto social onde ele cresceu. Diários virtuais

A possibilidade dele entrar em contato com pessoas de sua idade, que vivem as mesmas angústias e dúvidas que ele experimenta, muitas vezes acontece na Internet.

Adolescência e Juventude Nesse "encontro" ele, finalmente, se sente participante de um grupo, mesmo que esse grupo seja "virtual". Há os que questionam se isso poderia levar esse jovem tímido a se fechar mais ainda, optando por uma forma de viver distante da realidade. Pesquisa afirma que um grande número de jovens tímidos passou a apresentar menos esta característica depois que puderam experimentar relacionamentos virtuais.

Virtualidade e Realidade O mundo que conhecíamos antes da Internet poderia ser chamado de Mundo Real e , o que chegou com ela, de Mundo Virtual. Nesse Mundo Virtual, onde as pessoas não possuem nomes nem corpos de carne e osso, onde as identidades podem ser fictícias e as idéias apenas sonhos não realizáveis, as neuroses, os desesperos, os desajustes , a fealdade, a saúde, o equilíbrio, a beleza...,do mesmo modo que no chamado Mundo Real, existem.

É interessante perceber que muitas pessoas olham com mais estranheza a composição desse mundo que foi criado através da Internet (o virtual ) e não percebem que ele não é diferente do mundo que consideramos "real".

Virtualidade e Realidade No mundo "real" há o marginal, o poeta, o santo, a pessoa violenta, a pessoa amiga, há aqueles que odeiam o semelhante e que vêm o mundo como um inimigo a ser destruído, aniquilado. Há "gangues", há ladrões... e , na Rede, não é diferente. A guerra química, as armas de última geração, as redes de espionagens, não são tão diferentes das guerras que vivemos a cada dia contra aqueles que querem infestar os computadores de pessoas pacatas, que não fazem mal a ninguém, com os seus terríveis vírus. Eles agem como verdadeiros assaltantes, ladrões, espiões, interferindo na realidade "real" de cada cidadão deste planeta.

A Rede – Espaço para a totalidade - Um outro aspecto interessante a se questionar é que a Rede proporciona uma condição especial - e favorável- para que as pessoas possam se mostrar na sua totalidade. Não há nela o freio imposto pelos valores sociais que praticamente "obrigam" as pessoas a serem somente aquilo que a sociedade considera aceitável. A imagem de si, seu "self" - que é construído ao longo da vida de uma pessoa através de duas fontes: os conceitos que a pessoa faz de si e os conceitos que os outros têm dela - é uma força muito poderosa na determinação do comportamento, ora estimulando o aparecimento de certas ações, ora inibindo outras.

A Rede – Espaço para a totalidade - Na verdade, nós conseguimos mostrar para os outros somente parte do que somos, de preferência a parte que nós e eles aceitamos. Na Rede , o “eu" de uma pessoa pode se mostrar mais plenamente já que o "outro" , o que me avalia e do qual quero aceitação, compreensão...., deixa de ser real e assim não preciso mais temer tanto seu julgamento.

A Rede se expande cada vez mais. Certamente haverá uma mudança significativa na construção de novos padrões de valores de uma parcela de nossas sociedades. Essa parcela ainda é pequena, pois atinge uma camada restrita da população, aquela que pode estar "conectada". Cada vez mais jovens estão conectados e, para eles, poder falar, sentir, ser sem medo da desaprovação do outro, sem dúvida, provoca uma ampliação na percepção de si e - provavelmente - na aceitação de si mesmo.

A Rede se expande cada vez mais. Provoca também uma tomada de consciência de inúmeras "partes de si mesmo" que não podiam ser percebidas antes. Kurt Lewin - em sua teoria do campo imaginário - há muitos anos atrás- já nos mostrava que esse campo ( campo imaginário, paralelo ao campo real ) era o lugar onde as realizações "impossíveis" se tornavam "possíveis". Através da criação de um campo imaginário a pessoa construía possibilidades para encontrar alternativas para soluções de situações complexas. A Rede é um lugar onde isso tem chance de ocorrer.

1. Profissão, vocação, estudos... Superação das dúvidas 1. Profissão, vocação, estudos... Dúvidas relativas à profissão, mercado de trabalho, informações sobre ocupações, Faculdades, etc., que são temas que trazem ansiedade para os rapazes e moças que estão cursando o ensino médio, podem ser minimizadas, através do recurso da Internet. Na Rede o estudante dispõe de informações detalhadas sobre esses temas . Pesquisa de temas escolares.

2. Mudanças corporais rápidas que trazem muitas questões e sensações que precisam ser compartilhadas com alguém. O jovem nem sempre consegue "dividir" essas suas angústias com as pessoas que o cercam. No ambiente virtual isso se torna muito mais fácil pois os sentimentos decorrentes daí, entre as quais aqueles que se referem aos padrões estéticos e padrões físicos, tão importantes para os jovens, podem ser trazidos para discussão e muitas vezes revistos.

3. Sexualidade As questões da sexualidade, talvez mais do que outras, ocupam um lugar de destaque nos temas das discussões. Esses temas surgem de várias formas e se pode perceber uma faixa que vai desde à pornografia, bem "primitiva"( pornô por pornô, que quer chocar...) até os papos que envolvem a relação afetiva e sexual de muitos rapazes e moças.

Os namoros, os dramas que eles vivem nessas relações, a primeira transa, as fantasias sobre as futuras transas, as inseguranças e desinformações sobre temas ligados à sexualidade...

4. Família As dificuldades de relacionamento com os pais, com os irmãos, os problemas entre os pais... sempre parecem ser temas bastante complexos pois, se por um lado o jovem precisa questionar os valores trazidos pelos pais, por outro , ainda não adquiriram outros tão fortes que substituam os primeiros.

A necessidade de independência da família se choca com a real dependência que muitos deles experimentam até idades bem avançadas. Verificar que em outras famílias ocorrem situações semelhantes às que vivencia na sua, etc., traz um certo "alívio" e uma aceitação maior dessa dependência que muitas vezes é inevitável e ( lá no fundo ) muito desejada também pelo jovem - ainda que isso seja difícil para ele admitir.

5. Necessidades Consumo: modas , produtos, carros, bebida, roupa... Lazer, jogos, música... Falar por falar – salas de bate-papo Desabafar: ser ouvido

Questionamento: Esse contato poderá ser , ou não, perigoso para a formação dos valores, crenças, hábitos... dos jovens. Existem grupos de jovens que utilizam a Internet com o propósito de competir e agredir outros jovens que não pertencem ao seu "grupo". Ameaças que chegam a sair do virtualismo e passam para a vida real, têm acontecido. Apesar de tudo, as vantagens superam as desvantagens deste meio de comunicação para a vida dos jovens.

Para onde aponta o futuro da Internet?

A Igreja na Internet: desafios Dominar a linguagem. Garantir presença “profissional” na rede (incorporando suas particularidades), sem legitimar valores contrários à evangelização. A Igreja e os educadores devem estar cada vez mais presentes na Rede Mundial de Computadores Democratizar o acesso à Internet (meios, recursos, linguagem) Conviver com a diversidade

Algumas sugestões: Fazer da rede reflexo de comunicação dialógica para a prática da justiça, da solidariedade e da paz. Nova alfabetização – cultura digital para os agentes eclesiais Orientação on line Espaços de partilha Transmissão de valores Educação para uma visão crítica

“Internet: Um NOVO FORO para a proclamação do evangelho” (J.Paulo II) §1. A Igreja, no poder do Espírito Santo, dá continuidade à obra que teve início no dia de Pentecostes:

A história da evangelização não é apenas questão de expansão geográfica. Houve momentos de vanguarda, com novas formas de evangelização: a época das grandes descobertas, a Renascença e a invenção da imprensa. HOJE: estamos diante de outra porta de entrada com a REVOLUÇÃO DAS COMUNICAÇÕES E DA INFORMÁTICA.