Acessibilidade às ETDs por Cegos e Deficientes Visuais UNIFA Acessibilidade às ETDs por Cegos e Deficientes Visuais Apresentação de Caso
Ana Pavani LAMBDA Departamento de Engenharia Elétrica Seminário Biblioteca Virtual Ana Pavani LAMBDA Departamento de Engenharia Elétrica Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro apavani@lambda.ele.puc-rio.br http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/ Rio, 30 de setembro de 2009
Entendendo o contexto
O convite foi feito com uma proposta de O convite foi feito com uma proposta de ementa de implantação de uma biblioteca virtual O assunto é muito interessante e importante Tenho experiência de várias, inclusive de bibliotecas cooperativas em rede Ao mesmo tempo Há outras pessoas com experiência que poderão abordar o tópico (e sei que irão!) O tema do seminário é Oportunidade de Acesso Livre à Informação
Tangenciarei a implantação da biblioteca para chegar à acessibilidade Assim, propus a troca de tópico para o caso de acessibilidade de cegos e deficientes visuais em bibliotecas digitais É um tema pouco explorado A apresentação é de caso real Possibilita o Acesso Livre à Informação por parte de um segmento da população A proposta foi aceita Tangenciarei a implantação da biblioteca para chegar à acessibilidade
Um pouco da história
Contexto universitário Implantada no segundo semestre de 1995 O acervo inicial era composto de materiais educacionais ou objetos de aprendizagem (courseware ou learning objects) produzidos pela PUC-Rio Integrada a um sistema com ferramentas de educação suportada por TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação, porque a biblioteca digital é a melhor ferramenta para executar tarefas imprescindívies aos objetos de aprendizagem – agregação, desagregação, seqüenciação e reutilização
Registrada pela PUC-Rio no INPI sob Registrada pela PUC-Rio no INPI sob número 99003015, em 19 de novembro de 1999 – na versão v.2 De 1995 em diante, houve grande efervescência nas bibliotecas digitais no mundo e no Brasil 1995 – DCMES (Dublin Core Metadata Element Set) 1999 – OAI (Open Archives Initiative) > 1995 – IMS Project e ARIADNE 1999 – reunião da UNESCO para a criação de uma biblioteca internacional de ETDs (Electronic Theses and Dissertations)
2001 – BDTD (Biblioteca Digital de Teses e Dissertações) e MTD-BR (Padrão Brasileiro de Metadados de Teses e Dissertações) 2001 – OAI-PMH (Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting) 2002 – BDTD implementa o OAI-PMH 2003 – DCMES se torna ISO 15386/2003 2005 – MTD2-BR 2006 – BDTD implementa nova versão do OAI-PMH
Contexto universitário Andamento no Maxwell 2000 – v.3 com interfaces em 3 línguas e catalogação em quantas desejadas 2000 – módulo de ETDs 2000 – módulo de artigos e preprints 2001 – participação na fundação da BDTD 2002 – implementação do OAI-PMH 2002 – incubação do projeto de ETDs da UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco) 2002 – conexão bidirecional à Plataforma Lattes do CNPq 2002 – módulo de monografias/trabalhos de conclusão de graduação 2003 – módulo de periódicos
2004 – módulo de estatísticas de produção e de acessos 2005 – módulo de livros 2006 – módulo de análise de referências de ETDs 2006 – participação no projeto piloto de preservação digital de ETDs pela rede LOCKSS (Lots of Copies Keep Stuff Safe) 2008 – livros interativos on-line 2009 – v.4 acessível aos cegos e deficientes visuais 2009 – adesão à MetaArchive Cooperative para preservação digital
É uma biblioteca digital com foco na publicação e difusão da produção científica da instituição A atividade foi grande, mas até 2006 não houve qualquer ação voltada à acessibilidade para cegos e deficientes visuais
Como o projeto de acessibilidade começou?
A PUC-Rio e a UNESCO copatrocinam a Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio A missão da Cátedra é estimular a leitura nas suas mais variadas formas
PUC-Rio possui o Maxwell – um repositório institucional que (hoje) disponibiliza, entre mais de 11 mil títulos (com mais de 41 mil objetos digitais), quase 4.700 ETDs, quase 2 mil trabalhos de conclusão, vários periódicos, artigos, etc
Uma professora da Cátedra entrou em contato com a equipe do Maxwell para sugerir que fossem criadas as condições necessárias a garantir o acesso às ETDs por parte de leitores deficientes visuais e cegos
A resposta imediata foi: sim!
Qual foi o passo seguinte?
A proposta foi aceita pela FAPERJ e o trabalho começou em Jan.2007 Uma proposta de auxílio foi submetida à FAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Apoio à Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro. Ela tinha 2 objetivos: Acessibilidade do sistema (‘navegação’ no sistema) Acessibilidade dos conteúdos (‘leitura’ dos conteúdos digitais das ETDs) A proposta foi aceita pela FAPERJ e o trabalho começou em Jan.2007
O aprendizado da equipe do Maxwell
Visão subnormal é definida no OMD – Online Medical Dicitionary, publicado pela University of Newcastle Upon Tyne, como: Visão considerada inferior à visão normal representada pelos padrões aceitos de acuidade (clareza), campo de visão e motilidade (abilidade de mover-se espontaneamente). http://cancerweb.ncl.ac.uk/cgi-bin/omd?vision,+subnormal Mai 2008
Existem 2 problemas difentes: Cegueira Deficência visual ou visão subnormal As soluções para tingir ambos os objetivos (‘navegação’ e leitura) são diferentes devido ao fato de serem 2 problemas distintos Cegos usam produtos de SW chamados de TTS – Text-To-Speech (Leitores de Telas em português)
Existem inúmeros tipos de deficiências visuais: Progressivas ou estacionárias Diferentes graus Diferentes tipos de perda (áreas do campo de visão, p.ex.) Variáveis de acordo com as condições ambientais (ar mais seco, p.ex.) Variáveis de acordo com as condições físicas da pessoa (mais cansada, p.ex.)
Os deficientes visuais preferem não usar Os deficientes visuais preferem não usar produtos TTS, se existirem soluções alternativas, porque as soluções TTS são: Mais lentas do que a leitura solitária (individual) Mais limitadas porque fazem leitura linear enquanto a leitura humana é bidimensional (isto é um problema muito sério com as expressões matemáticas, p.ex.) Mais cansativas por serem repetitivas
A identificação dos problemas e dos passos para a solução
Soluções de acessibilidade para deficientes visuais: ‘Navegação’ (NV) ‘Leitura’ dos Conteúdos (CV) Soluções de acessibilidade para cegos: ‘Navegação’ (NB) ‘Leitura’ dos Conteúdos (CB)
Exame das especificações do W3C –. World Wide Web Consortium que Exame das especificações do W3C – World Wide Web Consortium que asseguram que os produtos TTS podem ler as páginas na Web (NB) Busca e análise das soluções TTS disponíveis tanto para a plataforma MS Windows como para a ‘família’ Linux, para ver como se comportam ‘navegando’ nos sistemas (NB)
Trabalho conjunto com pessoas. deficentes e cegas de tal forma a Trabalho conjunto com pessoas deficentes e cegas de tal forma a aprender as suas necessidades, seguir as suas recomendações e examinar os exemplos que apresentam; obter a ajuda e feedback para a análise e teste dos sistemas (NB) & (NV) Busca e análise das soluções TTS para a leitura de arquivos (especialmente em formato pdf) examinando como se comportam na leitura dos conteúdos (CB)
Exame das ferramentas de. acessibilidade do Leitor Adobe Exame das ferramentas de acessibilidade do Leitor Adobe especialmente no que diz respeito às adaptações visuais e ao Leitor para Voz (CB) & (CV) Exame da acessibilidade dos sistemas de ETDs em termos de: (1) Portais institutionais; (2) Sistemas de bibliotecas digitais; e (3) Conteúdos; tanto para os cegos como para os deficientes visuais (NB) & (NV)
Soluções parciais
Para os deficientes visuais: ‘navegação’ & ‘leitura’ dos conteúdos
(1) Permitir o aumento do tamanho das letras (2) Permitir troca de contraste (3) NÃO sublinhar (4) NÃO usar letras com serifas
Ainda estamos trabalhando: (1) no aumento das imagens (ícones) (2) tratamento das combo boxes
(2) A PUC-Rio permite Times New Roman nas suas T&Ds Dois comentários: (1) Aumentar o tamanho da letra introduz rolagem horizontal – é um fato! (2) A PUC-Rio permite Times New Roman nas suas T&Ds
Há ferramentas dos sistemas operacionais e dos navegadores que podem ser combinadas com as demais
Shift+Alt+PrtSc
Lente de aumento
Zoom
‘leitura’ dos conteúdos Para os cegos: ‘navegação’ & ‘leitura’ dos conteúdos requerem produtos TTS
O primeiro passo foi encontrar e examinar soluções TTS: para MS Windows e Linux (2) para ‘navegar’ e ‘ler’ conteúdos (3) que pudessem ‘ler’ pdf ou ser combinadas com outras soluções
DOSVOX desenvolvida pelo Núcleo de DOSVOX desenvolvida pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro JAWS (Job Accessibility with Speech) desenvolvida pela Freedom Scientific nos EUA LINVOX desenvolvida pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro
ORCA desenvolvida pelo Accessibility ORCA desenvolvida pelo Accessibility Program Office da Sun Microsystems Inc. nos EUA com contribuições várias Virtual Vision desenvolvida pela MicroPower no Brasil Window-Eyes desenvolvida pela GW Micro nos EUA
OS Línguas pdf Páginas web Obten. Misc DOSVOX W pt-BR N Só texto com o WINVOX Grátis (5) JAWS Muitas Y S – aderentes ao padrão W3C Com LINVOX L(1) Para ser usado com o ORCA(4) ORCA U, L S (6) Virtual Vision pt-BR, en, qualquer voz SAPI-5 S(2) S(3) Window-Eyes Várias
Observações na tabela: (1) Kurumin Linux + Wine (Emulador Windows) (http://www.winehq.org/) + DOSVOX (2) Ação específica para iniciar o processo de leitura dos arquivos pdf (3) Problemas em telas com frames (4) V3 (a ser usado com o ORCA) ainda em desenvolvimento (5) Possui aplicações de escritório; possui formatação para impressora Braille (6) Possui ampliação; possui controle para apresentadores Braille (Braille displays)
Alguns comentários sobre o DOSVOX, o JAWS e o Leitor Adobe (Adobe Reader Read Out Loud feature)
DOSVOX foi inicialmente examinado porque: Foi o primeiro produto TTS com sintetizador de voz pt-BR É gratuito Tem uma grande comunidade de usuários Existem aplicações de escritório que o usam Prepara textos para impressão Braille Há duas maneiras de contornar o fato de que não lê arquivos pdf
Depois, o DOSVOX foi disconsiderado para Depois, o DOSVOX foi disconsiderado para esta primeira parte do projeto porque: Ficaria bem mais complicado ler os arquivos em formato pdf A leitura de T&Ds requer uma sofisticação bem maior devido a imagens, expressões matemáticas, tabelas, etc que o DOSVOX não suporta Há textos de T&Ds em outras línguas além do pt-BR
O JAWS foi escolhido nesta primeira parte do projeto porque: Tem uma grande comunidade de usuários (no Brasil e no exterior) Vem com muitas línguas, inclusive pt-BR Lê muitos formatos de texto (html, pdf, MS Word, por exemplo) Consegue trabalhar bem com imagens e fórmulas, se os autores gerarem seus textos da maneira adequada
O Leitor Adobe possui a Read Out Loud feature que: Lê arquivos pdf É independente do sistema operacional Pode ser usado em conjunto com uma solução que não leia arquivos em formato pdf
Estes foram os resultados da análise das soluções TTS & Eles devem ser aplicados para ‘navegação’ e ‘leitura’ dos conteúdos
‘Navegação’: Não pode ser considerada a Adobe Reader Read Out Loud Feature do Leitor Adobe, pois lê somente arquivos pdf Só é possível quando as especificações do W3C são seguidas; caso contrário, torna-se impossível quando há combo boxes, botões de rádio, etc Em alguns sistemas, a leitura torna-se lenta e confusa devido a muitos níveis de menus (alguns de 3 níveis foram testados!!) O uso de frames torna a navegação difícil; muitas vezes o SW ‘se perde’
O processo é todo muito lento, pois cada página é lida desde o topo esquerdo, ainda que, desde a página anterior, somente algumas poucas informações do centro tenham sido alteradas O uso de atalhos no topo esquerdo ou no topo em geral ajuda muito a ‘navegação’ já que cegos NÃO usam o mouse – ‘navegam’ com tab, , , , PgUp, PgDn, etc
Os SW TTS são leitores lineares! A grande dificuldade é que as telas são bidimensionais; videntes são ‘treinados’ a interpretar bidimensionalmente já que a informação é apresentada de forma gráfica Os SW TTS são leitores lineares!
‘Leitura’ dos conteúdos: Tanto o JAWS com a Read Out Loud feature do Leitor Adobe foram examinados Depois de usar os 2 produtos para ler ETDs, 3 tipos de problemas foram identificados Há muito trabalho pela frente para encontrar soluções para eles
Problema tipo 1: Natureza das ETDs Elas são trabalhos científicos – possuem imagens, gráficos, tabelas, fórmulas, etc Elas possuem partes (títulos, resumos, palavras-chave) em línguas que não a do texto Elas podem ser bilíngües, como por exemplo em áreas de línguas/tradução
Problema tipo 2: Geração do documento Problema tipo 2: Geração do documento original (na ferramenta de autoria) e sua conversão para o formato pdf As ferramentas de autoria possuem funções (estilos, botões, numerações) que ajudam tanto a conversão para o formato pdf como a leitura das telas – elas precisam ser usadas pelos autores Nesta parte inicial do projeto o MS Word e o LaTeX foram examinados por serem os mais usados na PUC-Rio
O formato pdf possui tags que indicam a formatação do documento ou algumas características especiais – alguns examplos: (1) Bibliography entry element <BibEntry>; (2) Quote entry element <Quote>; (3) Code entry element <Code>; (4) Figure entry element <Figure>; (5) Formula entry element <Formula>; (6) Link entry element <Link>; (7) Note entry element <Note>; and (8) Reference entry element <Reference> Para que um documento seja acessível, sua estrutura deve estar identificada por tags
Existem 2 documentos muito práticos sobre como criar documentos acessíveis; eles são de acesso aberto (Open Access) e estão nas referências
As tags são os guias para os SW TTS lerem os textos Documentos com tags mal usadas são mal lidos As tags devem entrar no documento durante o processo de conversão para o formato pdf Os próprios autores podem gerar documentos com tags usando o PDFMaker O MS Word permite que as tags sejam criadas durante o processo de conversão se a formação do texto do produto for usada O LaTeX não permite que as tags sejam criadas O InDesign da Adobe permite que as tags seja criadas (foi analisado por outra razão)
Os SW TTS NÃO conseguem ler imagens, fórmulas, gráficos, etc – textos devem ser incluídos, associados a estas entidades, para o SW ler a correspondente descrição Quando um documento é convertido para pdf, as propriedades de língua NÃO são preservadas As propriedades de língua devem ser editadas manualmente
Há um documento muito prático em como usar documentos acessíveis; está nas referências
Problema tipo 3: Comportamento dos produtos TTS Os 2 SW TTS apresentaram comportamento diferentes em algumas situações e semelhantes em outras Língua é um problema (não é novidade!) Outro problema sério é o uso de símbolos matemáticos, que existem em ETDs e quaisquer outros documentos em ciências, tecnologia, administração, etc; o problema pode ser muito sério quando os símbolos são usados no meio do texto
As fórmulas apresentam outro problema mesmo quando escritas com um editor de equações; os autores devem incluir textos alternativos para leitura pelos SW TTS Outro problema ocorre com a ordem de leitura do documento; isto é grave quando há notas de rodapé – os 2 produtos não se comportaram bem Desenhos devem ser criados usando a ferramenta gráfica da ferramenta de autoria; nesta situação, o autor deve incluir um texto alternativo para a leitura pelo SW, caso contrário, há problemas Imagens e gráficos requerem textos alternativos
Os autores deve criar documentos tendo a acessibilidade em mente – se usarem tags, ferramentas de edição de fórmulas e desenhos, e textos alternativos, os problemas são muito reduzidos
Criar documentos científicos acessíveis aos cegos é um grande desafio!
Há 2 problemas relacionados a vozes quando o Leitor Adobe é usado: O JAWS vem com muitas vozes (pt-BR!) e considera as propriedades de língua das tags Há 2 problemas relacionados a vozes quando o Leitor Adobe é usado: Ele usa o sintetizador de voz default que vem com o Windows – Microsoft SAPI – Speech Application Interface Ele usa a voz escolhida nas ‘preferências’ e desconsidera as propriedades de língua das tags – se alguém conhece a solução para este problema, help!
Microsoft SAM (Speech Articulation Module) – é uma voz masculina que fala en-US; é construída sobre o SAPI5 que vem com o Windows XP O SAM lê português muito mal!! Ele não é uma opção para ler as ETDs
Outras vozes para o SAPI5 podem ser compradas de fornecedores (várias línguas e femininas/masculinas) ou podem ser obtidas de forma gratuita de SourceForge.Net Um número muito maior de vozes (várias línguas e femininas/masculinas) existe para for SAPI4, o usuário pode instalar o SAPI4 e usá-las; não é um problema sério, só toma tempo; será incluído na área de Help do sistema
Examplos de problemas com símbolos dentro do texto: - o JAWS lê ‘maior do que’ e o Leitor Adobe não lê - os TTSs se perdem, já que é uma letra do alfabeto grego e eles estavam preparados para o latino Obs: em ambos os casos, os símbolos haviam sido inseridos sem o uso do editor de equações
Fórmulas: o JAWS lê o texto alternativo; se não há tenta ler a fórmula o Leitor Adobe tenta ler a fórmula
Os problemas são apresentados porque necessitam de soluções – não é pessimismo!!
Muitas coisas boas têm acontecido como conseqüência da TIC!
Nossa estudante cega disse que, pela primeira vez, podia ler um jornal sozinha! Isto era impensável 20 anos atrás sem o uso do Braille e não há diários nesta escrita; mas ainda há muito o que fazer…
Ações sobre os textos das ETDs
Apresentar a acessibilidade como um Apresentar a acessibilidade como um problema chave ao Acesso Aberto (Open Access) (difícil!) Instruir os autores sobre como criar documentos acessíveis e tentar convencê- los que o esforço é válido (muito difícil!) Fazer o site e a biblioteca digital acessíveis de tal forma que possam ser navegados e as ETDs buscadas, recuperadas e acessadas (fácil!) – já fizemos
Adicionar elementos aos metadados para Adicionar elementos aos metadados para identificar documents acessíveis (fácil!) – já fizemos Explorar outras soluções (além dos SW TTS) quando os documentos alvo forem científicos – alguns exemplos seguem Examinar outras ferramentas de autoria (BrOffice, p.ex.)
AsTeR – Audio System for Technical Reading Foi desenvolvida por TV Raman, um matemático cego, como sua tese de PhD na Cornell University
Displays Braille Um display Braille é um dispositivo táctil que consiste de uma linha de células ‘macias'. Cada célula possui 6 ou 8 pinos feitos de metal ou nylon; os pinos são controlados electronicamente e sobem/descem para criar os caracteres que aparecem na fonte original (computador ou anotador Braille). O número de pinos depende do modelo. O código avançado de Braille usa 8 pontos, mas a maioria usa o código de 6. Os pontos 7 e 8, se usados, podem ou mostrar a posição do cursor no ou usar o código Braille europeu de 8 pontos; podem servir para a codificação de matemática ou de computação.
Displays Braille Transformam textos em sensações tácteis ao invés de estímulos sonoros, como os SW TTS.
(1) Os displays Braille são dispositivos lineares, como os SW TTS Dois comentários: (1) Os displays Braille são dispositivos lineares, como os SW TTS (2) Não há uma notação matemática Braille universal
FedStats Recommendations O Governo dos EUA possuem uma agência chamada FedStats que elabora estatísticas de mais de 100 outras agências federais e as disponibiliza aos cidadãos Um artigo (white paper) foi por ela publicado com recomendações em como tornar sites acessíveis a todas as pessoas em obediência à legislação federal americana; é um excelente guia
Irá além das fórmulas e textos… Um novo dispositivo táctil, usando ferramentas de TIC, está sob pesquisa/desenvolvimento Irá além das fórmulas e textos…
adj. De ou relacionado ao sentido do tato; táctil. Haptico adj. De ou relacionado ao sentido do tato; táctil. [Grego haptikos, de haptesthai, segurar, tocar. (1890)] The Haptic Community Web Site http://haptic.mech.northwestern.edu/HapticResearch.html Mai 2008
Interface Táctil Dinâmica para os Cegos e Deficientes Visuais (Dynamic Tactile Interface for Visually Impaired and Blind People) Projeto financiado pela NSF – National Science Foundation dos EUA Cujo objetivo é desenvolver um display háptico O prazo para os resultados é de 3 anos (desde nov 2007)
Interface Táctil Dinâmica para os Cegos e Deficientes Visuais De acordo com a Prof. Ilona Kretzschmar, do The City College of New York e líder do projeto, a idéia é ‘desenvolver uma interface táctil viável que permita que informação gráfica e de imagens seja apresentada em tempo-real no espaço táctil ao invés de no espaço visual’ O display háptico incluirá uma tela sensível ao toque (touch screen) para executar comandos pressionando áreas específicas (comunicação bidirecional)
Comentários: (1) Quando os resultados deste projeto estiverem disponíveis, haverá uma quebra de paradigma, pois a informação não mais estará restrita aos pontos do Braille (2) O display gráfico permitirá aos usuários ‘sentir’ gráficos, imagens, fórmulas, etc
(3) O controle do display, executado por sinais elétricos, será no nível dos pixels (4) Algumas das dificuldades dos SW TTS são oriundas das naturezas das informações
(5) Os produtos TTS são leitores lineares (6) O display háptico será bidimensional como as telas gráficas
ETDs Multimídia NÃO foram consideredas Elas representam um novo tipo de problema devido à evolução nos formatos das ETDs – tornar as ETDs acessíveis aos surdos e deficientes auditivos deverá ser uma preocupação quase imediata
Próximos passos
Contactar a CCPG para obter apoio aos esforços Contactar a CCPG para obter apoio aos esforços de estimular os alunos a gerarem ETDs acessíveis Examinar outras ferramentas de autoria e seu comportamento na conversão para pdf
Agradecimentos
[01] Este trabalho foi parcialmente financiado pela FAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro http://www.faperj.br/ Programa Cientistas do Nosso Estado E-26/152.915/2006 [02] IBM AIX e DB2 usados no projeto foram disponibilizados através do IBM Academic Initiative Program http://www.ibm.com/university/ [03] Prof. Rosana Kohl Bines do Departamento de Letras e da Cátedra sugeriu este projeto
[04] Raphaella Costa Duarte (aluna de graduação em Letras) compartilhou seu conhecimento sobre visão subnormal e deu excelentes sugestões; ela foi um farol que guiou a equipe do Maxwell [05] Catiane Araújo Pimentel (aluna de pós-graduação em Letras) ajudou testando e dando sugestões para resolver os problemas das pessoas cegas [06] Prof. Agnes Christian do Departamento de Direito tem ajudou com suas especificações e testes de soluções para pessoas com visão subnormal
Referências
[2] PDF Accessibility: Defining Acrobat PDF Accessibility [1] Creating Accessible PDF Documents with Adobe Acrobat 7.0: a Guide for publishing PDF documents for use by people with disabilities Capturado em Mai 2008 www.adobe.com/enterprise/accessibility/pdfs/acro7_pg_ue.pdf [2] PDF Accessibility: Defining Acrobat PDF Accessibility http://www.webaim.org/techniques/acrobat/ [3] Using Accessible PDF Documents with Adobe Acrobat 7.0: a Guide for people with disabilities http://www.adobe.com/enterprise/accessibility/reader/pdfs/reader7_accessibility.pdf
Mathematicas for Computer Generated Spoken Documents [4] TV Raman Mathematicas for Computer Generated Spoken Documents PhD Dissertation, Cornell University Capturado em Abr 2008 http://www.cs.cornell.edu/Info/People/raman/aster/aster-thesis.ps [5] Issues for Statistical Agencies: Implementing Section 508 on Agency Web Sites FedStats White Paper No. 1, January 2004 http://www.fedstats.gov/policy/publications/fedstats_wp1.html#formulas
Beyond Pencil and Paper [6] Phil Cain Beyond Pencil and Paper Section Three: Focus – Mathematics, January 2002 Headstar Ltd. (http://www.headstr.com/) Capturado em Mai 2008 http://www.headstar.com/eab/issues/2002/jan2002.txt [7] R Collin Johnson ‘Haptics’ display sought to bring graphics to the blind EE Times, November 2007 http://www.eetimes.com/showArticle.jhtml?articleID=203100808