A sociedade industrial e sua relação com o meio ambiente

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Transcrição da apresentação:

A sociedade industrial e sua relação com o meio ambiente Relação Homem x Natureza: História e Desafios A sociedade industrial e sua relação com o meio ambiente

Há registros históricos do mau gerenciamento dos recursos naturais desde o século I, em Roma, já nessa época, começaram a ocorrer quebras de safras de culturas e erosão do solo.

Quando as primeiras indústrias surgiram, os problemas ambientais eram de pequena dimensão, pois a população era pouco concentrada e a produção era de baixa escala. As exigências ambientais eram mínimas e o símbolo do progresso, veiculada nas propagandas de algumas indústrias, era a fumaça saindo das chaminés.

Bem vindo à Cubatão, a cidade do progresso

o avanço da Ciência, aliado à técnica , teve início, em l750, a Revolução Industrial Todas as conseqüências negativas em relação às formas de exploração dos recursos naturais e humanos, são hoje visíveis nos problemas ambientais contemporâneos”.

Todos os impactos ambientais são causados por um modelo de desenvolvimento, tanto capitalista como socialista que encarava a natureza e seus complexos e frágeis ecossistemas apenas como inesgotáveis fontes de energia e matéria-prima. Todos esses impactos, na verdade, foram provocados porque a natureza era vista apenas como fonte de lucros, de enriquecimento.

Já nos séculos XVIII e XIX, os impactos ambientais provocados pela crescente industrialização eram muito grandes. Mas, ainda eram localizados.

Com o passar do tempo, devido a crescente expansão do processo de industrialização/urbani-zação, os impactos foram aumentando cada vez mais, até que, no pós-guerra, passaram a ter conseqüências globais.

após a segunda Guerra Mundial, em 1945, houve a proposta de uma sociedade organizada sob os fundamentos de uma engenharia comportamental, com o lançamento do livro Uma Sociedade para o Futuro, escrito por Shinner - estava lançado o desafio de se pensar em um modelo social onde os recursos naturais fossem valorizados.

o livro só se tornou mais conhecido a partir da década de 60, quando o mundo começou a enfrentar o esgotamento dos recursos naturais, a poluição ambiental, a idéia de superpopulação e a possibilidade do holocausto nuclear.

Foi em prol das baleias que foi dado a primeira orientação sobre ações que possam prejudicar as futuras gerações, através da Convenção Internacional para Regulamentação da Pesca da Baleia. Em l946,o disciplinamento da caça às baleias – um grito de socorro ao mamífero marinho: Salvem as Baleias!

A intensificação do tráfego de navios gerou problemas de poluição que provocou a redução do potencial pesqueiro. Para discutir o assunto e buscar soluções, foi realizada, em Londres, no ano de l954, a Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição do Mar por Óleo, onde foi assinado o primeiro tratado contra a poluição, em defesa do meio ambiente.

A chamada consciência ambiental, em âmbito mundial, começou a crescer na década de 60, motivada por uma série de eventos relacionados com o meio ambiente, como a publicação do livro A Primavera Silenciosa, considerado um clássico do movimento ambientalista, de autoria da jornalista americana Rachel Carson.

Na publicação, de l962, a autora denuncia a diminuição da qualidade de vida devido ao excesso de produtos químicos na produção agrícola, prejudicando a saúde e o meio ambiente.

1968: 30 pessoas de dez países diferentes, entre cientistas, educadores, economistas, humanistas, industriais e funcionários públicos discutem, numa reunião na Academia de Linci, em Roma, sobre a crise e os dilemas da humanidade, como a pobreza, a deterioração do meio ambiente o crescimento desordenado.

Estava criado o Clube de Roma, que divulgou, em l971, Limites do Crescimento – um alerta, mostrando que o consumo desenfreado da sociedade, a qualquer custo, levaria a humanidade a um colapso.

O estudo, previa que, no século XXI, a humanidade se defrontaria com graves problemas de falta de recursos e níveis elevados de poluição, se os aumentos populacional e industrial, com a conseqüente superutilização dos recursos naturais, continuassem no mesmo ritmo.

O Clube de Roma apontou como solução uma política mundial de contenção do crescimento, denominado Crescimento Zero. “Os países subdesenvolvidos entenderam que, de um modo geral, na prática, tal política representava sua manutenção no subdesenvolvimento tecnológico e social”.

A década de 70 caracterizou-se pela tentativa do controle da poluição. Foi também na década de 70 que surgiram os primeiros movimentos ambientalistas, denominados, na década de 80, de Organizações Não-Governamentais (ONGs) e aconteceu um marco histórico na discussão das questões ambientais:

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Conferência de Estocolmo, realizada em l972, na Suécia, primeira conferência, ao nível mundial, com a participação de 113 países, A recomendação nº 96 da Conferência, reconhecia o desenvolvimento da Educação Ambiental como elemento crítico para o combate à crise ambiental do mundo.

Na Conferência de Estocolmo foi citado, pela primeira vez, o termo ecodesenvolvimento (mais tarde transformado em Desenvolvimento Sustentável), pelo professor Ignacy, que publicou, em l980, o livro “Ecodesenvolvimento – crescer sem destruir”, o qual passou a ser um marco referencial de uma alternativa de desenvolvimento econômico, pois relaciona, de forma definitiva, a necessidade do desenvolvimento contemplar a questão ambiental).

Em 1977, em Tbilisi (antiga União Soviética). A Primeira Conferência Intergovernamental em Educação Ambiental, organizada pela Unesco, em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A Conferência de Tbilisi ampliou o conceito de Meio Ambiente, quando compreende meio ambiente “não somente como meio físico biótico, mas, também, meio social e cultural, e relaciona os problemas ambientais com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem”.

Os conceitos de proteção ao Meio Ambiente começaram a se ampliar a partir da década de 80, quando acidentes, como o ocorrido em Bhopal, na Índia, em 1984, que tirou a vida de mais de duas mil pessoas, chocaram o mundo inteiro. Um alerta dos cientistas chamava a atenção para a redução da camada de ozônio, devido ao uso de clorofluorcarbono.

O alerta levou 57 países a se reunirem no Canadá e assinar o Protocolo de Montreal, comprometendo-se a reduzir a produção de CFC pela metade, até o ano de 1999. A fonte diz também que no ano de 1990, o acordo foi ratificado pela Organização das Nações Unidas (ONU), com a adesão de 90 países, inclusive o Brasil, determinando o fim gradativo do CFC, até 2010.

Algumas agressões ambientais que chocaram a humanidade:

Minamata, Japão, nos anos 50, mais de mil pessoas morrem e um número não calculável sofre mutilações, em conseqüência de envenenamento por mercúrio. (Mal de Minamata, doença cerebral causada pela ingestão de mercúrio). A infratora, indústria química Chisso, despejou 460 toneladas de materiais poluentes na Baía de Yatshushiro. A empresa é obrigada a pagar mais de 600 milhões de dólares em indenizações

Década de 80, uma época marcada por sérios acidentes ambientais, em vários países do mundo. Em 1982, a chuva ácida provocada pela queima de combustíveis e causa a morte de peixes em 147 lagos, no Canadá. O governo canadense acusa os Estados Unidos de indiferenças em relação à questão ambiental.

Em 1984, é a vez da Índia ganhar espaço na mídia, com a morte de mais de 2 mil pessoas, vitimadas pelo vazamento de isocianeto de metila, em fábrica de pesticidas da Unios Carbide, em Bhopal. Cerca de 200 mil pessoas sofreram lesões graves nos olhos, pulmões, fígado e rins.

Acidente de Chernobyl, antiga URSS, onde, em l985, uma explosão destruiu um dos quatro reatores de uma usina atômica, lançando 100 milhões de curies de radiação na atmosfera. Foram 6 milhões de vezes o volume que escapou do Three Mile Island, nos Estados Unidos, poucos anos antes, que era considerado, até então, o pior acidente atômico da história.

Mais de 30 pessoas perderam a vida e outras 40 Mais de 30 pessoas perderam a vida e outras 40.000 ficaram sujeitas ao risco de câncer, nos 20 anos seguinte.

Incêndio em uma indústria química da Sandoz, na Basiléia, Suíça que, em l985, atirou no rio Reno 30 toneladas de pesticidas, fungicidas e outros produtos altamente tóxicos. Ao lado do de Chernobil, o pior acidente ambiental na Europa

No dia 1º de novembro de 1986, a água usada para debelar um grande incêndio na fábrica Sandoz, na Suíça, carregou produtos altamente tóxicos para o rio, matando por envenenamento todos os seres vivos no Alto Reno. 1989, no Alasca, o petroleiro Exxon Valdez bate em um recife e derramou 41,5 milhões de litros de petróleo no estreito de Príncipe William. O acidente provocou a morte de 580.000 aves, 5.550 lontras e milhares de outros animais.

O acidente ocorrido em Cubatão, São Paulo, em l984: O rompimento de um oleoduto da Petrobrás, provado por um incêndio, arrasa a favela de Vila Socó, matando 90 pessoas e deixando outras 200 feridas.

Acidente provocado pela Petrobras, que se transformou em notícia no Brasil inteiro e até no exterior: o rompimento de um duto da Refinaria de Petróleo de Manguinhos, ocorrido em novembro/2001 A Refinaria informou que foram despejados cerca de 40 mil litros de óleo na Baía. A mesma fonte cita que, na verdade, pelos cálculos da Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (Feema), foram derramados mais de 100 mil litros.

Às 22h do dia 20 de abril houve uma explosão no Golfo do México Às 22h do dia 20 de abril houve uma explosão no Golfo do México. Onze funcionários da empresa British Petroleum ficaram desaparecidos no acidente. Desde então, formou-se uma corrida contra aquele que pode tornou-se o maior derramamento de óleo já ocorrido nos Estados Unidos, e um dos maiores da história – somando todas as manchas, a área é comparável ao tamanho de um país como Porto Rico.

Guarda costeira americana durante operação para tentar limpar parte do vazamento (Foto: Reuters)

“Há mais petróleo fluindo no no Golfo do México que em qualquer outro momento de nossa história.” afirma Casa Branca

Que os norte-americanos são os maiores consumidores de energia e um dos maiores poluidores do planeta, todos nós já sabemos. No entanto, o pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmando que o vazamento de petróleo no Golfo do México não consegue ser detido, prenuncia um grande desastre ambiental no planeta.

As imagens falam por si só...

O QUE FAZER?