PASTORAL DA JUVENTUDE O Processo de Educação na Fé da PJ Manoel Nerys

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Abre continuamente novos horizontes de humanidade e de
Advertisements

Paróquia Coração de Jesus
1. O que é o Documento Conclusivo do I Sínodo:
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
“PASSO A PASSO” O caminho dos jovens Josefino-Marelliano no terceiro milênio II Congresso de Pastoral Juvenil Josefino-Marelliana Asti, 8-15 de Agosto.
Tema: Fraternidade e Saúde Pública
Princípios da Pastoral Vocacional 3º Congresso Vocacional do Brasil
Proposta Pastoral 2006.
DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE (DNC)
As Comunidades Eclesiais de Base na Igreja do Brasil
O AGIR DO MCC DEFINIÇÃO E PRÁTICA.
“ O ADVENTO E OS SINAIS DE ESPERANÇA DA EDUCAÇÃO CATÓLICA PARA A FORMAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES”
Grupos de Reflexão: conquistas e desafios na Arquidiocese de Mariana
Proposta Educativa “EDUCAR PARA A VIDA E PARA A FELICIDADE!”
Projeto de Capacitação entre as Alianças Bíblicas
Desafios e perspectivas
Guia para o estudo do documento Reuniões dos grupos de estudo
Afinal, o que é PASTORAL da COMUNICAÇÃO?
Encaminhamento para o AGIR
Conselhos Missionários
Objetivos das URGÊNCIAS
Apresentação ESTREIA 2014.
Vocação e missão do (a) Catequista, a serviço da cultura do Encontro
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O CATEQUISTA É....
PROTAGONISMO JUVENIL COMO FORMA DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Diocese de Amargosa.
Linhas de Pastoral Juvenil Vocacional Redentorista
Conselho Missionário Diocesano
Documento de Aparecida
EXPERIÊNCIA HUMANA NA CATEQUESE
Igreja: comunidade de comunidades
PJ – Ns. Sra. Do ROsário de Fátima
Sínodo sobre nova evangelização
Espiritualidade do Catequista
CAMPANHA DA FRATERNIDADE
Pastoral da Educação e da Cultura
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DAS EQUIPES JOVENS NOS GRUPOS DE ORAÇÃO
sujeito crescente e aprendente, na dimensão
O documento da CNBB e o 7 o PPO – apelos de conversão.
EU, DISCÍPULO MISSIONÁRIO!
Terceira Parte.
COMUNIDADE DE COMUNIDADES – UMA NOVA PAROQUIA
Assessoria Ministério da Identidade e -- antonio frutuoso -- Casa da Juventude do Paraná.
GRUPOS DE FAMÍLIAS.
Conselho Missionário Diocesano
Fraternidade e Juventude
COORDENADORES DE COMUNIDADE
ENCONTROS DE CATEQUESE COM ADULTOS Itinerário de vida cristã
DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL 2008
PASTORAL DA COMUNICAÇÃO (PASCOM)
PJ – Ns. Sra. Do ROsário de Fátima
Identidade da Pastoral
Identidade da Pastoral
UMA IGREJA EM PARTICIPAÇÃO
Formação Catequética Catequista.
O SENSO CRÍTICO E O MÉTODO
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL Secretaria Executiva da Campanha da Fraternidade CAMPANHA DA FRATERNIDADE História da CF.
O Movimento Estudantil Alfa e Ômega é um ministério internacional e interdenominacional, formado por estudantes universitários cristãos evangélicos comprometidos.
Catequese a serviço da Iniciação à Vida Cristã
ATRIBUIÇÕES DO MINISTRO(A) EXTRAORDINÁRIO(A)
Com a quarta feira de cinzas, iniciamos hoje um tempo sagrado na vida da Igreja e de todo cristão: a QUARESMA. Na Bíblia, o número 40 tem um sentido.
Fraternidade e a vida no Planeta CAMPANHA DA FRATERNIDADE 1.
Ex corde ecclesiae (15/08/90): A vocação da Universidade Católica Erico Hammes Porto Alegre, 05/04/2011.
Clique para editar o estilo do subtítulo mestre 11/08/10 TRANSFORMANDO A COMUNIDADE PELA INICIAÇÃO Á VIDA CRISTÃ PARÓQUIA SANTA RITA.
SOMOS+ DESENVOLVIMENTO 2 - Identificar as sessões mais propícias para desenvolver o tema da caridade; 3 - Trabalho de Grupos: Sugestões de gestão de períodos.
CAMPANHA DA FRATERNIDADE. Cáritas idealizadora da CF Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar.
OBJECTIVOS GERAIS DA ETAPA
PEDAGOGIA DIVINA: a) o diálogo de Salvação entre Deus e a pessoa, ressaltando a iniciativa divina, a motivação amorosa, a gratuidade, o respeito pela.
Transcrição da apresentação:

PASTORAL DA JUVENTUDE O Processo de Educação na Fé da PJ Manoel Nerys Assessor da PJ Paróquia Nossa Senhora de Nazaré Manacapuru. Am

O GRUPO É A BASE

O QUE É UM GRUPO DE BASE? É um grupo pequeno, onde o jovem cultiva amizades e partilha a vida, vida em comunidade. É inspirado na própria experiência de Jesus.

GRUPO DE BASE SERVE PARA O JOVEM... • Criar laços de fraternidade. • Ser reconhecido. • Ser valorizado. • Crescer. • Amadurecer. • Aprender. • Realizar-se como pessoa. • Experimentar a vida em comunidade.

O GRUPO DEVE SER PEQUENO

A FORMAÇÃO ACONTECE POR ETAPAS

Utiliza-se o Processo de Educação na Fé com as etapas: Convocação, Nucleação, Iniciação e Militância MILITANCIA iniciação NUCLEAÇÃO convocação

P.E.F UM POUCO DE PAPO CABEÇA! 1980 e 1990. Processo de formação é entendido aqui como o conjunto dos métodos pedagógicos e das opções políticas assumidas pela PJB em seu desenvolvimento histórico. P.E.F

DO OBJETIVO É possível identificar nos textos oficiais da IC que o objetivo geral da PJB é de promover um encontro pessoal e comunitário com Cristo, para que o jovem se comprometa com a libertação do homem e da sociedade, levando uma vida de comunhão e participação (Celam, 1987, p. 115).

Para iniciar a caminhada é preciso formar um novo grupo de jovens Para iniciar a caminhada é preciso formar um novo grupo de jovens. Para isso é necessário convidar e acolher os jovens de forma organizada. Para CONVOCAR os jovens é preciso fazer uma preparação especial.

NUCLEAÇÃO Nesta etapa o jovem deve ter a oportunidade de conhecer melhor os outros membros do grupo, através de atividades e temas que facilitem a integração. A etapa da NUCLEAÇÃO deve ser planejada para que os jovens experimentem os valores da vida em comunidade: partilha, solidariedade, companheirismo, convivência fraterna,etc.

NUCLEAÇÃO A comunidade paroquial deve estar aberta para acolher os jovens, colaborando efetivamente para o sucesso do novo grupo. A presença de um assessor ou animador para acompanhar e ajudar os jovens nos seus primeiros passos é fundamental nesta etapa.

INICIAÇÃO Quando os jovens decidem levar adiante a sua caminhada começa a INICIAÇÃO. Nesta etapa, os jovens fortalecem os laços de amizade dentro do grupo e aumentam a sua participação na PJ e na comunidade.

A iniciação pode ser dividida em 05 fases mais detalhadas

Descoberta do grupo

Descoberta do grupo É o momento de fortalecimento dos laços de amizade dentro do grupo. O jovem descobre que o grupo é o espaço importante de troca de experiências e de aprendizado. As relações pessoais são mais importantes que a doutrina, já que o jovem está mais preocupado consigo mesmo. O grupo ainda não é um grupo de fato, pois ainda não estabeleceu um ideal grupal.

Descoberta da comunidade

Descoberta da comunidade À medida que o jovem participa das atividades do grupo vai identificando a igreja como Comunidade de fé e vida, de celebração, de solidariedade e esperança. A descoberta da comunidade dá ao jovem uma visão mais ampla da religião e um sentido de pertença à Igreja

Descoberta do Problema social

Descoberta do Problema social O jovem vai percebendo que a sociedade está cheia de fatos e atitudes que são contrárias ao Evangelho de Jesus. Confrontado o Evangelho com esta realidade, percebe que muita coisa tem que mudar. Na descoberta do problema social o jovem toma consciência de problemas muito piores que os seus. Esse despertar social leva-o a participar de campanhas para ajudar os pobres, a visitar hospitais, presídios (Boran, 1994, p. 219-221)

Descoberta da organização mais ampla ASSESSORIA PRELATÍCIA COORDENAÇÃO PRELATÍCIA GRUPO DE BASE ASSESSORIA PAROQUIAL COORDENAÇÃO PAROQUIAL PJ REGIONAL PJ NACIONAL

Descoberta da organização mais ampla O jovem descobre que é importante a ligação com outros grupos, através da organização mais ampla da PJ. Percebe que existem outros grupos na região, na prelazia, enfim no pais inteiro e que partilham dos mesmos sonhos e do mesmo caminho. Ao fazer a descoberta de uma organização mais ampla, o jovem descobre a PJB. Nesse momento o jovem é incentivado “a largar as muletas e caminhar com suas próprias pernas” (Boran, 1994, p. 226).

Descoberta das causas estruturais Com o amadurecimento o jovem é capaz de realizar uma análise mais crítica da realidade, identificando as verdadeiras causas do que é contrário à realização do plano de Deus. A vivência da fé no dia a dia acontece de forma mais concreta através de ações que promovem a justiça, a verdade e a vida.

NUCLEAÇÃO A etapa da MILITÂNCIA começa depois que o jovem passa por todas as etapas da Iniciação. É o momento de assumir seu compromisso, seu testemunho, sua luta e sua atuação concreta no mundo e na Igreja.

ONDE ATUAR?

Alguns jovens desenvolvem seu trabalho na própria Pastoral da Juventude. O militante pode atuar na formação e acompanhamento de novos grupos, na assessoria de coordenação, em cursos de formação e em outras equipes de trabalho.

Outros assumem uma militância dentro da igreja, na catequese, Liturgia, participação na equipe da Campanha da Fraternidade, nas festas da comunidade, no diálogo ecumênico e outras pastorais da Igreja.

Direito a Terra e Habitação Outros ainda assumem sua militância no meio social, atuando diretamente nos partidos políticos, movimentos populares, grêmios estudantis, associações de bairro, sindicatos , grupos de defesa dos direitos humanos, de promoção da mulher, etc. FÓRUM AMAZONENSE DE REFORMA URBANA CARITAS ARQUIDIOCESANA Inclusão Social no Direito a Terra e Habitação

Na PJ a Formação do Jovem é Integral desenvolvendo 5 dimensões da fé: Personalização (eu e eu), Integração(eu e o próximo/Comunidade), Teológica-Teologal (eu e Deus), Sócio-Política (Eu e a sociedade) e Capacitação Técnica.

O grupo é o principal meio para levar o jovem a percorrer este caminho, passando por todas as etapas.

A FORMAÇÃO TEM 5 DIMENSÕES Teológica Teologal Capacitação Técnica Dimensão Integração Personalização sócio-política

Dimensão da personalização A dimensão pessoal corresponde ao universo psicoafetivo do ser humano, compreendendo o aspecto do eu, da relação consigo mesmo. É o espaço da busca constante de resposta à pergunta: “Quem sou eu?”. Nesta dimensão, a PJB propõe que o jovem faça suas opções de valores, assumindo-os em sua vida (CNBB, 1998, pp. 162).

Dimensão da personalização Desenvolver aptidões e qualidades para superar os limites pessoais e não se apegar às barreiras da vida.

Dimensão da integração grupal e comunitária . Corresponde à dimensão social da vida, da relação com o outro na busca da integração grupal e comunitária. É o momento de descoberta do grupo como lugar de encontro e de compreensão do outro como ser diferente (CNBB, 1998, pp. 162).

Dimensão da integração grupal e comunitária O jovem descobre que precisa do grupo para se sentir importante e útil. Aprende que o relacionamento é algo fundamental para o ser humano. A experiência comunitária e tomada como referência para sua vida, realizando- se como pessoa na relação com o outro.

Dimensão da integração grupal e comunitária Ele é levado a saber lidar com o conflito e a conviver com quem pensa diferente. Reconhece os valores dos outros, as diversidades e os limites de cada um. Passa a ver as pessoas como algo mais importante que as normas, os objetos e as coisas. Cresce e amadurece nessas relações, descobrindo que a educação na fé é concebida como caminho a ser percorrido comunitariamente.

Dimensão sócio-política: Relação com a sociedade. É o momento de inserção do jovem na sociedade e da sua participação cidadã. A PJB afirma que a promoção do bem comum e a construção de uma ordem social, política e econômica humana justa e solidária, devem ser para o jovem um compromisso de fé (CNBB, 1998, pp. 163).

A política aqui, é não apenas a partir da política partidária, mas é a política como uma dimensão da formação humana que busca uma relação madura com a sociedade. Sendo a presença da juventude na política de fundamental importância para que ocorram as mudanças na sociedade e na Igreja.

Portanto, no processo de formação da PJ, fazer política é um dever humano. Por isso a política é concebida como algo positivo na vida do cristão que tem como missão utilizá-la como um instrumento de organização da “Civilização do Amor”.

Dimensão mística e teológica:

Dimensão mística e teológica: Corresponde à dimensão da relação com Deus. Dimensão da manifestação e presença do Pai na vida, no qual ocorre um crescimento na fé a partir da vivência e fundamentação comunitária cristã. Para a PJB, ao fazer o jovem vivenciar sua experiência de fé, essa experiência faz com que ele passe a viver como um autêntico cristão (CNBB, 1998, p. 164).

Fazer a opção pelo seguimento de Jesus Cristo, assumindo sua pessoa e seu projeto. Há um encontro com Jesus e o desenvolvimento de uma espiritualidade centrada em sua proposta. O sentido da vida está na experiência do seguimento e passa-se a discernir a ação do Espírito Santo nos sinais dos tempos. Busca-se uma experiência de Deus com uma compreensão teórica e prática da própria fé.

A Bíblia é fundamental nesse processo mas é preciso outros materiais que ajudem a dinamizar a relação com Deus, propondo a utilização do Ofício Divino da Juventude da “Leitura Orante da Bíblia” devem ser referência para a espiritualidade do jovem na PJ.

Dimensão da Capacitação Técnica ou Metodológica Diz respeito à estratégia metodológica do jovem com relação à ação em seu processo dentro das dimensões anteriores.

É a dimensão da capacitação técnica do jovem para o planejamento, desenvolvimento e avaliação da ação transformadora. A PJ propõe que o jovem se capacite constantemente para o seu trabalho pastoral (CNBB, 1998, p. 165).

A relação com a ação refere-se às habilidades de liderança, que devem ser desenvolvidas no processo de crescimento da fé, fundamentais na preparação para a vida.

Ter capacidade de planejar, desenvolver e avaliar a ação Ter capacidade de planejar, desenvolver e avaliar a ação. O jovem precisa refletir sua ação para realizar sua missão evangelizadora com eficiência.

No mundo juvenil o exemplo é mais importante que a palavra, por isso o cristão precisa ser profissional na evangelização, preparando sua ação e sendo o primeiro responsável por sua formação. A dimensão da Capacitação é fundamental na proposta de formação da PJ.

A CRISE DE PERSPECTIVAS final da década de 1980 momentos de intenso engajamento social e político, participando dos vários processos desencadeados naquele período: eleições, constituinte, governo civil. No entanto, no período seguinte começa a viver uma crise de perspectivas, em decorrência do retorno da presença do movimento pentecostal/carismático no interior da IC profundas mudanças que o cenário nacional e internacional passava naquele momento: queda do Muro de Berlim, fim da União Soviética, vitória da direita nas eleições de 1989, crise da modernidade com advento da pós-modernidade e desenvolvimento do neoliberalismo no Brasil. No próximo tópico destaca-se, a partir da análise do documento 76 da CNBB, as mudanças ocorridas no interior da PJB, principalmente em seu método de formação.

Cuias de resistência, ternura e luta! Muito obrigado! Cuias de resistência, ternura e luta!