Prof. Everton da Silva Correa História Prof. Everton da Silva Correa

Os povos germânicos e a desagregação do Império Romano https://www.facebook.com/Prof.EvertonCorrea

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Após colapso econômico e social, com a queda do regime comunista na Albânia, milhares de albaneses partiram em busca de melhores condições de vida na Itália. Na foto de 1991, refugiados em um navio atracado no porto de Bari, sul da Itália, e milhares de outros no cais aguardam liberação das autoridades italianas para entrar no país.

A imagem mostra um navio repleto de pessoas que tentam entrar no território italiano em 1991. São imigrantes albaneses que abandonaram seu país na esperança de encontrar melhores condições de vida na Itália.

Mudar de uma região para outra faz parte da história da humanidade Nos primeiros séculos da Era Cristã, a Europa foi palco de gigantescos movimentos migratórios. Esses movimentos envolveram principalmente os povos germânicos, alguns dos quais se deslocaram de suas terras e ocuparam amplas regiões do Império Romano do Ocidente. Entre esses povos estavam os godos (divididos em visigodos e ostrogodos), os francos e os vândalos.

Nestas aulas estudaremos os povos germânicos e veremos de que maneira suas migrações contribuíram para a desagregação do Império Romano do Ocidente.

A arqueologia a serviço da história

Esta taça de ouro é um dos artefatos achados em uma tumba do século VII, em Prittlewell, na Inglaterra. JOHN D. MCHUGH/ASSOCIATED PRESS

No segundo semestre de 2003, Operários que trabalhavam no alargamento da estrada de Prittlewell, na Inglaterra, encontraram alguns vestígios de cemitérios antigos. Interromperam então o trabalho e comunicaram a descoberta ao departamento de arqueologia do governo britânico.

Tigela de vidro colorido, outro artefato encontrado no mesmo local que a taça de ouro. Foto de 2004. JOHN D. MCHUGH/ASSOCIATED PRESS

Ao chegar ao local, Os técnicos do Museu de Arqueologia de Londres se depararam com diversos objetos relacionados ao sepultamento de pessoas que teriam vivido nessa região no passado. De todo o conjunto encontrado, o que mais chamou a atenção dos arqueólogos foi uma grande câmara mortuária de 4 metros quadrados.

Nas paredes da câmara havia diversos itens pendurados em ganchos de ferro. No chão, estavam espalhados outros objetos, como potes de vidro, tigelas de bronze, espada, banqueta, utensílios para refeições e até uma lira. Quase no centro da câmara, um caixão de madeira guardava alguns poucos restos mortais de um homem. Não longe dele, uma caixa continha objetos que faziam parte do ritual de um enterro: duas pequenas cruzes de ouro, duas moedas também de ouro, um cinto e fivelas de sapato.

Uma análise inicial desses vestígios revelou que a câmara mortuária teria pertencido a um saxão enterrado no início do século VII. Os saxões, assim como os visigodos, ostrogodos, burgúndios, alanos, lombardos, francos e outros povos, estiveram envolvidos nas grandes migrações ocorridas na Europa nos primeiros séculos da Era Cristã.

Esses povos foram chamados de germanos (ou germânicos) por terem uma língua de origem comum Acredita-se que eles ocupavam originalmente regiões que hoje pertencem à Escandinávia e ao norte da Alemanha. Mais tarde, migraram para regiões mais centrais da Europa.

Observe o mapa

O mapa acima mostra a localização desses povos nas margens exteriores do Império Romano do Ocidente Esses povos não se submeteram à dominação romana. Além deles, alguns povos celtas tampouco acataram o domínio romano e permaneceram fora das fronteiras do Império.

Povos germânicos e outros povos vizinhos ao Império Romano em 114 d.C.

O que a câmara mortuário revela...

Publicação de História Unid. 2, Cap. 1, p. 7-12.

FIM AZEVEDO, Gislane Campos. Projeto Teláris: História. São Paulo: Ática, 2012. p. 197-200.