CAP.7 Intertextualidade Discursiva

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Transcrição da apresentação:

CAP.7 Intertextualidade Discursiva

O que é intertextualidade? Basicamente, é um diálogo entre textos. Texto primeiro (protexto ou texto-fonte) Texto novo (metatexto) Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro.

Intertextualidade Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.

intertextualidade "Há mais coisas entre o céu e a terra, do que supõe a nossa vã filosofia." Hamlet, personagem de peça de mesmo nome, de William Shakespeare “Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet em vulgar, disse-lhe que havia muita cousa misteriosa e verdadeira neste mundo.” Rita, personagem do conto “A cartomante”, de Machado de Assis.

Olímpico leitor, divinal leitora, há mais coisas entre o céu dos deuses e a terra do futebol do que sonha a nossa vã crônica esportiva. Determinadas situações do jogo e certas fases pelas quais os times passam não são, como pensam alguns, obra do acaso. Ao contrário, são uma manifestação da vontade de seres superiores, seres que controlam a nossa vida desde o dia em que o Caos gerou a Noite. (trecho de crônica de José Roberto Torero, Folha de S.Paulo, em17/9/02-pag.D3)

Tipos de intertextualidade Paráfrase Paródia Pastiche

Paráfrase Na paráfrase, as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo texto. A alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. Resumindo: paráfrase é dizer com outras palavras o que já foi dito.

Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

Parafraseando… Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra… Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá! (Carlos Drummond de Andrade)

Paródia É a imitação do texto original, que rompe com o sentido original, modificando-o. A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos . Finalidade de ironizar, criticar ou satirizar o texto original.

Parodiando… Minha terra tem palmares  onde gorjeia o mar os passarinhos daqui não cantam como os de lá. (Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).

Meus oito anos Meus oito anos “Oh que saudades que eu tenho “Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!” Casimiro de Abreu Meus oito anos “Oh que saudades que eu tenho Da aurora de minha vida De minha infância querida Que os anos não trazem mais Naquele quintal de terra Da Rua de Santo Antônio Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais” Oswald de Andrade

Pastiche É uma imitação do estilo ou da sintaxe do texto original. Não tem, contudo, função de satirizar, criticar ou ironizar a obra de origem, diferindo, assim, da paródia.

Quadrilha João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história Carlos Drummond de Andrade

Ricardo Azevedo Quadrilha da Sujeira João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili.  Lili joga um pedacinho de isopor na rua de João que joga uma embalagenzinha de não sei o que na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo que joga uma tampinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho de bala na rua de J. Pinto Fernandes que ainda nem tinha entrado na história. Ricardo Azevedo

MONTE CASTELO – LEGIÃO URBANA Ainda que eu falasse A língua dos homens E falasse a língua dos anjos, Sem amor eu nada seria. É só o amor! É só o amor Que conhece o que é verdade. O amor é bom, não quer o mal, Não sente inveja ou se envaidece. O amor é o fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. E falasse a língua dos anjos

É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É um não contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder. É um estar-se preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É um ter com quem nos mata a lealdade. Tão contrário a si é o mesmo amor. Estou acordado e todos dormem. Todos dormem. Todos dormem. Agora vejo em parte, Mas então veremos face a face. É só o amor! É só o amor Que conhece o que é verdade. Ainda que eu falasse A língua dos homens E falasse a língua dos anjos, Sem amor eu nada seria.

SONETO XI  Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Camões

INTERTEXTUALIDADES

A criação de Adão

O Grito - Munch

As Meninas (1656) obra-prima de Velázquez em que aparece a infanta Margarida, suas damas de honra e o próprio pintor.

Sobre o pintor: Diego Rodrigues da Silva y Velázquez (Sevilha, 6 de Junho de 1599 – Madrid, 6 de Agosto de 1660) foi um pintor espanhol e principal artista da corte do Rei Filipe IV de Espanha. Era um artista individualista do período barroco contemporâneo, importante como um retratista. Além de inúmeras interpretações de cenas de significado histórico e cultural, pintou inúmeros retratos da família real espanhola, outras notáveis figuras europeias e plebeus, culminando na produção de sua obra-prima, Las Meninas (1656).