Urbanização Brasileira

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Transcrição da apresentação:

Urbanização Brasileira Crescimento nacional e a nova rede urbana brasileira

Urbanização X país em desenvolvimento Urbanização brasileira- expressão dos desequilíbrios regionais e econômicos Crescimento das grandes e médias cidades Mas também o deslocamento geográfico da importância das relações das aglomerações de níveis diferentes: ou uma nova organização urbana

Causas: a urbanização e a diversificação do consumo Fatores essenciais: Urbanização interior E a formação de uma rede urbana hierarquizada em escala nacional.

População Urbana/Brasil 1940: 12.880.182 1940-1960: multiplicou por três. 1950: 18.782.891 1960: 31.990.938

População Total: Dobrou (40-60) 1940: 41.236.315 Relação entre população urbana e pop. total: 1940: 31.24% 1950: 36.16% 1960: 45.08% 1950: 51.994.397 1960: 70.967.185

1- As cidades e as vilas Urbano: “são urbanas todas as aglomerações de ‘municípios’ ou de ‘distritos’”. Distrito- divisão administrativa dos municípios. Cidades- sedes de municípios Vilas- sede dos distritos Todos considerados urbanos.

1960: Cidades 6 cidades com mais de 500.000 hab.: São Paulo, Rio, Recife, Porto Alegre, Salvador e Belo Horizonte. 25 cidades entre 100 e 500.000 hab. 37 entre 50 e 100.00 104 entre 20 e 50.000 199 entre 10 e 20.000 867 entre 2 e 5.000 1167 com menos de 2000

2- Um movimento geral de urbanização: em todo o país. Causas diferentes nas diferentes regiões. Entre 40 e 50 houve aumento do no. de aglomerações com mais de 20.000 habitantes.

3- As dez maiores cidades desde 1872. (recenseamento) 1872: Três cidades com mais de 100.000: No Nordeste: Salvador e Recife No Sudeste: Rio de Janeiro com mais de 250.000 hab. São Paulo na época: 10º Lugar, com 31.385 hab. (depois de Belém, Niterói, P. Alegre, Fortaleza, Cuiabá e São Luiz).

São Paulo: 1890: era a segunda cidade do país com 239.820, mas o Rio já possuía 811.443. Salvador e Recife, com 205.813 e 113.106. Belém com 100.000, ultrapassando Porto Alegre. Recenseamento de 1920: as 5 maiores cidades brasileiras eram as mesmas, todas com mais de 200.000.

1940: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador, Belém, Porto Alegre e Belo Horizonte, Fortaleza, Niterói e Curitiba. 1950: as 10 maiores cidades eram as mesmas mas a ordem mudou, Belém passa a ser a 8a. E Fortaleza a sétima. 1960: uma reviravolta

1960: São Paulo ultrapassa o Rio de Janeiro e torna-se a maior cidade brasileira. Recife é a 3a. Seguida de Belo Horizonte e Salvador, que agora ocupa o 5o. Lugar seguida por Porto Alegre, Fortaleza, Belém, Curitiba e Niterói. Santos em 1940, era mais povoada que Fortaleza e Niterói. (Sto. André em 60- cidade industrial).

Evolução: considerações 1- a porcentagem das cidades costeiras e das capitais manteve-se estável 2- A porcentagem das aglomerações da região industrial aumentou consideravelmente. 3- Houve redução muito sensível da porcentagem das cidades não capitais fora do “coração industrial” e das cidades não capitais ao Norte de Minas.

5- Aceleração e deslocamento da urbanização: observações 1- o movimento de urbanização foi acelerado em todo o país após 1950. 2- o processo teve inicio no começo do Séc. XX e provocou a queda das grandes cidades do Norte e Nordeste e Centro Oeste. O aumento do número de grandes cidades no N, NE e CO deve-se ao aumento da população das capitais (costeiras). No Sul e SE, a industrialização é o principal fator. 3- Desde 1940, o aumento das cidades de mais de 10.000 hab. é semelhante. Das cidades de mais de 20 e 50.000 é diferente conforme a região.

II- Para uma nova organização urbana 1- Os vestígios do passado: até 1930, a organização urbana é herança da colonização: - localização do poder político- administrativo e a centralização dos agentes e atividades econômicas. (demandas do exterior- agricultura, mineração. Ex: cana de açúcar, núcleos no Recôncavo Baiano e Zona da Mata em Pernambuco. Borracha: Belém e Manaus. Café: São Paulo e Santos. Cacau- rede de cidades e Ilhéus. Mineração: Núcleos no interior de Minas, Bahia, Mato Grosso e Goiás).

Fatores políticos: Rio de Janeiro: crescimento X função administrativa. Diferenças entre as metrópoles: economia regional e a dominação de extensas áreas do território brasileiro. Ausência de transportes e estradas de comunicação- ausência de uma rede de transportes integrada. Inexistência de uma rede urbana nacional ou de metrópole nacional. Intercâmbios limitados. Centralização administrativa até a República.

2- Os fatores de transformação: em todas as regiões do país 1940: início de uma integração nacional, a mudança urbana e a hegemonia de São Paulo. Causas: Maior participação do Brasil nas formas de vida do mundo moderno. Aumento acelerado da população global do país com manutenção das velhas estruturas. Crescimento industrial do país X mundo

Período de Transição Entre o colonial pré mecânico ao atual, marcado pela civilização industrial e mecânica. (Período: começo do século XX e a década de 40 quando se estabelece a rede urbana brasileira de cidades, com uma hierarquia nacional

Fatores: O aumento acelerado da população: redução da mortalidade, analfabetismo e a educação: crescimento natural da população mesmo nas cidades. Em 1920, a população brasileira era de 30 milhões e em 1965, de 83 milhões. Conseqüência: redistribuição da população, com o abandono do campo, aumento do no. de cidades e de sua população.

Redistribuição regional 1872: N e NE- 34,39% da população total. 1960: 25,76% apenas (embora com índices mais altos de natalidade. Migrações inter regionais do N e NE. As cidades cresceram mais do que a população total (P. 83) Entre 50 e 60, o crescimento urbano é de 54% e o total 39% População Rural- fica estacionária nesse período- crescimento menor que o vegetativo devido às migrações- estrutura agrária.

As Formas induzidas da industrialização mundial Migrações: busca de melhores condições de vida. Meios de comunicação- responsáveis por esta revolução- a estrada, o avião, facilidades de contato. O rádio como divulgação aos iletrados, o transistor, para regiões sem eletricidade. São fatores de industrialização e urbanização.

A Industrialização Brasileira Industrialização: vem alterar o sentido da urbanização, por uma nova redistribuição espacial das cidades e pela renovação das suas funções e das relações que mantêm entre si e com suas regiões. Em 50 anos o Brasil supera sua dependência do exterior na produção de produtos industrializados: a partir da década de 30, SP torna-se importante metrópole industrial.

Integração Territorial: Rede Ferroviária e de estradas de rodagem Produtos regionais complementares EX: NE- algodão, mamona, sisal. Agricultura alimentar em SP. Criação de inúmeras cidades no interior do país (de costas para o litoral) A industrialização criou uma urbanização interior e novas formas de ralação entre a metrópole econômica e os centros regionais através do caminhão: hierarquia de cidades.

3- A Hegemonia de São Paulo Mudança na localização das principais cidades, nas funções e nas relações entre as cidades. Uma nova hierarquia e um novo mecanismo- sistema urbano. Diferenças regionais e desequilíbrios regionais. A indústria paulista ultrapassa a produção de bens de consumo corrente

Rio de Janeiro X São Paulo Rio: função de metrópole com São Paulo, beneficiado por sua função política de capital até 1961 São Paulo: indústria de base, parque industrial: indústria do automóvel Revolução na organização do espaço brasileiro beneficiando São Paulo- mercado nacional: SP- centro produtor e distribuidor

Brasília Construção de um rede de estradas para assegurar seu papel político, aumentou o desequilíbrio econômico e favoreceu SP. Conseqüência: maior hegemonia de SP: urbanização interior.

4) Urbanização Interior Não é particular a uma região, mas é geral e se manifesta com importância e sentido diferentes para cada região. Belo Horizonte, Goiânia e Brasília resultaram de condições que não existiriam sem a expansão industrial (aceleração da população e aumento do nível de vida até 65: industrialização)

Diferenças Regionais Devem-se às diferenças reais entre esses fatores: população, níveis de vida, distribuição de renda. As antigas metrópoles regionais não fabricam os bens necessários e os núcleos urbanos recentemente consolidados se ligaram diretamente a SP, desmoronando o antigo modelo de hierarquia- nasceram novas formas de dependência entre centros regionais e metrópoles a São Paulo.