1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
KANT E A CAPACIDADE DE PENSAR POR SI PRÓPRIO
Advertisements

A FELICIDADE HUMANA ARISTÓTELES
Filosofia grega Ethos : morada do homem.
Filosofia moderna Kant (Idealismo)
MORAL E ÉTICA MORAL: mos-mores
Filosofia e Ética Prof. Rafael Lima
Ética - Visão Histórica
A Natureza Humana e o Dever
ESTOICISMO.
Immanuel Kant e o Criticismo
NÃO CONSEQÜENCIALISMO
ÉTICA DEONTOLÓGICA ÉTICA DO DEVER
A ÉTICA MODERNA.
Sumário da apresentação
Filosofia Platônica Prof. Fábio Mesquita.
A Necessidade de Fundamentação da Moral
KANT e SUA CRÍTICA.
A ética Kantiana.
A EXISTÊNCIA ÉTICA.
T. HOBBES ( ) PRINCIPAIS OBRAS
A fundamentação da moral em Kant
“Immanuel Kant e a promoção de uma modernidade racional crítica”
Aula 7 Kant e o criticismo.
IDEALISMO POLÍTICO NO JUSNATURALISMO
Qual é o princípio supremo da moralidade?
Fases: Pré- Crítica – Inserido na tradição do sistema metafísico;
Ética deontológica de Kant
Kant e a Crítica da Razão Pura
Profª Karina Oliveira Bezerra
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO (PPGD/UFBA) MESTRADO EM DIREITO PÚBLICO Disciplina: Metodologia da Pesquisa.
Professor Romildo Tavares Filosofia Módulo 22 –
Emfocohistoria.blogspot.com.  Escolha entre possíveis modos de agir Escolha individualbem comum (desejos) Regras e leis.
Immanuel Kant: O Esclarecimento e a Razão Prática
FILOSOFIA 3ª SÉRIE E.M. IDEALISMO ALEMÃO.
Qual é a Moral da Ética? Ética e Moral.
Profª Karina Oliveira Bezerra
Filosofia Contemporânea
Immanuel Kant.
A ética Kantiana.
UMA ÉTICA DEONTOLÓGICA
Immanuel Kant Critica da razão pura (teoria do conhecimento) e
A ética.
PROFESSOR GERALDO MAGELA DE PAULA
A virtude da coragem e a teoria da justa-medida em Aristóteles.
CAESP – Filosofia – 2A e B – 20/05/2015 IMMANUEL KANT – AULA 02.
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Kant O que posso saber? (teoria do conhecimento)
Doutrinas Éticas Conceito de Doutrina: Conjunto de princípios que servem de base a um sistema político, religioso, econômico, filosófico, científico, entre.
Ética Aula 1/2.
Liberdade e Autonomia em Kant
Immanuel Kant
Ética Kantiana.
Professor: Suderlan Tozo Binda
Período sistemático Aristóteles
Tugendhat x Kant “Lições sobre ética”.
David Hume (1711–1776).
A Crítica Do Juízo A posição da terceira Crítica em relação às duas anteriores.
A TEORIA ÉTICA DE KANT UMA ÉTICA DEONTOLÓGICA
A ÉTICA KANTIANA EXERCÍCIOS.
A doutrina da ciência e a estrutura do idealismo fichteano
ARISTÓTELES.. “A acentuada tendência platônica a uma construção filosófica ideal passa a ser amenizada no pensamento de Aristóteles, na medida em que.
A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DOS COSTUMES. O Homem deve também acreditar no Homem Boa ideia…! Assim já posso ir de férias.
O RIGORISMO E O HINO KANTIANO AO DEVER
E A “TIPICIDADE DO JUÍZO”
Filosofia Moderna.
ARISTÓTELES.. “Aristóteles representa o apogeu do pensamento filosófico grego, e o mesmo se pode dizer para a filosofia do direito. Após sua morte, durante.
ARISTÓTELES Estagira 384 a.C. Atenas 322 a.C. JUSTIÇA.
Vida virtuosa. “Nosso caráter é o resultado da nossa conduta.”
Immanuel Kant Köenigsberg (Alemanha). ( ).
Os constituintes do campo ético
Transcrição da apresentação:

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO O que é uma BOA VONTADE para Kant? O que não é uma BOA VONTADE? Porque Kant inicia a primeira seção pelo conceito de BOA VONTADE? Qual a diferença entre coisas boas e a BOA VONTADE? Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Capacidade de representar fins vontade KpV, AA 05: 56-57 Como faculdade do agir KpV, AA 05: 76 Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Vontade animal Arbitrium brutum Arbitrium sensitivum Vontade humana Arbitrium liberum Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO VONTADE HUMANA Arbitrium liberum Pela própria razão Arbitrium sensitivum Móbiles empíricos Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO VONTADE ENTENDIDA EM SENTIDO GERAL Natureza “eu querido” Felicidade Impulsos Intuição Amor próprio Vontade particular Teleologia Paixões Princípio subjetivo Interesses particulares Proposição prática analítica Afecção Fins subjetivos Inclinação Princípios empíricos Contingente Princípios naturais a posteriori Condicionada Experiência Hipotética Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO BOA VONTADE Razão Pura Incondicionada Querer em si Categórica Lei moral Universalidade Liberdade Necessidade A priori Lei prática Princípio objetivo Proposição prática sintética Fins objetivos Princípios práticos Formal Motivos universais Reino dos fins Fato da razão Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Princípio a priori formal Princípio a posteriori material Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Máxima subjetiva Interesse particular Princípio prático material Lei objetiva universalidade Princípio prático formal Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO DONS DA MENTE Entendimento Engenho Poder de julgar DONS DO TEMPERAMENTO Coragem Decisão Persistência no propósito DONS DA FORTUNA Poder Riqueza Honra Própria saúde Bem-estar Contentamento de estado FELICIDADE Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Inteligência Dons da Natureza Faculdade de julgar Talentos do espírito CORAGEM DECISÃO PERSEVERÂNCIA TEMPERAMENTO Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Poder Riqueza Honra Saúde Bem estar Satisfação Dons da Fortuna FELICIDADE Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO BOA VONTADE Converge a ação à universalidade Modera os apetites (desejos) Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Desejo Condicionalmente BOA Sentido particular Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO BOA VONTADE Incondicionalmente BOA Sentido universal Não visa nenhum fim Boa em si mesma Age segundo o querer em si mesmo Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Vontade boa FELICIDADE Utilidade Paixões Interesses Condicionamentos Inclinação Afecção Afetividade Não é uma boa vontade, trata-se de boa fé (intenção) Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO O princípio incondicionado da Boa Vontade CRÍTICA DA RAZÃO PURA – TERCEIRA ANTINOMIA TESE: “A causalidade segundo as leis da natureza não é a única de onde podem ser derivados os fenômenos do mundo no seu conjunto. Há ainda uma causalidade pela liberdade que é necessário admitir para os explicar. (KANT, 2001, p. 406 – KrV, B 472). ANTÍTESE: “Não há liberdade, mas tudo no mundo acontece unicamente em virtude das leis da natureza”. (KANT, 2001, p. 407 – KrV, B 473). Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO O princípio incondicionado da Boa Vontade CRÍTICA DA RAZÃO PURA – TERCEIRA ANTINOMIA TESE: “A causalidade segundo as leis da natureza não é a única de onde podem ser derivados os fenômenos do mundo no seu conjunto. Há ainda uma causalidade pela liberdade que é necessário admitir para os explicar. (KANT, 2001, p. 406 – KrV, B 472). Linha do tempo Ponto de partida Coisas em si Liberdade transcendental ação Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO O princípio incondicionado da Boa Vontade CRÍTICA DA RAZÃO PURA – TERCEIRA ANTINOMIA ANTÍTESE: “Não há liberdade, mas tudo no mundo acontece unicamente em virtude das leis da natureza”. (KANT, 2001, p. 407 – KrV, B 473). Mundo dos fenômenos Ad infinitum Linha do tempo ações determinismo precedente Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO O princípio incondicionado da Boa Vontade CRÍTICA DA RAZÃO PURA – TERCEIRA ANTINOMIA Se toda causalidade implica em leis, a liberdade não pode ser isenta de leis e, portanto, ela deve ser pensada segundo regras. Por outro lado, as regras de uma liberdade incondicionada são distintas das regras que regem a natureza, embora ambas não sejam incompatíveis. (KANT, 2001, p. 478 – KrV, B 586). Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO AUTONOMIA DA BOA VONTADE Conceito: O termo autonomia é de origem grega –Au0tonomi/a, que significa: “direito de se reger por suas próprias leis” (BAILLY, 2000, p. 316). O termo autonomia expressa a faculdade de se governar por si mesmo. A autonomia é a liberdade ou independência moral e a propriedade pela qual o homem pretende poder escolher as leis que regem sua conduta. Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO AUTONOMIA DA BOA VONTADE INTELIGÍVEL SENSÍVEL Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO AUTONOMIA DA BOA VONTADE O homem é um ser autônomo DOIS ASPECTOS DA AUTONOMIA O homem deve ser um ser autônomo Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO incondicional Boa vontade autônoma Boa em si mesma Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO A RAZÃO É SUFICIENTE PARA A VONTADE AGIR MORALMENTE? Uma ação pode ser praticada Por dever Conforme ao dever Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO 1ª Proposição: conservar a própria vida é uma dever. ser benfazejo, quando se pode, é um dever. Assegurar a própria felicidade, é um dever. Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO 2ª Proposição: Uma ação cumprida por dever tira seu valor moral não do fim que por ela deve ser alcançado, mas da máxima que a determina. 3º Proposição: O dever é a necessidade de cumprir uma ação pelo respeito à lei. Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Poder ceder às inclinações vontade Pode se submeter à lei moral AO CONTRÁRIO A boa vontade Se determina por dever Não é determinada por interesse Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Agir por dever Implica em buscar o bem universal ou seja buscar a lei universal (universalidade primeira fórmula do imperativo categórico) Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO RESPEITO À LEI Não se trata de perguntar sobre o bem ou o mal? Trata-se de fazer o que a lei exige, por puro respeito à ela. Sem observar ou pretender as conseqüências. Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO O dever supõe a boa vontade e a boa vontade repousa sobre a pureza das intenções humanas INTERESSE DEVER Determinação dos sentidos Determinação racional Conselhos prudenciais Lei moral Busca de um meio técnico Visa um fim moral Imperativo hipotético: “se tu queres, então...” Imperativo categórico: “tu deves” Máxima particular subjetiva Lei moral objetiva Indivíduo Humanidade Falta, carência. Valor Heteronomia Autonomia Escravidão Liberdade Grau mais elevado: a legalidade Grau mais elevado: a moralidade Habilidade prática Retidão moral Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Felicidade ARISTÓTELES Bem-Estar Conservação HOBBES Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO O QUE É A FELICIDADE? Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Pode ser apreendida ou adquirida pelo treinamento? Pode ser cultivada de alguma maneira? A felicidade Pode ser conferida pela divindade? EN, 1099b10 Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Pode ser construída pela virtude? Pode ser construída pelo estudo? A felicidade Pode ser construída pela prática? EN, 1099b15 Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Os três tipos de felicidade concebida pelo senso comum Felicidade da alma: é mais fácil de perder, porque trata de um recolhimento e após o recolhimento, após o momento de reflexão esta felicidade pode passar. Por exemplo: quando se está no momento de recolhimento o homem pode se sentir feliz, mas ao terminar o seu momento de recolhimento e se deparar com algum problema que lhe aborrece, a felicidade cessará. Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Felicidade do corpo: se relaciona aos prazeres do físico. Para se obter a felicidade do corpo, o físico necessita de estímulos. Por exemplo: quando tenho fome e alimento uma deliciosa refeição, há uma felicidade em ter saciado a fome. Mas, uma vez que a fome foi saciada, eu preciso de um novo estímulo para ser feliz e, portanto, necessito alimentar-me novamente para ser feliz. Então, para ser feliz essa rotina deverá acontecer continuamente. Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Felicidade pela honra: não depende de nós o poder da glória, você pode fazer de tudo e não conseguir obter a honra. Pois, quem nos atribui a honra são os outros. Trata-se de um tipo de reconhecimento. Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Mas o que é a felicidade para Aristóteles? Para Aristóteles felicidade é um fim último, ou seja, aquilo a que pretendemos atingir com nossas ações. Assim, toda atividade, arte ou conduta podem ser ações que praticamos no intuito de sermos felizes, logo, a felicidade é, para este filósofo “um bem supremo”. A felicidade é um fim por excelência, porque caracteriza a realização plena e perfeita do Homem e, portanto, exige deste um uso da razão no intuito de atingi-la. Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO (EN II,1103a-1103b) Uso da Razão Prazeres e Vícios (EN I, I-1094a) Escolhas Deliberações Vulgo Virtude Educação Prudência Justo Meio BEM SUPREMO Hábito Fel.Alma Fel.Honra Fel.Corpo (EN II. 2-1104a) Atividade da Razão Por interesse Morais FELICIDADE é efetivada pela Política (EN X, 1178a-1179b) Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Em oposição a autonomia A heteronomia Então, o que seria uma vontade heterônoma? Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Clarificar o seu estatuto Imperativo Hipotético Duplo interesse Demonstrar o seu desenvolvimento Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Princípio problematicamente prático Campo do possível Imperativo hipotético Campo do real Princípio assertoricamente prático (KANT, 1964, p. 76 – GMS, AA 04: 415) Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Imperativo categórico princípio apoditicamente prático Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Às leis da razão HABILIDADE ESTÁ SUBMETIDA Às regras da sensibilidade Visa um fim muito variável Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO CONSERVAÇÃO (HOBBES) PRUDÊNCIA COMO FIM (ARISTÓTELES) VISA UM FIM REAL – FIM PENSADO COMO ALGO DADO (real) = MELHOR OPÇÃO PARA SER FELIZ Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO CONCLUSÃO ARISTÓTELES KANT HABILIDADE PRUDÊNCIA HABILIDADE PRUDÊNCIA VIRTUDE MORAIS VIRTUDES MORAIS Marco André

1ª SEÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO Marco André