MARGINALIDADE, DESVIO, DELIQUÊNCIA, TOXICOMANIA E AIDS.

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Transcrição da apresentação:

MARGINALIDADE, DESVIO, DELIQUÊNCIA, TOXICOMANIA E AIDS. Disciplina: Psicologia Jurídica. Prof. Fernando Araújo. Alunos: Davidson Pessoa; Levi Junior; Marina Heilbuth.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. Importância dada apenas ao aspecto sanitário pelo poder público e suas políticas. Negação da história social específica das epidemias em questão.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. AIDS - TOXICOMANIA

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. DUAS HISTÓRIAS, DUAS POPULAÇÕES. DO DROGADO AO TOXICÔMANO: UM PERCURSO. Temporalidade social, com a noção de itinerário. Condições históricas, sociais e econômicas da emergência de um desvio e as de sua definição em termos de delinqüência, de problemas médicos, psicológicos ou psiquiátricos que permitam seu tratamento.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. PRIMEIRA CONSTATAÇÃO: Oriunda do campo sanitário e do campo judiciário, diz respeito à idade dessa população toxicômana. SEGUNDA CONSTATAÇÃO: Concerne a emergência pública da figura do toxicômano, em relação à criação de estruturas especializadas no tratamento desta nova categoria de “doente”.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. As saídas da toxicomania são no mínimo de duas ordens: interrupção do consumo, a abstinência, ou um consumo banalizado de produtos proibidos ou desviados ( produtos farmacêuticos) fora da do meio da toxicomania.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. Mas as constatações dos intervenientes em toxicomania ou os relatos de vida dos toxicômanos, mostra que, para certos consumidores de drogas (e não para todos), chega um momento em que os objetivos pessoais se reduzem apenas ao consumo de um produto ilegal, proibido ou desviado, e aos meios necessários para obtê- lo. A recusa das instituições clássicas de controle social e, como reação, a criação de um instrumental específico, é, assim, o fruto de uma situação historicamente nova mas, igualmente, geograficamente precisa. marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. A AIDS um problema social? Precisamos lembrar que as epidemias são percebidas como um risco coletivo contra o qual é preciso lutar, isolando –se portadores de sintomas, que ficarão à margem da sociedade, sofrendo ainda reclusão. Fatores principais da transmissão, os valores profundos da nossa organização social. O sangue – vida e morte; A sexualidade – a reprodução; As liberdades individuais – as liberdades coletivas.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. A AIDS, um questionamento da ordem biológica, social, política e moral. A AIDS é uma doença privada que se torna pública por suas conseqüências e a gestão destas conseqüências pertence ao político.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. Um outro meio social, um outro poder de pressão. Se o homossexualismo não é mais, exceto em alguns países, considerado como crime, e participa na maioria dos casos, de um comportamento privado, aceito e tolerado,a toxicomania é objeto de intensa marginalização, de rejeição social e condenação pública.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. Por um curioso retorno da história, os médicos mais reticentes quanto ao desenvolvimento desses programas de proteção aos toxicômanos, são os primeiros a tratarem deles numa situação política e social difícil.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. De uma focalização sobre o/os produto(s), a sociedade e seus representantes descobriram a existência de uma pessoa, de uma vida que é preciso proteger embora sujeita à adição de uma substância ilícita.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. O bem público e a redução do contágio não são os únicos motores de luta contra uma epidemia. Por detrás destes imperativos, avulta um programa de gestão da sociedade. O número de mortes por overdose não justifica absolutamente a inscrição da toxicomania como primeira das calamidades sociais, face a outros tipos de mortes que, do mesmo modo, induzem à responsabilidade individual.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. Esta confusão, este embaralhamento, tem como resultado a associação sistemática de três termos que ocupam um lugar importante, hoje em dia, em nosso imaginário social e em nosso meio: A delinqüência ... A insegurança A toxicomania ... A decadência A AIDS ... A morte

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. CONCLUSÃO. Estas duas situações mortíferas são, para o senso comum, simbolicamente muito próximas. Todas duas são portadoras, simultaneamente, de uma causa externa: um produto e um vírus, todos dois considerados como originários do estrangeiro, e são também a manifestação de uma causa interna, de um comportamento individual: a promiscuidade e as práticas sexuais “desviantes” que as constituem. Com este caráter dramático, mórbido, a AIDS como a toxicomania colocam para cada pessoa, segundo sua postura, um problema filosófico-político, que o Estado acreditava ter resolvido: o da diferença e da igualdade. A junção social imaginária entre estes elementos modifica as regras da normalidade, as linhas de demarcação entre o normal e o patológico, o permitido e o interdito, o aceito e o aceitável, o autorizável e o sancionável.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. BIBLIOGRAFIA: Livro: O Jovem, sua inserção social e a justiça. Capítulo: Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS.

Marginalidade, desvio, delinqüência, toxicomania e AIDS. TENHAM UMA BOA NOITE! Davidson Pessoa Marina Heilbuth Levi Junor.