Simbolismo Suzete Beppu.

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Transcrição da apresentação:

Simbolismo Suzete Beppu

Simbolismo

O Simbolismo É um estilo literário, do teatro e das artes plásticas. Surgiu na França, no final do século XIX. Oposição ao Realismo e ao Naturalismo.

Impressão – Levantar do sol, de Claude Monet

“Nomear um objeto é suprimir três quartos do prazer do poema, que é feito da felicidade de adivinhar pouco a pouco; sugeri-lo, eis o sonho, (...) pois deve haver sempre enigma em poesia, e é o objetivo da Literatura – e não há outro – evocar os objetos.” Mallarmé

Antes de qualquer coisa, música (...) É preciso também que não vás nunca Escolher tuas palavras sem ambiguidade: Nada mais caro que a canção cinzenta Onde o indeciso se junta ao impreciso. Paul Verlaine

Histórico e características A partir de 1881, na França. Pintores, autores teatrais e escritores. Misticismo advindo do grande intercâmbio com as artes, pensamento e religiões orientais. Diferentes formas de olhar sobre o mundo, de ver, e demonstrar o sentimento.

Principais características

Subjetivismo Interesse pelo particular e individual. Realidade focalizada sob o ponto de vista de um único indivíduo. A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse. É uma poesia que se opõe à poética parnasiana. Reaproxima-se da estética romântica. Volta-se para o coração. Procura o mais profundo do "eu", o inconsciente, o sonho.

Musicalidade Aproximação da poesia com a música. A aliteração: consiste na repetição sistemática de um mesmo fonema consonantal. A assonância: caracterizada pela repetição de fonemas vocálicos.

Transcendentalismo Sugere, através das palavras, sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Enfatiza o imaginário e a fantasia. Interpreta a realidade através da intuição e não da razão ou da lógica. Prefere o vago, o indefinido ou impreciso. palavras como: névoa, neblina, bruma, vaporosa.

Literatura do simbolismo Os temas são místicos, espirituais. Abusa-se da sinestesia (sensação produzida pela interpenetração de órgãos sensoriais: "cheiro doce" ou "grito vermelho"), das aliterações (repetição de letras ou sílabas numa mesma oração: "Na messe que estremece") e das assonâncias (repetição fônica das vogais: repetição da vogal "e" no mesmo exemplo de aliteração) tornando os textos poéticos simbolistas profundamente musicais.

Correspondências A natureza é um templo onde vivos pilares Deixam filtrar não raro insólitos enredos; O homem o cruza em meio a um bosque de segredos Que ali o espreitam com seus olhos familiares. Como ecos longos que à distância se matizam Numa vertiginosa e lúgubre unidade, Tão vasta quanto a noite e quanto a claridade, Os sons, as cores e os perfumes se harmonizam. Há aromas frescos como a carne dos infantes, Doces como o oboé, verdes como a campina, E outros, já dissolutos, ricos e triunfantes, Com a fluidez daquilo que jamais termina, Como o almíscar, o incenso e as resinas do Oriente, Que a glória exaltam dos sentidos e da mente. Charles Baudelaire

No Brasil Dois grandes poetas destacaram-se dentro do movimento simbolista: Cruz e Sousa a angústia de sua condição, reflete-se no comentário de Manuel Bandeira: "Não há (na literatura brasileira) gritos mais dilacerantes, suspiros mais profundos do que os seus". Alphonsus de Guimarães

Simbolismo brasileiro Início: 1893 - Publicação das obras MISSAL E BROQUÉIS, de Cruz e Sousa.   Fim: 1902 - Publicação da obra OS SERTÕES, de Euclides da Cunha.

Principais artistas simbolistas Cruz e Sousa (1861-1898) Filho de ex-escravos, foi criado por um Marechal e sua esposa como um filho e teve educação de qualidade. Perseguido a vida inteira por ser negro, culminando com o fato de ter sido proibido de assumir um cargo de juiz só por isso. É ativo na causa abolicionista. Morre jovem de tuberculose, vítima da pobreza e do preconceito.

Cruz e Sousa Uma de suas obsessões era cor branca, como mostra a passagem a seguir: "Ó Formas alvas, brancas, Formas claras de luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incenso dos turíbulos das aras..."

Cruz e Souza É considerado neo-romântico simbolista, pois valoriza os impulsos pessoais e sua condição de indivíduo sofredor como fonte de inspiração poética. Suas poesias sempre oferecem dificuldade de leitura. Trata-se de um poeta expressivo, apelidado de “Cisne Negro” ou “Dante Negro". “Alma! Que tu não chores e não gemas Teu amor voltou agora. Ei-lo que chega das mansões extremas, Lá onde a loucura mora!”

Alphonsus de Guimaraens (1870 -1921) Apaixonado desde jovem por uma prima, sofre com a prematura morte da amada e passa por uma crise de doença e boêmia. Forma-se em Direito e Ciências Sociais, colaborando sempre na melhor imprensa paulistana. Fica conhecido como “O Solitário de Mariana”.

Alphonsus de Guimaraens São constantes em sua obra a presença constante da morte da mulher amada, os tons fúnebres de cemitérios e enterros, a nostalgia de um medievalismo romântico, além do seu famoso marianismo (culto a Virgem Maria). Sua obra prenuncia o surrealismo

Alphonsus de Guimaraens Seus versos tinham musicalidade e sutileza para a atmosfera religiosa que inspiravam, como mostra a passagem a seguir: "O céu é todo trevas: o vento uiva. Do relâmpago a cabeleira ruiva Vem açoitar o rosto meu. E a catedral ebúrnea do meu sonho Afunda-se no caos do céu medonho Como um astro que já morreu.”

Alphonsus de Guimaraens Obras Principais: Poesia: Setenário das Dores de Nossa Senhora (1899), Dona Mística (1899), Câmara Ardente (1899), Kiriale (1902), Pauvre Lyre (1921), Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte (1923), Poesias (Nova Primavera, Escada de Jacó, Pulvis, 1938). Prosa: Mendigos (1920)