A PRESENÇA DA MITOLOGIA NAS ARTES

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Transcrição da apresentação:

A PRESENÇA DA MITOLOGIA NAS ARTES

Discussão "Sabemos hoje que mitos e lendas, especialmente os primeiros, não nasceram da imaginação popular, nem resultam da criatividade original de algum contador de estórias. Constituem, ao contrário, alterações polimorfas dos primitivos resumos de acontecimentos ou fatos reais, de sorte que não correspondem propriamente à verdade, mas dela procedem, ..." Thomas Garnet Henry James

“EU PENSO NA MITOLOGIA COMO A HISTÓRIA DAS MUSAS, AS INSPIRADORAS DA ARTE, AS INSPIRADORAS DA POESIA. ENCARAR A VIDA COMO UM POEMA, E A VOCÊ MESMO COMO PARTICIPANTE DE UM POEMA, É O QUE O MITO FAZ POR VOCÊ.” (JOSEPH CAMPBELL)

Para Joseph Campbell, uma das maiores autoridades em mitologia no século XX, ela (a mitologia) ensina-nos o que está por trás da literatura ou das artes, ensina sobre nossa própria vida. As histórias dos mitos são histórias sobre sabedoria da vida.

Toda mitologia cresce numa certa sociedade, num campo delimitado, daí a existência de diferentes mitologias, quer seja ela grega, romana, brasileira, oriental ou de qualquer outra cultura. Mitologia não é mentira, é poesia, é algo metafórico*. * Metáfora: transferência do sentido original de uma palavra para outro sentido que não é o que ela designa; relação de semelhança entre o sentido próprio e o figurado.

É comum encontrar obras de arte que fazem alusões objetivas ou subjetivas sobre mitos. Hoje, o artista também é aquele que transmite mitos. Para isso, ele precisa compreender a mitologia e a humanidade. Para a sociologia, o mito é uma representação simples e estereotipada comum a um grupo de indivíduos; para as artes, o mito é fonte de inspiração e questionamento humano.

Sereia – Alfredo Volpi – 141cm x 264cm – Col Sereia – Alfredo Volpi – 141cm x 264cm – Col. Marco Antonio Mastrobriono – década de 60.

A lenda do índio que se transforma em macaco, na visão de Amati (índio trumai do alto Xingu retrata a cultura de seu povo).

Júpiter e Tétis – J. Ingres (França, 1780-1867).

A pintura é rica em tradições da arte clássica e neoclássica, principalmente na sua grande escala de 136 ⅝ × 101 ¼ polegadas [ 2 ] Ingres cria muitos contrastes visuais entre o Deus ea ninfa deslizando: Júpiter é mostrado de frente para o espectador frontalmente com ambos os braços e as pernas amplamente em toda a tela, enquanto a cor de seu vestido e carne ecos que do mármore a seus pés. Em contraste, Thetis é processado em curvas sensuais e retratada em súplica à misericórdia de um Deus cruel que detém o destino de seu filho em suas mãos. Mão direita Thetis 'cai no quadril de Júpiter com uma sugestão de carícia erótica, enquanto o verde escuro do vestido acentua o medo e pressentimento da paisagem nua para trás. Sua roupa é elaborado contra a parte inferior do quadril, e parece prestes a cair. O ponto focal do trabalho é mão esquerda Thetis 'estendido verticalmente ereta enquanto ela tenta acariciar a barba de Deus.

O Nascimento de Vênus – Botticelli (Itália, 1444/5-1510) – têmpera s/ tela – Uffizi – Florença – 1480.

O Nascimento de Vênus é uma obra do pintor italiano Sandro Botticelli O Nascimento de Vênus é uma obra do pintor italiano Sandro Botticelli. A pintura mostra a Vênus surgindo nua de uma concha sobre as espumas do mar. A obra ainda apresenta Zéfiro, o vento do Oeste, assoprando na direção da deusa, acompanhado pela ninfa Clóris. À direita de Vênus, há uma Hora (deusas das estações) que lhe entrega um manto com flores bordadas. Provavelmente, Botticelli tenha feito a obra no ano de 1486. Na época, O Nascimento de Vênus e A Alegoria da Primavera, ambos de Botticelli, foram produzidos por encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco, um político e banqueiro italiano que queria enfeitar sua residência, a Villa Medicea di Castello.

Provavelmente, Botticelli tenha feito a obra no ano de 1486 Provavelmente, Botticelli tenha feito a obra no ano de 1486. Na época, O Nascimento de Vênus e A Alegoria da Primavera, ambos de Botticelli, foram produzidos por encomenda de Lorenzo di Pierfrancesco, um político e banqueiro italiano que queria enfeitar sua residência, a Villa Medicea di Castello. Esta obra de Botticelli foi influenciada pelo neoplatonismo cristão, pois o pintor havia participado dos círculos de Lourenço de Médici, que tinham por objetivo conciliar as ideias clássicas às cristãs.

Acredita-se que a nudez da deusa não representa a paixão carnal, mas sim a paixão espiritual. Na obra, Vênus é apresentada de forma esguia e com traços harmoniosos. Além disso, Botticelli utiliza cores claras e puras, exaltando a pureza da alma e a beleza clássica.

Em sua totalidade, a obra apresenta serenidade e luminosidade, o que pode ser compreendido de duas formas. De certa maneira, aponta para a temática mitológica, levando-se em e consideração a influência das esculturas gregas na composição da Vênus. Por outro lado, a obra apresenta símbolos cristãos como a concha e a água (batismo de Jesus Cristo), além dos anjos, que seriam Zéfiro e Clóris.

MÃE DO OURO – UM MITO BRASILEIRO “No Paraná, é uma mulher sem cabeça que habita debaixo da Serra da Itupeva; na região do Rio São Francisco é uma estrela cadente: serpente mãe do ouro; em São Paulo não há forma, mora nas grotas, é uma bola de fogo de ouro; no Rio Grande do Sul é uniforme, agindo como trovões, fogo, vento; em outra versão ela passeia luminosa pelos ares mas vive debaixo d’água num palácio. Onde ela está é prova evidente de que há ouro, daí vem seu nome.” (Dicionário do folclore brasileiro – Luís da Câmara Cascudo)