ARTE-TECNOLOGIA MILTON SOGABE.

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ARTE-TECNOLOGIA MILTON SOGABE.
Transcrição da apresentação:

ARTE-TECNOLOGIA MILTON SOGABE

ARTE e TECNOLOGIA As Artes Plásticas, como tantas outras áreas do conhecimento, sempre se utilizaram de algum tipo de tecnologia para a materialização de uma poética. Porém hoje, uma modalidade denominada Arte-Tecnologia parece estar se instalando na história da arte, contando com vários eventos ocorridos desde os anos 60 e com a existência de diversas publicações teóricas utilizando esse termo. Embora a tecnologia sempre estivesse envolvida no fazer artístico, ela ganha uma maior importância com o surgimento do termo Arte-Tecnologia no contexto da tecnologia eletroeletrônica que depois da segunda metade do século XX, começa a estar presente em todas as atividades do nosso cotidiano, moldando a sociedade e a cultura da época. Porém, sabemos que uma sociedade permeada pelo mecânico ou pelo elétrico não gerou uma Arte-Mecânica ou uma Arte-Elétrica ou mesmo uma Arte-Tecnologia. Há outros aspectos que devem ter contribuído para o surgimento desse termo, que no momento não vamos buscar. Esta modalidade de arte, tem suas origens com o advento da Arte Cinética (PERISSINOTO, Paula, O cinetismo interativo nas artes plásticas: um trajeto para a arte tecnológica, Dissertação de mestrado, ECA-USP, 2000, pág. 15), em meados dos anos 50, onde aparatos mecânicos e elétricos começaram a ser utilizados para explorar o movimento real. Muitas vezes, a forma como os artistas utilizavam os aparatos técnicos para uma determinada função era o mais interessante. A criatividade e o espírito do professor Pardal, personagem das histórias em quadrinhos, traduziria muito esta característica. Com a comercialização de equipamentos de comunicação, surge a Vídeo Arte, a Arte Telecomunicação e o início da utilização de vários meios e tecnologias em geral, principalmente o computador, que passa a ser utilizado das mais variadas formas.

Arte-Telecomunicação ARTE-TECNOLOGIA Arte Cinética Vídeo Arte Holografia Arte-Telecomunicação Web Arte Mídia Arte As Artes Plásticas, como tantas outras áreas do conhecimento, sempre se utilizaram de algum tipo de tecnologia para a materialização de uma poética. Porém hoje, uma modalidade denominada Arte-Tecnologia parece estar se instalando na história da arte, contando com vários eventos ocorridos desde os anos 60 e com a existência de diversas publicações teóricas utilizando esse termo. Embora a tecnologia sempre estivesse envolvida no fazer artístico, ela ganha uma maior importância com o surgimento do termo Arte-Tecnologia no contexto da tecnologia eletroeletrônica que depois da segunda metade do século XX, começa a estar presente em todas as atividades do nosso cotidiano, moldando a sociedade e a cultura da época. Porém, sabemos que uma sociedade permeada pelo mecânico ou pelo elétrico não gerou uma Arte-Mecânica ou uma Arte-Elétrica ou mesmo uma Arte-Tecnologia. Há outros aspectos que devem ter contribuído para o surgimento desse termo, que no momento não vamos buscar. Esta modalidade de arte, tem suas origens com o advento da Arte Cinética (PERISSINOTO, Paula, O cinetismo interativo nas artes plásticas: um trajeto para a arte tecnológica, Dissertação de mestrado, ECA-USP, 2000, pág. 15), em meados dos anos 50, onde aparatos mecânicos e elétricos começaram a ser utilizados para explorar o movimento real. Muitas vezes, a forma como os artistas utilizavam os aparatos técnicos para uma determinada função era o mais interessante. A criatividade e o espírito do professor Pardal, personagem das histórias em quadrinhos, traduziria muito esta característica. Com a comercialização de equipamentos de comunicação, surge a Vídeo Arte, a Arte Telecomunicação e o início da utilização de vários meios e tecnologias em geral, principalmente o computador, que passa a ser utilizado das mais variadas formas.

O termo vai perdendo o seu sentido na medida que toda a produção vai sendo cada vez mais intermediada por uma tecnologia. ARTE-TECNOLOGIA ARTE DIGITAL MÍDIA ARTE Porém, consideramos que o termo “Arte-Tecnologia” vai perdendo o seu sentido, pois da mesma maneira que o termo “Arte Contemporânea”, torna-se muito genérico e redundante, na medida que a tecnologia vai participando cada vez mais na produção de arte. Falarmos de uma Arte Digital também só faz sentido no início das primeiras produções com essa tecnologia, pois a partir do momento que todas as mídias vão convergindo para uma única mídia, como o computador, esse termo perde significado num contexto onde quase tudo será produzido por esta tecnologia. Presenciamos outros termos como, Fax Arte, Mídia Arte, Web Arte ou Net Arte que sempre carregam a problemática de um tipo de adjetivação ao substantivo Arte, mas entendemos também que é a única forma de tentarmos nomear um tipo de produção artística. No contexto atual, a mídia utilizada para a produção da obra de arte tem sido a referência para essa nomeação, fato que não aconteceu com a gravura e a fotografia.

PERVERSÃO DOS MEIOS Na maioria das vezes, o artista utiliza os meios existentes pervertendo o seu uso e ampliando o potencial expressivo destes, atitude que já se transformou em uma característica, quase uma metodologia de trabalho adotada por parte dos artistas. Desde os trabalhos mais artesanais até os intermediados por tecnologias esse procedimento está sempre presente.

Na pintura também presenciamos a alteração dos formatos e das superfície dos suportes, seja o papel, a madeira ou outros materiais utilizados. No lugar dos pincéis, muitas vezes são criados instrumentos improvisados para obtenção de um resultado desejado, geralmente essencial para a poética do trabalho.

“Fumaça como Arte” 1988 Mário Ishikawa

“Objeto Cinético” 1986 Abrahan Palatnick

Nam June Paik e Shuya Abe “Paik-Abe Video synthesizer” - 1966

ARTE XEROX

Óculos para uma outra visão - 1965 Júlio Le Parc

O cientista busca por tecnologias precisas frente aos fenômenos do real, para observar, medir, registrar ou produzir algo com muita objetividade.

Os aparatos tecnológicos também são construídos na busca de um objetivo claro, embora muitas invenções tenham no seu percurso o acaso.

Já o artista não tem nenhum compromisso com alguma verdade, com o real ou com normas. No contexto da arte um mesmo aparato tecnológico é utilizado de diversas maneiras, independente da sua “função de fábrica” ou das “normas de utilização”, tal como todos os outros elementos existentes em nosso cotidiano que foram utilizados pelos artistas, seja uma roda ou guidão de bicicleta, uma cadeira etc.

é uma obra de Paulo Laurentiz onde “Trempo” é uma obra de Paulo Laurentiz onde “o insight surgiu com a ligação feita entre o ruído de um projetor de slides girando ininterruptamente e o som característico de uma composição férrea em movimento.”

PENSAMENTOS MATERIALIZADOS Porém, as máquinas não são meros aparatos físicos, mas pensamentos materializados, tal como as obras de arte e dessa maneira já carregam um indício do humano. A tecnologia de uma época reflete e/ou influencia as características dessa época, e nesse sentido é que o artista as utiliza, em consonância com sua época, havendo sempre releituras e prospectivas pelas lentes dessa tecnologia, ampliando não só o presente como também o passado e o futuro.

A tecnologia de uma época reflete e/ou influencia as características dessa época, e nesse sentido é que o artista as utiliza, em consonância com sua época, havendo sempre releituras e prospectivas pelas lentes dessa tecnologia, ampliando não só o presente como também o passado e o futuro.