POLUIÇÃO AMBIENTAL Por Domingos A. Lammoglia.

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Transcrição da apresentação:

POLUIÇÃO AMBIENTAL Por Domingos A. Lammoglia

Algumas definições de poluição. Denomina-se poluição a introdução excessiva de compostos estranhos ao meio, alterando de maneira nociva a sua composição. Poluição é a presença de determinadas substâncias químicas ou agentes físicos que prejudicam a vida de uma ou mais espécies de seres vivos de um ambiente. A poluição pode ser entendida como qualquer alteração ambiental de natureza física, química ou biológica, que cause prejuízos para a saúde dos seres vivos. Poluição é a presença de fatores físicos (formas de energia) ou químicos (substâncias) que prejudicam a qualidade de vida ou a possibilidade de sobrevivência dos seres vivos de uma ambiente.

Poluentes – são todas as substâncias e agentes físicos capazes de provocar poluição. São basicamente de dois tipos: as não-biodegradáveis (cloroflúorcarbonos - CFC) e substâncias que normalmente existem na natureza, mas se tornam nocivas pelo aumento de sua concentração (CO2). A poluição pode ocorrer no ar, como o efeito estufa, e a destruição da camada de ozônio; na água, como a eutrofização, o lançamento de mercúrio, o derrame de petróleo no mar; e no solo, como a utilização de agrotóxicos e fertilizantes, com o acúmulo de lixo de origem doméstica, hospitalar e industrial a céu aberto. Também pode resultar do acúmulo de materiais radioativos – a poluição radioativa. POLUIÇÃO DO AR, embora seja problema mais típico de cidades e regiões industriais, não fica restrita a esses lugares; havendo condições atmosféricas favoráveis os poluentes são levados para longe e espalham-se em várias regiões.

Os poluentes do ar podem ser classificados em primários e secundários. Um poluente é dito primário quando se mantém na atmosfera na forma em que foi emitido. É o caso das poeiras, óxidos de carbono e de enxofre. Um poluente é secundário se tiver sido produzido no ar, pela reação entre outros poluentes. É o caso dos ácidos sulfúrico e nítrico responsáveis pelas chuvas ácidas.

Dióxido de enxofre (SO2) É liberado para a atmosfera a partir da queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral e o óleo diesel, que tem enxofre como impureza. O dióxido de enxofre, juntamente com o óxido de nitrogênio, também liberado pela atividade industrial, provocam bronquite, asma e enfisema pulmonar. Monóxido de carbono (CO) É um gás incolor, inodoro, um pouco mais leve do que o ar e muito venenoso. É liberado principalmente pelos automóveis, na combustão incompleta de combustíveis. Associa-se de modo muito estável com a hemoglobina do sangue dificultando o transporte de oxigênio.

Dióxido de carbono (CO2) A quantidade de CO2 na atmosfera tem aumentado significativamente nas últimas décadas, decorrente, principalmente, da queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral). O CO2 atmosférico atua como isolante térmico, impedindo que todo calor da superfície da Terra se dissipe para o espaço. Com o aumento da quantidade de CO2 na atmosfera, a dissipação do calor para o espaço fica diminuída e a Terra se aquece, em razão do calor retido. Esse aquecimento da Terra é conhecido como efeito estufa.

Inversão térmica O sol aquece o solo que, por sua vez aquece o ar. Ar quente é menos denso e sobe, carregando e dispersando poluentes levados pelos ventos. Nos meses de inverno, o ar é mais frio e mais denso, acumulando-se sobre as cidades como um “manto de partículas de poluentes em suspensão”. Esse bloqueio é chamado de inversão térmica.

Destruição da camada de ozônio Na atmosfera terrestre, entre 12 e 50 km de altitude, existe uma camada de gás ozônio (O3). A camada de ozônio é importante para os seres vivos, porque atua como filtro das radiações ultravioleta proveniente do sol. Nos últimos 10 anos, os cientistas notaram o aparecimento de dois grandes “buracos”, isto é, regiões sem ozônio, na atmosfera. O buraco maior se localiza sobre o Pólo Sul, e chega a atingir uma área de 21 milhões de km2, mais do que o dobro da área do Brasil. O outro buraco, menor, localiza-se sobre o Pólo Norte.

O gás CFC (cloroflúorcarbono), também conhecido por gás freon, utilizado em sprays, aerossóis, geladeiras, condicionadores de ar, espuma plástica e outros produtos, quando liberados na atmosfera, atinge a camada de ozônio, transformando o ozônio (O3) em oxigênio (O2), reduzindo, desse modo, a quantidade de ozônio na atmosfera. Acredita-se que uma única molécula de CFC, em razão da sua estabilidade, destrua 100.000 (cem mil) moléculas de ozônio.

As radiações ultravioletas, em altas doses, são extremamente nocivas podendo provocar câncer de pele, cegueira nos animais e mutações genéticas.

POLUIÇÃO DA ÁGUA, considera-se que a água está poluída quando nela forem introduzidas substâncias que alteram as suas propriedades físicas, químicas e biológicas. Eutrofização ou Eutroficação das águas A eutrofização é caracterizada pelo aumento da quantidade de nutrientes na água favorecendo a proliferação de microorganismos como algas e bactérias. A matéria orgânica despejada, pelos esgotos residenciais, industriais e hospitalares, na água entra em decomposição pela ação das bactérias e fungos, resultando na formação de nutrientes minerais que podem ser utilizados pelas algas que se proliferam. Seu aumento exagerado pode causar dois efeitos: a proliferação exagerada de algas na superfície (floração das algas) dificultando a entrada de luz, impedindo sua chegada às algas e aos vegetais do fundo, que podem morrer e entrar em decomposição.

a população de alga na superfície cresce até que algum nutriente comece a faltar (como o nitrato, que geralmente se torna escasso); as algas morrem e se decompõem.

Há duas ocasiões em que ocorrem a decomposição Há duas ocasiões em que ocorrem a decomposição. A primeira, vista anteriormente, quando a matéria orgânica é lançada na água, gerando nutrientes que determinam a proliferação das Algas. A segunda é quando os decompositores não agem sobre o esgoto, mas sobre a matéria orgânica que proliferou graças a ele. Na decomposição, microorganismos aeróbicos consomem o oxigênio da água, que se torna, então, pobre em O2 provocando a morte de animais principalmente peixes. A parir daí a decomposição passa a ocorrer anaerobicamente, liberando produtos com odor muito forte, como ácido sulfúrico (H2S), mercaptanas e outros. A água torna-se imprestável para o consumo humano e imprópria para o desenvolvimento de outros seres vivos.

Maré Vermelha Em alguns casos, a eutrofização pode levar à grande proliferação de algas pirrófitas ou dinoflagelados (Gonyaulax) causando o fenômeno conhecido como maré vermelha, devido a coloração que os dinoflagelados conferem à água. Além de consumirem o oxigênio as pirrófitas lançam na água substâncias tóxicas que matam peixes, moluscos, crustáceos e muitos outros seres que vivem nessas águas. Metais tóxicos Os principais metais que poluem a água são o mercúrio, o cádmio e o chumbo. O mercúrio causa cegueira, surdez, descordenação motora e deteriorização intelectual. Um caso terrível de contaminação pelo mercúrio ocorreu no Japão em 1953: habitantes da baia de Minamata alimentavam-se de peixes contaminados por mercúrio, que era lançado por fábricas nas águas da baia. Em conseqüência, 50 pessoas morreram e outras 150 apresentavam sérias e irreversíveis lesões nervosas, com danos comportamentais e paralisias permanentes.

No Brasil o mercúrio vem sendo muito utilizado nas áreas de garimpo com a finalidade de separar o ouro de impurezas. Além de contaminar os garimpeiros que o utilizam, o mercúrio chega às águas dos rios e concentra-se nas cadeias alimentares, pondo em risco o próprio homem. Petróleo Um outro problema da contaminação das águas é o do derramamento de óleo e petróleo nos mares. Muitos acidentes com navios petroleiros liberam grande quantidade de óleo na água causando enorme prejuízo ao fitoplâncton e aos animais marinhos como peixes, mariscos e aves, entre outros.

POLUIÇÃO DO SOLO, é principalmente provocada pelo lixo, além dos agrotóxicos. Estima-se em mais de 2 kg a quantidade diária produzida por pessoa, em média, a cada dia. São produtos orgânicos (restos de alimentos, madeira e papel) e inorgânicas (vidros, metais, plásticos, etc..) A eliminação do lixo é problemática e cara.

Atualmente, usam-se para o tratamento do lixo as usinas de compostagem, os aterros sanitários e os incineradores. Nas usinas de compostagem o lixo é reciclado, isto é, objetos como vidros, metais, plásticos e etc. são retirados. O que sobra sofre a ação de microorganismo produzindo uma espécie de húmus, que é utilizado como fertilizante agrícola. Os aterros sanitários são lugares que recebem certa quantidade de lixo e depois são recobertos. Pela incineração, o lixo é queimado.

Os agrotóxicos provocam envenenamento dos alimentos que consumimos e podem trazer graves conseqüências para a saúde humana.

Controle biológico – é uma solução alternativa aos agrotóxicos Controle biológico – é uma solução alternativa aos agrotóxicos. O controle biológico consiste em se usar uma determinada espécie (predadora, parasita ou competidora) para combater uma praga. As joaninhas se alimentam de pulgões de plantas e outros insetos; o peixe Gambusia (guaru-guaru) devora larvar de Anopheles, mosquito transmissor da malária; os baculovírus atacam formas larvais de borboletas e mariposas e são inofensivos para os vertebrados.

POLUIÇÃO RADIOATIVA, A radioatividade até certas doses é perfeitamente tolerável pelos seres vivos, mas, em altas intensidades, pode-lhes ser muito prejudicial à saúde. A contaminação por estrôncio 90, que tem o mesmo ciclo do cálcio nos organismos vivos, pode levar à anemia e à leucemia, pelo fato de ficar incorporado no sistema esquelético do indivíduo. A contaminação por iodo 129 e 131 que se alojam na tireóide reduz a atividade dessa glândula, podendo causar-lhe câncer. Este elemento radioativo foi liberado no acidente nuclear de Chernobyl, em 1986.

O césio 137 pode ficar incorporado aos músculos, fígado, baço, afetar a medula óssea, podendo causar distrofia muscular, queimaduras pelo corpo, queda de cabelos a até a morte. Em 1987, na cidade de Goiânia (GO), uma cápsula de césio 137, material radioativo empregado em equipamento de radioterapia, foi abandonada. Encontrada por coletores de sucata, foi aberta e manuseada por várias pessoas. Em conseqüência, pessoas morreram e outras continuaram sofrendo os efeitos da contaminação radioativa.