Assessoria Econômica da FEDERASUL Crédito Imobiliário de Risco nos EUA e o Impacto na Economia Brasileira
Crédito Imobiliário de Risco (Subprime) Definição Crédito concedido a pessoas que apresentam um histórico de dificuldades de pagamentos nos EUA. Incidem taxas de juros mais elevadas (10-12% a.a.), devido ao maior risco envolvido nas operações de crédito. Perfil do tomador de Empréstimo subprime Histórico de crédito ruim; Baixa renda e poucas garantias.
Crédito Imobiliário de Risco (Subprime) Montante Crescimento acelerado das hipotecas subprime nos EUA Envolvia cerca de US$ 1,3 trilhão em 2007; US$ 650 bilhões, em 2006, e US$ 150 bilhões, em 2000. Os empréstimos subprime estimularam a bolha imobiliária (2001-2005).
Crédito Imobiliário de Risco (Subprime) Causas da crise no mercado hipotecário dos EUA Aumento da inadimplência no segmento subprime Cresceu de 13% em 2006, para 16% em outubro de 2007 e 25% em maio de 2008. Por quê? Elevação das taxas de juros básica de 1% em 2005 para 5,25% em 2007; 80% dos empréstimos subprime estão atrelados a taxas flutuantes. Queda dos preços dos imóveis a partir de 2006 Fim do efeito-riqueza. Regulação ineficiente.
Crédito Imobiliário de Risco (Subprime) Disseminação Bancos emprestam o dinheiro das hipotecas do tipo subprime e transformam este crédito em títulos que vendem a investidores (securitização) Vários investidores (nacionais e internacionais) se dispuseram a comprar estes títulos de maior risco O crescimento da inadimplência dos empréstimos subprime leva o banco a não pagar os títulos e isto leva a uma crise de liquidez que se espalha para todo o sistema financeiro.
Impacto sobre a Economia Brasileira Real Fatores Tranqüilizadores Externos Redução da taxa básica de juros nos EUA de 5,25% para 2% entre setembro de 2007 e abril de 2008; Pacote de US$ 700 bilhões para comprar ativos “podres” dos bancos; Ação coordenada dos Bancos Centrais dos EUA, União Européia e Japão para garantir a liquidez.
Impacto sobre a Economia Brasileira Real Fatores Tranqüilizadores Internos Indicadores Econômicos Sólidos Reservas internacionais acima de US$ 200 bilhões; Superávit comercial (estimado em US$ 24 bilhões) e entrada de IDE (US$ 35 bilhões), em 2008; Taxa de câmbio flutuante (minimiza as perdas de reservas). Bancos brasileiros não investiram em títulos lastreados em hipotecas norte-americanas.
Impacto sobre a Economia Brasileira Real Mecanismos de Transmissão Retração dos fluxos de capitais Afeta investimentos no país realizados com poupança externa (recursos mais escassos e mais caros) Impacto sobre a balança comercial Queda do preço das exportações (especialmente de commodities); Desvalorização do real em relação ao dólar.