Diferenças Regionais de Gênero no Brasil: elas realmente existem? Uma experiência pessoal Maria Emilia M. T. Walter Departamento de Ciência da Computação.

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Transcrição da apresentação:

Diferenças Regionais de Gênero no Brasil: elas realmente existem? Uma experiência pessoal Maria Emilia M. T. Walter Departamento de Ciência da Computação Universidade de Brasília Belém, 15 de julho de 2008 XXVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Computação WIT - Women in Information Technology

Contextualização Regional Brasília: –Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) SPM, MCT, MEC: Programa Mulher e Ciência 2008: Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), CAPES e Secretaria de Educação Básica –WEC 2008 (World Engineering Convention): Fórum da Mulher 2 a 6 de dezembro de 2008: Brasília WEC 2000: Alemanha WEC 2004: China

Contextualização Regional Brasília: –Conferência Internacional de Integração de Sistemas (ICSI): Próximo: novembro/2008 – ICSI 2008 ICSI 2007: –Artigo: Mulheres marcam presença na pesquisa nacional –Dados do CENSO 2006, divulgados pelo CNPq e MCT –Mulheres ganham maior participação em linhas de pesquisa ligada à inovação no Brasil –Ciência e Tecnologia: não figuram entre as áreas de maior concentração de pesquisas (Medicina, Agronomia, Educação, Química e Física) –Total dos pesquisadores: 48% mulheres, 52% homens

Contextualização Regional Brasília: –ICSI 2007: –Crescimento percentual constante de participação feminina em pesquisas: ~2%, a cada CENSO –Liderança: »Homens: 57% dos grupos »Mulheres: ocupam cada vez mais cargos de liderança –Descentralização regional da pesquisa pequena, mas constante: »Sul e Sudeste: crescimento de 5% »Centro-Oeste, Nordeste e Norte: crescimento de 17%, particularmente Região Norte: 21% »Aumento percentual da participação feminina: participação destas regiões na pesquisa nacional cresceu de 24% para 26%

Contextualização na UnB Departamento fundado em 1987 Primeira chefe: Maria Elenita Menezes Nascimento (aposentada) Corpo docente (quadro permanente): 30 docentes - 8 mulheres e 22 homens, ~26% de mulheres Última gestão : feminina –Chefe: Célia Ghedini Ralha –Vice-chefe: Maria Emilia M. T. Walter –Coordenadora de pós-graduação: Alba C. M. A. Melo –Coordenadora de graduação: Cláudia Nalon –Coordenadora do Laboratório de Graduação: Carla D. Castanho –Secretária do Departamento: Sandra M. F. Guedes –Secretária de Pós-Graduação: Rosa A. V. Azevedo –Trabalho intenso de reestruturação do Departamento Vice-diretora do Instituto de Ciências Exatas e representante dos docentes do IE no CONSUNI

História pessoal Família: 4 irmãos, 3 mulheres e 1 homem (caçula) Pai: adorava Matemática e incentivava o debate e a independência feminina Mãe: incentivava estudo e desenvolvimento intelectual Família: tias que foram Diretoras de Bibliotecas (UFG - Goiânia, INL – Brasília) Amigas: ativas trabalhadoras em suas áreas, diretoras/chefes de seus grupos, entre elas a atual Decana de Graduação – UnB Nunca sofri nenhum tipo de discriminação por gênero (dentro e fora da Universidade)

Formação acadêmica/ Atividades Profissionais Formação: –Graduação: Bacharelado em Matemática (UnB) –Mestrado: Matemática (UnB) - Lógica Computacional –Doutorado – Ciência da Computação (UNICAMP) – Biologia Computacional – 1999 Atividades: –Analista CPD/UnB ( ): Chefe da SAU –SERPRO ( ) –SEI (1988)

Formação acadêmica/ Atividades Profissionais Atividades docentes na UnB: –Professora Substituta: Departamento de Matemática (UnB) – 1987 –Professora: Departamento de Ciência da Computação (UnB) – 1988 – hoje –Coordenadora de Graduação: –Vice-chefe do CIC: –Vice-Diretora do IE: 2008 – hoje –Coordenadora da CEBioComp: 2007 – 2008 –Pesquisa: Biologia Computacional e Bioinformática (Região Centro-Oeste)

Diferenças Regionais de Gênero no Brasil: elas realmente existem? Brasília: participação profissional feminina muito forte, de forma geral: –Órgãos públicos: federais e distritais –Empresas: não encontrei dados de Brasília Empresas de TI: lideradas por mulheres –Pólos de inclusão social, liderados por mulheres (grupo Apoena): empresas –Atividades específicas de apoio a mulheres (Delegacia da Mulher, SPM, Saúde Mental): apoio direto ao desenvolvimento profissional feminino –Políticas de moradia e apoio social à famílias: registro de imóveis em nome das mães,...

Diferenças Regionais de Gênero no Brasil: elas realmente existem? Tecnologia de Informação: –UnB (CIC): Graduação - Vestibular (PAS, COTAS): Bacharelado diurno (1/1987 a 1/2008): –Homens: 87%, Mulheres: 13% –Atualmente: Homens: 88%, Mulheres: 12% Licenciatura noturna (1/1997 a 1/2008): –Homens: 95%, Mulheres: 5% –Atualmente: Homens: 90%, Mulheres: 10% Cursos de graduação diurno e noturno: –Participação feminina: baixa, oscila

Diferenças Regionais de Gênero no Brasil: elas realmente existem? UnB (CIC): Mestrado em Informática: –Atualmente: Homens: 90% Mulheres: 10% –Disciplina básica Projeto e Complexidade de Algoritmos: 2007: 1 mulher 2008: nenhuma mulher

Diferenças Regionais de Gênero no Brasil: elas realmente existem? TIC (Brasília): –Não fiz pesquisa extensa - não encontrei estatísticas públicas/privadas: Órgãos públicos Empresas –Cargos e funções parecem majoritariamente ocupados por homens –Comecei a observar esta questão de mulheres em TI a partir do WIT 2007