CIÊNCIA POLITICA E TEORIA DO ESTADO PROFESSOR: DEJALMA CREMONESE

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Transcrição da apresentação:

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - UNIJUÍ CIÊNCIA POLITICA E TEORIA DO ESTADO PROFESSOR: DEJALMA CREMONESE ALUNA: CELINA DO PRADO SÁNCHEZ ESPINOZA IJUÍ, JUNHO DE 2008

Espinoza (1632-1677), nasceu em Amsterdã. Era de família tradicional judia. Gostava de estudar e ficar na sinagoga. Se interessou muito pela filosofia moderna, como Bacon, Hobbes e Descartes. Foi acusado de heresia, por se mostrar irredutível em suas opiniões.

Fez uma análise histórica da Bíblia, colocando-a como fruto do seu tempo. Critica os dogmas rígidos e rituais sem sentido. Critica ao luxo e a ostentação da Igreja. Ofereceram uma espécie de “pensão” para Espinoza manter fidelidade a sinagoga, mas ele recusou. Foi excomungado, em 1656.

Amaldiçoaram-no em um ritual. Os judeus não falavam de Espinoza, mas os cristãos sim. Apesar disso ele não se converteu ao cristianismo Tinha uma vida modesta sem luxos. Sustentava-se com algumas doações e como polidor e cortador de lentes ópticas.

PRINCIPAIS OBRAS Tratado político; inacabado Tratado de correção do intelecto Princípios da Filosofia Cartesiana Pensamentos Metafísicos. Ética demonstrada pelo método geométrico.

A vida de Espinoza foi marcada pela sua concepção de Deus A vida de Espinoza foi marcada pela sua concepção de Deus. No Tratado teológico político defende uma interpretação da Bíblia diferente da visão dogmática de judeus e cristãos. O ponto principal do pensamento de Espinoza é a comunhão entre Deus e a natureza. Espinoza critica a religião porque ela está alimentada pelo medo e a superstição. A diferença entre filosofia e religião é que a primeira busca a verdade e a segunda precisa da obediência para ser realizada. Espinoza defendeu o liberalismo político. Direitos naturais são as regras do ser e as leis naturais, que são divinas e eternas.

O objetivo do Estado não deve ser tirânico (como em Hobbes) mas libertário. O direito natural em Espinoza é compatível com a democracia. Pensamentos Metafísicos trata dos entes e afecções de um ponto de vista metafísico. Ente é tudo o que existe. As quimeras e o Entes que a razão produz através da representação não são entes. As representações estão dividas em categorias como gênero, espécie, etc. Espinoza diz que percebemos o tempo e o espaço (como mais tarde definiu Kant) usando a medida para essas duas extensões. Deus é o único ser em que a essência coincide com a existência. Isso não acontece com os outros seres.

Como Descartes, Espinoza fala que temos a noção clara do que é verdade, pois ela é certa e suprime toda a dúvida. A vida pode ser de dois modos: com uma alma unida ao corpo, e apenas corporal. Tudo está vivo, porque tudo está em Deus e ele é vivo. A onipotência de Deus é dividida em absoluta e ordenada, ordinária e extraordinária. A ordinária é aquela que dá ordem e conserva o mundo. A extraordinária vai contra essa ordem, como no caso dos milagres.

Espinoza afirma que a alma humana é imortal. Deus tem muitas leis que estão acima do intelecto humano, e quando esse as vê, parecem milagres. Deus está acima da natureza percebida pela razão. A vontade humana é o seu intelecto.

As riquezas, quando buscadas, absorvem todo o ser do homem, diz Spinoza no (Tratado da Correção do Intelecto). O homem gosta de paixão e dos prazeres, mas a eles sobrevém a tristeza. Os prazeres, riquezas e honras devem ser um meio, não um fim. Devem existir apenas no necessário para manter a boa saúde.

Espinoza encontrou quatro tipos de percepção. A primeira é arbitrária; a segunda vem da experiência; na terceira a essência de uma coisa é tomada pela de outra. 1º temos de conhecer a natureza das coisa e a nossa, para aperfeiçoá-la. 2º temos de deduzir as diferenças e as concordâncias das coisas. 3ºtemos de ver o que essas coisas poder sofrer. 4º temos de associar isso com a natureza e a potência das coisas.

A melhor percepção é a da essência. Para começar a corrigir o intelecto precisamos “continuar conforme a norma de alguma idéia existente e verdadeira e investigar segundo suas leis certas.” Devemos saber distinguir a idéia verdadeira dentre as idéias falsas. Temos mente, em maior parte, idéias verdadeiras (apesar de existirem os entes da Razão, que são falsos) Pois não podemos supor uma idéia falsa como verdadeira. Não devemos considerar como o verdadeiras as coisas da imaginação, que estão no intelecto.

Deve-se considerar como verdadeiras as coisas da natureza, pois não existe nenhum Deus enganador. Espinoza fala da memória, mostrando que separamos as coisas por categorias e quando imaginamos um item dessa categoria em separado, visualizamos bem os detalhes Ao misturarmos o que estamos lembrando com outras memórias da mesma categoria, o pensamento se torna confuso. A memória é a “sensação das impressões do cérebro junto com o pensamento de uma determinada duração da sensação”.

No livro Ética é demonstrada pelo método geométrico tem uma estrutura clássica, baseado no modelo do matemático Euclides. Uma coisa é finita quando podemos limitá-la por outra semelhante. A substância é independente, em si. Há três termos básicos no livro: substância, modo e atributo. O atributo é o que o intelecto percebe da substância.O intelecto precisa ser corrigido para não ser limitante.

A liberdade é um estado de ser, quando se existe por si, e necessário quando determinado por outras coisas. A eternidade transcende o tempo, é verdade eterna sem começo nem fim. Essa noção recorre a Platão. Toda causa tem um efeito. Deus é causa primordial que tem inúmeros efeitos. A diversidade de substância é infinita, cada uma é única.

Os homens agem sem conhecer as causas de seus atos. As coisas são atributos e afecções de Deus. O corpo exprime determinada parte da essência de Deus, na extensão. A alma é uma coisa pensante. As coisas ficam marcadas na alma, além do intelecto.

A memória é uma rede de representações associativas dos objetos A memória é uma rede de representações associativas dos objetos. Deus conhece a alma. E a alma conhece à Deus. O pensamento é um atributo divino. A alma não conhece a si mesma, e conhece sem adequação o corpo. A alma não tem vontade nem é livre. Todas as idéias que se referem à Deus são verdadeiras.

A mente humana é disposta de tal forma que pode funcionar ordenadamente. A mente humana é uma parte do intelecto infinito de Deus. O corpo humano pode ser afetado de diversas maneiras, e sua potência aumentada e diminuída. A alma pode ser passiva ou ativa. As idéias adequadas existem em Deus, são ativas. O corpo humano é mais engenhoso que as máquinas.

A ética de Espinoza tem uma frase: “o esforço para compreender é a primeira e única base da virtude”. As emoções são marcadas na alma, Espinoza dá importância para coisas que parecem óbvias, mas são um elo de um intrínseco pensamento. As emoções conscientes, como gostar de alguma coisa, tem de ser seguidas por querer que essa coisa se repita. Para Espinoza, a paixão e perfeição relacionadas com tristeza e alegria constituem a idéia que envolve a essência. A alma repugna imaginar coisas que diminuem sua potência.

O bem é aquilo que é útil, e o mal inútil. O amor e alegria remetem à idéia de uma coisa exterior. Assim também é com o ódio e a tristeza. O amor gera amor e o ódio. O bem é aquilo que é útil, e o mal inútil. O amor faz parte do amor infinito pelo qual Deus ama a si mesmo. A humildade provem da contemplação da própria fraqueza.

Bibliografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_Espinosa Sites: http://citador.pt/pensar.php?pensamentos=Baruch_Espinoza&op=7&author=149 http://www.mundodosfilosofos.com.br/spinoza.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_Espinosa