BIOGEOGRAFIA Profª Marisa Dionísio
BIOGEOGRAFIA PLANO DE ENSINO OBJETIVOS Entender os fatores que influenciam na distribuição dos diversos seres vivos para que se promover a conservação e a implantação de programas que efetivamente garantam a preservação de determinadas espécies. Apresentar a definição, histórico e subdivisões da Biogeografia. Refletir sobre modelos de distribuição de espécies e caracterização dos grandes biomas. Discutir as principais ameaças à biodiversidade. Avaliar diferentes formas de conservação da natureza.
BIOGEOGRAFIA PLANO DE ENSINO EMENTA Estudo da distribuição geográfica das espécies (Fitogeografia e Zoogeografia ). A origem e os fatores que influenciam a diversidade e especialização dos seres vivos. As interações determinantes na distribuição geográfica das espécies. Estudo dos biomas e suas principais ameaças, bem como estratégias para sua conservação (in situ e ex situ).
BIOGEOGRAFIA PLANO DE ENSINO METODOLOGIA Aulas expositivas. Trabalhos individuais e em grupo. Leitura e discussão de textos. Estudos de casos. Palestras ministradas por profissionais da área. Apresentação de Seminários.
BIOGEOGRAFIA PLANO DE ENSINO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Avaliação escrita (prova) = 70% Atividades alternativas = 30%
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO BIOGEOGRAFIA PLANO DE ENSINO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1- Introdução ao estudo da Biogeografia 2- Biologia da Conservação e Diversidade Biológica 3- Distribuição de Espécies: Padrões na Riqueza 4- Principais Ameaças à Diversidade Biológica 5- Conservação de Populações e Comunidades 6- Os principais biomas terrestres 7- Biomas Brasileiros 8- Atuais abordagens utilizadas pela Biogeografia
INTRODUÇÃO À BIOGEOGRAFIA O que é Biogeografia? Biogeografia é a área da ciência que estuda a distribuição dos seres vivos no espaço e através do tempo. Estuda-se em Biogeografia a distribuição da vida com base em sua dinâmica na escala espacial e temporal no planeta Terra. O objetivo da Biogeografia é entender a forma como os organismos estão distribuídos no planeta, é estudar o seu padrão de distribuição: - “Por que os organismos estão onde estão?"
A Biogeografia tem um aspecto multifacetado, englobando conhecimentos de diversas outras ciências como biologia, climatologia, geografia, geologia, ecologia ciência da evolução. O tema central de estudos da biogeografia gira em torno do estudo da evolução das espécies e o modo como as diversas condições ambientais possíveis influem no desenvolvimento da vida.
A distribuição dos organismos não foi e nem é gerada ao acaso, os processos são repetitivos e obedecem aos padrões que geralmente são determinados pelo ambiente. Para entender a história de cada grupo de organismos e os processos evolutivos que resultam na sua atual distribuição geográfica é necessária a reconstituição do passado e da história evolutiva dos organismos.
HISTÓRICO DA BIOGEOGRAFIA A época das explorações 250 anos atrás: 1% das espécies conhecidos atualmente Visão prevalecente: mundo estático/espécies imutáveis Influência do fixismo: doutrina ou teoria filosófica bem aceita no século XVIII. O fixismo propunha que todas as espécies foram criadas tal como são por poder divino, e permaneceriam assim, imutáveis, por toda sua existência, sem que jamais ocorressem mudanças significativas em sua descendência.
Um dos maiores defensores do fixismo foi o naturalista francês Georges Cuvier. O fixismo na geologia, sustenta que os continentes teriam se mantido estáveis e fixos em seus lugares atuais através de toda história geológica.
Georges Cuvier (1769–1832) e a teoria catastrofista O Catastrofismo: corrente de pensamento geológico (meados do século XIX) O catastrofismo defende que em seu passado, a Terra sofreu a ação de fenômenos catastróficos, principalmente inundações (dilúvios) , que resultaram nas configurações geológicas e biológicas atuais, o que explicava, por exemplo, a ocorrência de fósseis marinhos em regiões distantes da costa.
Georges Cuvier (1769–1832) e a teoria catastrofista O Catastrofismo: corrente de pensamento geológico (meados do século XIX) O catastrofismo defende que em seu passado, a Terra sofreu a ação de fenômenos catastróficos, principalmente inundações (dilúvios) , que resultaram nas configurações geológicas e biológicas atuais, o que explicava, por exemplo, a ocorrência de fósseis marinhos em regiões distantes da costa.
Georges Cuvier (1769–1832) e a teoria catastrofista O Catastrofismo: corrente de pensamento geológico (meados do século XIX) O catastrofismo defende que em seu passado, a Terra sofreu a ação de fenômenos catastróficos, principalmente inundações (dilúvios) , que resultaram nas configurações geológicas e biológicas atuais, o que explicava, por exemplo, a ocorrência de fósseis marinhos em regiões distantes da costa.
Cuvier defendia que estas catástrofes – ou como ele denominava,revoluções– atingiram determinadas regiões do Globo, extinguindo a fauna e flora local, que somente podiam ser estudadas por intermédio de seus fósseis. Posteriormente, a região atingida pela catástrofe, era repovoada por organismos, que migravam das regiões não atingidas por ela. Este ciclo de extinção e repovoamento se repetiu ao longo da história da Terra.
os processos naturais semelhantes aos que se observam atualmente: James Hutton (1726-1797) e Charles Lyell (1797-1875) e a teoria uniformitarista, a qual defende que os diferentes aspectos geológicos podem ser interpretados segundo os processos naturais semelhantes aos que se observam atualmente: "o presente é a chave do passado". O uniformitarismo tem por base três princípios -o princípio das causas atuais, -o princípio do gradualismo e -o princípio de que as leis naturais são constantes no espaço e no tempo.