RESTAURAÇÃO AMBIENTAL

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Transcrição da apresentação:

RESTAURAÇÃO AMBIENTAL acordo com a Sociedade de Restauração Ecológica (SER, 2009), a restauração ecológica é o processo de assistir a recuperação e o manejo da integridade ecológica, que inclui uma faixa crítica de variabilidade na biodiversidade, processos ecológicos e estruturas, contextos históricos e regionais, e a adoção de práticas culturais sustentáveis.

Características de um Ambiente restaurado Um ecossistema foi recuperado – e restaurado – quando conta com recursos bióticos suficiente para continuar seu desenvolvimento sem mais assistência ou subsídio. Ele irá sustentar-se sozinho estrutural e funcionalmente. Ele irá mostrar resiliência às faixas normais de variação de estresse ambiental e perturbação. Ele irá interagir com ecossistemas contíguos por meio de fluxos bióticos e abióticos e interações culturais.

CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE RESTAURADO Um ecossistema restaurado deve ter (SER 2004): 1.Diversidade e estrutura semelhantes ao ecossistema de referência (nível de riqueza? Formas de vida? Grupos funcionais?) (referência a definir segundo a meta) 2.Presença de espécies nativas 3.Presença de todos os grupos funcionais necessários para a estabilidade 4.Ambiente capaz de suportar populações reprodutivas 5.Funcionamento normal 6.Integração com a paisagem (avaliação do projeto) 7.Ameaças controladas (checagem em campo, objeto de manejo) 8.Resiliência a distúrbios 9.AUTO-SUSTENTABILIDADE (quando e como avaliar???)

ATRIBUTOS DE UM AMBIENTE RESTAURADO O ecossistema restaurado contém um conjunto característico de espécies que ocorrem em ecossistemas de referência e que provém uma estrutura de comunidade apropriada. O ecossistema restaurado consiste de espécies nativas na maior extensão possível. Em ecossistemas culturais restaurados, podem ser permitidas espécies exóticas domesticadas, ruderais não invasivas e segetais que presumivelmente coevoluíram com eles. Ruderais são plantas que colonizam áreas perturbadas e vegetais tipicamente crescem junto com espécies cultivadas. Todos grupos funcionais necessários para o desenvolvimento contínuo e/ou estabilidade do ecossistema restaurado são representados por ou, se não forem, os grupos faltantes têm o potencial de colonizar por meios naturais. O ambiente físico do ecossistema restaurado é capaz de sustentar suficientes populações reprodutivas de espécies para sua estabilidade continuada ou desenvolvimento ao longo da trajetória desejada. O ecossistema restaurado aparentemente funciona normalmente para seu estágio ecológico de desenvolvimento e não há sinais de disfunção. O ecossistema restaurado é adequadamente integrado em uma ampla paisagem ou matriz ecológica que interage através de trocas e fluxos bióticos e abióticos. Ameaças potenciais da paisagem circundante à saúde e integridade do ecossistema restaurado foram eliminadas ou reduzidas ao máximo possível. O ecossistema restaurado é suficientemente resiliente para suportar eventos estressantes normais e periódicos no ambiente local que servem para manter a integridade do ecossistema. O ecossistema restaurado é autosustentado no mesmo grau que seu ecossistema de referência e tem o potencial de persistir indefinidamente sob as condições ambientais existentes. Não obstante, aspectos da sua biodiversidade, estrutura e funcionamento podem mudar como parte do desenvolvimento normal de um ecossistema, e podem flutuar em resposta a estresses periódicos normais e perturbações ocasionais de maior conseqüência. Assim como em qualquer ecossistema intacto, a composição de espécies e outros atributos de ecossistemas restaurados pode evoluir conforme mudem as condições ambientais.

AÇÕES DE RESTAURAÇÃO ISOLAMENTO DA ÁREA RETIRADA DOS FATORES DE DEGRADAÇÃO ELIMINAÇÃO SELETIVA DE ESPÉCIES COMPETIDORAS ENRIQUECIMENTO DE ESPÉCIES COM MUDAS OU SEMENTES IMPLANTAÇÃO DE CONSÓRCIO DE ESPÉCIES COM USO DE MUDAS OU SEMENTES INDUÇÃO E CONDUÇÃO DE PROPÁGULOS AUTÓCTONES TRANSPLANTE DE PROPÁGULOS ALÓCTONES USO DE INTERAÇÕES ENTRE PLANTAS E ANIMAIS PLANTIO DE ESPÉCIES ECONÔMICAS

AÇÕES DE RESTAURAÇÃO

PRINCÍPIOS E CONDICIONANTES EVITAR A CONTINUIDADE DA DEGRADAÇÃO; RESILIÊNCIA LOCAL DEVE ESTAR PRESERVADA IDENTIFICAR CORRETAMENTE AGENTE DE DEGRADAÇÃO; FORTE POTENCIAL DE REGENERAÇÃO QUANDO HÁ POPULAÇÕES EM DESEQUILÍBRIO DE ESPÉCIES QUE INIBEM A REGENERAÇÃO NATURAL PLANTIO OU SEMEADURA ONDE HÁ BAIXA DIVERSIDADE VEGETAL E POUCA DISPERSÃO PLANTIO OU SEMEADURA EM SÍTIOS ONDE NÃO HÁ FLORESTA OU BANCO DE SEMENTES REMANESCENTE INDUÇÃO E CONDUÇÃO DOS PROPÁGULOS EXISTENTES (CHUVA OU BANCO DE SEMENTES)TRANSFERÊNCIA DE BANCO DE SEMENTES (SERAPILHEIRA) OU DE PLÂNTULAS PARA SÍTIO DEGRADADO ATRAÇÃO DE ESPÉCIES ANIMAIS DISPERSORAS, COM O OBJETIVO DE FACILITAR A SUCESSÃO OU PLANTIO DE ESPÉCIES MICORRIZADAS, POR EXEMPLO. USO DE ESPÉCIES COM POTENCIAL ECONÔMICO (MADEIREIRO, MELÍFERO, FRUTÍFERO), COMO ALTERNATIVA DE RENDA

Características da Degradação O termo degradação ambiental se refere à redução temporária ou permanente da capacidade produtiva de um sítio como resultado de ação antrópica (FAO 2000), e pode também expressar perdas na estrutura, produtividade e diversidade de espécies nos ecossistemas (Lamb & Gilmour 2003).

Degradação ambiental Conseqüências da Supressão de cobertura vegetal nativa fragmentação de habitat, perda de conectividade, redução de riqueza de espécies da flora e fauna nativa, endêmicas, raras, vulneráveis ou ameaçadas de extinção, Extinção de espécies, Perda de serviços ecossistêmicos,