Política Municipal de Saúde do Adolescente e Jovem

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Tema: Construindo Diretrizes da Política e do Plano Decenal
Advertisements

1.
Colégio Elisa Andreoli
Entendendo o Adolescente Normal
POLÍTICAS DE SAÚDE em Atenção à Criança e ao Adolescente
Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
O Diagnóstico e Entrevista Diagnóstica
1 A adolescência é uma das fases do desenvolvimento dos indivíduos e, por ser um período de grandes transformações, deve ser pensada pela perspectiva educativa.
“conflitos familiares” Rossano Figueiredo nº23 Maria Madalena nº26
Professor Marco Antonio Vieira Modulo II
O Projeto Elaborado pelo Instituto Kaplan – Centro de Estudos da Sexualidade Humana Parceria: Instituto Kaplan - Secretarias de.
Trabalho de Ciências Nome:Anderson,Daniela,João L. e Letícia G.
O que se passa? O adolescente e a passagem para o Ensino Médio
SEXO SE APRENDE NA ESCOLA.
Entrevistas semi-dirigidas
ADOLESCÊNCIA HOJE Leila Cury Tardivo.
PUBERDADE.
Maria de Fátima Rato Padin
Bases Legais e Ética de Atendimento na Adolescência
Psicologia – Profª Dinamara Selbach Téc. Em Enfermagem T: 101E
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO NA SMS - SP
Um programa estratégico Estima-se que 70% das mortes prematuras estejam relacionadas a comportamentos adquiridos na adolescência (OMS) Saúde.
Direito humano a alimentação adequada
CÓDIGO DE DEONTOLOGIA DA ENFERMAGEM
Adolescência.
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de.
Transição do estado infantil para o adulto: crise
REVELAÇÃO DIAGNÓSTICA DO HIV – A ARTE DE COMUNICAR MÁS NOTÍCIAS
Profª Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira
DGE/DP/SE PROMOVER QUALIDADE DE VIDA E PREVENIR AGRAVOS NAS COMUNIDADES ESCOLARES DE ACORDO COM OS OBJETIVOS CURRICULARES, ONDE OS TEMAS TRANSVERSAIS SEJAM.
“Os Incríveis”.
Saúde e Prevenção nas Escolas - SPE
PREVENINDO A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE.
Utilidade Pública Municipal – Lei 6868/07
Trabalhando com Grupos
Alexandre de Araújo Pereira
Grupos na Adolescência Família e Grupo de Amigos
Diretrizes de um programa de prevenção
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - SISVAN
O adolescente cristão e a sexualidade
Projeto “Jovem Legal”.
Distúrbios alimentares
Adolescência Bruno G. de Mello Juliana Queiroz S. Araujo Raquel Barboza Gonçalves Rosane Pessoa V. de Gouvea.
Maternidade na adolescência
Gravidez na Adolescencia
Aspectos éticos e legais
Atividades Físicas e Atendimento de Emergência
DEONTOLOGIA.
Brasil, sexualidade e demografia:Onde estamos?
Informação Privacidade e Confidencialidade
SAÚDE REPRODUTIVA DAS PESSOAS QUE VIVEM E CONVIVEM COM HIV
Saúde do Adolescente Conceito segundo a OMS Adolescência
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Como se desenvolve a sexualidade
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIENCIAS
Saúde do adolescente Nutrição na adolescência
Dados atualizados sobre Gravidez na Adolescência
ADOLESCÊNCIA: O que isto significa?.
Um Novo Olhar Saúde de Adolescentes em medidas socioeducativas de internação e internação provisória Fevereiro/2012.
QUAIS OS DIREITOS DESSES SUJEITOS?
Saúde do Adolescente Conceito segundo a OMS Adolescência
Programa de atenção a saúde do Adolescente
Uma Abordagem Interdisciplinar no Tratamento à Dependência Química:
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE
Programando o Atendimento das Pessoas com Diabetes Mellitus
Vulnerabilidade PrevençãoDST HIV AIDS 2010 Nelio Zuccaro
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS DOENÇAS NEUROMUSCULARES ELIZENE DOS REIS OLIVEIRA – PSICÓLOGA HELENICE MEIRELLES ANDRADE – PSICÓLOGA.
Uma contribuição à teoria do desenvolvimento infantil Aléxis N. Leontiev Uma contribuição à teoria do desenvolvimento infantil Aléxis N. Leontiev.
SAÚDE O QUE É A SAÚDE?. Ter saúde significava simplesmente a ausência de doença física.
Transcrição da apresentação:

Política Municipal de Saúde do Adolescente e Jovem Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Adolescente Conceito (Preconceito) -Abusado, mal-educado, irreverente, inconseqüente, agressivo, rebelde, só pensa em sexo, mal-humorado, debochado e aborrecente. Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Adolescente “Nossa juventude é mal-educada, não respeita a idade, ignora a autoridade, enfrenta os professores e falta com respeito...” Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Adolescente “Nossa juventude é mal-educada, não respeita a idade, ignora a autoridade, enfrenta os professores e falta com respeito...” (Sócrates, 339 a.C.) Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Adolescente Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Adolescência Conceito A adolescência é a etapa da vida compreendida entre a infância e a fase adulta, marcada por um complexo processo de crescimento e desenvolvimento biopsicossocial. A Organização Mundial de Saúde preconiza a adolescência à segunda década da vida (de 10 a 19 anos) e juventude de 15 aos 24 anos. Adolescente jovem (de 15 a 19 anos) e adulto jovem (de 20 a 24 anos). O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de 13/7/1990 considera adolescente a faixa etária de 12 a 18 anos. Rita de Cássia dos Passos Souza

O Sujeito na Adolescência “A adolescência corresponde a uma fase do desenvolvimento do sujeito onde as bruscas e intensas modificações biológicas, sociológicas e psíquicas obrigam a uma total reorganização desses campos. Esse processo não é linear nem segue uma única direção, avanços, recuos, novos avanços, impasses, paradas, hesitações, saltos bruscos que desnorteiam o outro e o próprio adolescente.” Domingos Paulo Infante Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Adolescente Rever Preconceitos Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Adolescente Ouvir Mais Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Adolescente Luto na Adolescência Luto pelo corpo infantil Luto da identidade do papel infantil Luto pelos pais da infância Rita de Cássia dos Passos Souza

Síndrome Normal da Adolescência Atitude social reivindicatória Contradições sucessivas em todas manifestações da conduta Separação progressiva dos pais Constantes flutuações do humor e do estado de ânimo Busca de si mesmo e da identidade Tendência grupal Necessidade de intelectualizar e fantasiar Crises religiosas Deslocalização temporal Evolução sexual desde o auto-erotismo até a heterossexualidade Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Puberdade A puberdade constitui uma parte da adolescência caracterizada, principalmente, pela aceleração e desaceleração do crescimento físico, mudança da composição corporal, eclosão hormonal, evolução da maturação sexual. Rita de Cássia dos Passos Souza

Adolescência: Vulnerabilidade e Potencialidades Vulnerabilidade significa a capacidade do indivíduo ou do grupo social de decidir sobre sua situação de risco, estando diretamente associada a fatores individuais, familiares, culturais, sociais, políticos, econômicos e biológicos. Rita de Cássia dos Passos Souza

Objetivo Geral da Política Nacional de Atenção ao Adolescente Jovem Promover atenção integral à saúde de adolescentes e jovens, de 10 a 24 anos, no âmbito de uma política nacional integrada, visando à promoção de saúde, à prevenção de agravos e à redução da morbimortalidade. Rita de Cássia dos Passos Souza

Política Municipal de Saúde do Adolescente e Jovem A Política de Saúde para o adolescente no Município de Vitória está sendo implementada na atenção básica nas Unidades Básica de Saúde sem a ESF e Unidades de Saúde da Família. Implementação da política em 2005 Referência técnica criada em 2002 Rita de Cássia dos Passos Souza

Política Municipal de Saúde do Adolescente e Jovem O Ministério da Saúde considera fundamental que se viabilize para todos os adolescentes e jovens o acesso às seguintes ações: Acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento, orientação nutricional, imunizações, atividades educativas, identificação e tratamento de agravos e doenças prevalentes Rita de Cássia dos Passos Souza

Política Municipal de Saúde do Adolescente e Jovem Recursos Humanos: A busca do trabalho inter e multiprofissional deve ser uma constante, mas sua impossibilidade não pode ser um impedimento. Um único profissional interessado pode iniciar atividades específicas com esse grupo etário Rita de Cássia dos Passos Souza

A Caderneta do Adolescente Rita de Cássia dos Passos Souza

Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza Consulta do Adolescente PREVENÇÃO DE AGRAVOS DIAGNÓSTICO MONITORIZAÇÃO TRATAMENTO REABILITAÇÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE Rita de Cássia dos Passos Souza

Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza Relação Profissional de Saúde x Adolescente ACOLHIMENTO: ATITUDE POSITIVA - RESPEITO A INDIVIDUALIDADE, VALORES E EXPECTATIVAS POSTURA PROFISSIONAL REVER PRECONCEITOS ESCUTA Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza ESCUTA Rita de Cássia dos Passos Souza

Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza Relação Profissional de Saúde x Adolescente DINÂMICA DA CONSULTA: LOCAL ACOLHEDOR E HUMANIZADO PRIVACIDADE - EVITAR INTERRUPÇÕES SIGILO DAS INFORMAÇÕES FAMÍLIA - ELEMENTO SIGNIFICATIVO GARANTIA DE ESPAÇO A SÓS COM O ADOLESCENTE ANAMNESE FLEXÍVEL Rita de Cássia dos Passos Souza

Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza Relação Profissional de Saúde x Adolescente ANAMNESE QUEIXA PRINCIPAL HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL HISTÓRIA PREGRESSA DO ADOLESCENTE HISTÓRIA FAMILIAR INVESTIGAR PADRÃO DE RELACIONAMENTO FAMILIAR E COM GRUPO DE AMIGOS RENDIMENTO ESCOLAR ATIVIDADES DE LABOR E LAZER HÁBITOS ALIMENTARES CONSUMO DE DROGAS VIOLÊNCIA PENSAMENTOS SUICIDAS QUESTÕES DA SEXUALIDADE Rita de Cássia dos Passos Souza

Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza Relação Profissional de Saúde x Adolescente ANAMNESE ORIENTAÇÃO QUANTO A PRÁTICA DE SEXO SEGURO E USO DE ANTICONCEPCIONAL ASSUNTOS DIFÍCEIS ABORDADOS GRADATIVAMENTE EM CONSULTAS POSTERIORES IDENTIFICAR FATORES DE RISCO - FATORES DE PROTEÇÃO ESTIMULAR AO AUTO-CUIDADO E A RESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO A SUA SAÚDE Rita de Cássia dos Passos Souza

Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza Relação Profissional de Saúde x Adolescente EXAME FÍSICO CLIMA DE TRANQUILIDADE X MOMENTO CONSTRANGEDOR O CORPO COBERTO DESCOBRINDO SOMENTE O NECESSÁRIO PRESENÇA DE OUTRO PROFISSIONAL DURANTE O EXAME ROTEIRO PROPEDÊUTICO CLÁSSICO Rita de Cássia dos Passos Souza

Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza Relação Profissional de Saúde x Adolescente EXAME FÍSICO EXPLICAR AO ADOLESCENTE OS PROCEDIMENTOS REALIZADOS AVALIAR SINAIS VITAIS, PELE E ANEXOS, VISÃO E AUDIÇÃO, ANORMALIDADES BUCO-FACIAIS, TIREÓIDE, DESVIOS POSTURAIS, PERTURBAÇÃO EMOCIONAL AVALIAR CRESCIMENTO, ESTADO NUTRICIONAL E MATURAÇÃO SEXUAL EXAME DA GENITÁLIA Rita de Cássia dos Passos Souza

Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza Relação Profissional de Saúde x Adolescente PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES AVALIAR CONDIÇÃO VACINAL DO ADOLESCENTE REQUISITAR EXAMES COMPLEMENTARES QUANDO NECESSÁRIOS ROTINAS PRÉ-ESTABELECIDAS - HEMOGRAMA COMPLETO, PARCIAL E DE URINA, PARASITOLÓGICO DE FEZES E FERRITINA SÉRICA ADOLESCENTES SEXUALMENTE ATIVOS - SOROLOGIA PARA SÍFILIS E HIV Rita de Cássia dos Passos Souza

Dra. Rita de Cássia dos Passos Souza Relação Profissional de Saúde x Adolescente PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES ENCAMINHAR QUANDO NECESSÁRIO, POR EXEMPLO, AO GINECOLOGISTA TODA ADOLESCENTE SEXUALMENTE ATIVA EXPLICAR AO ADOLESCENTE O SEU ESTADO CLÍNICO ORIENTAR PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE E AGENDAR UMA PRÓXIMA CONSULTA ESCLARECER AOS FAMILIARES A CONCLUSÃO DA CONSULTA Rita de Cássia dos Passos Souza

Puberdade Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Conceito É o componente biológico de transformação na adolescência. É um conjunto de modificações hormonais e físicas, que torna o indivíduo apto para reprodução. As transformações biológicas da puberdade são determinadas pelo eixo hipotálamo-hipófise-supra-renais-gonadal. Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Conceito Puberdade não é sinônimo de adolescência, mas faz parte desta etapa da vida. Rita de Cássia dos Passos Souza

Principais Mudanças Físicas da Puberdade Estirão do Crescimento, sendo no início da puberdade para as meninas e no meio da puberdade para os meninos. Alterações na distribuição da gordura do corpo com ganho de peso. Aparecimento dos caracteres sexuais secundários. Desenvolvimento da maioria dos órgãos. Involução do tecido linfóide. Rita de Cássia dos Passos Souza

Desenvolvimento da Puberdade Feminina Início entre 8 e 13 anos Primeiro sinal do desenvolvimento puberal o aparecimento do broto mamário (telarca) Após a telarca, surge a adrenarca que é o aparecimento dos pelos pubianos Os pelos axilares desenvolvem juntos com as glândulas sudoríparas Rita de Cássia dos Passos Souza

Desenvolvimento da Puberdade Feminina A primeira menstruação conhecida como menarca ocorre geralmente 4,5 anos após o início da telarca Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Estágios de Tanner Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Estágios de Tanner Rita de Cássia dos Passos Souza

Desenvolvimento da Puberdade Masculina Início entre 9 e 14 anos O primeiro evento é o aumento testicular Surgem os pelos pubianos e o início do desenvolvimento do pênis Aparecem os pelos corporais e faciais, mudança do timbre de voz Rita de Cássia dos Passos Souza

Desenvolvimento da Puberdade Masculina Primeira ejaculação, conhecida como semenarca ou espermarca 50% dos adolescentes desenvolve a ginecomastia Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Estágios de Tanner Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Estágios de Tanner Rita de Cássia dos Passos Souza

Quando e como encaminhar Puberdade Precoce: qualquer sinal dos caracteres sexuais secundários para meninas antes dos 8 anos e meninos antes dos 9 anos Encaminhar para endocrinologista ou ginecologista infanto-puberal Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza Atraso Puberal Nas meninas quando aos 13 anos ainda não aconteceu a telarca, aos 14 anos a pubarca e aos 16 a menarca ou quando o período entre a telarca e a menarca for superior a 5 anos Nos meninos quando aos 14 anos não houve crescimento testicular, 14,5 anos ausência de pubarca ou se após 5 anos a genitália não completou sua maturação Encaminhar para endocrinologista ou ginecologista infanto-puberal. Rita de Cássia dos Passos Souza

DISCUTINDO ÉTICA E LEGALIDADE No Atendimento ao Adolescente Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE “Um conjunto de preceitos de conduta social destinados a tornar as relações humanas mais harmônicas e agradáveis, o que implica substancialmente, o respeito à pessoa e sua integralidade”. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Relação Profissional x Adolescente - Será que estou disposto a construir vínculos? - Como é o meu olhar para o Adolescente? - Estou ouvindo o que me é dito? Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Relação Profissional x Adolescente - Será que estou compreendendo a queixa do Adolescente? - Estou dialogando com o Adolescente? - Estou respeitando o Adolescente? Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Relação Profissional x Adolescente Atender adolescente pode ser uma tarefa árdua ou tranqüila, depende do olhar e da forma como se aborda. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente Privacidade Confidencialidade Menor Maduro Respeito a Autonomia Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente O Estatuto da Criança e do Adolescente garante no Capítulo II, Art. 15 ao Art. 18 o Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade. Art. 15 A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069, de 13/7/1990 Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente Art. 154 Revelar alguém, sem justa causa, segredo que tenha ciência, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem. Pena: detenção de três meses a um ano. Código Penal Brasileiro Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente Capítulo IX Segredo Médico Art. 103 Revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente. Código de Ética Médica Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente Privacidade: É o direito que o adolescente tem de limitar o acesso a própria pessoa e a sua intimidade. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente Confidencialidade: “Tem origem na palavra confiança, que é base de um bom vínculo terapêutico” O Adolescente e sua Família devem ser informados no início da consulta do limite da confidencialidade. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente Menor Maduro: Nos Estados Unidos, desde a década de 1980 discute-se o conceito de “menor maduro” a partir dos 14 anos de idade. O Código de Ética Médica incorporou a noção de menor maduro, sem pronunciá-la expressamente no Art. 103. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente Autonomia: É a capacidade que o ser humano tem de tomar decisões sobre a sua saúde, assumindo a responsabilidade sobre seu tratamento. A autonomia das pessoas é respeitada quando são toleradas suas crenças e suas escolhas, desde que não constituam ameaça a outras pessoas ou a coletividade. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÉTICA E LEGALIDADE NO ATENDIMENTO AO ADOLESCENTE Princípios Éticos no Atendimento ao Adolescente A Família não deve ser excluída da atenção ao Adolescente. Rita de Cássia dos Passos Souza

Anticoncepção na Adolescência O profissional de saúde deve aproveitar todas as oportunidades de contato com adolescentes e suas famílias para promover a reflexão e divulgação de informações sobre temas relacionados à sexualidade e saúde reprodutiva Rita de Cássia dos Passos Souza

Anticoncepção na Adolescência A orientação deve abranger todos os métodos recomendados pelo Ministério da Saúde, com ênfase na dupla proteção evitando, qualquer juízo de valor Deverá levar em conta a solicitação dos adolescentes, respeitando-se os critérios médicos de elegibilidade A prescrição da anticoncepção de emergência deve ter critérios e cuidados a adolescentes expostas ao risco iminente de gravidez, nas seguintes situações: não estar usando qualquer método anticoncepcional, falha do método anticoncepcional e violência sexual Rita de Cássia dos Passos Souza

Anticoncepção na Adolescência Os adolescentes de ambos os sexos têm direito a educação sexual ao sigilo sobre sua atividade sexual, ao acesso e disponibilidade gratuita dos métodos anticoncepcionais Rita de Cássia dos Passos Souza

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Rita de Cássia dos Passos Souza

O que leva os adolescentes a engravidar? Nunca foi tão divulgado os meios para evitar a gravidez como nos dias atuais, e mesmo assim, o número de adolescentes grávidas á cada vez maior. Porém, são muitos os motivos que tornam uma adolescente mais vulnerável a uma gravidez, mas o principal deles, é a falta de um projeto de vida, a falta de perspectiva futura. Não podemos dizer que toda gravidez na adolescência é indesejada, indesejadas são as gravidezes que acontecem por abuso sexual ou por falha de métodos anticoncepcionais. A maioria das gravidezes na adolescência não são planejadas, isto é, acontecem sem intenção, causada por diferentes fatores individuais ou sociais. Porém, não é por isso que a gravidez não vai ser bem vinda. Existem vários fatores que contribuem com esse quadro. http://www.portalsaofrancisco.com.br Rita de Cássia dos Passos Souza

O que leva os adolescentes a engravidar? Gravidez na adolescência é uma questão multifatorial Falta de um projeto de vida e falta de perspectiva futura. Possuem um desejo de serem mães A mídia é outro vilão nessa questão, exagerando na erotização do corpo. Algumas pessoas que são vistas na passarela, revista, cinema e televisão são para os adolescentes verdadeiros ídolos, ídolos esses que passam uma imagem de liberação sexual, e a tendência de um fã é sempre copiar o que seu ídolo faz. http://www.portalsaofrancisco.com.br Rita de Cássia dos Passos Souza

O que leva os adolescentes a engravidar? A falta de informação dos pais de adolescentes é um fator fundamental. Não havendo em casa alguém que possa informá-los, que sirva de modelo, que tire suas dúvidas e angústias A falta de um projeto de orientação sexual nas escolas, família, comunidade de bairro, igrejas. Falta de informação dos profissionais de saúde com preocupação de prescrever anticoncepcional e pouco acesso dos adolescentes as unidades de saúde. Baixa escolaridade http://www.portalsaofrancisco.com.br Rita de Cássia dos Passos Souza

Quando a prevenção falha Os primeiros problemas podem aparecer ainda no início da gravidez e vão desde o risco de aborto espontâneo – ocasionado por desinformação e ausência de acompanhamento médico – até o risco de vida – resultado de atitudes desesperadas como a ingestão de medicamentos abortivos. Rejeição das famílias A adolescência é o momento de formação escolar e de preparação para o mundo do trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase, portanto, significa o atraso ou até mesmo a interrupção desses processos. O que pode comprometer o início da carreira ou o desenvolvimento profissional http://www.infoescola.com/sexualidade/gravidez-na-adolescencia/ Rita de Cássia dos Passos Souza

O que fazer para evitar a gravidez? Melhoria das desigualdades sociais Ações de lazer, cultura e esporte nos bairros Cursos profissionalizantes Escolas mais bem preparadas Orientação de sexualidade para as famílias Serviços de saúde com portas abertas e profissionais mais capacitados para atenção a este público Promoção de projetos de vida Rita de Cássia dos Passos Souza

Adolescente em Situação de Risco Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO São características que, quando presentes no indivíduo, sinalizam uma maior probabilidade deste apresentar um determinado dano à saúde. Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza PESSOAL SOCIAL CULTURAL FAMILIAR O RISCO PODE SER UM ADOLESCENTE PODE ESTAR EM VÁRIAS SITUAÇÕES DE RISCO AO MESMO TEMPO OBESIDADE VIOLÊNCIA FAMILIAR DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO É SER DIFERENTE É NÃO SER “NORMAL” Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO PESSOAL OBESIDADE HIPERTENSÃO DISLIPIDEMIAS DOENÇAS CORONARIANAS DIABETES MELITTUS BAIXA AUTO-ESTIMA ISOLAMENTO EXCLUSÃO Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO PESSOAL ANOREXIA NERVOSA MENINAS DE CLASSE MÉDIA E CLASSE MÉDIA ALTA INSATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL DEPENDÊNCIA AOS INIBIDORES DE APETITE Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO PESSOAL BULIMIA NERVOSA ALTA INGESTA DE ALIMENTOS VÔMITOS USO DE LAXANTES E DIURÉTICOS EXERCÍCIOS FÍSICOS REPETITIVOS NEGLIGENCIANDO OUTRAS ATIVIDADES BAIXA AUTO-ESTIMA ISOLAMENTO SOCIAL Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO PESSOAL USO DE ANABOLIZANTES PREOCUPAÇÃO COM A AUTO-IMAGEM Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO PESSOAL DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO PESSOAL ÁLCOOL ACIDENTE DE TRÂNSITO BRIGAS Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO PESSOAL ATIVIDADE SEXUAL SEM PROTEÇÃO GRAVIDEZ PRECOCE DST AIDS Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO PESSOAL BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR BAIXA AUTO-ESTIMA ISOLAMENTO Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO PESSOAL EVASÃO ESCOLAR FALTA DE PERSPECTIVA DE VIDA INTERRUPÇÃO DO APRENDIZADO PERPETUAÇÃO DA POBREZA PROJETO DE VIDA MEDÍOCRE Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO FAMILIAR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA IRRITABILIDADE HIPERATIVIDADE AGRESSIVIDADE APATIA DEPRESSÃO DISTÚRBIO DO SONO RUPTURA DO VÍNCULO FAMILIAR Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO NA FAMÍLIA FAMÍLIA DESESTRUTURADA DEPRESSÃO ANSIEDADE GRAVIDEZ PRECOCE RUPTURA DO VÍNCULO FAMILIAR Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO NA ESCOLA BULLYING POUCOS AMIGOS PASSIVO RETRAÍDO DEPRESSÃO ANSIEDADE SUICÍDIO VINGANÇA ATITUDE AUTO DESTRUTIVA INSEGURANÇA POR ESTAR NA ESCOLA Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO SOCIAL EXCLUSÃO SOCIAL ENVOLVIMENTO COM TRÁFICO FALTA DE PERSPECTIVA DE VIDA GRAVIDEZ PRECOCE Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza RISCO SOCIAL VIOLÊNCIA URBANA DEPRESSÃO ANSIEDADE AGRESSIVIDADE POSTURAS ANTI-SOCIAIS SUICÍDIO USO DE DROGAS BAIXA AUTO-ESTIMA BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR Rita de Cássia dos Passos Souza

ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS POR TIPO DE VIOLÊNCIA – 2003-2005 Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS POR SEXO DA VÍTIMA – 2003-2005 Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS POR TIPO DE VIOLÊNCIA SEGUNDO A IDADE DAS VÍTIMAS– 2003-2005 Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS POR TIPO DE VIOLÊNCIA SEGUNDO A ETNIA DAS VÍTIMAS– 2003-2005 Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde. Rita de Cássia dos Passos Souza

NÚMERO DE ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS POR LOCAL DE OCORRÊNCIA DO FATO VIOLENTO – 2003-2005 Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS SEGUNDO LOCAL DE OCORRÊNCIA DO ÓBITO – 2003-2005 Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS SEGUNDO FORMA DE VIOLÊNCIA – 2003-2005 Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde. Rita de Cássia dos Passos Souza

ÓBITOS EM JOVENS DE 12-19 ANOS SEGUNDO ANO DE OCORRÊNCIA Fonte: SEMUS/GVS/VE/Núcleo de Prevenção da Violência e Promoção de Saúde. Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza FATORES DE PROTEÇÃO FORTALECIMENTO DOS VÍNCULOS FAMILIARES - EDUCAÇÃO DE QUALIDADE - EXPECTATIVA POSITIVA PARA O FUTURO - BOA UTILIZAÇÃO DO TEMPO LIVRE (ESPORTES, ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS, LAZER BEM PROGRAMADO) - ACESSO A SERVIÇO DE SAÚDE DE QUALIDADE - EDUCAÇÃO EM SAÚDE - RESPEITO AOS DIREITOS E CIDADANIA Rita de Cássia dos Passos Souza

Rita de Cássia dos Passos Souza “Desse olhar diferenciado, que pode enxergar detalhes e ouvir as queixas de dores não faladas, seguido do desencadeamento de todas as medidas de proteção necessárias, novos e bons caminhos poderão ser criados para essas crianças e adolescentes.” Rita de Cássia dos Passos Souza