Neo-Classicismo.

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Transcrição da apresentação:

Neo-Classicismo

Em geral Neoclassicismo é um movimento artístico que se desenvolveu especialmente na arquitectura e nas artes decorativas. Floresceu na França e na Inglaterra, por volta de 1750, sob a influência do arquitecto Palladio (palladianismo), e estendeu-se para o resto dos países europeus, chegando ao apogeu em 1830.  Inspirado nas formas greco-romanas, renunciou às formas do barroco (que não tinha tido grande repercussão na França e na Inglaterra)   revivendo os princípios estéticos da antiguidade clássica.

Exemplo de um edifício Neo-clássico Palácio de Exposições de Munique

Entre as mudanças filosóficas, ocorridas com o iluminismo, e as sociais, com a revolução francesa, a arte deveria tornar-se eco dos novos ideais da época: subjectivismo, liberalismo, ateísmo e democracia. No entanto, eram tantas as mudanças que elas ainda não haviam sido suficientemente assimiladas pelos homens da época a ponto de gerar um novo estilo artístico que representasse esses valores. O melhor seria recorrer ao que estivesse mais à mão: a equilibrada e democrática antiguidade clássica. E foi assim que, com a ajuda da arqueologia (Pompeia tinha sido descoberta em 1748), arquitectos, pintores e escultores logo encontraram um modelo a seguir.

Mais do que um ressurgimento de estética antiga, o Neoclassicismo relaciona factos do passado aos acontecimentos da época. Os artistas neoclássicos tentaram substituir a sensualidade e trivialidade do Rococó por um estilo lógico, de tom solene e austero. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adoptaram o neoclassicismo como estilo oficial por relacionarem a democracia com a antiga Grécia e República Romana.

Surgiram os primeiros edifícios em forma de templos gregos, as estátuas alegóricas e as pinturas de temas históricos. As encomendas já não vinham do clero e da nobreza, mas da alta burguesia, mecenas incondicionais da nova estética. A imagem das cidades mudou completamente. Derrubaram-se edifícios e largas avenidas foram traçadas de acordo com as formas monumentais da arquitectura renovada, ainda existentes nas mais importantes capitais da Europa.

Igreja de Madeleine - Paris

Com uma estrutura complexa, com decoração rocaille, este Palácio de Queluz Com uma estrutura complexa, com decoração rocaille, este palácio apresenta fachadas ao gosto neoclássico, como é o exemplo da colunata de balaustradas. Palácio de Queluz Com uma estrutura complexa, com decoração rocaille, este palácio apresenta fachadas ao gosto neoclássico, como é o exemplo da colunata de balaustradas. Palácio de Queluz Com uma estrutura complexa, com decoração rocaille, este palácio apresenta fachadas ao gosto neoclássico, como é o exemplo da colunata de balaustradas.

Na literatura Movimento literário, derivado do espírito crítico do Iluminismo, que visa à reabilitação e restauração dos géneros, das formas, das técnicas e da expressão clássicas, que vingaram em Portugal no séc. XVI.

Esta renovação faz-se acompanhar duma severa disciplina estética e dum purismo estreme, que procura libertar a língua de termos espúrios, restituindo-lhe uma sobriedade castiça e o rigor de sentido. Os primeiros indícios deste interesse por problemas de preceptiva literária e linguística aparecem logo no limiar do séc. XVII e vão-se acentuando progressivamente até ganharem a força de uma corrente contra os excessos e exageros do barroco, no séc. XVIII.

O Neoclassicismo vai actuar, portanto, em dois sectores capitais: o da doutrinação estética e o da criação literária. O primeiro é fortemente orientado pelo racionalismo mecanicista, evidenciado no VERDADEIRO MÉTODO DE ESTUDAR (1746) de Verney e, por ex., nas ENFERMIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA (1759) de Manuel José de Paiva. (...) O mais documentado teórico do movimento foi, porém, Francisco José Freire, «Cândido Lusitano» (1719-1773), que elaborou uma ARTE POÉTICA (1748) e ainda um DICIONÁRIO POÉTICO (1765) e REFLEXÕES SOBRE A LÍNGUA PORTGUESA (1842).

A revalidação crítica das letras nacionais prossegue vivamente por todo o séc. XVIII, sob o signo do neoclassicismo, e é apoiada por uma vaga de traduções de autores greco-latinos, particularmente os latinos, sendo de realçar, entre mais de dez versões da ARTE POÉTICA de Horácio, as que foram feitas por Francisco José Freire e pelo Dr. Lima Leitão.

Ora deste vasto mar de teorias é possível fazer uma rapidíssima síntese das normas estéticas que enformam o neoclassicismo: a) condenação do barroco nas suas formas de cultismo e conceptismo; b) a Arte deve ser concebida como imitação da natureza (Aristóteles); c) a rima deve ser abolida (Garção e, na sua peugada, Filinto) por constituir uma constrição para o pensamento e para o verso; d) toda a literatura obedece a um fim ético e moral e a forma deve manter perfeita harmonia de valores verbais e o equilíbrio entre a razão e o sentimento.

O poderoso agente institucional da formação e fixação do gosto neoclássico foi a ARCÁDIA LUSITANA ou OLISSIPONENSE, fundada em 1757. Todavia no domínio da criação literária nem sempre a posição teórica do arcadismo é devidamente respeitada. É o que sucede com o receituário mitológico, condenado por Verney e Cândido Lusitano, e a que Cruz e Silva recorreu.

Rebelo, Luís de Sousa, DICIONÁRIO DE LITERATURA, 3ª edição, 3º volume