Movimentos Sociais – Décadas de 60 e 70

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Transcrição da apresentação:

Movimentos Sociais – Décadas de 60 e 70

LER OS MOVIMENTOS => PARA LER A SOCIEDADE “Os movimentos sociais são os indicadores mais expressivos para a análise do funcionamento da sociedade. Traduzem o permanente movimento das forças sociais, permitindo identificar as tensões entre os diferentes grupos de interesses e expondo as veias abertas dos complexos mecanismos de desenvolvimento das sociedades. Em cada momento histórico, são os movimentos sociais que revelam, como um sismógrafo, as áreas de carência estrutural, os focos de insatisfação, os desejos coletivos, permitindo a realização de uma verdadeira topografia das relações sociais” Arim Soares do Bem

60 & 70 DITADURA DITADURA Oposição ao regime CEBs Mov. Feminista Mov. Negro

Ditadura militar no Brasil Igreja católica – CV II e CELAM Década de 60 Ditadura militar no Brasil No mundo, revoltas juvenis, “contra-cultura” e movimentos pelos direitos civis Igreja católica – CV II e CELAM

Resposta autoritária do Regime Movimentos clandestinos MOVIMENTOS DE OPOSIÇÃO AO REGIME Estudantil Artísticos “Políticos” Cinema Novo - MPB - Teatro Hippies “A arte deixa de ser elemento auxiliar e se transforma na própria política” UNE - 1968: protestos Passeata dos Cem Mil Resposta autoritária do Regime Luta armada Partido Comunista Movimentos clandestinos Marxistas difusos

A AÇÃO DA IGREJA CATÓLICA Concílio Vaticano II e CELAM (Medellin) “ratifica a opção preferencial pelos pobres” “a importância de se conhecer o homem latino americano para agir em prol dele” “ênfase à denúncia das estruturas sociais que geram profundas desigualdades, exploração e miséria” “reconhecer a religiosidade popular que se faz presente nas diferentes culturas” TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE (CEBS)

As minorias – década de 70 De uma concepção marxista clássica Para um movimento “culturalista” / identidade em pauta Além das reivindicações político-econômicas, reformulação nos padrões culturais

MOVIMENTO NEGRO Realizou-se em São Paulo, no dia 7 julho de 1978, na área fronteiriça ao Teatro Municipal, junto ao Viaduto do Chá, uma concentração organizada pelo autodenominado “Movimento Unificado Contra a Discriminação Racial”, integrado por vários grupos, cujos objetivos principais anunciados são: denunciar, permanentemente, todo tipo de racismo e organizar a comunidade negra. Embora não seja, ainda, um “movimento de massa”, os dados disponíveis caracterizam a existência de uma campanha para estimular antagonismos raciais no País e que, paralelamente, revela tendências ideológicas de esquerda. Convém assinalar que a presença no Brasil de Abdias do Nascimento, professor em Nova Iorque, conhecido racista negro, ligado aos movimentos de libertação na África, contribuiu, por certo, para a instalação do já citado “Movimento Unificado”. Serviço Nacional de Informações (SNI), 14/07/1978

MOVIMENTO NEGRO Viés cultural Influência dos EUA e África Em 1978: Movimento Negro Unificado (MNU). Comunidades quilombolas

MOVIMENTO FEMINISTA Inserção feminina no mercado de trabalho Relações de poder sexista => inclusive nos grupos de esquerda O marxismo como paradigma => mas também para “legitimar “ o movimento Políticas do corpo: sexualidade em cena “Que as coisas fiquem claras: mantemos a firme convicção de que existe um espaço para a imprensa feminista, que denuncia a opressão da mulher brasileira e luta por uma sociedade livre e democrática. Acreditamos que a liderança da luta feminista cabe às mulheres das classes trabalhadoras que não só são oprimidas enquanto sexo, mas também exploradas enquanto classe.”. Nós mulheres, 07/03/1978

OUTROS GRUPOS E ORGANIZAÇÕES Movimentos pela redemocratização MST Metalúrgicos Favelas Apontam para Década de 80