SISTEMA ENDÓCRINO E EXERCÍCIO FÍSICO.

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Transcrição da apresentação:

SISTEMA ENDÓCRINO E EXERCÍCIO FÍSICO

Mecanismo de ação do hormônios: intra e extracelular Alça de feedback positiva e negativa Up regulation e Down regulation = Sensibilização e Desensibilização Seletividade

(extracelular/intracelular) 2-Mecanismos de ação (extracelular/intracelular)

* Receptores extracelulares: Respondem a ligates endógenos (adrenalina, angiotensinas, acetilcolina...) Segundos mensageiros (AMPc, IP3...) Efeito: dilatação dos vasos, aumento da FC, acelera ou deprime a transmissão no SNC...)

* Receptores intracelulares: Respondem a ligates endógenos que conseguem atravessar a bicamada lipídica Atuam diretamente em um receptor intracelular ou no DNA Efeito: Alteração da expessão gênica (síntese protéica...)

* Receptores intracelulares: Respondem a ligates endógenos que conseguem atravessar a bicamada lipídica Atuam diretamente em um receptor intracelular ou no DNA Efeito: Alteração da expessão gênica (síntese protéica...)

Mecanismos de controle da homeostasia A homeostasia é controlada principalmente por dois mecanismos distintos, chamados de (alça de) retroalimentação (feedback) negativa e positiva. Tanto a retroalimentação negativa quanto a positiva envolvem um receptor, um centro de controle, com um ponto fixo, e um efetor.

Retroalimentação negativa A retroalimentação negativa é definida como um mecanismo que reduz o efeito do estímulo perturbador, fazendo com que a variável ou variáveis retorne(m) ao seu valor(es) normal(is). Ex. Regulação da pressão arterial, regulação da glicemia , regulação da pressão parcial de CO2. A eficiência deste mecanismo de controle pode ser medida utilizando-se o cálculo do ganho.

Retroalimentação positiva A retroalimentação positiva é definida como um mecanismo que aumenta o efeito do estímulo perturbador, fazendo com que a variável ou variáveis se distancie(m) do(s) valor(es) normai(s). Ex. Parto e Hemorragia profunda.

6-Sensibilização e dessensibilização de receptores

6-Sensibilização e dessensibilização de receptores Receptores internalizados “down regulation” ou perdem a sensibilidade Receptores externalizados “up regulation” ou aumentam a sensibilidade

6-Exemplo de dessensibilização Resistência a Insulina X X GLUT 4 GLUT 4 GLUT 4 GLUT 4 GLUT 4 GLUT 4 GLUT 4 GLUT 4 4 GLUT 4 GLUT Célula muscular esquelética Fisiológico Fisiopatológico

“a busca pelo efeito específico” 5- Seletividade “a busca pelo efeito específico”

* A busca pelo efeito específico * Antagonistas seletivos β1 - Reduzem a FC Ex: atenolol β1 β2 α1 α2

* A busca pelo efeito específico * Antagonistas não seletivos - Reduzem a FC - Inibem Glicogenólise no mm - Inibem Glicogenólise no fígado - Inibem liberação de glucagon - Contraem o mm liso dos brônquios Ex: propanolol β1 β2 α1 α2

* A busca pelo efeito específico * Antagonistas seletivos α1 - relaxam os vasos - pouco efeito direto na FC Ex: prazozina, terazozina β1 β2 α1 α2

* A busca pelo efeito específico * Agonistas seletivos β2 - relaxam os vasos dos brônquios - efeito mínimo na FC -Podem aumetar a glicemia (+glicogenólise hepática e mm; glucagon) -Podem aumentar a força de contração Ex: clembuterol, albuterol, metaproteronol, ritodriria, terbutalina) β1 β2 α1 α2

Concentração plasmática de uma substância A regulação do sistema endócrino ocorre juntamente com o sistema nervoso Neurohormônios Neurotransmissores Aminoácidos Peptídica Esteróide Hormônios Concentração plasmática de uma substância Liberação hormonal Aumento da atividade simpática

Taxa de concentração plasmática dos hormônios depende: Taxa de liberação e degradação = durante o exercício ocorre menor degradação devido ao menor fluxo sanguíneo em fígado e rins. Capacidade de ligação = depende da quantidade de proteína transportadora H. Peptídicos são HIDROSSOLÚVEIS - H. Esteróides e da Tireóide  lipossolúveis  ligados a proteínas plasmáticas. Enquanto ligados às proteínas, são biologicamente inativos. Grande número de hormônios ligados às proteínas  reservatório.

Anatomia Localiza-se na base do crânio – sela túrcica Hipófise anterior: derivada da bolsa de Rathke Hipófise posterior: origem neural, formada por axônios e terminções nervosas dos neurônios hipotalâmicos

Hormônios hipotalâmicos e hipofisários somatostatin

Hipófise anterior e posterior

Glândula Pineal Teto do terceiro ventrículo Secreta melatonina Regulação: escuridão hipoglicemia

ACTH Estimula a secreção de esteróides pelo córtex da supra-renal Cortisol Aldosterona Testosterona Regulação: CRH – ritmo circadiano - - cortisol

GH Ações Regulação promove o crescimento linear ( IGF-1) Aumenta glicemia e diminui sensibilidade à insulina Aumenta lipólise Aumenta a síntese protéica Regulação Aumento: sono, exercício físico, hipoglicemia, hormônios, medicamentos Diminuição: hiperglicemia, somatostatina, corticóides, obesidade, hipotireoidismo

SECREÇÃO DO GH

EFEITOS METABÓLICOS DO GH - Aumento da captação de A.A. e síntese Protéica; diminui a sua degradação - Maior uso de Ácidos Graxos como fonte de Energia!  conversão de ác.graxos em Acetil –Coa para fonte de energia -Maior uso de gordura + efeito anabólico sobre Proteínas = Aumento da Massa Magra

O GH induz uma “RESISTÊNCIA À INSULINA” no organismo, devido: - DIMINUIÇÃO da captação de glicose por Musc. Esquelético e Tec.Adiposo - AUMENTO da Conversão de Glicogênio em Glicose: GLICOGENÓLISE - AUMENTO da secreção de insulina CONSEQUÊNCIAS: Diminui Efeito Insulina e captação e uso de glicose Aumento Nível da GLICEMIA Assim, os efeitos do GH são chamados de DIABETOGÊNICOS  uma secreção excessiva pode gerar quadro muito semelhante à Diabete Tipo II.

TSH Estimula a captação de iodo, hormoniogênese e liberação de T4 pela tireóide + -

ADH Estimula a reabsorção de água nos túbulos distais Responsável pela osmorregulação e regulação do volume de fluido extracelular

Glicocorticóides Corticosterona é um hormônio da classe dos glicocorticóides liberado pelo córtex das adrenais de animais. Nos seres humanos, os equivalentes a este hormônio é o cortisol e a cortisona, embora suas adrenais liberem uma certa quantidade de corticosterona. Durante períodos de estresse ou mesmo depressão um aumento de corticosterona implica menor atividade de certos ramos do sistema imunológico, podendo chegar a levar animais (há experimentos com roedores) a uma diminuição da vigilância imunológica a tumores possibilitando o desencadeamento de um câncer por exemplo.

Glicocorticóides √ A adaptação ao estresse; √ A manutenção de níveis de glicose adequados mesmo em períodos de jejum; o estímulo à gliconeogênese √ Mobilização de ácidos graxos livres, fazendo deles uma fonte de energia mais disponível; √ Diminuição da captação e oxidação de glicose pelos músculos para a obtenção de energia, reservando-a para o cérebro, num efeito antagônico ao da insulina; √ Estímulo ao catabolismo protéico para a liberação de aminoácidos para serem usados em reparação de tecidos, síntese enzimática e produção de energia em todas as células do corpo, menos no fígado; √ Atua como agente antiinflamatório; √ Diminui as reações imunológicas, por provocar diminuição no número de leucócitos; √ Aumenta a vasoconstrição causada pela epinefrina; √ Facilita a ação de outros hormônios, especialmente o glucagon e a GH, no processo da gliconeogênese

MEDULA ADRENAL É a fonte do hormônio Catecolaminérgico ADRENALINA Também secreta pequenas quantidades de Noradrenalina  participação como Neurotransmissor. Por representar um grande gânglio do sistema Simpático, é ATIVADA em conjunto com o resto do Sistema Simpático.

SÍNTESE DA ADRENALINA

PRINCIPAIS ESTÍMULOS PARA SECREÇÃO DE ADRENALINA O Sistema nervoso simpático é estimulado por:  Percepção de PERIGO ou LESÃO  ANSIEDADE  TRAUMA  HIPOVOLEMIA  HIPOTENSÃO  HIPOTERMIA  ANOXIA HIPOGLICEMIA EXERCÍCIO INTENSO

CATECOLAMINAS √ aumento da taxa de metabolismo; √ aumento da glicogenólise tanto no fígado quanto no músculo que está em exercício; √ aumento da força de contração do coração; √ aumento da liberação de glicose e ácidos graxos livres para a corrente sangüínea; √ vasodilatação em vasos nos músculos em exercício e vasoconstrição em vísceras e na pele (especificamente a norepinefrina); √ aumento de pressão arterial √ aumento da respiração

EFEITOS METABÓLICOS DA ADRENALINA AUMENTO GLICOGENÓLISE  AUMENTO GLICONEOGÊNESE  AUMENTO DA LIPÓLISE (degradação Tec. Adiposo)  AUMENTA SECREÇÃO DE GLUCAGON  DIMUNUI SECREÇÃO INSULINA Todos estes efeitos visam PREVENIR HIPOGLICEMIA ou RESTAURAR os níveis plasmáticos da GLICOSE NO EXERCÍCIO: * promove uso do estoque de glicogênio muscular * eficiente uso do Lactato para Gliconeogênese * fornece Ác.Graxos livres como fonte alternativa de combustível.

EFEITOS METABÓLICOS DA ADRENALINA

RESPOSTA AO ESTRESSE

                                                   Fig. 1. Plasma noradrenaline concentrations during incremental exercise tests before training (C1, C2) and after one (T1) and three weeks (T3) of training (upper part) with noradrenaline threshold changes (lower part). Values represent means±SE. Significant differences between pretrening (C1) and after one week of training (T1) are denoted as asterisks (*p<0.05; **p<0.01). Crosses denote differences between values obtained in C1 and after three weeks of training (T3): +p<0.05; ++p<0.01.

                                                   Fig. 3. Pre- and post-exercise changes in plasma growth hormone and cortisol concentrations during incremental exercise tests before training (C1, C2) and after one (T1) or three weeks (T3) of training. Values represent means and SE. Asterisks denote significant differences between pretraining (T1) and after one or three weeks of training: *p<0.05;**p<0.01.

O aumento do cortisol acontece em exercícios submáximos, máximos e supra-máximos.                                                    Fig. 3. Pre- and post-exercise changes in plasma growth hormone and cortisol concentrations during incremental exercise tests before training (C1, C2) and after one (T1) or three weeks (T3) of training. Values represent means and SE. Asterisks denote significant differences between pretraining (T1) and after one or three weeks of training: *p<0.05;**p<0.01. Exercício a 70% do VO2 máx.

EXERCÍCIO E ESTRESSE Animais e humanos treinados possuem menor liberação de ACTH durante eventos estressores, além disso, humanos treinados são menos ansiosos. Ratos possuem menores concentrações do RNAm CRH centralmente (PVN)

EXERCÍCIO E CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS CITOCINAS PRÓ- INFLAMATÓRIAS: TNFa, IL-1, IL-6 Exercício físico de alta intensidade libera IL-6 em humanos , esta liberação está relacionada a secreção de catecolaminas. Papanicolaou et al, 1996 Estudos em animais observaram que a administração de catecolamina aumenta a secreção de IL-6 enquanto que a administração de glicorticóides inibem a liberação.

EXERCÍCIO DE ALTA INTENSIDADE – MÁXIMO

INSULINA AÇÃO: Aumenta a captação de glicose, ácidos graxos e aminoácidos nos tecidos. ESTÍMULO: Concentrações plasmáticas de glicose e de aminoácidos elevados; Diminuição de catecolaminas.

GLUCAGON AÇÃO: Aumenta a mobilização de glicose de ácidos graxos livres; Gliconeogênese. ESTÍMULO: Concentrações plasmáticas de glicose e de aminoácidos baixas; Adrenalina e noradrenalina elevadas.

Controle Hormonal de Carboidratos Os hormônios glicorreguladores incluem: insulina, glucagon, epinefrina, cortisol e hormônio de crescimento.

Percurso da glicogenogênese e glicogenólise no fígado

Prolactina Estimula a lactação no pós-parto Excesso de prolactina  hipogonadismo Secreção: ↑ : TRH, gravidez, amamentação, sono, medicamentos  : dopamina e seus agonistas

EXERCÍCIO, ESTRESSE E GH E PROLACTINA A liberação de GH acontece independente da intensidade (50% VO2max, 70% VO2max, e 90% VO2max ) A liberação de PRL é dependente da intensidade (50% não é liberada), (70% VO2max é liberada e em 90% VO2max há a maior quantidade de liberação. AVP ou ADH está aumentado durante o exercício, bem como angiotensina II. CRH (hipotálamo) Lactato PRL GH Ang II ACTH (hipófise) Catecolaminas + _ AVP IL-6 cortisol

LH e FSH Duas subunidades: Homens: Alfa: semelhante a TSH, hCG Beta: específica, confere a atividade biológica de cada hormônio Homens: LH:produção de testosterona pelas céluas de Leydig FSH : crescimento testicular LH e FSH: maturação dos espermatozóides - -

LH e FSH Mulheres: LH FSH estimula a produção de estrógeno e progesterona pelos ovários Pico de LH: ovulação FSH Desenvolvimento do folículo ovariano

Ocitocina Estimula a contração uterina no parto Estimula a expulsão do leite pelas glândulas mamárias

EXERCÍCIO E HORMÔNIOS REPRODUTIVOS Efeito do exercício de alta intensidade: Curto prazo: retardo da menarca, amenorréia, deficiencia da ovulação Longo Prazo: osteopenia/osteoporose, risco cardiovascular, hipogonadismo

ADAPTAÇÕES AGUDAS Metabolismo energético e mobilização de substrato EXERCÍCIO PROGRESSIVO Cortisol C O N E T. R L A T I V Norepinefrina GH Glucagon Epinefrina Insulina 25 50 75 100 VO2max