Farmacodinâmica Prof: Ueliton S. Santos.

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Farmacodinâmica Prof: Ueliton S. Santos

Biotransformação O fígado é o principal órgão de biotransformação de medicamentos, embora algumas drogas sejam biotransformadas no plasma, intestino (como o salbutamol que é biotransformado no intestino) ou outro órgão. Atualmente, tem sido criticados por alguns autores as palavras metabolismo, metabolizado, e metabolização, referindo que devem ser substituídas por biotransformação e biotransformado. A biotransformação (metabolismo) das drogas que ocorre no fígado envolve dois tipos de reações bioquímicas, conhecidos como reações de fase I e de fase II (ou metabolismo I, e, metabolismo II). Prof: Ueliton S. Santos

Biotransformação Freqüentemente, elas ocorrem em seqüência, mas, não invariavelmente, e, consistem em reações enzimáticas que normalmente acontecem no fígado. O retículo endoplasmático da célula hepática é degradado em fragmentos muito pequenos. A biotransformação realizada pelo fígado é menos importante para as drogas polares (ionizadas), tendo em vista que estas atravessam mais lentamente a membrana plasmática do hepatócito do que as não polares. Prof: Ueliton S. Santos

Biotransformação Assim, as drogas polares são excretadas em maior proporção pela urina, de forma inalterada. Enquanto os fármacos lipossolúveis (ou lipofílicos ou não polares) não são excretados de modo eficiente pelo rim, pois, a maioria é reabsorvida pelo túbulo distal voltando à circulação sistêmica. Prof: Ueliton S. Santos

Biotransformação As reações de fase I consistem principalmente em oxidação, redução ou hidrólise, e, os produtos, com freqüência, são mais reativos quimicamente, entretanto, essas reações químicas podem resultar na inativação de um fármaco. Após as reações da Fase I, alguns medicamentos também podem se tornar mais tóxicos ou carcinogênicos do que a droga original. Muitas enzimas hepáticas participam da biotransformação das drogas da fase I, incluindo o sistema citocromo P-450 que importância fundamental. Se o metabólito (produto resultante do metabolismo) não for facilmente excretado ocorre a reação da II fase subseqüente. Prof: Ueliton S. Santos

Biotransformação O sistema citocromo P-450 contém um grupo de isoenzimas contendo ferro que ativa o oxigênio molecular em uma forma capaz de interagir com substratos orgânicos, e, assim, cataliza uma quantidade diversificada de reações oxidativas envolvidas na biotransformação do medicamento que sofre redução e oxidação durante o seu ciclo catalítico. Prof: Ueliton S. Santos

Atuação dos fármacos no local de ação Os fármacos atua sobre proteínas-alvo: Enzimas Transportadores Canais de íons Receptores Prof: Ueliton S. Santos

Enzimas Prof: Ueliton S. Santos

Enzimas Prof: Ueliton S. Santos

Transportadores Prof: Ueliton S. Santos

Transportadores Na membrana plasmática muitos transportes são utilizado para a entrada de nutrientes, íons e outras moléculas importantes para o desenvolvimento da célula. Alguns fármacos podem atuar nesses transportadores de maneira a ativa-los ou inativa-los. Prof: Ueliton S. Santos

Canais de Íons Antihipertensivos como o nifedipino bloqueiam canais de Ca+2, como o cálcio é essencial para mecanismos de contração, com esse bloqueio ocorre um relaxamento da musculatura vascular e assim esses fármacos reduzem a pressão arterial. Prof: Ueliton S. Santos

Canais de Íons Benzodiazepínicos são fármacos que atuam por modulação alostérica, aumentando assim a afinidade do neurotransmissor GABA com o seu receptor, o aumento desta afinidade leva ao aumento da frequência de abertura dos canais de cloreto e um maior influxo deste íon provoca uma hiperpolarização de membrana e ao surgimento de potenciais pós-sinápticos inibitórios. Abre-se um canal por onde entra íon cloreto na célula neuronal, fazendo com que a célula fique hiperpolarizada, dificultando a despolarização e, como consequência, dá-se a diminuição da condução neuronal, provocando a inibição do SNC. Prof: Ueliton S. Santos

Receptores Prof: Ueliton S. Santos

Fármacos que atuam no SNC – Via Simpática e Parassimpática (Adrenérgica e Colinérgica) Prof: Ueliton S. Santos

Via Adrenérgica Receptores alfa (α1, α2) Via Colinérgica Receptores Muscarínicos ( M1, M2, M3) (Neurotransmissor Acetilcolina) Receptores Nicotínicos Via Adrenérgica Receptores alfa (α1, α2) (Neurotransmissor Catecolaminas) Receptores beta (β1, β2, β3) Prof: Ueliton S. Santos

Receptores Nicotínicos Diretamente acoplados a canais iônicos Medeiam a transmissão sináptica excitatória rápida Localizam-se na junção neuromuscular, nos gânglios autônomos e em vários locais do SNC Os nAchR musculares e neuronais diferem na sua estrutura molecular e farmacologia Prof: Ueliton S. Santos

JUNÇÃO NEUROMUSCULAR 1-AXÔNIO 2-PLACA MOTORA 3-FIBRA MUSCULAR 4-MIOFIBRILAS Prof: Ueliton S. Santos

Receptores Muscarínicos Receptores M1(“neurais”), que produzem excitação lenta dos gânglios. Receptores M2 (“cardíacos”), que provocam redução da freqüência cardíaca e força de contração (principalmente dos átrios). Medeiam a inibição pré-sináptica. Receptores M3 (“glandular”), causam secreção, contração da musculatura lisa visceral e relaxamento vascular Todos os mACh são ativados pela Ach e bloqueados pela Atropina. Prof: Ueliton S. Santos

Receptores Muscarínicos São acoplados à proteína G - ativam a fosfolipase C (IP3 e DAG) - inibem a adenilil ciclase - ativam canais de K+ ou inibem canais de Ca++ Medeiam os efeitos da Ach nas sinapses parassimpáticas pós-ganglionares - coração - musculatura lisa - glândulas Prof: Ueliton S. Santos

Receptores α e β divididos em subclasses Prof: Ueliton S. Santos

PRINCIPAIS NEUROTRANSMISSORES DA VIA ADRENÉRGICA Prof: Ueliton S. Santos