Doença de Parkinson ODONTOGERIATRIA UNESP SJC 22/04/14

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Doença de Parkinson Daniella Y
Advertisements

Tratamento dos Tremores
Problemas comuns na doença de Parkinson (disfunções autonômicas)
Diagnóstico e Tratamento
DEPRESSÃO VASCULAR DEPRESSÃO PÓS AVC
Parkinsonismo e Depressão Residência de Psiquiatria
OUTROS DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO
ESCOLA DE MEDICINA UCPEL Prof. Antonio J. V. Pinho
Profa.Kelly Cristina Sanches
MOTRICIDADE Profa. Daniela Carrogi Vianna.
CUIDADO DE ENFERMAGEM COM ELETROCONVULSOTERAPIA
Como funciona a memória?
ANTIPARKINSONIANOS FARMACOLOGIA.
Diagnóstico diferencial dos tremores
Acadêmica Jade Zezzi 4º ano – Medicina FAMEMA
Doença de Parkinson Prof. Marlon Santos
ESQUIZOFRENIA.
ESQUIZOFRENIA.
Questão Como e porque o Mal de Alzheimer atinge as pessoas mais velhas, e qual é a amplitude dessa doença?
Antipsicóticos Alexandre Pereira, Msc.
Unidade de Neuropsicologia Clínica
Causas da Doença de Alzheimer
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO E BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BIOFÍSICA METODOLOGIA CIENTÍFICA DOENÇA DE ALZHEIMER DOCENTE: CARLOS DISCENTES:
Doenças do sistema extrapiramidal
D. Parkinson tratamento
Conceitos e Abordagens
DOENÇA DE PARKINSON.
Reabilitação nos Acidentes Vasculares Encefálicos
Manifestações Clínicas
Doença de Alzheimer ODONTOGERIATRIA Unesp SJC – 22/04/2014
Prof: Emerson R. Oliveira Espec. Gerontologia
Exercícios terapêuticos em Grupo
Abuso de álcool e drogas no transtorno bipolar: aspectos clínicos e tratamento Fabiano G. Nery Programa de Transtorno Bipolar (PROMAN) - Depto de Psiquiatria.
Movimentos Involuntários Síndromes extrapiramidais
Distúrbios Neurodegenerativos
Parkinson.
ANTIPSICÓTICOS Fundação Universidade Federal do Rio Grande
ENFERMAGEM MÉDICA Enf. Kamila Dalfiôr.
NEUROFISIOLOGIA V - Motricidade.
Funções Cognitivas e Envelhecimento
Patogênese da doença de Parkinson
ANTIPSICOTICOS.
Transtorno bipolar do humor (TAB)
DOENÇA NEURODEGENERATIVA: parkinson
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
Mal de Parkinson Lauro da F. Beltrão FFFCMPA - Medicina - AD2009.
Tratamento das Manifestaçoes MOTORAS na Doença de Parkinson
das extremidades (mãos)
Alzheimer Tipo mais comum de demência.
ANALGÉSICOS OPIÁCEOS.
Doença de Parkinson.
Doença de Parkinson Aula para os residentes da Clínica Médica 17/02/2009.
CASOS CLINICOS – NEUROLOGIA
Nome: Arthur Caetano, Mathias Ozorio e Vitor Pires;
Neurologia 2009 Leonardo José de M Araújo
Profa. Giselle Moura Messias
UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ UNIDADE – SINOP AEROPORTO
Doença de Parkinson Vítor Vieira Piseta Curitiba, 2014.
SÍNDROMES MOTORAS PIRAMIDAL E EXTRAPIRAMIDAL
Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental Delirium
SÍNDROME DE RETT Dayana Canani Pedroso Jussara Mendes
NEUROLÉPTICOS Os neurolépticos são também conhecidos como antipsicóticos, antiesquizofrêncos ou tranquilizantes maiores. Farmacologicamente são antagonistas.
Alunos:Eduardo F. Sovrani, Luvas Ev, Mario Schepainski Junior.
DOENÇA DE PARKINSON Acadêmica: Fabiana Dias..
PARKINSONISMO Parkinsonismo é um síndrome específica causada por um conjunto de doenças neurodegenerativas ou não. A mais importante forma de parkinsonismo.
Parkinson e Exercício Físico
Doença de Parkinson AYLANE CRISTINA MACEDO A3108D-2 ELLEN STEFANY CASTRO A ELLEN STEFANY CASTRO A FRANCINE MARIANA VOLPI A30HEA-9 MARCELA.
Transcrição da apresentação:

Doença de Parkinson ODONTOGERIATRIA UNESP SJC 22/04/14 Dr.Oswaldo Couto Júnior Academia Brasileira de Neurologia DC de Transtornos de Movimento da ABN MDS – Movement Disorders Society

Doença de Parkinson doença neurodegenerativa descrita em 1817 por James Parkinson “ Paralisia Agitante “ acomete predominantemente idosos

Epidemiologia atinge cerca de 1% da população com mais de 65 anos pico de incidência: 60 - 70 anos 5% a 10% têm início precoce (pior prognóstico)

Etiologia não há uma causa estabelecida soma de fatores ambientais e genéticos parkinsonismos secundários

INCIDÊNCIA DA DOENÇA DE PARKINSON 5/100 000/ano entre 45-49 anos 90/100 000/ano acima dos 75 anos

neurolépticos, encefalites PARKINSONISMO Primário neurodegenerativo Secundário neurolépticos, encefalites Parkinsonismo atípico Doença de Parkinson Idiopática Não identificado Hereditária (5-15%) Parkinsonism Parkinsonism is a clinical syndrome dominated by a disorder of movement consisting of tremor, rigidity, bradykinesia and postural abnormalities. Parkinson’s disease (PD) consists of the clinical syndrome of parkinsonism AND is associated with the characteristic degeneration of the dopaminergic neurons of the substantia nigra pars compacta. Neurodegeneration accounts for ~80% of parkinsonism cases, while other ‘secondary’ causes of the syndrome are classified under groupings such as: toxic, vascular, infection, metabolic and tumoral. Misdiagnosis of PD can be as high as 20–30% in the early stages. This is largely due to failure to recognise atypical parkinsonian disorders including: progressive supranuclear palsy (PSP) multiple system atrophy (MSA), corticobasal degeneration (CBGD) and Lewy-body dementia. Over the past few years, at least eight genes for monogenetically inherited forms of PD have been characterized in small subgroups of patients (PARK1-8). These can be autosomal dominant (e.g. PARK 1, 3,4) or autosomal recessive (e.g. PARK 2,6,7). Olanow et al. Neurology 2001; 56: S1–86. Marsden. J Neurol Neurosurg Psychiatry 1994; 57: 672–681. Tison. Baillière’s Clinical Neurology 1997; 6: 205–218. Gasser et al. Movement Disord 2003; 18: 3–18. Identificado PSP degeneração córtex-gânglios da base demência com corpos de Lewy AMS

Achados patológicos em 100 pacientes parkinsonianos Parkinsonismo secundário ex: Pós-encefalítico Medicamentoso Vascular (4) Parkinsonismo - plus ex|: Alzheimer PSP : Paralisia Supranuclear Progressiva AMS : atrofia de múltiplos sistemas Doença de Parkinson (76) (19) (1) Normal (tremor essencial?)

Parkinsonismo Medicamentoso Antipsicóticos : haloperidol, sulpirida, periciazina, levomepromazina, clorpromazina,olanzapina, risperidona.... Antivertiginosos : flunarizina e cinarizina Antieméticos : metoclopramina e bromoprida Antidepressivos : fluoxetina, paroxetina..... Estabilizadores de humor : carbonato de lítio, divalproato de sódio

Neurotransmissores São substâncias produzidas pelo sistema nervoso, que fazem a comunicação entre os NEURÔNIOS. A DOPAMINA é um NT, produzido pela área da SUBSTÂNCIA NEGRA A DOPAMINA é fundamental para o bom funcionamento do SISTEMA MOTOR

ARVID CARLSSON (1923- ) EM 1950 DEMONSTOU QUE A DOPAMINA ERA UM NEUROTRANSMISSOR CEREBRAL DESENVOLVEU UM MÉTODO DE MEDIR A DOPAMINA NOS GÂNGLIOS DA BASE (ANIMAIS) Recebendo o Nobel de Medicina - 2000

Fisiopatologia degeneração dos neurônios dopaminérgicos da Substância Negra  Dopamina Acetilcolina

normal Parkinson

TREMOR BRADICINESIA RIGIDEZ DOENÇA DE PARKINSON -SINTOMAS MOTORES TREMOR BRADICINESIA RIGIDEZ ALTERAÇÃO DOS REFLEXOS POSTURAIS LOCAL DE COMPROMETIMENTO: VIA NIGRO-ESTRIATAL

(lentidão de movimentos) VIDEO 1 Facies hipomímica Tremor de repouso Bradicinesia (lentidão de movimentos)

VIDEO 2 Bradicinesia Tremor assimétrico

Video 3 Marcha freezing

tratamento medicamentoso Opções: anticolinérgicos selegilina (IMAO-B) agonistas dopaminérgicos amantadina L-dopa uso em monoterapia ou combinados

LEVODOPA aminoácido L-3,4-dihidroxifenilalanina HO HO CH2CCOOH NH2 TEM O MELHOR EFEITO SINTOMÁTICO MELHORA TREMOR, RIGIDEZ E BRADICINESIA EM TODOS OS PACIENTES

Complicações Motoras flutuações do efeito discinesias deterioração de final de dose “wearing off” fenômeno “on-off” discinesias ocorrem enquanto o medicamento está ativo

Incidência de flutuações Em um ano, cerca de 10% dos pacientes com DP e em uso de L-Dopa têm flutuações da resposta e em 5 anos pelo menos 80% deles apresentam essas complicações.

Discinesias por L-dopa

Tratamento Medicamentoso Exercícios......Fisioterapia Fonoaudiologia Terapia ocupacional Cirurgia

Fisioterapia Movimentação na cama Sentar-se e levantar-se Caminhar, girar o corpo Subir e descer escadas Entrar e sair do carro

Fonoaudiologia Respiração Voz e fala Mastigação Deglutição

Terapia Ocupacional Higiene pessoal Vestir-se Trabalhar

LEVODOPA ENTERAL The use of infusion achieves a stable plasma levodopa profile in patients with PD and is associated with reduced motor complications However in practice, the use of levodopa pumps may be impractical for most patients

Outros tratamentos Implante de células tronco (tecido nervoso produtor de DOPAMINA), ainda em fase experimental, provaveis resultados CONCRETOS em sêres humanos...dentro de 1 ou 2 décadas ????

TRATAMENTO ODONTOLOGICO DP O tratamento odontológico nos estágios iniciais da doença deve ser efetivo,permitindo a maior estabilidade possível das condições bucais, para que nos estágios seguintes haja um menor sofrimento quando o tratamento forimpossível de ser realizado no consultório. Os pacientes em estágio avançado da doença devem receber atendimento odontológico em ambiente hospitalar, sob anestesia geral. É importante que o cirurgião dentista, sempre que necessário, faça contato com o médico do paciente.

Muito obrigado coutojr@globo.com