1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A OFERTA TURÍSTICA.
Advertisements

CONHECENDO A AGENDA 21 NAS ESCOLAS AVANÇAR.
O mundo de Sophia Língua Portuguesa Manuela Monteiro Ano 2004/05
Negócio Internacional Capítulo 8 Estratégias Colaborativas International Business 10e Daniels/Radebaugh/Sullivan 2004, Prentice Hall, Inc 1.
Negócios Internacionais
Negócios Internacionais Capítulo 2.3 O Meio Económico International Business 10e Daniels/Radebaugh/Sullivan 2004 Prentice Hall, Inc4-1.
Negócios Internacionais Capítulo 3.1 Teoria de Comércio Internacional International Business 10e Daniels/Radebaugh/Sullivan 2004 Prentice Hall, Inc 5-1.
Negócios Internacionais
Análise Swot Objectivos Comerciais As variáveis e as políticas
1 Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza – 1992 a 2009 BRASÍLIA, SETEMBRO DE 2010.
“OS EMPREGADOS DOMÉSTICOS E A PREVIDÊNCIA SOCIAL”
Ecossistema: histórico
Ensino Básico 1º Ciclo / Estudo do Meio
Sumário Teorema de Jevon.
4. ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS GENÉRICAS
Relatividade Restrita
Q.V.T Fator 2. Condições de segurança e saúde no trabalho. Dimensões
Para Casa – Montar o cariograma
Segmentação de mercado
Orientação a Objetos: Encapsulamento e Classificação
AULA DE RECUPERAÇÃO ANUAL 2009
Auditoria de Segurança da Informação
Luiz José Maria Irias Cláudio Buschinelli
Aula 6 Subprogramas Universidade do Vale do Rio dos Sinos
1 Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza – 1992 a 2011 BRASÍLIA, OUTUBRO DE 2012.
INTRODUÇÃO AGRICULTURA ORGÂNICA
Inventário de ciclo de vida do Diesel
Organização, Sistemas e Métodos Prof. Luciano Costa.
A Terra conta a sua História
Educação para a Cidadania. Áreas Temáticas InicialInicial > Áreas TemáticasÁreas Temáticas eas Temáticas.
“A Certificação de Produtos”
Acções estruturais EU-Política Regional Agenda Reforçar a concentração
Reciclagem de EPS em países com dimensões continentais
Objectivos Definir o perfil ideal do Chefe de Equipa
Economia de Comunhão 13 de Setembro de 2011.
ESTATÍSTICA.
Expressão algébrica a partir da representação gráfica da função
ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA III Prof. Sávio
STORYBOARD: ZERO GORDURA
Federação Catarinense dos Municípios (Fecam)
Influências Socioculturais
Tipos de Vinhos Portugueses
POLÍTICA EDUCACIONAL E FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES
PLENÁRIA FINAL.
MECÂNICA - DINÂMICA Dinâmica de um Ponto Material: Impulso e Quantidade de Movimento Cap. 15.
Object Oriented Software Construction (MEYER, Bertrand)
Menu D.2 D.3 D.4 D.5 D.6 D.7 D.8 D.9 D.10 D.11 D.12 D.13 D.14 D.15 D.16 D.17 D.18 D.19 D.20 D.21 D.22.
Salas de Matemática.
Teoria Geral dos Sistemas 2
Instituto Superior Técnico 1 INQUÉRITO AOS LICENCIADOS EM ENGENHARIA QUÍMICA Realizado por: Gabinete de Estudos e Planeamento com a colaboração da Secção.
ALENTEJO XXI DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA E CRIAÇÃO DE EMPREGO 3.2 MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA 3.1.1Diversificação de Actividades na Exploração.
Cidadania Indicadores da.
Teoria da oferta e procura Prof. Jorge Mendes de Sousa
02/04/2017 O continente africano
Trabalho realizado por: Sandra Leal. 10º3A
Cinemática de uma Partícula Cap. 12
Produtos Tradicionais Qualificados
1 2 Observa ilustração. Cria um texto. Observa ilustração.
Certificação na Hortofruticultura
Prof.ª Me. Marcela Ribeiro de Albuquerque
Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza – 1992 a 2013
Uma lição de matemática... Já pensou naquelas pessoas que dizem que estão dando mais que 100% delas mesmas?
Eletromagnetismo I Prof. Paulo Rosa – INFI/UFMS
Nome alunos 1 Título UC. Título – slide 2 Conteúdo Conteúdo 2.
Formação: Higiene e Segurança Alimentar
Parasitologia Clínica Introdução
Desenvolvimento Rural : um novo quadro de oportunidades
O Espaço Geográfico Rural
Expositor: Jorge Tonietto Dr., Eng.-Agr., Pesquisador A Zoneamento e Indicações Geográficas Centro Nacional de Pesquisa de Uva e Vinho - AUDIÊNCIA PÚBLICA.
Turismo Rural: Uma oportunidade de negócio Marina Reis Deusdará Leal Agosto 2008.
Transcrição da apresentação:

1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, UTAD/ECHS/DESG/CETRAD UC “Desenvolvimento Rural” Licenciatura em Engenharia Florestal

2  Regulamentos (CEE) 2081/92 e 2082/92:  Diversificação da produção;  Promoção de certos produtos;  Tradicionalidade/Especificidade;  Origem geográfica;  Modos particulares de produção;  Trunfo importante;  Mundo Rural;  Zonas desfavorecidas;  Melhoria dos rendimentos;  Fixação da população “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural”

3 SUMÁRIO: 1.Revisitando conceitos associados 2.Produtos qualificados: o caminho percorrido. 3. Contributo dos produtos locais (qualificados) para o desenvolvimento local

4 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Produtos locais qualificados Tradicional Qualidade Qualificação

5 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” 1.Revisitando Conceitos A. A noção de produto agrícola e agro- alimentar tradicional

6 origem geográfica ? antiguidade ? métodos de produção/ elaboração? costumes associados à sua produção? costumes associados ao seu consumo? O Conceito tradicional: múltiplos significados

7 típicos específicos artesanais caseiros de qualidade de qualidade específica de qualidade particular de qualidade superior produtos da terra O Conceito tradicional: múltiplos significados

8  Apresentam características específicas próprias de uma região.  Fazem parte da cultura e do património.  Possuem uma história.  São bens diferenciados, que derivam de recursos naturais locais, distintos.  Originários de zonas rurais com dificuldades de desenvolvimento.  Bens resistentes. O Conceito tradicional: múltiplos significados

9  Portadores de ligações ao território, à produção e ao consumo.  Frequentemente apelidados de típicos, específicos e de qualidade.  Fundamentais para o desenvolvimento das regiões de onde são originários. O Conceito tradicional: múltiplos significados

10  Características diferentes do produto substituto ou clássico.  Percebido como diferente pelo consumidor.  A tecnologia de produção deve ser diferente. O Conceito tradicional: múltiplos significados

11 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” 1.Revisitando Conceitos B. O conceito de qualidade

12  “ no nosso mundo agro-alimentar há poucas equipas comerciais, que sabem descrever o que é a qualidade. Sabem falar dela, mas quando se trata de colocar preto no branco é sempre muito mais difícil” (Eymard-Duvernay, 1995: 46), citando Boisard e Letablier (1992)  “qualidade é um conceito vazio, pese embora dela falemos constantemente” (Rosa,1994).  qualidade é um conceito relativo, subjectivo e dinâmico.  qualidade é um conceito de múltiplas dimensões. Qualidade: Diferentes dimensões

13 TECNOLÓGICA SIMBÓLICANUTRICIONAL Q U L I D A D E A Q COMERCIAL HEDÓNICA E ORGANOLÉTICA HIGIÉNICA E SANITÁRIA Qualidade: Diferentes dimensões

14 Ponto de vista da empresa - QUALIDADE TOTAL - Ponto de vista da concorrência - QUALIDADE DIFERENCIAL - Ponto de vista do utilizador - QUALIDADE PERCEBIDA - Ponto de vista da sociedade - QUALIDADE INTEGRAL - Ponto de vista do produto - QUALIDADE TÉCNICA - Qualidade: Diferentes pontos de vista

15 Qualidade: O tripé Q CONSTRUIR DAR A CONECER GARANTIR

16 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” 1.Revisitando Conceitos C. A Qualificação

17 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” 1.Revisitando Conceitos C. A Qualificação

18 Qualificação: o Que é ? DOP IGP ETG O QUE SÃO PRODUTOS QUALIFICADOS??

19 DOP/IGP  Uma DOP ou uma IGP é o nome de uma região ou de um local que serve para designar um produto agrícola ou género alimentício que seja originário dessa região ou desse local e cuja qualidade ou características se devem a essa origem geográfica.

20 DOP a sua produção, transformação e elaboração tem que ter lugar numa área geográfica delimitada, com um saber- fazer reconhecido e verificado. Tem que se demonstrar que o produto potencialmente beneficiário de DOP tem origem no local que lhe dá o nome, e que tem uma forte ligação com essa região, de tal forma que é possível provar que as características e consequentemente a qualidade do produto é influenciada pelos solos, pelo clima, pelas raças animais ou variedades vegetais e pelo saber fazer das pessoas dessa região.

21  Para que um produto possa beneficiar de IGP, tem que se demonstrar que pelo menos uma parte do ciclo produtivo do produto tem origem no local que lhe dá o nome e que tem uma reputação associada a essa mesma região, de tal forma que é possível ligar algumas características do produto aos solos, ao clima, ou às raças animais e variedades vegetais ou ao saber fazer das pessoas dessa região. IGP

22 Considera-se produto Específico ou Especialidade Tradicional Garantida (ETG), um produto agrícola ou um género alimentício que:  seja produzido a partir de matérias primas tradicionais, ou  tenha uma composição tradicional, ou  tenha um modo de produção e/ou de transformação tradicional  esta menção não faz referência à origem, mas tem por objectivo evidenciar e valorizar uma composição tradicional de um produto ou um modo de produção tradicional ETG