Maria Adoradora do Verbo
A nenhuma criatura se entregou Deus como Maria A nenhuma criatura se entregou Deus como Maria. Também criatura alguma, a grandeza do dom divino; nem teve o Senhor guarda e adoradora mais fiel mais amorosa e fiel que ela. Assim no-la apresenta Ir. Isabel da Trindade:
“Há uma criatura que conheceu este dom de Deus, e dele não perdeu a minima parcela... É a Virgem fiel: ‘Aquela que guardava todas as coisas em seu coração’... Inclinando-se o Pai sobre esta Virgem tão bela e tão alheia à sua própria beleza, quis que fosse no tempo a Mãe daquele de quem é ele o Pai na eternidade.
foi Maria para sempre a ‘presa’ de Deus”. Interveio então o Espírito de Amor, que preside a todas as operações de Deus, e disse ela o seu ‘fiat’: ‘Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra’. Operou-se então o maior dos mistérios e, pela encarnação do Verbo, foi Maria para sempre a ‘presa’ de Deus”.
Enquanto adora em silêncio o mistério que nela se realiza, não descuida Maria os humildes deveres da vida. Seu viver com Deus vivo nela não a abstrai da concreta existência cotidiana. Seu modo de agir, porém é sempre o da adoradora do Altíssimo. “Com que paz, com que recolhimento se aproximava de todas as coisas!
Como até as coisas mais banais eram divinizadas por ela Como até as coisas mais banais eram divinizadas por ela! Em tudo e através de tudo permanecia a Virgem em adoração do dom de Deus, o que não a impedia de entregar-se à atividade exterior, quando se tratava de exercer a caridade ...
Parece-me – conclui Isabel da Trindade – que a atitude da Virgem, durante os meses que transcorreram entre a Anunciação e o Natal, é modelo das almas interiores, das criaturas que Deus escolheu para viverem dentro de si”.
Ensina Maria ao cristão o segredo da vida interior, recolhida em Deus presente no próprio espírito. É um recolhimento feito da evasão da curiosidade, das conversas e ocupações inúteis, alimentando de silêncio, de sentido da divina presença, de adoração.
Tal silêncio não é pobreza mas plenitude de vida; é intensidade de desejo, clamor que invoca a Deus; invoca o Salvador não somente para si, mas para todos: “Ó chave de Davi, que abris a porta do Reino eterno, vinde e arrancai o homem da prisão do pecado”.
Ó Maria, templo da SS. Trindade Ó Maria, templo da SS. Trindade! Ó Maria, portadora do fogo, e da misericórdia ... Ó Maria, co-redentora do gênero humano porque, tendo vós fornecido vossa carne ao Verbo, foi resgatado o mundo. Resgatou-o o Cristo com sua paixão; e vós, com vossa dor do corpo e da alma, com vossa compaixão.
Maria, Fostes tão sincera em vossa humildade, por isso pudestes cantar:” O Onipotente fez em mim grandes coisas. Todas as gerações me chamarão bem-aventurada”.
Texto – Intimidade Divina – PG 88 - Música – Sacrum Convivium - Adriana Imagens – Google – Fundo foto do Kiko – Canadá – Formatação – Altair Castro 15/03/2014